CINZAS - Saga Inevitável: Seg...

By MillenaAgliardi

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» Esse é o quinto livro da Saga Inevitável, retratando a segunda geração, os filhos dos casais principais. Vo... More

PREFÁCIO:
PRÓLOGO.
1. Todo Mundo Menos Você.
2. Por Supuesto.
3. Sound Of Silence.
4. O Conto Dos Dois Mundos.
5. João De Barro.
6. Melhor Sozinha.
7. Losing Your Memory.
8. Say Something.
9. Ciumeira.
10. River.
11. Arcade.
12. Lendas e Mistérios.
13. Question.
14. Summertime Sadness.
15. You Broke Me First.
16. Broken Wings.
17. Leave All The Rest.
18. Love And Honor.
19. Beggin'
20. DYNASTY.
21. abcdefu.
22. A Meta É Ficar Bem.
23. Insônia.
24. Penhasco.
25. Blood // Water.
26. Monster.
27. Radioactive.
28. Skyfall.
29. Believer.
30. Chasing Cars.
31. I See Red.
32. Cedo Ou Tarde.
33. Traitor.
34. Enquanto Houver Razões.
35. Dusk Till Dawn.
36. Play With Fire.
37. Evidências.
38. No Pares.
39. Santo.
40. Ingenua.
41. Angels Like You.
42. Who You Are.
43. Queda.
44. Mad World.
45. Mercy.
46. Bird Set Fire.
47. Couting Stars.
48. In The End.
49. Decode.
50. The Power Of Love.
51. Way Down We Go.
52. River.
53. Blood/Water.
54. Losing Your Memory.
56. Unconditionally.
57. As Long You Love Me.
LIVRO NOVO!

55. Monster.

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By MillenaAgliardi

JHENIFER.

Monster, monster under my bed
Come out and play 'cause I need a friend
You're so damn close that I feel your breath
You're the only one I have left.”




Todos estavam em profundo silêncio depois de Nico e Nino contarem a história completa. Meus pais estavam sentados lado a lado, assim como tia Cinzia e Samael. Os dois haviam vindo para Las Vegas assim que papai ligou, informando sobre nosso desaparecimento completo. 

— Você o matou? — Samael perguntou olhando para tia Alessa como se não a reconhecesse. 

— É claro que ela o fez. — Alessa rosnou. — Qualquer uma de nós quatro teria feito isso. Ele matou nossa mãe! 

— Não coloque Cinzia no meio disso. — Samael sibilou. Minha tia o encarou com raiva. 

— Eu teria feito o mesmo. Na verdade, estou fodidamente triste por não ter sido eu. — Ela rosnou as palavras, fazendo meu tio arquear as sobrancelhas em surpresa. — Ele matou minha mãe. Giulia nasceu prematura e passou sessenta dias na UTI neonatal por causa dele. 

Samael não disse mais nada depois daquilo. 

— Você está bem? — Mamãe perguntou afetuosa. Eu ainda não tinha me acostumado com aquela versão dela e qualquer carinho, mesmo que constante, fazia meus olhos marejarem. 

— Estou, sim. Não foi nada demais. — Disse-lhe mesmo não sendo tão verdade assim. Eu jamais esqueceria os momentos de terror que passei com aquele homem me apontando uma arma. Nunca esqueceria os gritos de sua filha sobre seu cadáver. 

— Onde está a garota? — Papai perguntou depois de um momento silencioso. 

— Com a mãe. — Nico respondeu com os olhos distantes. — Quando contei a ela, ela simplesmente assentiu. Disse que sabia que aconteceria de uma forma ou de outra. 

— Para mim, Sadie Coleman é um novo inimigo. Vocês mataram o pai dela em sua frente. Ela vai voltar. — Thomaz deu de ombros, um tom de aviso. Eu me arrepiei. 

Monstros não nasciam, eram criados. Não era aquilo que todos diziam? 

— Não, não vai. — Nino disse com plena convicção. — E mesmo que voltasse, que poder uma garota de quinze anos, sem dinheiro, sem influência, sem a porra de um sobrenome descente teria? Se ela tentasse, seria morta como uma fodida mosca. A mãe dela sabe disso. 

— Você parece irritado. — Meu pai zombou. Eu estava petrificada com as palavras de Nino; tão cruéis e frias. 

— Tente ter sua esposa sequestrada. — Tio Nino rebateu friamente. 

