Pain⋆˚.markhyuck

By moonsugasnow

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"Sobreviver a um apocalypse zumbi é difícil e sozinho fica pior ainda. Donghyuck não queria se juntar a algué... More

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By moonsugasnow

Tinha dormido tão bem, fazia um baita tempo que não tinha tido um sono tão tranquilo como aquele. Sem mosquitos, sem o frio congelando até seus ossos e sem aqueles sacos de ração duros, apenas uma cama fofinha e quentinha com cheiro de sabonete caro. Se sentia nas nuvens e não largaria aquilo de jeito algum.

Bocejou alto e abriu os olhos devagar. Sua vista estava pouco embaçada então coçou os olhos e olhou para o lado, assim vendo a figura parada no batente da porta. O corpo alto chamava a atenção alheia o fazendo olhar o outro de cima a baixo.

— Bom dia. — falou com a voz grave, tinha acordado agora há pouco.

— Bom dia. — retribuiu enquanto bocejava. — Bota uma camisa, não tô afim de ver sua barriga logo de manhã. — protestou se virando para o lado contrário.

— Eu estou, literalmente, na minha casa, posso ficar do jeito que eu quero. — resmungou indo atrás de uma blusa dentro do seu armário.

Donghyuck encarava suas costas rindo um pouco dos resmungos alheio. O Lee parecia ser mimado e isso atiçava seu interesse. Chacoalhou a cabeça logo se sentando na cama espaçosa.

— Não quero levantar. — fechou os olhos se deitando novamente.

— Não era você o cara que chegou aqui com um papo de que queria sair andando por aí sem ter moradia fixa? — comentou rindo enquanto colocava sua bota.

— Calma lá, agora é diferente, eu não sabia que teria uma cama macia esperando por mim. Me dê uma trégua por favorzinho. — Hyuck falou fazendo Mark rir de si.

— Não. Agora levanta, estou meio estressado hoje e tô afim de matar zumbi até cansar. — puxou o lençol de cima do outro o deixando com raiva.

— Vai sozinho, que porra. Você só serve pra encher meu saco! — levantou reclamando o que fazia o maior rir.

Observava o garoto levantar e ir para sua cozinha como se estivesse em casa, era folgado demais! Não tinha dado nem um dia que estava ali e já parecia se confortar. Mark estava um pouco feliz que o outro estivesse confortável em morar ali junto de si, mesmo que soubesse que teria que dividir tudo com o loiro, não parecia tão ruim.

Pouco tempo depois ouviu a porta do banheiro abrir e logo foi fechada, deduziu que o loiro estava lá e que com certeza iria demorar, então saiu de dentro de casa indo para varanda, o esperaria lá. Sentou na cadeira de balanço que tinha por lá e pôs-se a olhar a rua. Era um lugar tranquilo que para qualquer canto que olhasse, tinha plantas. Era bonito. Seu olhar caía sobre as casas que aparentavam estarem vazias, mas eram muitas, seria quase que impossível ser o único sobrevivente dali. Suspirou fechando os olhos aproveitando o vento passar por si bagunçando seus cabelos e balançando suas roupas. Devagarinho sentia o cansaço o consumir e o estresse de não ter tido uma boa noite de sono, ir embora junto da brisa.

Relembrava momentos que estava a sós consigo mesmo e pensava em como cada um deles serviam como sua válvula de escape. A última vez que teve tempo para esquecer um pouco que tinha pessoas no mundo foi há bastante tempo. Tinha se enfiado dentro de seu carro e ficou lá dentro escutando música por horas e horas até se cansar, aquele dia tinha consumido toda sua energia e a única coisa que precisava era ficar distante de todos.

Saiu de seus pensamentos quando sentiu os dedos esguios pousarem sobre seu ombro o assustando um pouco. Mirou a figura ao seu lado tendo seu olhar retribuído mas logo fraquejou e o desviou. Suspirou se levantando logo pegando seu machado. Donghyuck já estava com seu pé de cabra, então não se preocupou em levar nada extra, seria apenas uma caminhada.

— Tira esse negócio do pescoço. — apontou para a ferramenta que estava rodeando o pescoço alheio.

— Por quê? — o olhou confuso.

— Pode se machucar, sem contar que qualquer coisa pode facilmente puxar o cabo do pé de cabra e de quebra puxar você também. — disse fazendo o outro revirar os olhos e resmungar algo.

— Eu sei me defender, ninguém é louco o suficiente para puxar essa merda. — reclamou tirando a ferramenta do pescoço e a segurou com a mão esquerda.

O tempo passava vagaroso enquanto caminhavam lado a lado. Os chacoalhar das árvores acompanhavam o barulho de água derramando em algum lugar que não estava visível. O ruído chamou a atenção dos garotos, que viraram o olhar para a direção de onde vinha o barulho. Andaram mais um pouco e viram o líquido transparente sair pelas brechas da porta de uma loja e se espalhar pelo asfalto.

