Astromélia || H.S || Complete

By loveficsgirl

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1960's and 1970's Aaliyah acaba de perder seu irmão em uma abordagem policial, ele era sua única família em... More

» Notes
» Epigraph and Cast
» Prologue
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» 43
» Epilogue
Agradecimentos
» Bônus Aaliyah I
» Bônus Aaliyah II
» Bônus Harry (Final)

» 23

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By loveficsgirl

Aaliyah

29 de Maio de 1968

Ezekiel estava abalado por ter recebido a notícia devastadora de que seu irmão mais velho havia morrido na guerra, Chris e Bailey perderam um primo e estavam tão tristes quanto Zeke. Devo confessar que eu também estava entristecida com essa notícia e ver meus amigos tristes também me deixa triste.

Eu abracei Ezekiel e quando fiz isso, ele acabou chorando um pouco. O meu pai consolou os meninos, mas essa dor que eles sentiam não poderia ser mudada da água para o vinho rapidamente. Eu sei disso e meu pai também sabe. Então quando contamos a Jack o que houve, o nosso empresário disse que como a tour começaria apenas na quarta feira que vem nós poderíamos ter esse dia. Também disse que já fizemos bastante hoje e que agora era a vez dele trabalhar. Enviando o nosso disco até a rádio.

Portanto, acompanhamos Zeke até a sua casa. Bailey e Chris entraram, Harry, eu e meu pai também. Ficamos lá por um tempo e depois Harry, papai e eu fomos embora. O mais velho foi para a pensão e disse que adorou me ver cantando. Perguntei a ele quando ele voltaria para a Inglaterra e o mais velho me respondeu que poderia ir embora quando eu começasse a minha tour. Ele disse:

Não vim te atrapalhar, querida. Quis ver como você está e veja, é uma mulher crescida que encontrou pessoas boas para estarem com você.

Então, combinei com o mais velho de sairmos todos os dias até a quarta-feira que vem e ele concordou.

Agora, eu estou sentada na cama do quarto de Harry enquanto o mais velho foi pegar um prato de comida para jantarmos. Megan e Nayara saíram para jantar e não sabem o que aconteceu com Zeke ainda, nem sei como contar a elas e nem é como se elas fossem próximas de Ezekiel, mas eu me lembrei de Franklin quando Zeke disse que o irmão morreu. Agora, não consigo parar de lembrar do meu amigo.

E se Franklin morreu também? E se amanhã eu acordar com a notícia de que meu melhor amigo morreu?

Quantos mais morrerão? Quantos mais tem que morrer?

Isso é tão errado, essa guerra é tão errada.

Não consigo não pensar em Frank, ele estava apavorado, ele escreveu para mim e eu respondi e ele ainda não respondeu. Preciso saber como meu amigo está, ele precisava voltar.

Franklin Daniel Stuart não pode morrer porque o pai dele não o aceitou como ele é.

Não tem que ser assim.

— Aaliyah? — Harry me chama e olho para o moreno com dois pratos de comida na mão. Eu estou chorando. — O que houve?

— E se Frank tiver morrido também? — Soluço. — Se ele tiver morrido, se... — não consigo terminar de falar e choro mais.

O meu melhor amigo me ajudou quando eu estava quebrada e eu não pude fazer o mesmo por ele. Frank foi embora, simplesmente foi e eu poderia fazer algo. Não fiz nada. Agora, o irmão de Zeke está morto e Frank pode morrer também, porque a guerra é assim, ela tira e não se importa com isso, foi feita para destruir.

Sinto Harry me abraçando e eu caio em seus braços desabafando o meu medo de perder o meu amigo. Escuto o moreno dizer que Frank está bem e que ficará bem, mas sua voz se quebra também e escuto ele fungar. Não queria esse drama, mas estou apavorada e não ter notícias de Frank é horrível, porque sinto muita saudades do meu amigo.

