Obsessão

zurizazuri tarafından

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VOLUME 1/ LIVRO 1 +16⚠️ CAPÍTULOS REVISADOS APENAS APÓS O FIM DO LIVRO!!!!! Chase Hudson. Um homem misterios... Daha Fazla

1 - Piloto
2- Noiva
3- festa
4- Intuição
5- Babaca
6- Despedida
7- Cretino
8- Teste
9- Cadelinha
10- Brincadeira
11- Acompanhante
12- Cassino
13- Lembranças
14- Viagem
15- Autocontrole
16- Irmã
17- Tentação
18- Castigo
19- Fotos
20- Bêbado
21- Situação ruim
22- Dor
23- Pedir?
24- Corpo
25- Noite longa
26- Paraíso
27- Arrependimento?
28- Cobra
29- Uma escolha
30- Estrelas
31- Envelope
32- Acordo
33- Espiã
34- Praia
35- Entrevista
36- Palhaço
37- Abismo
38- Pânico
39- Ciúmes?
40- Paralisada
41- Perigo
42- Cruel
43- Recompensa
44- Nostálgico
46- Pesadelo
47- Pendrive
48- Sobreviver
49- Só dele?
50- Apunhalada
51 - Só sangue
52- Longe dele
53- Eva ou Daemon

45- Amor?

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zurizazuri tarafından


Charli Povs

Me escondi atrás de Chase enquanto ajeitava meu sutiã.

Vinnie ficou parado por um momento ainda horrorizado, mas depois começou a se mexer como um flash.

- Aí meu Deus, eu quero arrancar meus olhos. Porque isso tinha que acontecer justo um dia antes do meu aniversário?! - falava sozinho enquanto pegava os maiores cacos dos pratos que caíram no chão.
- Mas isso não teria acontecido se você tivesse atendido a porcaria do telefone mais cedo. - ele aponta com raiva pra Chase.
- Era só me dizer que já teria companhia mais tarde ok? - ele parecia bem aflito.

Depois saiu dá sala correndo praticamente.

Chase se vira pra mim, parecia tranquilo apenas estava frustrado.

Tento não olhar para sua boca levemente vermelha.

- Esse foi o momento mais constrangedor da minha vida. - digo vestindo minha blusa desajeitadamente.
- Para de sorrir! - mando sem acreditar que ele estava de boa com oque aconteceu.

- Está tudo bem, não tem nada demais nisso.

- Como? Se eu fosse o Vinnie nem olhava mais pra gente! - procuro minha calcinha e a acho embaixo da mesa.
- Isso não deveria ter acontecido. - puxo minha calça, querendo sair dali o mais rápido possível.

- Sem arrependimentos. - Chase segura meu queixo.
- Não estávamos fazendo nada de errado. - dá de ombros.

- Não, apenas estávamos fazendo no lugar errado!

- Não tem ninguém aqui uma hora dessas. O Vinnie que errou em não ter me avisado que viria. E ele trouxe pratos, obviamente vinha me fazer "companhia", ou seja, encher meu saco.

- Uma parte disso é culpa sua. Ele disse que tinha te ligado, e você não atendeu. Então ele veio aqui mesmo assim.- suspiro vendo que esse momento sendo evitado também teria evitado traumas.
- Isso não deveria ter acontecido. - digo querendo me bater.

- Está falando mesmo do Vinnie ou das nossas palavras anteriores? - senti meu rosto corar com sua pergunta e ele sorriu mais ainda.

- Para!

- Tudo bem, então é melhor irmos indo. Antes que venha mais alguém sem noção. - pega sua bolsa e fecha a tela do computador.

- Oque? Eu não vou embora com você! - não sou nem louca.

- Ahh, vai sim. Não vou passar a noite acordado com ódio por termos sido interrompidos, apenas se continuarmos fudendo.n - engasgo com o nada pelo seu vocabulário.

Parecia uma criança emburrada.

Assim que íamos saindo Vinnie volta com uma pá e vassoura.

- Quando sair fecha a porta idiota. - Chase fala e eu aperto seu braço com raiva e ele sorri com desdém.

Vinnie resmunga e eu só queria enfiar minha cara em um buraco no chão.

Depois pedirei desculpas a ele por isso.

