Pain⋆˚.markhyuck

By moonsugasnow

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"Sobreviver a um apocalypse zumbi é difícil e sozinho fica pior ainda. Donghyuck não queria se juntar a algué... More

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By moonsugasnow

Um panfleto de uma padaria voava junto ao vento até parar atingindo sua face. Pegou o papel e estava prestes a amassar, quando viu as delícias que estavam estampadas ali. Já fazia tanto tempo que não comia algo como aquilo, queria tanto uma fatia de bolo.

Ver as imagens o lembrou do dia que ele e os amigos tinham feito um bolo. Fizeram uma baita bagunça naquele dia, mas foi divertido.

Se deixasse os olhos bem fechados e tentasse lembrar de cada acontecimento daquele dia, ainda conseguia sentir a farinha de trigo ser jogada no seu rosto e também das risadas. As gargalhadas ecoavam dentro de sua cabeça o fazendo rir junto. Se lembrava de cada sabor do bolo; A primeira camada era de chocolate, já a segunda era de baunilha e a última era de coco. Ah! O recheio! O recheio era uma mistura de chocolate e coco, era como um doce de coco com uma pitada de chocolate.

A decoração do bolo foi feita de chantilly. Tentaram deixar a superfície bem lisinha, mas deu totalmente errado e para salvar, eles puseram granulado colorido. Não ficou uma obra de arte do jeito que queriam, mas o sabor compensava e muito.

A calda de morango escorregava de seu queixo e parava em sua blusa, essa que ficou manchada com o líquido vermelho. Calda de morango?

- Calda de morango...? - indagou olhando para o corpo morto aos seus pés. Mark estava espantado, segurava o machado com ambas as mãos enquanto olhava para o loiro. - Que nojo! - gritou olhando para sua roupa que tinhas respingos de sangue. - Tenha mais cuidado quando for matar alguém do meu lado, Mark Lee! Que merda.

- Ele ia morder você!? - exclamou soando mais como uma pergunta.

- Ia, não vai mais. Temos que voltar logo, já estou cansado. - resmungou chutando o corpo dos seus pés e voltou a caminhar.

Mark o olhava desacreditado. Aquilo realmente tinha acontecido? Haechan estava diferente do episódio do carro, parecia ter aprendido a lidar com os mortos-vivos muito rápido. Balançou sua cabeça e voltou a andar ainda confuso.

Inquieto, Donghyuck golpeava o vento com seu pé de cabra enquanto o maior só observava. Ele parecia levar jeito para aquilo, na real ele ficaria bem melhor usando uma espada. Os olhos curiosos admirava cada movimento do loiro, esse que sentia o olhar alheio cair sobre si. Sorriu e parou de golpear o vento.

- Eu aprendi jogando. - proferiu quebrando o silêncio. - Eu tinha, tinha não, tenho, uma personagem que ela realmente é muito boa com duas pistolas. - sorriu parando em frente a porta dos fundos do mercadinho. - Enfim... Hoje foi legal, muito legal.

- Ah... Eu também achei, só me assustei um pouco quando aquele grupo de zumbis passou por nós. - riu sem graça. - Eu realmente fiquei tenso naquela hora. Mas de qualquer forma, obrigado por ter me acompanhado. Você tem sido a única companhia humana que eu tenho depois de muito tempo. - desviou o olhar e coçou a nuca envergonhado.

- O mesmo. - proferiu e logo em seguida ficaram em silêncio.

O vento batia em seus rostos e bangunçava os cachos do loiro. Mark sentia um sentimento que fazia muitos anos que não sentia: paz. Sentia seu corpo leve diante a imagem quase que angelical. Sorriu envergonhado. Droga.

[...]


Deitado em sua cama, olhava para o teto vazio enquanto segurava o pingente do seu colar. Estava sozinho naquela casa desde o início e nunca tinha sentido tanta vontade de voltar a morar junto de alguém. Mesmo que não conseguisse lidar muito bem com outras pessoas, queria tanto poder passar todos os seus dias restantes de vida ao lado de Haechan.

Não queria parecer emocionado, mas era impossível conter o desejo de conhecer mais o loiro. Isso o deixava encabulado. Tipo, caralho, por que estava tão alegre em ter encontrado alguém vivo? Nunca precisou de ter alguém ao seu lado falando o que teria de fazer ou não, mas agora queria que Haechan mandasse e desmandasse em cada ação sua.

Recordava do dia que tinha finalmente achado uma foto para pôr dentro do pingente do seu colar; colar esse que ganhou quando ainda era criança. Foi um dia importante com a pessoa mais importante da sua vida, sentia falta dessa pessoa.

Estranho, muito estranho querer colocar uma foto de Haechan com seus cachos dourados balançando ao vento em seu pingente.

Enfim, vamos dormir que amanhã é outro dia. - pensou logo se sentando na cama. O dia ainda iria demorar um pouco para acabar, mas queria logo pular aquela tarde se não iria ficar 'biruta' de vez.

[...]