— Aaliyah respira fundo — Harry diz e segura minhas mãos. Olho para seus olhos verdes cheios de lágrimas, ainda sim, ele parece mais calmo do que eu. Eu respiro fundo, moreno aperta minhas mãos e beija minha testa. — Tudo bem, vai ficar tudo bem — diz me olhando nos olhos e mordo meus lábios.

As suas órbitas verdes estão focadas em mim e tudo que consigo olhar é ele. Respiro fundo, tudo que consigo é inspirar o seu cheiro, tudo que sinto são seus toques em minha mão e eu acabo me acalmando.

— Vai ficar tudo bem — repete. — Isso vai acabar, um dia — garante e aceno com a cabeça. O moreno limpa meu rosto.

O abraço novamente e então, com mais calma eu começo a comer. Harry também faz isso.

Contudo, ainda penso e me preocupo com meu amigo.

02 de Junho de 1968

Ezekiel ainda estava bastante triste pela morte do irmão, mas não parecia mais tão devastado quanto antes. Encontrei ele na praia, sentado na areia e observando as pessoas, o mar e o belíssimo céu azul com nuvens nesta manhã de primavera em Astromélia.

Me sentei ao seu lado e o homem me olhou, mas depois voltou a olhar para frente.

— Como você está?

Zeke joga os ombros.

— É estranho.

— Para caramba — suspiro. — Demorou meses para eu parar de procurar minha mãe quando eu acordava pela manhã — digo e o meu amigo me olha. — As vezes eu ainda faço isso. Às vezes eu acho que posso escrever cartas para o meu irmão e que ele vai me responder.

— E a dor?

— A pior parte, ela é uma onda. Tem dias que é pequena e inofensiva, mas em outros totalmente descontrolada e enorme. Então eu só sinto ela, porque é o que me resta — digo e Zeke acena com a cabeça.

— Maikon se voluntariou logo no início. Disse que queria fazer algo útil. Nunca entendi, porque esse país sempre nos tratou mal, acho que nunca vou entender. Só que meu irmão fez o que ele queria fazer — o mais velho diz e volta a olhar para o mar.

Deixo minha mão em seu ombro e fico calada. Nesses momentos não são as palavras que nos ajudam e eu infelizmente entendo Ezekiel mais do que queria.

Depois de um tempo em silêncio, ele quis saber mais sobre minha mãe e meu irmão e contei a ele sobre os dois.

Ezekiel me contou sobre o irmão dele e como ele admirava o mais velho. Depois o homem me olhou com seus olhos castanhos agitados e logo notei que ele estava ansioso e inquieto. Essa é uma sensação horrível, então disse a ele que quando eu ficava inquieta assim, a música era a minha ajuda para encontrar a calma.

Dessa forma, Zeke pediu para irmos ao estúdio. Não apenas eu, mas para irmos com a banda e nós fomos.

— Viemos fazer o que aqui? — Bailey pergunta confuso.

— Vamos tocar, eu preciso me distrair com alguma coisa — Zeke explica e me olha. Sorrio para ele e balanço a cabeça. — Precisamos ensaiar também, afinal vamos fazer uma tour nacional — ele sorri e olha para todos.

— Mas você está bem, cara? — Chris pergunta e seu tom indica que ele está preocupado com o primo.

— Estou, preciso disso. Vocês estão dentro?

— Você está mesmo perguntando isso para gente? — Digo e dou algumas notas na guitarra. — É a mesma coisa de perguntar se peixe quer água.

Os meninos sorriem, então nós começamos a ensaiar. Tocamos nossas músicas, mas logo começamos a tocar coisas aleatórias, bagunçando as melodias e criando.

Foi quando Harry disse que estava escrevendo algo. Ele pegou o caderno e olhei para a letra. Conhecia essa música, havia lido. Não é uma canção de amor, ou de garotos curtindo e sei que Harry deixou de lado porque Jack aconselhou. Só que agora parece o momento perfeito para terminá-la.