Fomos andando até o elevador e eu fiquei calada, Chase também não me dirigiu a palavra, mas vez ou outra ainda segurava uma risada.

Ao chegar no carro eu entrei em silêncio.

Pensando.

Oque eu queria dizer quando disse que ele fazia eu me sentir a mulher mais desejada do mundo?

Meu Deus eu não deveria ter feito isso!

Chase começa a dirigir e como sempre eu fico olhando a movimentação pela janela para evita-lo.

Eu começo a refazer as memórias daquele dia, o dia em que cuidei dos machucados em sua costa, e me lembro de um papel que ele havia me mostrado.

- Conseguiu descobrir aonde está o pendrive? - pergunto esperando que a resposta seja sim.

- Não. - nega me fazendo respirar fundo.

O dia em que descobrirmos quem é esse ser humano misterioso, vai ser o dia em que a maior curiosidade da minha vida vai passar.

E espero que esse plot não seja uma bomba.

É exaustivo demais ficar correndo de alguém que não sabemos o rosto.

Se é mesmo que não sabemos.

Não falo mais nada.

Isso é muito estressante.

Mas é como se o estresse se desfizesse quando sentisse sua pele em contato com a minha.

Toda minha rigidez se esvaiu assim que senti sua mão em minha coxa, a apertando.

Ele fica com ela ali e depois a sobe, entre minhas pernas aperta sobre minha intimidade.

Arfo não sabendo como ele ficava tão tranquilo dirigindo e me provocando.

- Chase...para! - consigo falar sentindo uma excitação descomunal.

Ele continua esfregando seus dedos por cima da calça e eu começo a me mover na direção de sua mão, fazendo o contato ser maior.

Abro a boca e deixo um gemido baixo ressoar.

- Tire sua calça. - manda com uma rouquidão que arrepiou minha espinha.

Ele afastou sua mão da minha intimidade e eu grunhi.

Puta merda.

Dessa vez ninguém nos interromperia, e eu já fiz a merda, não quero parar agora.

Começo a desabotuar minha calça, logo depois a jogando na parte de trás do carro.

Chase mal me deixou fazer esse movimento e pegou em minha coxa a puxando e me girando no acento. Me mexi descendo mais meu corpo e deitando, ergui minhas pernas e as segurei com força quando Chase novamente esfregou minha intimidade, agora com mais contato ainda apenas com a calcinha impedindo totalmente o toque.

- Por favor...- puxo minha calcinha pro lado quase implorando pra que ele penetrasse seus dedos em mim.

Ele penetra um dedo mas logo o tira, o lambendo, e aquele mesmo ar de satisfação que ele passava aumentava ainda mais minha excitação.

Finalmente leva seus dedos a minha intimidade e os move lentamente.

Começo a praguejar baixo.

Chase dirigia calmamente, quem o visse assim nem pensava que ele me masturbava bem ali.

Acelera seus movimentos me fazendo arquear as costas e me levantar um pouco segurando seu antebraço com força.

- AH MEU DEUS! - grito tentando afastar sua mão e fechar minhas pernas. Chase não move um músculo apenas continua acelerando os movimentos e ia penetrando mais um dedo.
- Ah céus eu vou...- não consigo terminar de falar pois uma onda de orgasmo me atinge e eu estremeço arranhando o braço de Chase e apertando a lateral do acento.

Estava suada, e após recuperar minha respiração abri um sorri depois desse orgasmo incrivelmente maravilhoso.

Olho para Chase e ele logo direciona seu olhar para mim, depois para minha intimidade.

Me ajeitei no banco, o vendo se concentrar novamente na pista.

Depois de alguns minutos, quando para o carro, eu consegui olhar aonde estávamos. Naquele mesmo espaço cheio de flores aonde o céu de noite ficava lindo, e nesse momento também estava todo estralado.

Não tive muito tempo de apreciar o local pois meu rosto é puxado e lábios vão em direção ao meu pescoço, sinto suas mãos em minha blusa que é retirada em um segundo e mãos adentram por meu sutiã.

- Chase eu...- ele não prestava atenção em minha voz, então tento segurar seu rosto. Mas, não obtive sucesso.

Ele estava apenas concentrado em marcar meu corpo.

- Será que pode me deixar comandar por um momento? Porra eu quero te fazer gozar também. - digo com o fio de voz que me restou.

