-Park Jihoon, pegue o Choi por um momento. — Assim, o mesmo fez e eu segui até Ian que permanecia no mesmo lugar me encarando.
-Por que... — Antes do final da sua frase, eu o interrompi com um abraço.
-Sinto muito, mas você vai ter que vir conosco. — Ele assentiu sorrindo com os olhos cheios de lágrimas.
-Nós assumiremos daqui. — Bang Yedam disse e em seguida So Junghwan levou o Ian.
-Você está bem? — Watanabe Haruto me perguntou de repente com sua expressão fechada de sempre.
-Por que pergunta? — Fiquei confusa.
-É por que... — Watanabe ficou sem jeito por um momento e logo voltou ao normal. -Nada, esqueça.
-Ok? — Disse e tentei me levantar, mas meu corpo falhou e minha visão escureceu.
[•••]
-O que...?! — Levantei rapidamente tendo em resultado uma dor de cabeça terrível, me fazendo se encolher.
-Você realmente dá trabalho. — A voz de Hamada chamou minha atenção.
-O que...
-Após o episódio do líder e do Ian Collins, você desmaiou. — Curto como sempre.
-Choi Hyunsuk... como ele está?! — Tentei levantar assustando o mesmo que apenas me colocou de volta na cama, assim me dei conta que estava na enfermaria do Instituto.
-Você ainda está fraca, não pense em levantar. — Hamada se sentou ao meu lado deixando o seu jaleco de lado. -O líder está bem, apenas dormindo.
-E Ian? Vocês não...
-Ian Collins foi interrogado e agora segue preso na ala B. Enfim, ele está bem.
-Isso é um alívio. — Sorri me deitando novamente.
-Como sabia que Collins não estava mentindo? — Hamada perguntou parecendo bem interessado na resposta.
-Eu não sei, era algo como um sentimento? — Soava mais como uma dúvida.
-Sentimento?
-Algo assim? — Suspirei.
-Sim, tudo bem. Não se esforce tanto. — Ele trouxe sua mão perto da minha cabeça, mas arregalou os olhos repentinamente e a puxou rapidamente. -Vou indo, caso precise de algo, toque aquele sino ali. — Logo saiu apressado.
Hamada Asahi queria me confortar?
-Hana-ah... — Choi Byungchan apareceu como um cachorrinho abandonado na porta e logo me pus a sentar.
-Byungchan, como voc... — Antes que terminasse a fala, o mesmo me abraçou fortemente. -Está tudo bem...
-Mesmo? Você ao menos me avisou que iria. Eu pensei que... — Ele me apertou mais contra seu peito.
-Eu estou aqui, sinto muito por te preocupar. — Dei tapinhas em suas costas.
-O que faz tanto na enfermaria? Por que seu corpo é tão fraco? Por quê? — Ele parecia que iria desabar a qualquer momento.
-O que há com você? Está mais afoito que o normal. — O afastei um pouco segurando seu rosto enquanto fazíamos contato visual, mas de repente o mesmo deixou uma lágrima isolada cair me deixando confusa.
-Eu estou assustado... eu não sei porquê. Talvez eu tenha medo de que não possa mais enxergar minhas cores novamente... ou... — Byungchan estava totalmente diferente do seu cotidiano.
-Cores? O que quer dizer? — Ele estava nervoso, estava tremendo com uma expressão que nunca pensei que veria em seu rosto.
-Eu não quero deixá-la ir nunca... — Soltei lentamente seu rosto tentando assimilar o que estava acontecendo. -Mesmo que algum dia você vá embora, eu irei protegê-la com minha vida, não importa onde esteja. — Ele tentou tocar meu rosto, mas antes que pudesse seu corpo teve um tipo de choque o fazendo cair na cama desacordado.
-Desculpe o incômodo, iremos levá-lo de volta. — Alguns caras apareceram repentinamente no quarto o pegando.
-O que está acontecendo com ele?! — Tentei me levantar, mas parecia que eu estava presa na cama.
-Sua última reunião foi muito cansativa, então sobrecarregado ele não pensaria muito antes de falar. Agora, com sua licença iremos nos retirar.
-Espera! — Eles desapareceram sem deixar rastros.
{•••}
-Por que continua com essa cara? — Três dias se passaram desde que estou internada aqui. Hamada perguntou enquanto terminava de me medicar. -O remédio não é tão ruim assim.
-Têm algumas coisas estranhas acontecendo. — Abaixei a cabeça encarando minhas mãos sobre o lençol da cama.
-O que te preocupa? — O mesmo perguntou enquanto guardava os medicamentos.
-Byungchan agiu de uma forma que nunca havia visto antes e Evans... — Parei a frase no meio ao me dar conta que iria comentar sobre Evans.
-Quem seria Evans? — Asahi é rápido raciocinando, percebeu que havia algo ali.
-Ninguém. Esse nome me veio a cabeça de repente e nem sei por que o citei. — O mesmo semicerrou os olhos e logo suspirou.
-Talvez seja efeito do remédio? Devo diminuir a dosagem se for o caso. — Nem acredito que ele caiu nessa. -Ah, gostaria de ver Ian Collins? Você parecia amigável com ele, então pensamos em deixá-la ver o mesmo.
-Sério? — Arregalei os olhos surpresa.
-Sim, Jaehyuk vai te guiar até onde ele está. — Hamada apontou para a porta onde o mesmo se encontrava com um belo sorriso.
-Quanto tempo, Hana-ah. — Ele veio em minha direção e estendeu a mão que sem muita demora, foi segurada por mim.
-Traga ela de volta em no máximo duas horas, é o horário que ela come e também terá uma visita. — Hamada falava com cuidado, me deixando curiosa com o que estava por vir.
-Visita? De quem? — Fitei o mesmo que deu um leve sorriso. Hamada Asahi quase nunca sorria, então esse evento raro era encantador quando acontecia.
-Vamos. — Jaehyuk interrompeu me levando com certa pressa.
-Eu estava curiosa! — Soltei minha mão em birra, mas senti uma tonteira forte assim que fiz, me levando a colocar uma mão em minha cabeça.
-Não solte minha mão enquanto estivermos andando ou vai continuar sofrendo com essas tonturas. — O Yoon entrelaçou nossos dedos e realmente me senti bem.
-Magia? — Minha dúvida foi alta e o mesmo riu fraco.
-Sim, já que seu estado não é bom para sair de lá. — Assenti estranhamente e então seguimos o caminho em silêncio até chegarmos onde o Ian estava.
Ele estava preso em um quarto esquisito na ala B, a mesma ala onde vi aquelas crianças da última vez. Mas diferente daquela vez, ele se encontrava isolado no lugar. Estranhamente, não conseguia vê-lo no quarto. Só havia uma criança deitada na única cama do cômodo.
-E onde ele está? — Perguntei confusa ao Yoon que sorriu de forma sonsa.
-Senhorita Kim?! — A criança me chamou repentinamente me assustando.
-Espera um pouco... Ian Collins?!