Era jantar no Salão Principal e estava como sempre esteve, lotado de estudantes de todas as casas. Fantasmas entravam e flutuavam sobre as enormes mesas, assustando e divertindo os estudantes. Os primeiranistas se divertiam correndo entre as mesas, por não ter noção do que estava havendo no mundo bruxo com o assassino Sirius Black a solta.
Específicos professores estavam tensos, porque sabiam que Hogwarts era o alvo de Sirius Black, já que ele estava atrás de Harry Potter e queria matá-lo, como deveria ter feito no dia que Lily Evans e James Potter morreram em vez de Harry.
Era a ordem de Voldemort, e o mundo bruxo acreditava que Black havia fugido para cumprir essa ordem.
Sandy, Draco, Jack, Pansy, Blaise e Mary estavam na mesa da Sonserina, o time de Quadribol e alguns colegas de Draco estavam o enchendo de perguntas sobre seu braço enfaixado, já seus amigos mais próximos sabiam exatamente que o loiro apenas queria ser o centro das atenções, mas entendiam bem o por que: ele não tinha em casa.
Mas como Sandy estava com raiva dele por todas as suas provocações na aula de Hagrid e o que ele causou ao gigante e ao Bicuço, queria o irritar:
- Está doendo muito, Draco? - Perguntou Vicente Crabbe ao loiro que fez uma carinha chateada e assentiu a cabeça fraquinho, com um efeito dramático a mais.
- É drama, o rei do drama. - Sandy falou e Draco a olhou de cara feia, pronto para revidar:
- É drama agora. Mas quem é que estava toda preocupada na enfermaria? - Draco sorriu, maldoso. - Ainda implorou para Pomfrey deixar você dormir lá, não se lembra, loirinha?
- É o que, Sandy? - Lewis, do time, gargalhou alto.
- Nada! Cala a boca, Malfoy. - Sandy voltou o olhar ao seu prato de janta.
- Por que me chamou de Malfoy? Não me chama de Malfoy! - Ele olhou muito ofendido para Sandy. - É sério, só pessoas que me odeiam me chamam assim.
- 'Tá bom, Malfoy. - Sandy provocou e Draco colocou a mão que não estava machucada no rosto, fazendo drama.
Uma conversa sobre feitiços perigosos e difíceis de fazer foi iniciado, pensando se um dia seriam fortes o suficiente para produzi-los.
Mas a conversa fora interrompida por um fantasma que veio interagir com o grupo de Sonserinos, na verdade, uma fantasma mulher.
Ela era conhecida como "A Viúva Vingativa", já que se casou com o assassino de seu ex-marido e depois o matou na lua de mel enquanto ele dormia. Sendo condenada a ser queimada viva em praça pública por trouxas que a viram no hotel da lua de mel, já que isso tudo aconteceu na época da caça às bruxas. Ela foi morta com o vestido de casamento, já que foi encontrada na mesma madrugada, então os registros de sangue ainda estavam em seu vestido branco. E isso era o que mantinha as pessoas em certa distância da fantasma.
Mas, na verdade, ela era bem simpática. Mesmo que não se arrependesse nem um pouco de ter matado seu segundo "marido".
- Olá, crianças! - Ela chegou por trás de Pansy, assustando a garota. - Opa, desculpa querida, não queria ter derrubado sua asa de frango. Podem me dar um espacinho aqui? Obrigada.
E fantasma "se sentou" entre Mary e Pansy, começando a conversar tranquilamente, como se fosse uma amiga íntima dos Sonserinos.
- Então... como vai os estudos? Quando eu estudava aqui era tão legal! Sabia que eu conheci Salazar Slytherin? - Ela olhou especificamente para Sandy, que levantou o olhar de seu prato rapidamente, de repente muito interessada na conversa. - Você é Sandy Slytherin, não é?
A loira assentiu e depois a fantasma olhou para Jack que deu um sorrisinho nervoso:
- E você é o perdido Jack Slytherin? - O garoto concordou com um aceno de cabeça. - Se bem que eu imaginei, desde que entraram nesse salão, vocês dois são iguaizinhos.
Sandy e Jack riram, mas Sandy queria dizer:
- Uhm, Viúva... você disse que conhecia Salazar Slytherin, né? Então, ele é um ancestral meu mas eu nunca soube de nada sobre ele... Bem, eu li um pouco em livros, mas só tinha o óbvio. E eu queria saber como ele era de verdade, aqui, em Hogwarts, á olho nu. - A fantasma ouvia atentamente, se sentindo empolgada com a atenção dos alunos, já que nunca havia recebido antes. - Queria saber se um dia, talvez, você não pudesse me encontrar... para conversarmos.
