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Se passou duas semanas desde todo o transtorno e se para mim as coisas estão melhorando e estão ficando calmas, para o Henrique não posso dizer o mesmo, o escroto foi preso por divulgar vídeo de sexo com uma menor e após a fofoca se espalhar começou a receber diversas denúncias, fora o exposed no twitter, nisso tudo só consegui agradecer de nunca ter ido além de beijos com ele. Hoje acordei cedo e decidi dar uma volta na praia, era bem pertinho da minha casa aliás, coloquei a parte de cima do biquíni, um short jeans e peguei apenas o meu celular. Comprei uma água de coco, falei com os seguranças e me sentei na areia para observar o mar e as pessoas que estavam por ali fazendo atividades.
- Ai merda! Caramba - me assustei quando senti a minha coxa arder e deixei o coco ao meu lado, uma bola estava parada nos meus pés, olhei e vi um cara lindo vindo na minha direção
- Te machuquei? - perguntou preocupado e eu passei a mão na minha coxa que estava avermelhada, ele se agachou o olhou para a minha coxa - Tá vermelha já, porra foi mal
- Só me assustei - olhei para ele e fiz um sinal bem discreto para um dos seguranças quando percebi
que ele estava se aproximando mas assim que viu o sinal recuou
- Estava distraídona mesmo - falou e eu olhei confusa pra ele
- Estava me vigiando? - arqueei a sobrancelha e ele negou rapidamente
- Não, mas os caras estavam discutindo pra saber quem seria o primeiro a chegar - falou e eu fiquei séria
- Nojentos - resmunguei - Você jogou a bola em mim de propósito?
- Não, a minha mãe me mataria se soubesse que eu taquei uma bola em uma mulher só pra chegar nela - falou rindo e se sentou ao meu lado
- E eu apoiaria ela - ri baixo e ele negou com a cabeça rindo - Tem que ser muito babaquinha pra isso
- Demais - concordou - Existem outras formas de se chegar numa mulher
- Verdade - concordei
- Joga a bola aí, parceiro - um dos garotos pediu e ele jogou a bola na direção do menino
- Mora por aqui? - perguntou curioso
- Aqui no Leblon mesmo - falei e ele pareceu meio pensativo - Por que?
- Não me é estranha - coçou a cabeça - Já devo ter te visto aqui na praia então
- Se você só vem esse horário impossível - falei rindo
- Por que? - perguntou me olhando
- Não acordo cedo pra vir pra praia - falei simples
- Ah, eu me amarro em vir cedinho - sorriu - Faço meus treinos, passo um tempo com os meus amigos e dou um mergulho
- Muita disposição - falei e ele riu - E você mora por aqui?
- Eu gosto daqui - sorriu de lado - É bom pra passar o tempo e tenho alguns amigos que são daqui
- Então somos vizinhos - falei e ele negou
- Moro no Joá - falou e eu assenti
- Não é longe - falei pensativa - Mas mesmo assim tem que gostar muito pra acordar cedo e vir pro sol
- Também - balançou a cabeça - E já virou a minha rotina, sabe? Venho praticamente todos os dias, ter esse tempo para treinar ao ar livre me acalma e me faz bem
- Corajoso - falei e ele riu
- É bom, cara - falou e eu neguei - Não gosta de se exercitar?
- A minha ideia de sábado está mais pra dormir o dia inteiro e assistir série me enchendo de besteiras - falei simples e ele riu
- Tem que se exercitar - falou e eu fiz careta
- Aos sábados? Dispenso - falei rindo
- O seu único exercício é consumir streaming? - me olhou e ajeitou a correntinha no pescoço
- Eu faço ballet - contei - Posso te garantir que é bem mais pesado do que a maioria imagina
- Acho que é considerado um esporte - falou e eu assenti
- Eu defendo como esporte - sorri
- Qual seu nome? - perguntou curioso
- Lara - falei e ele sorriu - E o seu?
- Gabriel - estendeu a mão e eu apertei
- Nome de anjo - falei pensativa - Alguns dizem que crianças com nomes bíblicos são bem bagunceiros
- Eu discordo - falou e eu acabei rindo - Sério, eu sempre fui um anjo
- Sei - falei desconfiada - Na minha família tem Gabriel e eu posso garantir que de anjo só o nome mesmo
- Eu sou excessão então - falou e na hora levantei a sobrancelha o que fez ele rir
- Sério, pergunta aos meus pais, sempre fui um filho maravilhoso - falou e eu neguei rindo
- Isso não tem nada a ver, ok? Você pode e realmente acredito que seja um filho maravilhoso - falei e dei uma pausa - Mas não impede de ter sido uma peste na infância
- Ok, ok - levantou as mãos em rendição - Talvez mas só talvez se você questionar os meus pais pode rolar uma ou outra reclamação
- Poucas? - segurei a risada e ele deu de ombros
- Acho que a minha sabe a quantidade de vasos que já quebrei brincando de bola dentro de casa - falou e fez careta - E sim, ela se lembra até hoje, mesmo que o último tenha anos
- Muitos anos? - perguntei curiosa
- Acho que 1 ano é muito tempo - mal terminou de falar e caímos na gargalhada
- Cara de pau - falei rindo
- E você? - questionou
- Eu o quê? - perguntei confusa
- Foi bagunceira? - perguntou e eu bati com a mão na testa
- Um pouco - fiz careta - Meus pais falam que quase foram a loucura
- Me senti até melhor agora - brincou - Aí, Lara, tem quantos anos?