— Ela foi sequestrada. — Nico disse com um sorriso de canto. — Lorenzo deveria ser filho do Thomaz, é igualzinho ao filho da puta. Ou as mulheres ruivas tem algum apelo que não entendo. 

— Do que você está falando? — Lorenzo perguntou. Ele estava em silêncio desde o começo da conversa, sentado no chão com as costas apoiadas em minhas pernas. 

— Thomaz também queria se trocar por Carina quando ela foi sequestrada. — Meu tio disse franzindo as sobrancelhas. — Igual a você que pediu para Luca simplesmente apontar uma arma para você! Igual a você que olhou para a porra do inimigo e disse “meu pai me ama, eu valho mais que ela, me troque por ela” vai se foder, caralho. 

Tia Alessia arregalou os olhos em descrença, mas papai se inclinou no sofá para dar um tapinha no ombro de Lorenzo. 

— Meu orgulho. — Papai ironizou com uma risada. Nico revirou os olhos. 

— Você faria o mesmo no meu lugar se fosse mamãe na mira de uma arma. — Lorenzo murmurou deixando a cabeça cair em meu colo. Acariciei seus cabelos. 

Nico não precisou dizer nada. A forma que ele olhou para a esposa respondeu por ele. 

— Eu ainda não consigo acreditar que ele fez isso. — Tia Alessa disse roucamente. Ela não parecia arrependida, mas sim chocada. — Que ele colocou meu pai como alvo, mas mamãe que morreu. Como isso teria sido melhor? 

— Ele está morto agora. — Lorenzo disso tentando a confortar. 

— Ou ele vai voltar de novo. O cara é bom em ressurreição. — Papai zombou. 

— Tu tá com um palhaço enfiado no cu hoje, né? Pelo amor. — Nico se irritou revirando os olhos, mas ele não parecia com raiva de verdade. Parte de mim acreditava que ele estava feliz por aquilo ter acabado. 

— Estou feliz por ele estar morto. — Tia Cinzia admitiu. — Eu não conseguiria viver sabendo que ele está por aí, impune. 

— Eu queria ter visto ele. — Samael disse depois de um momento em silêncio. — Eu não consigo acreditar que ele estava vivo esse tempo todo. Senti falta dele todos os dias nos últimos quinze anos e ele… Ele fez isso. 

— Eu preferia não saber. — Nino murmurou. — Preferia que ele tivesse sido morto há quinze anos. 

— E eu estou feliz por Alessa tê-lo matado. — Nico deu de ombros quando a sala todo o encarou. — Eu não teria tido coragem, Nino também não, eu sei. 

— Achei que você me odiasse. — Alessa soltou uma risada histérica. 

— Você? — Tio Nico riu amargurado. — Me odeio por não ter tido coragem de mata-lo e deixado você ter sangue nas mãos. 

— Não ligo de ter sangue nas mãos desde que isso proteja minha família. — Alessa disse ferozmente. — Ele era um risco e foi eliminado. Pronto. 

— Ela deveria ser o Capo. — Samael brincou.

— Tô mais afim de sair da máfia. — Alessa zombou sombria. — É a primeira vez que vou dizer isso na vida, mas acho que deveríamos encher a cara. 

— Jhenifer está grávida. — Papai lembrou estreitando os olhos para mim. Céus! Como se eu fosse beber! 

— Eu sou alcoólatra. — Samael murmurou e deu um sorrisinho para mim. — Bem vinda ao mundo da água com gás e limão. 

Minha boca salivou potencialmente quando ele disse aquilo. 

— Eu realmente, realmente, preciso beber uma água com gás e limão. Nesse momento. Eu vou morrer. — Avisei a papai, arregalando os olhos. Ele sorriu e apontou para Lorenzo. 

— Esse B.O não é mais meu. 

E então, como sempre acontecia na nossa unida e disfuncional família, alguém puxou uma gargalhada e todos começaram a rir logo em seguida. 

——————«•»——————

Dessa vez, na última prova do vestido de noiva, fomos Alessa, Alessia, mamãe, papai e Nino, além de outros vários seguranças. Ninguém repetiria o mesmo erro. 

Depois da prova, o bebê insaciável dentro de mim nos obrigou a parar na praça de alimentação do shopping. 

