CINZAS - Saga Inevitável: Seg...

By MillenaAgliardi

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» Esse é o quinto livro da Saga Inevitável, retratando a segunda geração, os filhos dos casais principais. Vo... More

PREFÁCIO:
PRÓLOGO.
1. Todo Mundo Menos Você.
2. Por Supuesto.
3. Sound Of Silence.
4. O Conto Dos Dois Mundos.
5. João De Barro.
6. Melhor Sozinha.
7. Losing Your Memory.
8. Say Something.
9. Ciumeira.
10. River.
11. Arcade.
12. Lendas e Mistérios.
13. Question.
14. Summertime Sadness.
15. You Broke Me First.
16. Broken Wings.
17. Leave All The Rest.
18. Love And Honor.
19. Beggin'
20. DYNASTY.
21. abcdefu.
23. Insônia.
24. Penhasco.
25. Blood // Water.
26. Monster.
27. Radioactive.
28. Skyfall.
29. Believer.
30. Chasing Cars.
31. I See Red.
32. Cedo Ou Tarde.
33. Traitor.
34. Enquanto Houver Razões.
35. Dusk Till Dawn.
36. Play With Fire.
37. Evidências.
38. No Pares.
39. Santo.
40. Ingenua.
41. Angels Like You.
42. Who You Are.
43. Queda.
44. Mad World.
45. Mercy.
46. Bird Set Fire.
47. Couting Stars.
48. In The End.
49. Decode.
50. The Power Of Love.
51. Way Down We Go.
52. River.
53. Blood/Water.
54. Losing Your Memory.
55. Monster.
56. Unconditionally.
57. As Long You Love Me.
LIVRO NOVO!

22. A Meta É Ficar Bem.

2.6K 278 116
By MillenaAgliardi

OLA! Hoje tem maratona de dez capítulos! (Eu avisei ontem quando postei no meu quadro de avisos. Para receber essas notificações só basta me seguir! Faltam poucas pessoas para que alcance 1K de seguidores aqui no Wattpad, vocês podem ir lá seguir e me ajudar? Ficaria muito grata!) E para postar os dez capítulos, não vou colocar letra de música ou os textos do Lorenzo, me desculpem, mas demoraria demais. Um beijo e boa leitura!

COMENTEM MUUUUUITO.
Eu amo os comentários de vocês!





JHENIFER.

Aceleramos pelas ruas de New York, sob as luzes pulsante e o som da animação geral que cercava as poucas horas antes do ano novo. Milhares de pessoas estavam nas ruas, Lorenzo e eu gritamos com a maioria delas e recebemos gritos animados em resposta. Quando paramos num sinal vermelho, um grupo de três amigos se aproximou saltitantes. 

— Caras, vocês estão numa Ferrari. Doem cinquenta dólares para nós comprarmos bebidas. — O garoto no centro do grupo pediu piscando os cílios e fazendo biquinho. Eu tive uma puta crise de risos conforme Lorenzo tirava duas notas de cem da carteira e se inclinava sobre mim para entregar a eles. As duas meninas atrás dele começaram a pular descontroladamente.

— FELIZ ANO NOVO! — Meu primo gritou, os garotos gritaram, meu irmão gritou e eu por fim ri mais ainda. 

— Você é linda pra caralho, garota! Eu amei seu cabelo! Me dá um beijo! — A garota de óculos escuros em plena noite disse. Eu não gostava de mulheres, mas porque eu negaria um beijo àquela estranha no meio da rua? Além das razões óbvias, é claro. Lancei um olhar em direção a Lorenzo, que havia assumido uma expressão de ódio absoluto, e prontamente neguei com a cabeça. 

— Pede para o garoto no banco de trás! — Gritei. 

— Pra onde vocês estão indo? — Devon perguntou colocando metade do corpo para fora da janela traseira. 

— Pra qualquer lugar! A gente não tem dinheiro, nem planos. — O cara que pediu dinheiro disse. 

— Então porque vocês não entram e a gente decide pra onde ir? — Devon sugeriu e pelo retrovisor pude vê-lo sorrir de uma forma extremamente charmosa. 

— Para de sorrir assim, você tem namorado! — Lorenzo exclamou se inclinando até dar um tapa na cabeça de Devon. 

