Astromélia || H.S || Complete

Da loveficsgirl

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1960's and 1970's Aaliyah acaba de perder seu irmão em uma abordagem policial, ele era sua única família em... Altro

» Notes
» Epigraph and Cast
» Prologue
» 01
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» 03
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» 41
» 42
» 43
» Epilogue
Agradecimentos
» Bônus Aaliyah I
» Bônus Aaliyah II
» Bônus Harry (Final)

» 30

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Da loveficsgirl

Aaliyah

21 de Março de 1971

Se alguém me perguntasse três anos atrás se eu teria uma mansão em Beverly Hills, certamente eu responderia que não sem hesitar. No entanto, é exatamente em uma mansão em Beverly Hills que moro hoje.

O sucesso que a banda fez em três anos parece algo assustador.

Em 1969 lançamos nosso segundo álbum e ele fez mais sucesso que o primeiro, era músicas mais curtas ao mesmo tempo, eram boas músicas, sobre amor, aventuras e juventude. Também fizemos uma música sobre a guerra e Bailey e eu escrevemos uma música sobre violência e cotidiano. Essa música foi abraçada pela comunidade negra nos Estados Unidos. Além disso, o segundo álbum recebeu boas críticas da comunidade musical. No entanto, também recebíamos críticas negativas, mas Jack Brown disse que isso sempre vai acontecer.

Porém, o Estados Unidos inteiro gostou do nosso segundo álbum, íamos pra televisão corriqueiramente, dávamos entrevistas nas rádios e fazíamos fotos para revistas também. Fizemos photoshop para três revistas. Uma em uma revista californiana e depois em duas revistas nacionais.

No verão de 1969 também fomos ao Woodstock e nos apresentamos lá, foi insano. Um momento maravilhoso em minha vida.

Depois de Woodstock, Jack Brown nos levou para Europa, apenas três meses e naquele momento também fizemos entrevista lá e aparecemos na televisão.

Quando voltamos para o Estados Unidos vimos que uma das nossas músicas foi usada para um filme e com isso, as pessoas ouviam sem parar nas rádios. Óbvio que recorremos à justiça para receber dinheiro, afinal, nossa música tinha sido usada sem autorização, mas nós estávamos sendo conhecidos por todos, estávamos nos tornando famosos.

Terminamos o ano fazendo apresentações e aparições na televisão com um público que apenas crescia.

O ano de 1969 foi cheio de trabalho e também foi o ano em que realmente sentimos que estávamos conquistando o mundo.

Em 1970, lançamos o terceiro álbum. Foi um sucesso, mas diferente, fizemos algo um mais psicodélico, com rock e blues. Naquele ano, participamos de algumas premiações, inclusive fomos indicados ao Grammy, pois nosso segundo álbum havia recebido indicações, mas não ganhamos nenhuma. No entanto, ganhamos prêmios importantes na Inglaterra. Devo ressaltar que o fato de termos sido indicados nos trouxe maior visibilidade e o ano de 1970 foi tão louco quanto 1969.

Inclusive, eu trabalhei bastante, não apenas com a banda, mas eu trabalhei com um grupo musical chamado The Galaxies, são três mulheres, Miranda, Maya e Meryl. Elas são irmãs e estão na música desde 1965, eu produzi com elas um Extended Play* com cinco canções que vendeu mais de dois milhões de cópias. Foi o maior sucesso e o terceiro álbum, acabou de chegar a três milhões de cópias vendidas, depois de quase um ano desde o seu lançamento.

Isso continua sendo assustador, entretanto, agora no terceiro mês de 1971, o país inteiro já nos conhece.

Somos famosos e é estranho ao mesmo tempo é incrível.

Eu recebo mais roupas e joias do que as compro. As pessoas gostam do meu estilo e da minha voz. Recebia carinho e flores de pessoas que não conhecia. Ainda sim, eu tinha a sensação de que poderia alcançar mais e atingir mais lugares. Tinha a sensação de que eu estava apenas começando e isso é bom, porque eu tenho várias ideias em minha cabeça que quero que se tornem reais e eu sei que os meninos também têm esses pensamentos.

— Bom dia — Harry diz e eu deixo a revista no meu colo. Estou sentada no sofá, pois acordei a um tempinho.

Havia acordado enjoada, mas agora eu estou bem. Ultimamente vem sendo assim, o que é um saco.

— Bom dia — sorrio para Harry e o moreno beija minha bochecha e estica o braço para pegar um pedaço do muffin que Kiuanne, a nossa empregada, havia preparado. — O que está lendo?

— Estamos na capa da The Super Stars — digo e mostro para Harry. Era uma foto pequena na capa e uma matéria falando quando lançaremos nosso próximo álbum e que o mundo está ansioso por isso. — Eles estão falando que vamos lançar um álbum em setembro, acredita?

Harry sorri e se senta ao meu lado, deixo minhas pernas em seu colo.

— Setembro? Dessa vez, passaram longe. O que mais falaram?

— Pois é, eles também estão comentando sobre seu caso com a Cherry Houston — dou de ombros e o moreno fica me encarando.

