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Harry

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Harry

17 de Março de 1968

Quando o relógio marcou as nove horas da noite eu fui até o apartamento, trouxe um buquê de flores para ele. Achei que seria o certo, mas nem aquilo animou tanto o homem, na verdade, as coisas pareceram um pouco melhor quando Stuart e eu, fizemos sexo que não foi tão animado como era antes, com certeza tinha algo estranho. Stuart estava estranho e ele comentou sobre o pai mais cedo. Sei que pessoas como nós podem ter problemas com os pais, principalmente quando eles descobrem com quem gostamos de nos relacionar.

— O que está deixando você longe? — Pergunto e levanto a cabeça para olhar para o homem, a minha cabeça estava deitada em seu peitoral e ele estava passando a mão em meu cabelo. Agora, os seus olhos castanhos ficam me encarando confusos e me pergunto se ele prestou atenção na minha pergunta. Respiro fundo. — Frank, está distante assim por causa do seu pai? Você nem se animou com o buquê que eu trouxe para você.

— O buquê foi, legal. Obrigada — ele sorri e sorrio também. Porém novamente ele suspira e fico olhando para ele com atenção.

— Mas?

— O meu avô serviu na primeira guerra e meu pai na segunda também — diz e coça os olhos. — Se meu pai descobrir que eu sou gay, ele vai me matar, Harry.

— Então vamos garantir que ele não descubra — seguro o rosto dele e fico olhando para seus olhos. — Vamos resolver isso — garanto e dou um beijo rápido nos lábios saborosos do homem.

Frank agarra meu cabelo e prolonga o beijo por mais alguns segundos. Quando nos afastamos ele me olha e não parecia menos triste, isso me fere.

— Como vamos dar um jeito?

— Podemos pedir para a Megan fingir ser sua namorada — sugiro e Frank ri.

— Meu pai odeia a Megan — suspira e ficamos nos encarando. Ele sabia o próximo nome que iria falar, Aaliyah não faz parte desse relacionamento mas vem se envolvendo demais.

Seja beijando meus lábios e me enlouquecendo por isso, seja dedurando Frank sem saber. Além disso, ela vem se envolvendo comigo tanto quanto se envolve com Frank. Afinal, ter a amizade de Aaliyah é algo único e especial e agora, vamos precisar dela novamente.

18 de Março de 1968

— O que?! — A mulher fala chocada e para de limpar a mesa da lanchonete. Frank e eu estamos de frente a ela.

Talvez tenhamos pegado ela de surpresa quanto a isso, mas tínhamos que perguntar. Isso não pode ser tão absurdo assim, fingir que é namorado, não é ser namorado de verdade.

— Por favor, Ally — Frank pede, na verdade, implora. — Vai ser só quando meu pai estiver aqui.

A mulher fica nos encarando, ela me olha por um tempo e depois olha para Stuart. Ela pode não aceitar, mas se esse lance de fingir um relacionamento funcionar, o homem ao meu lado com certeza ficará mais tranquilo e isso será uma ajuda e tanto.

Astromélia || H.S || CompleteWhere stories live. Discover now