— NAMORADO? — O garoto gritou indo até a janela traseira. — Sou Daniel, prazer, o amante. 

— DANIEL! — A garota que tinha se mantido em silêncio até o momento gritou. Seus cabelos eram amarelos, não loiros, amarelos de tinta, mesmo. — Tenha amor próprio, cara! 

— O sinal vai abrir em dez segundos, se vocês querem ir conosco para a casa do caralho, entrem logo! — Lorenzo avisou e eu ajeitei meus pés sobre os pedais do carro, louca para acelerar novamente. Os três desconhecidos trocaram um rápido olhar antes de sorrirem e Devon abrir a porta. Cabiam três pessoas no banco traseiro, mas obviamente ninguém se importou e a garota de cabelos amarelos se sentou no colo de Daniel. 

Assim que a porta fechou, afundei o pé no acelerador, cortando as ruas como um fodido Relâmpago McQueen

— Como vocês se chamam? — A garota de óculos perguntou sob o barulho das conversas dentro do carro e do tráfego do lado de fora. 

— Lorenzo. — Meu primo disse e apontou para mim. — Essa é Jhenifer. 

— A Jhenifer é uma puta de uma gostosa! — Ela respondeu fazendo a expressão de Lorenzo se tornar obscura. — Eu sou Heaven! 

— E eu sou hétero! — Disse-lhe mais para aplacar o aparente ciúme de Lorenzo do que porque queria. 

— Eu não sou! — Devon gritou do banco de trás para o total deleite de Daniel. 

— Você namora! — Lembrei-o sem tirar os olhos da rua iluminada. — Onde vamos? Se for para a Times, precisamos deixar o carro em algum lugar, a gente não vai conseguir entrar lá com ele. 

— Vire a próxima rua a direita. — Devon pediu e eu o fiz mesmo sem entender. Estavamos dobrando a rua principal e seguindo para os distritos mais afastados, diretamente para o Brooklyn. Eu nunca tinha estado naquelas ruas, quanto mais dirigido por ali com uma fodida Ferrari. 

— Não é uma boa irmos para esse lado com uma Ferrari. — Lorenzo murmurou ecoando meus pensamentos. Mesmo tendo armas e sendo um exímio lutador, ele não se colocava em perigo desnecessário. 

— Tenho que buscar Liam. — Devon respondeu e eu tive a perfeita imagem mental dele dando de ombros. 

— E o Liam mora no Brooklyn? Como você conheceu esse garoto? — Lorenzo perguntou parecendo um perfeito elitista. 

— No colégio. Ele tem uma bolsa porque é fodidamente inteligente, as vezes mais do que tio Nino. — Através do retrovisor vi o sorriso orgulhoso de Devon. — Pare de ser babaca. 

— Caralho… — Daniel disse com uma risada descrente. — A gente tá andando com uns caras ricos pra porra. 

— Eles dirigem uma Ferrari, Daniel. — A garota de óculos revirou os olhos. — Vocês não tem medo que a gente seja, tipo, assaltantes? 

Lorenzo riu alto e se ajeitou na poltrona enquanto eu revirava os olhos. 

— Somos as últimas pessoas dessa cidade que alguém vai querer assaltar. — Meu primo disse com um sorriso frio. 

— Vou estacionar e você dirige. — Avisei a Devon. — Você sabe melhor onde é. 

Antes mesmo dele concordar eu já estava emparelhando o carro com o meio fio. 

— Está com medo, Jhenifer? — Meu irmão zombou saindo do banco de trás. 

— Sim. — Sussurrei apenas para ele. — Não surta, mas eu vou sentar no colo do Lorenzo. Lembre-se que ele é nosso primo e que há estranhos conosco. 

Devon franziu as sobrancelhas, mas assentiu revirando os olhos. Quando ele entrou no banco do motorista, dei a volta no carro e abri a porta do carona. Lorenzo franziu as sobrancelhas, mas não disse nada quando me sentei sobre suas pernas, apoiando minhas costas em seu peito.

— Se você ficar de pau duro na bunda da minha irmã, eu mato você. — Meu irmão avisou quando deu partida no carro. Lorenzo passou um braço ao redor da minha cintura quando Devon acelerou pelas ruas adjacentes. 