Ele finalmente levanta seu rosto e me olha com a boca entreaberta.

Seus olhos estavam em um tom azul turquesa lindo.

Ele sempre me satisfazia e eu só fiz o mesmo por ele duas vezes.

Pode não ter sido tão evidente, mas mesmo assim vejo um sorriso querer brotar em sua boca.

Chase se aproximou tocando meu cabelo, e desceu sua mão ao meu ombro, a deslizando pelo meu braço e segurando minha mão.

A levou até a barra de sua calça.

E então, entendi que ele seria todo meu naquele momento.

Com pressa levei minhas mãos a barra de sua calça e tirei seu cinto com agilidade, desabotuando e puxando sua camisa social para cima. Memorizei sua pele em minhas mãos sentido a dureza de seu abdômen e as direcionei a sua cueca, apertando seu pau por cima.

O sentia duro em minhas mãos, o tesão evidente em casa pulsação de suas veias.

Chase mantinha seus olhos fixados em mim a todo segundo.

Me ajoelhei no assento e antes de posicionar minhas mãos em sua perna, tiro meu sutiã.

Chase tira seu terno desabotoando sua blusa e a jogando no banco de trás.

Ergo-me um pouco e beijo seu peitoral, descendo lentamente e lambendo seu abdômen, Chase se remexe suspirando e o sinto prender a respiração.

Aperto seu pau novamente sobre a cueca brincando, e depois a puxo pra baixo, o fazendo saltar para fora.

Coloco a cabecinha em minha boca, a chupando e depois passo minha língua por toda a extremidade, bem devagar. Umideço meus lábios e coloco novamente a cabecinha em minha boca depois o provoco passando minha língua pela glande e assim o coloco todo na boca.

Chase solta sua respiração e enrola meu cabelo em sua mão o puxando e empurrando minha cabeça.

Engasguei um pouco e senti ânsia com seu pau em minha garganta, mas não parei. Voltei e o tirei da boca fazendo os mesmo movimentos novamente, fiz isso para o estimular mais ainda e logo comecei a movimentar minha cabeça, Chase apenas sentia apertando os fios de meu cabelo. Mas para adquirir seu próprio ritmo, toquei em sua mão.

Parei por um momento e comecei ao tocar com minhas mãos.

Chase imobiliza minha cabeça e faz eu engolir todo seu pau novamente.

Fecho os olhos o sentido preencher minha garganta, e levo minhas mãos a suas bolas que já estavam babadas.

As massageio de leve.

Senti meus olhos lacrimejando quando ele se ergue e começa a socar seu pau na minha boca.

Permaneço com minha boca aberta e fecho os olhos ao sentir suas mãos maltratando minha bunda como aprovação.

Eu sentia toda a pulsação de seu pau em minha boca. E só foi parar quando senti um jato em minha boca.

Chase soltou meu cabelo devagar.

Engulo tudo e passo a mão no canto da minha boca chupando meu dedo.

Me levantei sentando em minhas pernas e o encarei.

Ele me olha parecendo afobado e eu direciono meu olhar ao seu pau novamente. Ele gozou, mas permaneceu duro.

Tentei não sorrir.

Subi em cima dele, de costas para o mesmo e ele pincelou seu membro em minhas entrada. Segurei com força o volante do carro e comecei a estimular meu clitóris enquanto Chase brincava em minha entrada.

- Agora, por favor. - peço quase sem voz.

Chase obedece e me puxa, pra que sente e seu pau fique inteiramente enterrado dentro de mim.

Gemo alto, sentindo tudo dele em mim.

Começo a me mover a medida que o apertava fazendo Chase arfar.

Continuo cavalgando no mesmo e arqueio minhas costas, ele segura meu pescoço e minha cintura me ajudando a continuar me movendo.

Sinto minhas paredes internas o apertarem com mais força e me seguro muito pra não gozar deixando esse trabalho para ele.

- Ah céus!

Cravo as unhas em suas pernas relaxando.

Eu nunca conseguia durar muito quando transava com ele. Na maioria das vezes, eu quem estava no controle dá situação e amava fazer os outros sofrerem.

Mas Chase não permitia que eu fizesse isso com ele. Era só o sentir que eu queria gozar, se só de olhar pra ele eu ficava excitada, era apenas um toque pra me desfazer.