A fantasma deu um sorrisinho, então disse:
- Mas é claro, querida! - Ela respondeu animada e Sandy deu um sorrisinho empolgada. - Me encontre amanhã, ás onze da noite, no quadro do batalhador Fillipis, fica perto do quarto do Barão Sangrento, sabe? - Sandy assentiu, mas por dentro sentia medo de ir lá, já que ninguém nunca entrava por escutarem barulhos estranhos. - Beijinhos pra vocês.
E saiu flutuando por entre as mesas.
Agora o grupo parecia mais empolgado. Antes, sentiam medo da Viúva Vingativa, mas agora, queriam mais que tudo encontrá-la.
Mas, novamente, foram interrompidos por uma agitação na mesa da Grifinória ao lado deles:
- Ele foi visto! Ele foi visto! - Simas Finning chegou correndo com um jornal do Profeta Diário na mão, uma foto mexida de Sirius Black como destaque da notícia.
- Quem foi visto? - Perguntou Rony muito perdido enquanto se deliciava com sua sobremesa, uma trufa de recheio de morango.
- Sirius Black, é claro! - Hermione lhe deu um pescotapa e puxou a trufa da boca cheia de Ronald.
- Eu tinha até me esquecido com a fantasma aqui... - Mary sussurrou.
- Vou ir lá ver. - Blaise levantou da cadeira e foi até onde os grifinórios estavam, não dando a mínima de se aproximar de seus inimigos. Sandy foi atrás enquanto seus outros amigos ficaram na mesa, não querendo se misturar com a casa rival.
- Oi, Sam! - Harry, que chamou Sandy para sair, acenou para Sandy quando ela passou por ele.
- Oi! - Sorriu de volta.
- Ele não foi visto muito longe do castelo... - Sandy disse e pouco se importou com o olhar desgostoso de uma grifana do quinto ano ali. - Oh! Ele estava em Hogsmeade, hoje na madrugada ele assaltou um mercadinho de lá, mas... que?
- E-Ele... foi mais para a parte de carnes. Roubou um monte de carne crua, ECA! - Rony fez cara de nojo. - Quem come carne crua?
- Bem, animais comem. - Blaise disse do nada, e Sandy o olhou estranho, ele retribuiu o olhar de forma misteriosa.
- Eu sei, mas ele não é um animal, idiota! - Rony bufou. - Cadê a inteligência que os Sonserinos tanto dizer ter, em?
- Em você que não está. - Blaise respondeu leve, sem se importar se ofendeu ou não, ele era assim, neutro e quieto, nem se importava com nada.
Alguns alunos ali próximos riram, Rony apenas revirou os olhos.
- Não acha que ele viria para Hogwarts, acha? - Neville perguntou trêmulo só de pensar em se encontrar com um assassino foragido.
- Tem dementadores nas entradas, Black está distante. - Hermione tentou fazer com que ela mesma acreditasse.
- Dementadores - Sandy debochou. - Ele já fugiu uma vez, não foi? Quem garante que não vai fugir de novo?
Sandy estava furiosa com os acontecimentos, só queria que isso tudo passasse logo e que ela pudesse ter um ano tranquilo, mesmo que acreditasse que esse dia nunca chegaria.
- Tem razão, o Black pode estar em qualquer lugar. - Falou um moreno, concordando com Sandy. - É como tentar pegar fumaça com as mãos.
- Vai dar tudo certo, gente. Black vai ser pego. - Sandy acariciou as costas de Potter que parecia tenso olhando a imagem de Sirius.
[...]
Ainda era noite, já haviam saído do Salão Principal e agora se encontravam jogados em sofás, tapetes e poltronas do Salão Comunal da Sonserina.
Conversavam de assuntos aleatórios, fofocas da escola, e principalmente sobre o que aconteceu na comunal da Grifinória enquanto os alunos dessa casa jantavam.
- Ficaram sabendo que a mulher gorda foi atacada? - Blaise falou brincando com um pergaminho amaçado. - Rasgos com formato de garras enormes ficaram marcadas no tecido do quadro dela, e Sirius Black entrou lá, pelo que ela contou aos prantos a Dumbledore, ele entrou e então as cortinas da cama de Ronald Weasley estavam com as marcas mesmas garras do quadro da Mulher Gorda. Agora que eu me pergunto, e essas garras, como que ele fez isso?
- Ele devia estar com algum facão, ou varinha, e talvez tenha jogado um feitiço para assustar a Mulher Gorda e ele conseguir entrar. - Disse Jack.