— Ela é minha prima, porra. — Lorenzo o lembrou e eu quase caí na gargalhada ao me movimentar em seu colo e sentir seu aperto em minha cintura aumentar. 

— Deus fez os primos para não pegarmos as irmãs. — Sadie, a garota de cabelos amarelos, disse numa risada alta. Eu também ri e me estiquei para trás, feliz por colar meu corpo ainda mais contra o de Lorenzo. 

— Devon diz isso, mas morreria se eu pegasse Lorenzo. 

— É a hipocrisia masculina. — Heaven disse com uma risada seca. 

Devon parou de reclamar quando estacionou ao lado de um enorme muro grafitado com imagens de todos os pontos turísticos do mundo. Torre Eiffel, Cristo Redentor, Estátua da Liberdade e até mesmo o Muro de Berlim versão antiga. Liam estava encostado no muro, os cabelos pretos caindo sobre o rosto. Vestido totalmente de preto, até mesmo os tênis, o namorado do meu irmão franziu as sobrancelhas quando estacionamos bem ao lado dele. Lorenzo aproveitou a distração do meu irmão e o fato de eu estar jogada contra ele, e passou a língua por meu pescoço. Eu quase gemi alí mesmo. Principalmente quando senti sua ereção sob mim e ele apertou minha cintura ainda mais. 

— Nesse momento, tudo que eu mais quero é foder você. — Ele sussurrou, tão baixo que eu demorei a entender suas palavras. Quando entendi, estremeci em seu aperto. Como seria deixar isso acontecer? Transar com ele? Eu sabia que seria bom, que ele cuidaria de mim e provavelmente me daria muito mais prazer do que eu conseguia alcançar com meus dedos. Ainda assim… Era perigoso, arriscado e tremendamente tentador. Tirei meu celular do bolso e abri minha conversa com ele, mantendo o celular abaixado, para que somente ele e eu víssemos a tela. 

Então faça. Eu também quero.

Só de digitar aquelas palavras meu rosto estava quente, mas pareceu ter o efeito desejado quando Lorenzo ficou ainda mais duro sob mim. Seus lábios tracejaram meus cabelos e ele mordeu o lóbulo da minha orelha. Porra. Eu senti aquele ato no meio das minhas pernas. 

Liam e Devon retornaram ao carro. Meu irmão assumiu o volante e seu namorado entrou no banco de trás, ao lado de Daniel que tinha Sadie no colo. 

— Caralho, só tem homem bonito nesse rolê? — Daniel perguntou esbabacado. — Qual seu nome, preciosidade? 

— Namorado do Devon. Esse é a nome dele. — Meu irmão disse revirando os olhos. Quase engasguei com uma risada. 

— Devon, pelo amor de Deus. — Liam murmurou constrangido. — Sou Liam Black. Vocês são…? 

— Daniel, Sadie e Heaven. — O garoto disse apontando para as amigas ao dizer seus nomes. — Ciumento o cara ali da frente, hum? 

— Ele é. — Liam disse secamente. 

— Pra onde a gente vai? — Lorenzo perguntou, provavelmente querendo mudar de assunto. Eu o agradeceria mais tarde por isso. 

— Tem uma festa na cobertura de um amigo de frente para a Times Square. — Devon murmurou com um sorrisinho. — Quem não vai beber pra dirigir na volta? 

— Você não vai beber. — Lorenzo praticamente ordenou. — Sério, Devon. Você não deveria beber. A gente… 

— Enfia a responsabilidade no cú pelo menos uma vez na vida, Lorenzo. — Meu irmão retrucou revirando os olhos ao fazer uma curva fechada. 

— Você enfiou ela no rabo e nunca tirou, filho da puta do caralho, toma senso! 

Eu parei de respirar e a conversa no banco de trás desapareceu quando Lorenzo literalmente gritou suas palavras acusatórias. Devon apertou as mãos no volante e abriu um sorriso distorcido em direção ao nosso primo. 

— Você fala isso porque sabe muito bem  o que acontece quando somos irresponsáveis, não é mesmo? — Devon debochou. 

— Vocês dois, chega. Por favor. — Pedi sentindo o sangue aquecer meu rosto; raiva e preocupação dançando dentro de mim. Eu tinha certeza de que aquela provocação de Devon era sobre algo que eu não sabia a respeito de Lorenzo, e também tinha certeza de que se não estivéssemos dentro do carro, comigo em seu colo, Lorenzo teria atacado Devon. — Vamos comemorar, é véspera de ano novo. 