Não é culpa dele, digo, antes fazíamos algumas coisas de propósito. Agora, simplesmente acontece e apesar de Harry e eu sairmos juntos e ter um anel de noivado nos nossos dedos, as pessoas não admitem que estamos juntos. Apenas escrevem sobre Harry ter tido caso com mulheres famosas e na sua maioria, na verdade todas, brancas. Uma vez fomos a um jantar e ele se sentou ao meu lado e ao lado de uma jovem atriz. No dia seguinte estava em todos os jornais que Harry e Georgia tinham se dado bem no primeiro momento, eles me cortaram da foto e Jack disse para o moreno sair com Georgia.

Ele fez isso, na próxima semana iríamos lançar um álbum e todo mundo acreditou que Harry e Georgia tiveram um caso que durou meses, por conta de uma foto deles passeando na praia.

Isso foi no início do ano passado, os rumores duraram até Junho de 1970.

Agora, mesmo que Harry não faça nada disso de propósito ou intencionalmente para atrair a atenção, os meios de comunicação continuam fazendo isso. Eu entendo, lidei com isso desde o início, mas agora é diferente.

Além disso, não é como se os rumores fossem unilaterais, as pessoas acreditavam que Frank e eu tínhamos um caso secreto, mas que eles sabem, ironia porque deveria ser secreto. Contudo, Franklin é gay e está com Simon desde que se conheceram em Nova Iorque, como os rumores de que Stuart seja hétero é algo vantajoso para evitar represálias, esse rumor era alimentado e muitas vezes eu saía com Frank em restaurantes conhecidos.

Sinceramente, essa é a parte ruim. Afinal, eu quero que as pessoas me vejam com Harry, mas ela se recusam mesmo sendo algo que esteja na cara delas e gostaria que as pessoas vejam Frank como ele é e continuem amando por isso. Pois, as decisões individuais e esse ser na qual Frank é, é algo totalmente individual e não interfere em nada a sociedade. No entanto, as pessoas agem como se fosse problemático e apesar de Harry estar comigo, parte dele é como Frank.

Sei que dói para ele também, não ser totalmente ele e ter que fingir que se sente atraído apenas por mulheres, quando eu sei que ele também gosta de homens. Sei que ele adoraria ser aceito como é, os dois e tantos outros, mas por segurança vivem escondidos e é triste.

Porém, estamos conquistando o mundo e essa é a parte boa. Talvez um dia, quando estivermos conquistado as pessoas de modo mais sólido elas possam nos ver como nós somos e continuar nos amando por isso. E agora, mais que nunca, preciso que elas me vejam com Harry.

— Hey, Ally algum problema? — O moreno pergunta e aceno com a cabeça. Respiro fundo e volto a ler a revista. — Tem certeza? — Insisti e deixa a mão em cima da minha coxa.

A primavera começa hoje no hemisfério norte, principalmente aqui em Beverly Hills.

Estou mudando de pensamento.

Olho para Harry e o moreno fica me encarando. Ele está preocupado e se aproxima mais de mim.

— Sabe que essas matérias são apenas matérias. Nós estamos juntos e eu sou leal a isso — ele diz e segura minha mão. Solto a mão dele.

— Sei disso, o problema não é esse — suspiro. — Quer dizer, o problema é esse. Preciso que me vejam com você.

— Elas vão, nós vamos nos casar no fim do ano e vamos divulgar para os quatro cantos desse país — sorri e acaricia minha coxa com seu dedo. Ele fica olhando para minha pele que já está arrepiada pelo seu toque.

— Harry — chamo e ele me olha. — Preciso disso agora.

— Tudo bem.

— Você não está entendendo — me sento no sofá e fico mais perto do moreno. Seguro as mãos dele. — Eu estou grávida.

Silêncio.

Fico olhando para Harry e seus olhos verdes me encaram surpreendidos.

— Grávida? — Pergunta surpreendido e concordo balançando a cabeça. — E as pílulas?

— Eu esqueci alguns dias — explico e mordo os lábios. Não era essa a primeira reação que eu esperava. — Harry, desculpa.

Respiro fundo e olho para meu colo. Caramba, ele não gostou e eu nem sei como me sentir ainda. Eu esqueci de tomar alguns dias, porque estamos gravando o novo álbum, dando entrevistas, tirando fotos e está tudo uma correria, fazia e ainda estou fazendo várias coisas de uma vez só e acabei me esquecendo das pílulas. Só que eu não fiz de propósito, mas eu estou grávida e isso é assustador. Nós nem nos casamos ainda, o casamento ocorrerá no final do ano. Porém, não é como se fosse o fim do mundo, ou talvez seja. Eu não sei, eu apenas sei que estou grávida.

— Aaliyah, não precisa pedir desculpa — diz e se aproxima mais de mim. Não olho para ele, estranhamente me sentia envergonhada e sentia em minha garganta um choro reprimido. — Vamos ser pais — ele me abraça. — Eu vou ser pai!

Então o moreno enche minha bochecha de beijos. Acabo sorrindo e algumas lágrimas caem dos meus olhos.