— Nunca na vida vi você comer um hambúrguer. — Papai murmurou quando me viu devorando o lanche. Mamãe revirou os olhos. 

— Ela está grávida, Thomaz. Deixe-a comer.

— Eu nunca a impedi de comer! 

O lanche estava maravilhoso, mas o deixei de lado quando vi Lila entrar na praça de alimentação. Eu não tinha a visto desde a formatura e me levantei sem pensar duas vezes. Ela tinha sido uma boa amiga no meu período em Las Vegas e agora que me casaria com Lorenzo e moraria ali, queria tê-la em minha vida. 

— Lila! — Chamei animada quando me aproximei. Ela franziu as sobrancelhas  confusão. 

— Jhenifer? O que você está fazendo aqui? — Ela perguntou abismada, como se fosse algo surpreendente. 

— Eu moro aqui. — Ri baixinho. — Como você está? 

— Onde está Lorenzo? — Ela cortou as amenidades, lançando um olhar afiado em direção a mesa onde minha família estava sentada, principalmente ao meu pai. 

— Em casa. — Onde mais ele estaria? — Lila, está tudo bem? 

— Vocês estão juntos? 

— Isso é um interrogatório? 

— Não. — Ela deu de ombros ajeitando seus óculos sobre o nariz afinalado. 

— Estamos juntos. Estou na minha prova de vestido de noiva final. — Suspirei. 

— Vocês vão se casar?! — Ela exclamou um pouco alto demais. Meu pai virou a cabeça em nossa direção na hora. Eu sorri para ele e me voltei para Lila. Ela estava esbabacada. 

— Sim. — Confessei. — Em duas semanas. 

— Como? — Ela riu amargurada. — Como isso é possível? Como o Rizzi permitiu? 

— Lila… — Eu me calei quando por fim notei o ódio em seus olhos, a forma que ela olhava entre mim e meu pai. Foi então que algo clicou em minha mente, uma coisa horrível que eu não queria acreditar. — Foi você. 

— O que? — Ela teve a coragem de parecer chocada. 

— Você mandou o vídeo para o meu pai. 

— Você vai me matar por isso? Igual Lorenzo fez com Andrew? — Ela rosnou a pergunta. 

Nunca alguém havia me olhado com tanta raiva, com tanto nojo. Me encolhi minimamente. 

— Porque você fez isso? — Perguntei baixinho. 

— Porque Andrew morreu por isso. Por causa desse segredo de merda. — Ela sibilou dando um passo em minha direção. — Eu realmente esperava que seu pai matasse Lorenzo. Eu realmente quis isso. É uma pena que não tenha acontecido. 

Seu ódio cru e desmedido por Lorenzo me deu um injeção de raiva. Ela armou tudo aquilo porque queria Lorenzo morto. Eu entendia seu motivos, mas ainda assim não consegui refrear minha língua. 

— E olha onde estamos. — Eu disse com uma risada fria, mostrando o que eu tentava reprimir desde que me entendia por gente; o sangue Rizzi. — Vamos nos casar, numa cerimônia enorme que vale milhões, com todas as pessoas que amamos presentes, com o mundo aos nossos pés. 

— Sim. Afinal, você tem tudo que quer, não é, Jhenifer? — Ela sorriu, mas o sorriso mais parecia um balde de gelo. — Mas isso não muda o fato de você ser uma vadia vazia, uma riquinha garota mimada, que vai passar a vida toda sob os pés de um assassino. 

Eu também sorri. Um sorriso pelo qual meu pai era conhecido. 

— Pois é, vou passar a vida toda ao lado de um homem que não pensa duas vezes antes de matar por minha causa. — Eu sorri ainda mais quando Lila estremeceu. — Eu não saio perdendo, já nossos inimigos… 

— Tudo bem por aqui? — Papai perguntou surgindo ao nosso lado com uma expressão de aço. Vestido em seu habitual terno preto e olhando para Lila como se ele fosse mata-la, ele realmente parecia assustador.

— Sim. — Respondi sem hesitar. Mesmo a odiando por um momento, eu não queria que ela se machucasse. Ela sequer respondeu, apenas saiu andando para longe. 

— O que aconteceu? — Papai perguntou colocando a palma sobre minhas costas. 

— Nada, está tudo bem. 

E estava mesmo. Eu era uma Rizzi, em breve uma Parisi, nada poderia me abalar. 

Não mais. Nunca mais. 

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