Acordar no meio da madrugada, de longe, era a coisa que mais odiava. No fim nunca conseguia dormir de novo e ficava andando pela casa sem ter o que fazer.

Suspirou passando as mãos entre os fios de seu cabelo os bagunçando. Levantou-se indo atrás da sua calça, sua faca e, já que estava frio, pegou uma jaqueta. Sua cabeça já estava em poucos parafusos, então sair no meio da noite não pareceu grande coisa para si.

O vento o atingiu assim que abriu a porta de casa. A brisa gélida batia contra sua face o fazendo espirrar e pensar duas vezes se realmente valia a pena andar por aí. Agora já era tarde demais para desistir.

Grilos juntos de corujas faziam os únicos ruídos que Mark conseguia ouvir enquanto caminhava sem rumo. Tudo parecia muito vazio e abandonado o trazendo uma sensação de calmaria. Era terapêutico andar por aí de madrugada sem rumo algum, era tranquilo.

Seus pés se moviam numa direção já bastante conhecida por si, mas ainda queria insistir na tecla de que está andando sem um destino. Queria se enganar o suficiente até parar em frente da porta de ferro, essa que estava trancada. Mas aquilo não era um obstáculo para si, sabia muito bem como abrir uma porta sem precisar da chave.

Ao seu lado no chão, tinha um clip de papel todo distorcido. Era aquilo que usava para abrir a porta do mercadinho. Foi até que fácil abrir a porta, já a grade foi meio chato.

- Caralho, Mark, para de arrombar a porta, cara. - se assustou ao dar de cara com o loiro, esse que o olhava para si o repreendendo.

- Foi mal. - sorriu sem graça fechando a porta atrás de si. - Tava sem sono, vim para cá espairecer um pouco. Desculpa te interromper.

- Eu vou te expulsar. Eu estava pronto pra dormir e você vai e chega arrombando a porta! Eu fiquei assustado, mas que bom que foi você e não um louco. - sorriu largo e logo pegou a mão do outro. - Olha, tenho uma coisa para te mostrar.

- Não brinca... - disse de boca aberta. - Faz muito tempo que eu não como carne e a de frango é a minha favorita. Mas eu não sei preparar não. - falou e logo recebeu um empurrão.

- Cala a boca, ela não vai virar comida! Já me arrependo de ter colocado o nome dela em sua homenagem. - revirou os olhos e foi em direção a galinha. - Você tem um pai muito ruim, mas não é culpa sua, ok? Eu te protejo dele.

Mark assistia a cena confuso. A galinha só cacarejava enquanto parecia gostar do carinho que recebia do loiro, mas não era disso que estava com um pé atrás. Nunca tinha pensado em ser pai tão jovem e, assim do nada, Haechan chegou com uma filha. Ele não sabia como cuidar de si mesmo, imagina de um moleque e uma galinha.

- Não sei como cuidar de galinhas.

- Aprende.

- Tenho medo de galinha.

- Depois acostuma.

- Eu faria nuggets.

- Aí eu faço nuggets de você. Agora para de zorra e pega aquele saco de milho. - sorriu falso enquanto alivasava a cabeça do frango.

- Qual o nome dela? - jogou o pacote de milho em cima do balcão fazendo a ave se assustar.

- Tenho minhas dúvidas. Molo ou Barata, qual prefere? - olhou para Mark e ele realmente parecia pensar profundamente sobre aquilo.

- Barata é muito bom, sério.

[...]

Andavam lado a lado em silêncio, apenas grilos e a Barata faziam algum ruído. Aproveitavam a presença um do outro e de zumbis que vez ou outra se aproximavam dos dois e morriam na hora, Mark os matava com gosto. Isso lembrava vagamente que queria perguntar algo para o maior. Na verdade queria perguntar várias coisas.

Sempre fora muito curioso e já se meteu em muitas roubadas por causa dessa curiosidade desmedida, mas não estava ligando. Ficava olhando para o colar no pescoço alheio, mais especificamente para o pingente, esse que balançava a medida que andava. Aquilo atiçava sua curiosidade, queria ver do que se tratava, queria ver se aquele coração abria e se tinha algo lá dentro, e não iria medir esforços para conseguir realizar esse desejo.

Foi tirado de seus pensamentos quando Mark parou em frente à uma casa. Era até que legal, gostaria de voltar a morar numa casa. O outro abriu a porta assim revelando o interior da casa. Era uma casa normal, dava para tranquilamente morar três pessoas ali.

- Bem vindo. - sorriu da expressão confusa do loiro.

- Essa casa é sua? Caraca. - suspirou olhando cada canto da casa.

- É... Mas pode ser nossa, não pode?

[☆]

estou meio afastado do wattpad por pura preguiça, mas juro que vou atualizar essa história o mais rápido possível. tipo, mano, já tem, ao todo, cinco capítulos escritos. faltam mais cinco para o final, eu acho. tenho certeza que não vai se estender pra mais de 10 capítulos, isso eu posso confirmar! de qualquer forma, obrigado por quem tá lendo aí, espero real que eu esteja fazendo uma coisa legal. fechou, é nós, até o próximo ‹𝟹

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