Me recuperei o mais rápido que pude e me virei.

Segurei em seus ombros e montei nele, o mesmo apertou minha bunda e segurou minha calcinha colocando a cabeça de seu pau na minha entrada.

- Ahh. - gemo em seu pescoço.

Sento devagar, sentindo seu pau me preenchendo outra vez.

-Nunca vou cansar de te comer. - sussurra como se estivesse em um devaneio.

Quando estava completamente dentro de mim, eu começo a me mover. Rebolo em seu membro e depois começo a quicar. Meus seios chegavam perto do rosto de Chase e ele abocanha um deles, torcendo o bico do outro na mão.

Agarro seu cabelo o implorando pra não parar.

Enquanto me pondero pra trás e continuo pulando sobre seu pau.

Sentir seu membro dentro de mim sempre seria uma experiência única, uma sensação gostosa.

Que eu nunca senti com homem nenhum.

Chase marca meus seios e depois um local perto de meus ombros.

Sentia meu corpo fraquejar e me apoiei nele.

Chase me fodia como uma máquina, como se fosse criado apenas para aquilo.

Agarrou minha nuca me imobilizando e eu ergui minha cabeça, sentindo sua língua tocar minha pele.

Deixei um gemido escapar de minha boca.

Quando me solta, deito minha cabeça em seu peito e vejo os pingos de chuva caindo sobre a janela.

Apoio minha mão no vidro da janela e tento me erguer mais, mas não era possível me mexer quando sentia que meu corpo se derreteria a qualquer momento.

Os cabelos de Chase caiam sobre seu rosto me impedindo de enxergar seus olhos.

Então eu o faço levantar o rosto, apenas para ver no momento exato em que gozariamos juntos.

E foi exatamente oque aconteceu. Eu me derramei em seu pau e o senti fazer o mesmo dentro de mim.

Meu peito sobe e desce com a respiração descompassada.

Chase não sai de dentro de mim, apenas acaricia minha costa enquanto relaxo.

Me olhava e eu não conseguia decifrar seu olhar.

Mas não me causava desconforto.

Passo minha mão por seu ombro e desço por suas costas, suas cicatrizes estavam se fechando.

- Ainda dói? - susurro as acariciando. Passo a mão pelas marcas antigas, e as atuais mal as toco com medo de incomodar.

Chase fechou os olhos por um momento, como se apreciasse meu toque, mas depois os abre.

- Não muito. - aquela resposta me preocupou um pouco, e tento deixar isso evidente.

- Se doer me avise. - digo como se soubesse oque poderia fazer se ele ainda sentisse muita dor.

Ele evitou sorrir.

- Isso te incomodou muito, não foi?! - susurra passando a mão por meus seios.

- Sim. - sou sincera.

- Porque? - Chase desce o acento e eu me deito em cima dele, escutando seu coração.

- Porque... Não acho que mereça isso. - penso que não. O pai dele é um louco.

- Não quero que pense que sou uma pessoa boa, para depois não se decepcionar. Entendeu?

- Chase, pessoas boas também erram, ficam estressadas, machucam os outros, também possuem defeitos...E tá tudo bem. Não dá pra ser uma pessoa pura e que não faça nada de errado a vida inteira. - não sei oque quis tentar dizer com isso, mas o ver refletir sobre oque disse me deixou calma.

Olho novamente para a janela e vejo uma chuva calma caindo lá fora, mas vez ou outra um raio iluminava o céu.

Passo minhas unhas por sua pele e estar ali nua junto a ele me fez pensar em algo que sempre estou deixando passar.

Camisinha.

Nunca usamos camisinha.

Não posso abusar da sorte!

- Eu tenho que tomar cuidado...- começo pensando no como estávamos sendo descuidados.

- Com oque?

- Para não engravidar. - completo. Chase pareceu tranquilo ao citar isso.

Esse tempo todo transamos sem camisinha, e não é bom eu ficar tomando anticoncepcional. Mas, sempre esqueço, quando vejo já era!

- Imagina se...- ele não completa a frase mas fiquei supondo oque falaria.

- Acho que consigo imaginar...- aquilo não seria a coisa certa a se dizer. Eu deveria rir e dizer que não, mas eu não conseguiria mentir.

