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hartmannvieira: light game ⛹🏽♂️
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- Gabriel Narrando -
09:00 horas da manhã e o sol torrando a cabeça de qualquer otário desde às 06:00 da matina, mesmo assim segui os meus planos, levantei às 06:00 e fui direto para o Leblon encontrar alguns amigos na praia para o nosso treino, e como sempre rolou a altinha de lei.
- Se no Barcelona eu for camisa 10 e me cobrir de ouro da cabeça aos pés - cantei e batuquei a mão no volante - Mesmo assim, se isso acontecer, fico com você, fico com você - voltei a dirigir assim que o sinal abriu e em poucos minutos finalmente entrei no meu condomínio, assim que os seguranças viram o meu carro abriram o portão, estacionei e logo desci
- Nem pense em entrar em casa - tomei um susto ao ouvir a voz da minha mãe e quando procurei achei a mesma na varanda do quarto - Pode indo tomar um banho no banheiro da piscina
- Eu nem ia entrar - me defendi e ela riu
- E eu não te conheço? - cruzou os braços - Ontem mesmo você entrou todo sujo de areia
- Foi mal - levantei as mãos em rendição
- Vai logo tomar banho - falou e eu assenti
- Bom dia pra você também - falei e ela riu
- Bom dia, bebê - mandou beijo e eu acenei, fui em direção a área da piscina e entrei no banheiro, joguei uma água no corpo só para tirar o excesso da areia e me sequei, quando entrei em casa e vi o meu pai descendo as escadas
- Bença - falei e fiz um toque com ele
- Deus te abençoe - falou me olhando - Vai trabalhar hoje?
- Sim, tenho uma reunião junto com o meu avô e um cliente antigo dele - falei e ele assentiu - Depois vou na academia refazer uns contratos
- A vida do jovem advogado - falou e eu ri baixo - Só não é pior porque não é estagiário
- Sim - confirmei - E pelo menos tenho um otário a minha disposição pra redigir os novos contratos
- O estagiário - falou e eu assenti - Vai na academia que horas?
- Lá pelas 14:30 - falei pensativo
- Tá bom - falou e eu subi direto para o meu quarto
- Alexa plays goosebumps - falei assim que entrei no quarto e logo a música se fez presente no quarto
Assim que entrei no banheiro tirei a roupa e peguei as coisas para dar uma aparada na barba, deixei do jeito que eu gosto e fui tomar o meu banho. Cerca de 15 minutos depois saí do banheiro e fui direto para o closet, abri a gaveta, peguei uma boxer preta, passei o hidrante no corpo e puxei a gaveta da ilha no meio do closet e escolhi um relógio da Cartier, coloquei e fui vestir a calça e a camisa social, abri a gaveta das gravatas e coloquei uma, borrifei um pouco do meu Versace Por Homme e saí do closet pegando a minha mochila e o terno.
- O que custa? - escutei a voz do meu irmão ao entrar na sala de jantar, ele e o meu pai tomavam café da manhã
- Você não vai viajar - meu pai falou entediado
- A minha vó disse que falaria com você - falou e eu fiz um toque com ele - Me ajuda aqui, Biel
- Sabe que a vovó te convence de tudo, né? - peguei a garrafa de café e enchi a minha caneca - Ela lança o famoso "você é o meu filho e fim de papo"
- Ela só não sabe que o bonitão aí tem prova - falou e eu olhei para o Lucas
- Porra, branquelo! - neguei com a cabeça - Sabe que não tem nem chance, né?