Então, nós começamos a compor a música e tentar encontrar uma melodia para ela. Zeke encontrou uma harmonia entre o som da bateria e a letra. Foi algo que simplesmente explodiu naquela misticidade enquanto a música entrava em sinergia com nossos corpos. Logo, nós fomos encontrando as outras notas para se encaixar na música.

No final da tarde, já tínhamos a música pronta. Decidimos gravá-la e sabíamos que ela poderia ser impactante, mas estávamos sendo sinceros em cada nota, em cada batida e no som que era transmitido por nós.

Honestamente, acho que ninguém estava ligando de uma possível repressão de Jack ou de qualquer outro. Por isso, essa foi a melhor parte de termos feito Sign Of The Times.

Nós apenas desabafamos.

— Nós temos que tocar isso nos nossos shows — Zeke diz e olha para todos. Aceno com a cabeça. Nós realmente deveríamos fazer isso.

— É o que vamos fazer — Harry garante e todos concordamos.

Não há dúvidas sobre isso.

Depois, de termos composto e gravado a músicas, os meninos foram embora. No entanto, Harry e eu continuamos no estúdio e enquanto eu estava ouvindo algumas samples sinto o moreno me abraçar por trás. Ele beija meu pescoço.

— O que você fez para conseguir animar o Zeke? — Harry pergunta perto do meu ouvido e balança meu corpo devagar.

— Conversamos — respondo e me viro para olhá-lo. — Algum problema?

— Nenhum, acredito que funcionou bastante porque gostei do que fizemos hoje — diz e passa seu dedo no meu pescoço. Me arrepio e Harry desabotoa um dos botões da minha camisa.

— Harry, estamos no estúdio — seguro o pulso do moreno e ele sorri divertido para mim.

— Eu não ligo e você?

Então o moreno simplesmente me beija.

Esse menino é um atrevido.

Contudo, é algo de que eu gosto, por isso retribuo aquele beijo e o britânico continua a desabotoar os botões da minha camisa.

Afasto meus lábios do moreno e ele começa a distribuir beijos no meu pescoço. Não estava usando sutiã e nem gosto tanto de usar, por isso o moreno me encarou sorrindo.

Ele não diz nada, apenas encosta os seus lábios no meu mamilo me fazendo soltar um suspiro. A sua mão, logo passou por baixo da minha saia e ele me tocou.

Instantaneamente o meu corpo aqueceu e um suspiro recheado de prazer saiu pelos meus lábios. O moreno chupou minha barriga e acabei tremendo um pouco. Os seus lábios, estavam me queimando com beijos saborosos. Enquanto o seu dedo me deixa encharcada de prazer.

Aquilo era sujo e quente, mas quem liga? Eu estou amando.

Agarro o ombro de Harry quando o desespero se tornou maior em meu corpo e senti que estava a ponto de explodir nessa inimaginável euforia. Contudo, eu também queria senti-lo, gostaria de tê-lo em mim.

Agarro a nuca do moreno e o olho. Suas belíssimas orbitas verdes recheadas de fogo me encaram e ele beija meu queixo.

— Por favor — peço ofegando e ele me dá um beijo. — Eu quero você.

— Eu também quero isso — sussurra e beija meu queixo e depois meu pescoço.

O moreno me deixa sentada na mesa do estúdio e abaixa sua calça. Eu subo o tecido da saia e logo ele se encaixa entre minhas pernas entrando em mim. As minhas mãos agarram sua blusa e um gemido sai de nossos lábios.

As estocadas de Harry eram gostosas e eu me sentia em delírios de prazer. Nossos lábios se tocavam em beijos quentes Nossos quadris se chocavam, nossas peles estavam em contato. Trocamos toques e eu me contorcia de prazer.

A mão de Harry segura a minha e ele distribui beijos pelo meu corpo. Isso me provoca um arrepio em meu corpo, enquanto sentia suas estocadas vigorosas. Aquilo me fazia sentir totalmente viva e havia um desejo dentro de mim que era alimentado ardentemente pelos seus toques.