— Não está chateado?

— O que? — Ele me pergunta confuso. — Óbvio que não, Ally. Apenas fui pego de surpresa, ter esse bebê com você é algo que eu quero mais que tudo. Eu te amo — diz e segura meu rosto. — Eu te amo — repete e me beija.

Sorrio contra seus lábios.

— Vamos ter um bebê — diz animado e então me agarra pela cintura, me deitando no sofá.

O moreno levanta minha blusa e dá vários beijos em minha barriga, sinto cócegas e acabo rindo.

— Emilly vai ter com quem brincar agora — digo sorridente, afinal, não é o primeiro bebê da banda.

Bailey e Sandy se casaram ano passado e tem uma bebê. Ela nasceu em janeiro e se chama Emilly, é o nosso xodó.

— Vai sim — Harry sorri e fica me olhando. — Caramba, Aaliyah! Um bebê — sorri animado.

{•••}

Styles passou o resto da manhã animado, me enchendo de beijos e sempre certificando se eu estava bem. Ele até quis que tivéssemos o dia de folga, mas estamos fazendo nosso quarto álbum. As pessoas estão esperando por isso e sinceramente eu também.

Dessa forma, na parte da tarde estávamos no estúdio, tocando, cantando e criando músicas. Estávamos nos divertindo e sobretudo, estávamos amando fazer esse álbum. Queríamos fazer algo diferente, então, estávamos buscando novos instrumentos e estilos. Estávamos trabalhando em fazer algo bom, porque o rock estava se tornando cada dia mais popular e é um estilo flexível. Podemos brincar bastante com ele. Além disso, fazer as pessoas gostarem do que gostamos de fazer era nossa prioridade, então no estúdio trabalhamos pesado nisso.

Ficamos até tarde da noite, mas eu ainda me sentia agitada para continuar por mais tempo e os meninos também.

— Gente, eu tenho que confessar que o barulho que a gente faz aqui é mil vezes menos assustador do que o choro da Emilly de madrugada — Bailey fala, Chris e Frank soltam uma risadinha.

Estamos sozinhos no estúdio, porque, Jack, o engenheiro musical e o produtor foram pegar um lanche para gente, eles se ofereceram para pegar e não negamos. Então, estamos jogando conversa fora enquanto damos notas e rimos.

Bailey está falando filha e demos a ideia de colocar Emilly como capa do álbum hoje. Contudo, enquanto o mais novo falava sobre a filha, eu fiquei olhando para Harry e sorrindo e ele o mesmo. Estávamos felizes, também, logo teríamos um bebê.

— O que foi que vocês estão sorrindo? — Bailey pergunta e olho para o moreno. Depois para os meninos.

— É que eu estou grávida — falo e Frank dá algumas batidas na bateria. Chris e vem logo me abraçar me desejando parabéns. Em seguida, Bailey e Frank fazem o mesmo. Eles também parabenizam Harry.

— Vocês pularam alguns passos, seus safados — Frank diz e solto uma risada. Olho para meu amigo e ele pisca para mim. — Você vai ficar linda gravida, Ally.

— Eu já sou linda, gato — pisco de volta e todo mundo ri.

Pego o baixo que estava ao lado do Bailey e começo dar algumas notas.

— Frank — chamo e meu amigo me olha. — Começa tocando o prato de condução — digo e meu amigo vai para bateria. Eu repito as notas e quando paro, meu amigo começa, eu volto a dar as notas e sorrio olhando para ele. Então, Frank começa na bateria e eu continuo no baixo.

Nós estávamos nos encontrando ali. Até que Chris pega o pandeiro e começa a dar algumas batidas. Sorrio e nós criamos uma melodia ali. Tínhamos a letra, então Harry começou a cantar e sorrio. Contudo, ele acabou perdendo o tom da voz com a melodia da música e desafinou.

Nós acabamos rindo, mas já tínhamos começado algo que estávamos a horas sem saber por onde começar. Aquilo nos deixou alegre.

No entanto, quando Jack retornou com Felipe e Robson ficamos confusos. Eles estavam com os lanches, mas a cara de Brown não era a mais feliz, mesmo que eu e os meninos tenham dito que fizemos algo que deu certo.

— O que foi Jack? — Harry pergunta e o mais velho respira fundo.

Ele tira uma revista debaixo do seu braço e nos mostra uma manchete polêmica. Havia uma foto do Albert Stuart dizendo que o filho é gay e que deve estar em um relacionamento com Harry. Isso é escandaloso.

— Puta merda! — Bailey xinga, porque isso é mesmo horrível.

Continua...

A Aaliyah ta grávida:

*Extended play: é uma gravação em disco de vinil, formato digital ou CD que é longa demais para ser considerada um single e muito curta para ser classificada como um álbum musical.

Notas: Oioi meus dengo como vocês estão?

Espero que tenham gostado do capítulo, mas me digam aí o que acham que vai vim agora?

Por favor não deixem de comentar, espero por vocês no próximo capítulo. Anna. Xx

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