- Eu posso fazer segunda chamada - falou e a única coisa que eu fiz foi segurar a risada, já tinha tentado essa tática uma vez e não rolou
- Aí você acordou do sonho, né? - meu pai falou e eu dei um gole no meu café, gostava dele sem açúcar e eu bebia café praticamente o dia inteiro
- O jovem não tem paz nesse mundo - fez drama e eu ri baixo
- Eu espero entrar nessa sala e não ouvir conversa de uma viagem que não vai rolar - a voz da minha mãe se fez presente e o meu pai riu assim como eu, não demorou muito e ela entrou na sala de jantar - Bom dia, homens da minha vida - sorriu
- Bom dia, loirinha - meu pai falou dando um gole no café e ela deu um selinho demorado nele
- Bom dia, rainha - falamos juntos e ela deu um beijo na minha testa e se aproximou do Lucas fazendo o mesmo
- Vai trabalhar hoje não? - perguntei ao notar que ela usava um vestido longo que costumava usar em casa
- Não - se sentou - Na verdade eu não irei trabalhar mais
- NÃO? - eu e o Lucas perguntamos juntos e o susto era real, sabíamos que ela amava o trabalho, e nunca passaria isso pela nossa cabeça
- Por que não? Você ama aquilo lá - perguntei e ela abriu a boca pra responder mas o Lucas começou a falar
- Brigou com o dindo e acabou a sociedade? Deve ter sido isso, né? - me olhou e eu fiquei pensativo
- Mas eles não ficam um dia brigados - opinei
- Deixa ela falar porra - meu pai falou - Assim vocês descobrem o motivo
- Obrigada - minha mãe falou e encheu um copo com suco - O motivo é bem simples: não quero mais me estressar com trabalho e quero aproveitar os meus dias da maneira que eu quiser e sem ficar pensando em trabalho
- Tá certa - concordei - Se tem a opção de não ficar se estressando com trabalho é a escolha mais óbvia
- E se é isso que você quer estamos felizes - Lucas falou e ela sorriu
- Amo os meus bebês - sorriu olhando pra gente e eu terminei o meu café
Quando eu cheguei no escritório fui direto atrás do meu avô para a reunião, era com um dos maiores clientes dele, um gigante do mercado farmacêutico que estava enfrentando uma ação coletiva.
- O que acha? - meu avô perguntou após explicar o caso para mim
- É bem simples - falei deixando os papéis na mesa e olhei para os clientes - A alegação é que o remédio de vocês está causando esses ataques nas adolescentes e por isso querem um recall, uma declaração de culpa e obviamente uma indenização milionária, né? Mas é impossível eles provarem que os ataques são efeitos do remédio
- E mesmo assim querem levar para o tribunal, né? - meu avô falou e eles assentiram - Por que?
- Meninas de 15/17 anos tendo diversos ataques de epilepsia toca o coração alheio - falei óbvio - Sem falar da raiva que o brasileiro tem de empresas e pessoas ricas
- E isso está afetando as nossas ações na bolsa - falou o dono da farmacêutica e eu assenti - Não seria bom uma admissão de culpa porém levar para o tribunal vai manchar ainda mais a imagem da empresa e eu acho melhor um acordo
- Como eu disse é impossível provarem relação entre o remédio e esses ataques epiléticos, não existe um laudo médico que comprove isso - apontei para os papéis - Algo está adoecendo essas meninas e não é as suas pílulas pelo visto
- E se for? - perguntou de repente - Você e os meus especialistas compartilham da mesma opinião, mas e se comprovarem de repente a ligação?
- Gabriel? - meu avô falou e eu dei um gole na minha água
- Faremos de tudo para a sua empresa não ser lesada e muito menos perder dinheiro para oportunistas - falei simples - Iremos provar a inocência e se por acaso tivermos esse contratempo cuidaremos para eles e nem ninguém descobrir
- E aí? - meu avô perguntou e eu terminei de beber a minha água
- Ele parece ser bom - admitiu - Porém é algo muito grande e sério para um novato
- É um caso simples e eu sou capaz - falei sério
- Hartmann - estava falando mas foi interrompido pelo meu avô
- Eu ia perguntar se você confia no meu trabalho só que nem precisa, né? Nunca perdi e muito menos fiz acordo das vezes que te representei - falou simples e ele assentiu - Se tem alguém que eu confio e sei da capacidade para esse caso é o Gabriel, antes mesmo dele entrar na faculdade já estava lado a lado comigo
- Tudo bem - suspirou - Pelo seu avô irei te dar esse voto de confiança - falou me olhando - Espero não me decepcionar
- Futuramente você irá me escolher pelo que eu fizer no seu caso e nos próximos - falei simples - Talvez a minha agenda esteja livre para ti
- Hartmann, Hartmann - riu e nos levantamos - Você está criando um monstro, um tubarão branco 2.0
- Será melhor - meu avô falou e eu sorri de lado