- Não se preocupe, não terá nada que te prenderá completamente a mim. - riu mas não continha graça alguma.

Um filho me prenderia completamente a ele. Seria uma parte de nós dois.

Suspiro ao imaginar ter um filho dele, não sei como lidaria com isso.

E Chase falava como se ele me tivesse mas ao mesmo tempo não, igual a noite anterior.

Não queria permitir que pensasse assim.

O olho rapidamente.

- Oque te faz pensar isso? - volto a acariciar seu peito, desenhando o nada por cima de suas tatuagens.

Sinto a barba rala de Chase em meu rosto.

- Achava que isso seria o maior pecado da sua vida, não? - pergunta se mexendo e eu aperto seu pau que ainda estava em minha buceta.

Chase pareceu delirar.

- O pecado muita das vezes não nos dá escolha. É algo tentador, por mais que seja errado, não dá para resistir...- digo sem parar de acariciar sua pele macia.

- Não sei como me sinto com isso. - diz olhando a chuva também.

- Não era oque você queria. - digo o óbvio quase dando de ombros.

- Não exatamente. Eu acho que sou a pessoa mais fraca nesse sentido.

- No sentido amor?

Ele não responde, talvez não tenha coragem para falar disso.

Amor.

Ergo a cabeça olhando para ele.

- Você disse que não sabia se ganharia em uma guerra pra que eu permaneça com você, e nem se conseguiria me deixar partir. A questão é que talvez você não precise entrar em guerra nenhuma. - digo aflita por pensar nisso.

- Porque? Você acha que vai permanecer comigo? - seus olhos pareceram brilhar com a luz de um relâmpago.

- Isso não depende de mjm. - dependia dele. Mas se dependesse de mim...

Se dependesse de você não iria querer voltar pros Estados Unidos? Ficaria com o homem que destruiu sua vida? Ele só está te usando sua idiota!

Me imagino me dando um tapa na cara por deixar aqueles pensamentos me dominarem.

- As vezes eu penso que foi um erro ter te trazido para a Rússia comigo, porque eu tinha medo que algo específico acontecesse mas me deixei levar por desejo e obsessão. Porque se não te trouxesse não iria ficar em paz comigo mesmo, e voltaria o mais rápido possível pra te buscar.

Continuo o olhando.

- E esse algo específico aconteceu?

- Talvez, ainda não tenho certeza. - ele retribui meu olhar.

Uma troca de olhares um pouco mais profunda que o normal, um infinito silencioso. Aquilo parecia prestes a me desmontar.

- Porque está me olhando assim? - pergunta quase franzindo o cenho.

Desvio o olhar do seu mas ele segura em meu queixo fazendo com que não quebre aquele contato.

- Desculpa se isso te incomoda.

- Não, esse olhar não me incomoda. - diz e sinto seu coração desacelerar um pouco.

Ficamos algum tempo em silêncio, mas retomo a palavra.

- Não faça com que as coisas tomem uma rotina assim. - peço me lembrando do que estava pensando.

De que queria mais disso tudo.

- Assim como? - pergunta e aquela raiva se apossa um pouco de mim.

- Esquece. - emito um ruído de desapontamento.

- Fale! Quando quiser falar eu quero que fale! - diz parecendo um pouco curioso.

- Não é importante.

- Mas é necessário.

- Não parece ser pra você. Não parece nenhum pouco interessado em conversar comigo. Talvez apenas quando quer transar, e eu nem deveria me surpreender porque era o óbvio que pra você eu sirvo apenas para isso. - começo a falar sem parar mas consigo me conter por um segundo.

- Charli, eu estou me esforçando! Eu disse pra você que não tinha o costume de me abrir com ninguém e conversar normalmente. Faço isso com poucas pessoas, e pra chegar a esse nível é um caminho longo de confiança. - ele xinga quando eu me viro o ignorando.
- E não tem como eu me abrir com você se não faz o mesmo comigo! - diz e agora quem parecia desapontado era ele.

Nunca pensei que ver Chase com essa expressão de desgosto direcionada a mim me incomodaria tanto.

Me viro novamente para ele.

- Eu só não queria que nos vissemos apenas a noite. Mas compreendo que de dia você trabalha. - digo como se fosse algo simples.

Mas não era.