— Ele quem começou. — Devon murmurou mostrando o quanto ainda era imaturo. Que pessoa depois dos dez anos de idade usava aquela desculpa? 

— Pelo amor de Deus, Devon. — Liam suspirou do banco de trás. — Apenas, sei lá, pare de se meter em confusões desnecessárias. 

Lorenzo continuou perigosamente quieto, mesmo quando meu irmão manobrou o carro e o estacionou de qualquer jeito emparelhado ao meio fio. Desci do carro com cuidado para não me desequilibrar e meu primo seguiu ao meu lado conforme Devon passava um braço ao redor dos ombros de Liam. Os dois pareciam irmãos, ambos de preto, com os cabelos escuros. Devon era alguns centímetros mais alto, mas ainda assim, eles combinavam perfeitamente. 

— Do que Devon estava falando? — Perguntei baixinho. As pessoas passavam correndo e gritando ao nosso redor, mas eu estava longe de me importar, principalmente quando pedestres passaram perto demais e Lorenzo passou um braço sobre meus ombros. 

— Hoje não, por favor. — Meu primo pediu encarando fixamente a calçada em nossa frente. 

Estávamos quase chegando na Times Square, no dia mais movimentado do ano, e as ruas estavam lotadas. Milhares de pessoas vestidas em roupas coloridas, tiaras piscantes e chapéus engraçados; havia também muitos copos de cerveja, mas nenhuma garrafa de vidro. Imaginava que era pela segurança. 

— Estou aqui. — Disse-lhe. Eu não estava dizendo que estava ali de forma física. Eu estava ali, ao lado dele, por ele, para qualquer coisa. Lorenzo acariciou meu ombro gentilmente. 

Quando viramos a esquina e emergimos na enorme rua entitulada Times Square, meu coração bateu acelerado no peito. Haviam milhares de pessoas, todas extremamente diferentes e muito, muito animadas. Os gritos atingiram meus ouvidos, assim como a música alta que tremeu meu coração. Lorenzo aumentou seu aperto em meu ombro e nosso grupo se juntou ainda mais. 

— Estão vendo o prédio azul? É aquele. — Devon gritou para ser ouvido acima do barulho incessante.

Lorenzo assentiu, mas não disse nada. Meu irmão puxou Liam pela mão e parou ao lado de Lorenzo, passando um braço ao redor do ombro dele, quase me alcançando com sua mão. 

— Desculpe por ter sido babaca. Fiquei irritado, mas não deveria ter falado com você daquela forma. Eu sei como você se sente com relação a bebida desregulada e tudo mais. Me perdoa? — Eu amava como Devon não tinha nenhum problema em pedir desculpas, principalmente gritando acima do barulho ensurdecedor. Liam sorriu orgulhoso em direção ao namorado. 

— Eu não deveria ter gritado com você do nada. — Lorenzo retrucou parecendo constrangido por ter o feito. — Sei lá, eu nem percebi que tinha dito aquilo por alguns segundos. 

— Que lindos! — Sadie disse com um sorriso imenso em direção aos meninos. Algo nela me era extremamente familiar, mas eu não conseguia lembrar o que, exatamente, trazia tanta familiaridade. 

— Vamos para a festa! — Devon gritou se afastando de Lorenzo para andar meio abraçado com Liam. 

Quando o garoto sorriu para o meu irmão, um sorriso lindo, inocente e apaixonante, e beijou seu rosto, eu entendi como era difícil para Devon se afastar dele. Liam era atrativo, não no quesito sexual, mas como se ele chamasse as pessoas para perto dele com algum tipo de mágica inexplicável. 

Era lindo de observar. 

Talvez, no passado, eu me sentisse enciumada e carente, mas naquele momento eu sorri tanto que minhas bochechas doeram. Eu tinha Lorenzo e Lorenzo era o dono do sorriso mais lindo do mundo, do coração mais bondoso que eu conhecia, da personalidade mais gentil e atrativa que eu poderia imaginar. 

Suspirei quando ele olhou para mim e sorriu daquela forma que ofuscava o brilho de todas as estrelas da galáxia.  

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