- Não acho. - Sandy disse simplesmente. - Tem alguma coisa errada. Bem, o que Jack disse faz sentido, mas... sempre é bom pensar além.
Todos concordaram e mantiveram esse pensamento por um tempo. Até que a voz de Severo Snape foi ouvida, e os alunos prestaram atenção no homem de capa dando o aviso:
- Dumbledore me pediu para informá-los que, pelos acontecimentos atuais envolvendo o famoso assassino Sirius Black, os alunos deverão se direcionar até as nove e meia da noite para o Salão Principal. Boa quantidade de colchões foram colocados espalhados pelo chão. Todos os alunos que entrarem devem assinar seus nomes no papel mágico que ficará na entrada, e quem não assinar, perderá 20 pontos, então suponho que não farão isso com a casa de vocês. - Continuou. - Suponho que ficaram sabendo o que aconteceu com a Mulher Gorda, ou seja, Sirius Black está no castelo ou aos arredores, não acho que alunos espertinhos gostariam de topar com ele pelos corredores, então, me obedeçam. E passem essa informação a todos que conseguirem.
Então virou sua capa esvoaçante e saiu do Salão Comunal, Barão Sangrento passando informações para o homem enquanto ia atrás.
O grupo de Sonserinos se olhou, um olhar curioso, que nem eu mesma conseguiria identificar o significado, mas pode ter certeza, um milhão de pensamentos estão escondidos atrás de suas pupilas dilatadas.
[...]
Nove horas os alunos começaram a se organizar para ir ao Salão Principal como ordem de seus diretores e Dumbledore.
No dormitório masculino Blaise, Draco e Jack pegavam pijamas e alguns "brinquedinhos" que arrumaram com Fred e George Weasley, um ótimo exemplo é a bala de pimenta de embalagem de morango docinho. Então já devem imaginar o que tramavam.
Já no dormitório feminino Pansy, Sandy e Mary pegavam as camisolas de dormir e alguns "brinquedinhos" que arrumaram com Lino Jordan, um ótimo exemplo são os grilos comestíveis, que ficavam dentro de um picolé, onde não dava pra ser visto do lado externo.
Estavam todos preparados para aprontarem as escondidas com os alunos da Sonserina.
Se encontraram na saída do Salão Comunal com tudo escondido nas mochilas e seguiram caminho para o Salão Principal, os corredores lotados de alunos empolgados com a junção das casas, já outros, frustrados.
Chegaram na porta do Salão e tiveram que empurrar a multidão de alunos querendo assinar o papel que estava nas mãos dos monitores e diretores de cada casa, então finalmente conseguindo entrar e conseguir um lugar mais pro fundinho, havia apenas uns primeiranistas perto falando um monte de besteiras mas nem se importaram.
- Vamos ficar aqui nesse canto mesmo, odeio multidão. - Disse Blaise ao se jogar no colchão, agarrando o braço de Pansy para que se deitasse também.
- Que foi garoto? - Ela resmungou puxando as mãos de Blaise.
- Que foi o que? Só estou te chamando pra deitar aqui do meu lado, o que tem? - Ele franziu o cenho.
- Ah, então ta bom. - Deitou e agarrou o ombro de Blaise.
Os primeiranistas deram risadinhas olhando os dois, mas o grupo não ligou, já tinham costume de ficarem agarrados e não achavam que por ser um menino e uma menina fosse algo demais. Aliás, por que não se incomodavam tanto quando, por exemplo, Sandy e Pansy estavam abraçadas? Era o que pensavam.
Mas... Draco sorriu malicioso, sabendo muito bem as intenções de Blaise, mas o moreno colocou um dedo na frente da boca disfarçadamente e mandou Draco calar-se.
- Trouxe as balas? - Perguntou Mary a Sandy e ela retirou do bolso de Draco uma bala de embalagem de morango.
- Tem cara de ser boa, experimenta. - Disse inocentemente, sem ter ideia do que tinha na bala.
Blaise, Jack e Draco se olharam e sorriram maldosos, sabendo exatamente o que tinha na bala. Eles compraram pessoalmente, aliás.
- Por que seu pijama tem bolso? - Pergunta Pansy a Draco. - Nunca vi pijama com bolso, é inútil.
- Não sei, minha mãe que comprou. - Deu de ombros.
Jack pegou o pacote de salgadinhos e abriu... do lado errado. Tudo caiu no chão ao lado do colchão de Mary, alguns farelos caindo no lençol.
- Jack! Eu não acredito, agora está cheio de farelos no meu lençol! - Mary reclamou revoltada. - Eu vou te matar!