Ele deu um sorrisinho de lado, parecendo gostar do fato de ter falado.

- Eu vou tentar mudar isso. - diz como uma promessa.

Quem sorriu agora foi eu.

- Já percebeu que está fazendo tudo oque quero? Continue assim. - mordo minha boca me segurando pra não rir.

Ele inclina levemente a cabeça pro lado.

- Só estou sendo bonzinho. - justifica.

Mais um minuto de silêncio.

- Você também pode falar oque quiser comigo. Eu te odeio mas sou boa em guardar o segredo de todo mundo, não conto por nada.

- É, percebi com você não querendo me falar oque minha irmã tanto esconde. - ao lembrar disso eu tento não ficar nervosa.

Sinto que isso ainda pode dar muito problema.

- Mas, eu não tenho nada pra esconder. Realmente minha vida é só trabalhar pra empresa da minha família, nada mais. Agora com alguém tentando me matar que está tudo um pouco mais emocionante. - revela.

- Nossa, seu trabalho é tão simples assim? - não parecia, tenho certeza que ele não trabalha simplesmente na empresa da família dele, tem outras coisas envolvidas.

Ele assente de leve.

- Sua vida é tão simples...- susurro não sabendo se queria que ele ouvisse.

Pelo o pouco que percebi e ouvi, a vida dele nem sempre foi tão simples.

Sua pele quente pareceu esfriar por um momento, como se a vida tivesse saído de seu corpo.

Pareceu algo até sobrenatural.

- Consegui isso agora que estou independente, porque antes era tudo um inferno. - passo minhas mãos novamente por suas cicatrizes.

- As escondeu com tatuagem porque te incomoda?

- Não, eu sempre gostei de tatuagens. E fui fazendo uma atrás da outra, mas não foi com intenção de esconder nada. Se bem que eu não gostava que as pessoas vissem que eu tenho essas cicatrizes, só as pessoas que fazem parte do meu passado sabem. Mas agora, se todos soubessem eu não me importaria. - arregalo um pouco os olhos com suas palavras.

Eu não faço parte do passado dele.

Mas não teria como não ver em todo esse tempo. Eu percebi em uma das primeiras vezes em que toquei nele.

Assinto olhando ao redor.

- Porque nos trouxe aqui? - pergunto me levantando e mudando de posição.

- Porque aqui é um lugar bom, e tranquilo. Trás uma paz descomunal justamente por não vir muitas pessoas aqui. - para por um segundo.
- E agora é um lugar que sempre vai me lembrar você, desde aquela noite em que estava bêbada. - quis rir de suas últimas palavras.

- É, aqui é um lugar lindo. - aquela sensação de conforto me fazia estranhar tanta coisa.

Porque me sentia confortável?

Você não pode se sentir assim.

Chase é um monstro!

Engoli em seco com meus pensamentos.

- Oque foi? - percebe meu incomodo repentino.

- Só estou pensando...- digo como se não fosse nada e mudo de assunto.
- Porque me devolveu meu celular, foi alguma forma de agradecimento? - não conseguia evitar perguntar, mas era melhor do que me corroer sem saber o porque.

- Não, eu apenas achava que já estava na hora de você tê-lo de volta.

Boa justificativa.

- Vai amanhã para o aniversário do Vinnie, certo? - pergunto sabendo que é claro que iria, mas só queria que confirmasse.

- Sim, nós dois iremos. - senti algo no meu peito, lá no fundo, uma satisfação por ele ter incluído esse nós.

Tenho que parar com isso.

- Hum... - ia fazendo outra pergunta mas Chase não me deixa falar.

- É melhor a gente dormir, sem mais perguntas.

- Mas... - ia protestar só que realmente eu já estava com sono.

Chase me abraçou com mais força como se fosse uma espécie de urso de pelúcia. Passo minhas mãos por sua cintura o abraçando de volta e escondo meu rosto em seu pescoço.

- Boa noite, monstro dos olhos azuis. - susurro para ele e fecho os olhos.

- Boa noite, девушка монстр с голубыми глазами. - escuto sua voz ao longe junto com o barulho da chuva.

~~~

Oioi

Votem e comentem plis!!

Tradução: девушка монстр с голубыми глазами.= garota do monstro dos olhos azuis.

Okumaya devam et

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