Os gemidos saíam da minha boca como resposta ao prazer que recebia, tudo estava bom e gostoso e quando cheguei ao meu clímax, minha mão agarrou o ombro de Harry e estremeci. Me entregando totalmente a ele.

O moreno me agarra pela cintura e continua a entrar e a sair de mim veemente. Isso intensifica o prazer dentro do meu corpo, o meu coração estava agitado dentro do meu peito e sem demorar muito tempo, senti seu corpo tremer e ele deitar um pouco mais seu corpo sobre o meu. Ele gemeu meu nome e beijou meu pescoço. Os meus dedos percorreram pelo seu pescoço, mas depois Harry agarrou minha mão.

Encarei o moreno e ele encarou a mim.

— Eu estou apaixonado por você, Aaliyah — ele diz sussurrando e segura meu rosto.

O meu coração acelera, sentia coisas borbulhando dentro de mim, me fazendo arrepiar. Era pura energia e nunca me senti assim, tão viva.

Deixo as minhas mãos em cima das mãos dele.

— Eu também estou apaixonada por você, Harry.

Naquele momento, eu sentia que nada podia nos parar e que o sentimento que deixava o meu peito quente era algo que poderia apenas crescer e não diminuir.

Não quero que isso mude nunca.

05 de Junho de 1968

Nossa primeira apresentação para a tour nacional começou na Califórnia, nos apresentamos em Santa Barbara, mas iríamos ficar por mais uma semana aqui até mudarmos de estado e então percorrer por todo os Estados Unidos.

Devido a proximidade de Astromélia, Megan, Nayara, meu pai e a família de Zeke e os pais dos irmãos Ramsey estavam presentes no show.

Eu e a banda realizamos nossa apresentação e foi eletrizante. Nós cantamos Sign Of The Times também. Vi pessoas chorando e a energia de ter cantando aquela música foi uma experiência bastante especial.

Quando terminamos o show, fomos até o backstage animados e sentíamos que poderíamos continuar tocando por mais tempo. Talvez a noite toda e isso é espetacular porque tocar e me apresentar é algo que poderia fazer pelo resto da minha vida.

— As pessoas adoraram Sign Of The Times e eu também — David elogia e isso me faz sorrir. — Com certeza vai estourar. Principalmente com esses protestos contra a guerra.

— Obrigada — digo e o homem me olha e sorri.

David tem os cabelos pretos e olhos azuis. Ele é esbelto e ficou nos vendo ensaiar, assim como a gente viu ele ensaiar.

Todos nós estamos nos dando bem e vamos ficar por um tempo na estrada, então um bom relacionamento é o que tem que acontecer.

— Vou fazer uma festa na minha casa depois do show, se vocês se animarem. Apareçam por lá.

Sem dizer mais, o homem vai em direção ao palco para começar o seu show.

E nós fomos até os nossos amigos e parentes para assistirmos o show de David.

Enquanto víamos o show algumas pessoas apareceram para pedir nossas assinaturas. Obviamente que tinha garotas que queriam mais que isso, Zeke e Chris gostaram. Bailey se esquivava e eu estava perto de Harry o suficiente para ele ser apenas um homem educado com essas meninas, espero que continue assim.

De todo modo, só pelo fato de estarmos lá e estarmos chamando toda essa atenção me fazia sentir que de alguma forma tudo isso estava sendo apenas o começo.

Continua...

Harry e Aaliyah sozinhos no estúdio de música

Notas: Oioi meus amores como estão? 

O que acharam do capítulo?

Vocês também acham que Sign Of The Times teria se encaixado perfeitamente na época da guerra do Vietnã?

Enfim, espero que tenham gostado, vai ter uma surpresinha para vocês no próximo capítulo, então estejam ligadas ein. Beijos, até a próxima. Anna. Xx

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