E foi pra cima dele, o estapeando e Jack apenas rindo, sabendo que conseguiu irritar a pessoa que queria chamar atenção, mesmo sendo sem querer.
- Só está piorando a situação! Olha a roupa de vocês! - Sandy apontou empurrando os dois para se afastarem. - Viu, foi pro travesseiro! Vai acordar com o cabelo laranja do biscoito.
- Eu não vou dividir o meu colchão! - Draco garantiu e olhou para seu colchão. - Jack, você sujou a porra do meu colchão?!
- Oque?! Não! - Levantou rapidamente.
Draco inspirou profundamente e depois suspirou. Então levantou e correu atrás de Jack, quase chutando Sandy que levantou um dedo do meio para as costas de Malfoy que corria.
Jack pulava por cima dos colchões dos outros, tentando desviar de Draco que já não corria muito devagar, seus "olés" faziam Draco quase tropeçar e cair em cima das pessoas.
- Sr. Slytherin e Sr. Malfoy! - Snape os chamava atenção. - Parem, parem!
- Sai da frente, Dumbledore! - Draco empurrou o homem, que ficou meio confuso, mas não ligando, já acostumado a levar uns empurrões por engano pelos corredores. - Espera, Dumbledore?!
Voltou dois passos rapidamente, e arregalou os olhos ao ver o diretor o olhar.
- Olá Sr. Malfoy, se divertindo? - Sorriu ignorando o empurrão do loiro. - Eu adorava correr atrás de meus amigos quando mais novo... mesmo que depois eu tenha que ficar pendurado na árvore, na minha época os castigos não eram muito legais.
- Vem logo, Dray! - Sandy lhe deu um puxão forte no braço e Draco a obedeceu imediatamente, mas a garota não havia notado a presença de Dumbledore. - Ah, oi diretor... me desculpe.
- Olá Srta! Sem problemas, já vi de tudo, brigas... ah, mas o de vocês não é ódio e nem brigas. - Ele levantou as sobrancelhas e mexeu na barba. - É outra coisa, mas são um pouco novos demais para entender.
Suspirou pensante, e os dois se olharam, não entendendo nem um pouco o que Dumbledore estava querendo dizer.
- Amor? - Um garoto do último ano abraçado firmemente a uma ruiva, no caso sua namorada, sugestionou a opção.
- Hm... 20 pontos para a Lufa-Lufa. - Piscou um olho e o garoto sorriu, dando um beijo na testa de sua namorada.
Dumbledore deu um risinho e acenou um "tchau" para Sandy e Draco, que estavam mais que confusos. Mas ignoraram e voltaram para seus colchões.
- Ansiosos para Hogsmeade? - Perguntou Blaise ao ver que os dois chegaram. - Porque eu estou.
- Eu não. - Draco respondeu emburrado.
- É só porque sairei com o Potter e você vai ficar sem sair com ninguém. - Sandy falou e ele a olhou desafiador, então girou os olhos pelo salão, eles parando em uma morena de cabelos castanhos.
- Vai ver então. - Disse isso e levantou indo até a garota, Sandy se apertou. - Rose, vai querer ir em Hogsmeade comigo?
Ele sussurrou mas Sandy escutou perfeitamente.
- Claro! - A tal Rose respondeu feliz, ganhando uma tonalidade vermelha nas maçãs do rosto.
Draco sorriu vitorioso e voltou para o lugar onde antes estava, olhando nos olhos de Sandy que estava completamente furiosa por dentro. E não entendendo o por que.
- Agora eu vou. - Ele provocou e ela lhe deu língua.
- Quero ver beijar ela também. -Ela desafiou, e se arrependeu profundamente quando ele respondeu.
- Eu beijo e faço mais. - Ele sorriu de canto, malicioso, e Sandy corou com a insinuação, ele apenas riu das ações dela.
- Uhm... vou dormir. - Mordeu o lábio nervosa e se virou, como todos fizeram, mas antes de pegar no sono ela sentiu braços rodarem sua cintura e um cheiro familiar de perfume caro e maçã verde, e sorriu sabendo ser Draco.
- Só estou te provocando, igual você fez, você me conhece. Mas já que me conhece, devia saber a muito tempo que é, e sempre vai ser, a minha número um.
Deixou um beijinho atrás da orelha de Sandy e ela sentiu o corpo se arrepiar, uma sensação estranha invadir o peito.
Mas logo caiu no sono e sonhou com chuva e tempestades cinzentas.
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AAAAAAAAAA! Quando eu escrevi essa última fala eu GELEI, me arrepiei todinhaaa! Juro, eu to... e olha que fui eu que escrevi. Então imagina vocês.
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