Curioso, correu até lá enquanto ouvia Mark falar alto para que parasse pois poderia ser perigoso. Ignorou tudo o que o outro disse e seguiu correndo, logo parou em frente a cafeteria nem tão grande assim. Seus passos eram molhados por causa de estar pisando nas poças de água.

Sentiu a realidade bater contra seu rosto quando Mark segurou seu braço com força. Sabia que aquela cafeteria não era estranha, na verdade conhecia e muito aquele lugar. Jaemin trabalhava lá.

Olhou para o maior ao seu lado segurando seu braço, com os olhos lacrimejando. Mark estava nervoso mas deixou isso de lado e abraçou o loiro, logo permitiu que chorarasse livremente com o rosto enterrado em seu ombro.

Não sabia como lidar com aquilo então permaneceu quieto até o outro ficasse mais calmo e contasse o que se passava. Escutava os soluços baixos perto de seu ouvido e os dedos segurarem seu ombro com mais firmeza. Respirou fundo e guiou Donghyuck até um banco próximo dali.

— O que aconteceu? — indagou tirando uma mecha de cabelo da frente do rosto alheio.

— Mark... Arromba essa porta por favor. — disse ainda com a voz embargada.

Assentiu sem questionar e foi em direção da porta. A mesma era de vidro e não aparentava ter ninguém lá dentro. Talvez o outro estivesse chorando pela falta de alguém ali dentro. Pegou seu machado e pôs toda sua força para destruir a fechadura, que quebrou facilmente com três machadadas. Abriu a porta lentamente com medo de ter algo lá dentro, mas por sorte estava realmente vazio.

— Vem. — chamou vendo o outro se levantar assoando o nariz. Segurou a mão dele e adentrou a cafeteria. Lá tinha um cheiro estranho que não era nada agradável.

Exploraram o lugar e realmente não tinha nada e nem ninguém. Percebendo isso, as lágrimas escorriam por seu rosto rapidamente. Até sentir alguém tocar em seu ombro.

— Tira a mão dele! — Mark exclamou dando um tapa na mão do garoto desconhecido.

— Hyuck! — disse chamando a atenção do loiro que ao olhar para trás viu o amigo. Seu coração acelerava ao ver o chinês vivo depois de tanto tempo.

— Quem é você e como sabe o nome dele?! — nervoso, afastou o menor com o braço, o deixando para trás.

— Cala a boca, Mark, virou guarda costas do Haechan? — proferiu tirando o braço alheio da frente de Donghyuck e logo o abraçou. — Eu achei que você tinha morrido.

— Não fala como se eu fosse morrer com qualquer coisinha, seu bosta. — sorriu retribuindo o abraço.

Mark os olhava de lado, cruzou os braços e foi sentar em uma cadeira qualquer. Revirou os olhos quando viu o de cabelo castanho o olhar, o que fez o garoto rir. Sentia que aquele cara não traria coisa boa, mesmo que Donghyuck o conhecesse.

[...]

Andava emburrado totalmente contrário dos amigos que conversavam animadamente poucos passos atrás de si. Estava sobrando naquela cena e não se sentia nada bem com isso.

O que o amigo de Haechan transmitia não era legal, ele conseguia sentir que aquele cara iria fazer alguma merda muito colossal e nada tiraria isso da sua cabeça facilmente. Nem se o loiro falasse da trajetória de vida do outro ele iria pensar em considerar o um aliado. O tal de Renjun sabia seu nome e isso era estranho demais, nada iria tirar essa desconfiança de si.

Recebeu um olhar confuso vindo do cacheado quando entrou dentro de casa sem se importar consigo atrás de si. Deixou isso de lado e pegou seu caderno que se encontrava em cima de um móvel perto da entrada. Começou a rabiscar as folhas, tentando se livrar das falas dentro de sua cabeça.

A única coisa que ouviu foi Donghyuck se despedir do amigo e logo fechar a porta. Se aproximava de si logo se sentou ao seu lado vendo o papel preenchido com linhas aleatórias. Sorriu levantando o olhar para o mais alto que desviou.

— Vou pegar minhas coisas e me mandar. — sorriu deitando sua cabeça no ombro alheio. — Obrigado por hoje... Sem você eu não teria reencontrado Renjun. — suspirou fechando os olhos. — Talvez hoje seja a última vez que vamos nos ver. Talvez eu morra ou surte, e você talvez viva preso aqui dentro até morrer de velhice. Mark Lee velhinho andando corcunda e matando zumbis com uma bengala. — riu sendo acompanhado de Mark.

— É, talvez seja a última vez que estamos nos vendo. — calou-se por breves segundos. — Então deixa eu me despedir de você de uma forma pelo menos agradável...?

[...]

eu choro escrevendo minha própria fanfic, juro, toda vez q releio esses capítulos de agora eu choro muito. vou melhorar 😓

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