Pov Liz
Acordo com o despertador e vou direto tomar um banho, faço meus exercícios de respiração e desço para tomar café. Estou me sentindo pra baixo, presciso desabafar... Ainda bem que hoje eu vou pra casa, assim posso falar com Nica.
Termino de tomar meu café e subo para ver Gusta. Hoje fico com ele apenas pela manhã, então vou aproveitar.
-Bom dia meu garoto- falo pegando o bebê.
-Vamos brincar no jardim depois do café, combinado?- continuo como se ele entendesse tudo.
Na verdade está um pouco difícil de controlar Gusta. Ele já está andando, do seu jeitinho, mas está. Então eu só o deixo correr pelo jardim brincando de pega pega e quando o mesmo cansa brincamos com alguns brinquedos para sua idade.
Descemos para sala de jantar e eu lhe dei seu café da manhã para seguirmos com os planos de ir brincar. Quando Gusta estava "quase" me pegando, Arthur chega de sua corrida matinal.
- Bom dia meu amor, como você está?- Ele pergunta para Gusta que só dava risada com as bochechas vermelhas.
-Bom dia senhorita- me cumprimenta.
-Bom dia senhor- falo um pouco longe.
- Senhorita? Pode me chamar de Arthur.
Não sei o que está rolando, mas acho que ele está de bom humor.
- Claro Arthur. Pode me chamar de Elizabeth ou Liz se preferir- digo com um pouco de vergonha e também raiva por permitir que ele soubesse meu apelido.
-Tudo bem Liz, hoje você poderá ir para casa mais cedo. Vou sair com meu filho- fala olhando para Gusta.
- Papapai- Gusta balbucia.
Acabo soltado um sorriso involuntário, mas sincero.
- Ok, preciso arrumar ele?- pergunto.
- Não, na verdade eu já vou levá-lo para tomar banho. Está dispensada, obrigado- fala gentil.
- Por nada- falo dando um beijinho na cabeça de Gustavo, enquanto mesmo tenta agarrar meu cabelo, me fazendo rir de sua mania.
Fiquei contente por Arthur ter sido tão gentil, no final das contas ele não prescisa me achar bonita e nem nada. Por mais doloroso que seja, eu sou apenas a babá de Gustavo e só presciso que seu pai seja gentil.
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Chego em casa e vejo nica cozinhando super animada. Fico feliz de ver aquela cena, sem contar que sua comida é divina.
-Muito boa tarde- falo vendo a mesma se assustar.
-Ai garota, boa tarde- diz tampando a panela e colocando a mão no peito.
-O que você está fazendo?- Pergunto.
- Strogonoff de frango- fala se sentando ao meu lado.
- Que delícia, como foi sua semana?-
- Foi estressante. Esse final de semestre tá sendo barra pesada- fala desanimada.
- Nem me fale. Se eu dormir mais um dia na mesinha da sala, certeza que Ruth me mata.
- E sua semana como foi?- pergunta
- Foi boa...- falo pensativa
-Mas???- Nica me incentiva
- Estou em crise Nica, não sei o que fazer. Estou completamente apegada naquele menino, não consigo ficar longe e vivo me preocupando com o que não devia. Esses sentimentos fugiram do controle e eu não posso ser babá dele para sempre.- falo quase chorando e mais rápido que o normal.
- O amiga, eu sabia que isso ia acabar acontecendo. Você tem o coração mole- diz sincera.
-Mas dessa vez é diferente nica, você não tá entendendo. Quando olho para Gustavo sinto que não preciso de mais nada, é como se fizesse todo o esforço valer apena... Eu tô destruída. Tento me enganar o tempo todo para me sentir menos mal comigo mesma.- digo já chorando e tentando entender meus próprios sentimentos.
-Ei, está tudo bem, ok? Não vou falar que sei o que você está sentindo, porque nunca me aconteceu. Mas viva o agora, ame esse garoto do jeito mais doce que você conseguir. Não limite esse sentimento tão bonito, pois isso só irá te machucar. Você é incrível Elizabeth, não se sinta mal por amar esse bebê como uma mãe.
Aquela palavrinha com três letras ... Apenas ela, era capaz de expressar o tamanho do meu sentimento por ele. Eu o amo igual uma mãe.
-Ta bom, obrigada- digo limpando as lágrimas enquanto nica me abraça.
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POV Arthur
Eu já te falei mil vezes Arthur, eu não tenho paciência para isso. Para de me pedir pra ser alguém que eu não sou- Vitória acaba gritando.
Tínhamos acabado de chegar do parque mais cedo do que o previsto, porquê Vitória não gostou do lugar.
- Então porque ainda namoramos?- falo alto.
- Quando aceitei namorar com você não sabia que ser mãe vinha no pacote, aliás nem ser pai você queria-
-Tem razão, mas onde não cabe meu filho também não me cabe- digo mais baixo.
- Arthur... Não fala isso, você sabe que eu adoro Gustavo- Vitória fala mais calma e um pouco chateada.
- Não duvido que goste, mas nossas prioridades mudaram e eu não quero mais empurrar com a barriga. Acabou - falo já cansado.
- Isso não faz sentido, você me disse que Gustavo voltaria a ficar com pai dele assim que possível- fala um pouco chorosa.
- Você não entendeu ainda? Eu sou o pai dele. Eu nunca permitiria que ele voltasse, eu amo esse garoto com todas as minhas forças e não importa mais o que eu disse ou queria antes dele chegar. Não é mais quem eu sou ou quem eu quero ser- falo chegando perto dela.
- Você é maravilhosa Vitória, não merece ficar presa em uma vida que não deseja- falo segurando seu rosto.
- Tem razão... Eu não entendo. Fique bem Arthur- diz secando uma lágrima e saindo pela porta.
Não sei se peguei pesado, mas estou cansado de toda essa história. Nunca cobrei de Vitória assumir um papel de mãe para meu filho, mas esperava que ela ao menos conseguisse se adaptar a minha nova rotina. O que infelizmente não aconteceu.
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Olá, como vocês estão?
Sei que está demorando um pouquinho para os pombinhos ficarem juntos, mas eu realmente presciso de cada detalhe narrado na história.
⭐Votem na nossa história.⭐
🦋Desculpa qualquer erro.🦋