- 17 - falei e ele assentiu - E você?
- 24 - falou e eu ri baixo - Que foi?
- Aliviada que você não meteu um "23+1" - falei e ele soltou uma risada baixa
- Bagulho feião pô - negou com a cabeça - Graças ao bom deus meus pais não me deixaram crescer com esses pensamentos
- Certíssimos - falei e ele verificou as horas no apple watch
- Aí, gatinha, eu infelizmente preciso ir - falou e eu assenti - Gostei muito de te conhecer
- Foi um prazer, Gabriel - sorri e estendi a mão, ele apertou e se levantou
- Tchau, Lara - acenou e se virou para sair, deu uns dois passos mas voltou - Não não, não posso ir antes de arriscar levar um sonoro não
- O que? - perguntei confusa
- Me dá o seu número? - pediu e eu fiquei surpresa o que me fez arregalar levemente os olhos - Esse lance de deixar na mão do destino e esperar esbarrar com você uma próxima vez não é comigo
- Tudo bem - sorri de lado - Posso falar?
- Pode sim - falou e eu não vi ele com celular
- Como vai gravar? - perguntei confusa
- A minha memória é boa - falou e eu ri baixo
- Tá bom - balancei a cabeça e falei os números
- Gravei - sorriu - Preciso ir
- Vai lá - acenei e ele saiu
Eu fui embora uns 10 minutos depois e ao chegar em casa encontrei do meus pais tomando café da manhã no jardim, sorri ao observar a cena e fui até eles.
- Eu não quero aquela vaca no escritório mais - ouvi a voz da minha mãe e segurei uma risada
- E eu vou demitir só porque você está com ciúmes sem motivo? Brenda, sou nenhum novinho que as mulheres ficam de olho não - falou sério
- Mas muitas querem um sugar, Richard Gere - falei e ele revirou os olhos pelo apelido, sério, o meu pai estava muito parecido com o ator
- Para de me chamar assim - falou e eu beijei o rosto da minha mãe e em seguida o dele
- Não menti - sorri e me sentei
- Transfere a ridícula para não termos problemas - minha mãe falou séria
- Ela está dando em cima do papai? - perguntei e ela negou
- Ainda não - falou e eu peguei o celular - Mas olha pra ele cheia de segundas intenções
- Acho que já estamos juntos tempo o suficiente pra você confiar em mim - falou e eu entrei no whatsapp para responder algumas mensagens, dei bom dia no grupo da família e ignorei os outros grupos
- Eu confio em você - falou simples
- Sério? Não tá parecendo - retrucou e na hora tirei os olhos do celular para olhar para eles
- Não confio na minha falta de paciência - falou e eu segurei uma risada - Se eu pegar um olhar sugestivo dela ou uma insinuação não vai prestar
- Brenda - suspirou e passou a mão no rosto, senti meu celular vibrar e olhei na hora, arregalei os olhos quando vi que era mensagem de um número que não estava salvo
- Whatsapp On -
Xxxx: lara?
Lara: sim
Xxxx: pensei que tivesse me passado um número falso
Xxxx: é o gabriel aliás
Lara: não faria isso
Gabriel: não?
Lara: não, eu te diria que não passaria o número
Gabriel: sincera, gostei.
Gabriel: te mandei mensagem só pra você salvar o meu número mesmo, vou organizar umas coisas do meu trabalho e depois te chamo. pode ser?
Lara: claro pode sim. bom trabalho
Gabriel: valeu
- Whatsapp Off -
- Que sorriso é esse? - tomei um susto com a voz da minha mãe e quando olhei meu pai já não estava ali
- Não tem sorriso - falei e ela riu em deboche
- Tudo bem - mordeu um pedaço do croissant e eu pensei por alguns segundos
- Não é nada demais, tá? Eu conheci um cara ali na praia, conversamos e eu passei o meu número - falei e contei sobre o meu rápido "encontro"
- Pelas coisas que você falou ele parece ser legal, né? - falou e eu assenti
- O Henrique também parecia - larguei o celular na mesa
- Oh, para com isso, nem todos serão como ele, e sim pode ser um possível ficante ou só um amigo - falou séria - Vive e tenta esquecer o merda do Henrique, se ficar comparando não vai conseguir ficar em paz
- Acho que você está certa - falei pensativa - Cadê o Vi?
- Dormindo - bebeu um pouco do suco - Chegou era 07:00 da manhã com o Gui
- Deus me defenda - me levantei e ela riu
- A sua preguiça não permite, né? - falou e eu neguei
- Jamais - falei rindo e mandei beijo para o meu pai quando vi ele voltando para a mesa do café, entrei em casa e logo subi, passei no quarto do Guilherme e o mesmo ainda dormia, o meu pai fez questão de ter aqui em casa quarto para todos os filhos e netos, fui no quarto do Vi e ele também dormia, só me restou tomar um banho e me entregar ao sono.