IN(QUEBRÁVEL) | ✓

By angelsfloyd

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Spin-off de IM(PERCEPTÍVEL) Amber Lewis passou sua vida toda sendo castigada e julgada por todos. Ela já esta... More

In(quebrável)
Epígrafe
Prólogo
01| Presa
02| Fica bem
03| Caos
04| Promessa
05| Sonho
06| Paralisada
07| Amigos duvidosos
08| Sem lógica
09| Alerta vermelho
10| Paz... Ou não.
11| Entre ameaças e preocupações
12| Sequelas
13| Sem freio
14| Acidente
15| É possível lutar contra isso?
16| Entre dúvidas e certezas
17| Misto de sentimentos
19| Sorriso fácil
20| Aceitação
21| Respostas
22| Falta de diálogos
23| Profundamente ligados
24| Incontrolável
25| Perigo invisível
26| Antiga personalidade
27| Insano prazer
28| Recuperação
29| Reencontros
Epílogo

18| Fogo e gasolina

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By angelsfloyd

AMBER

Acho que ouvir as palavras da minha boca deu um combustão nele, porque inverte nossas posições rapidamente, me deixando por baixo. E isso com certeza me deixa bem mais quente.

Seus lábios descem até meu pescoço, depositando beijos naquela região e mordidas que me deixam mais acesa que antes. Nossa conversa, que deveria ser em palavras, vai acontecer de uma forma bem mais interessante.

Suas mãos grossas vão em direção as minhas laterais, puxando lentamente meu vestido. Seus olhos não saem dos meus nem por um minuto. Claramente em uma prece silenciosa.

Quando o pedaço de pano não é mais existente entre nós, seu olhar para meu corpo parece queimar minha pele de uma forma que nunca alguém fez. Ele parece idolatrar aquela imagem.
Depositando um beijo molhado um pouco abaixo do meu umbigo e isso, com toda certeza, faz a minha respiração se tornar completamente irregular. Eu preciso sentir ele ali mais que qualquer coisa.

Ele sorrir, e logo depois deposita outro beijo, agora, bem em cima da minha calcinha completamente molhada. Sem esperar por mais nada, ele a puxa, me deixando totalmente nua na sua frente.

Sempre fui uma mulher que sabia o quão bonito meu corpo era. Admito que já cheguei ao ponto de usá-lo para coisas que não concordo, assim como muitas outras coisas que fiz ao decorrer da minha vida. Só que nesse momento, o jeito que ele me admira, é completamente bom e me deixa fora de órbita. E quando sua língua deliciosa entra em contato com a minha intimidade… Por Deus, acho que fui do céu ao inferno nesse instante, se for possível.

Ele literalmente me levou ao limite com sua boca e dedos, provocando-me o suficiente para me fazer desejá-lo ali tão intensamente. Nosso contato a partir de agora parece ter elevado-se para um nível exorbitante. E muito bom. E algo que nunca achei que fosse conseguir sentir ao fazer sexo, mas cada toque dele no meu corpo me faz achar que é o certo. E nesse momento, sinto como se estivesse esperando por isso a minha vida toda. Se sentir amada. Porra, sim. Eu realmente esperei por esse momento.

— Você é deliciosa demais, linda — sussurra, beijando meus lábios, me fazendo sentir meu próprio gosto. Isso nunca pareceu algo possível para acontecer na minha vida.

Levo minha mãos até sua camisa a abrindo e puxando para fora do seu corpo com agressividade.

— Toda essa roupa está me impedindo de te sentir…

Escutar minha voz, completamente afetada por esse desejo absurdo, o que me faz estranhar isso. Nunca me senti dessa forma.

— Não vai mais.

Ele se levanta, retirando o que sobrou de roupa no seu corpo, me dando a visão incrível de vê-lo como veio ao mundo. Sua pele é tão branca que o sol do fim de tarde parece reluzir nela. O peitoral, que já tinha visto antes, parece mais lindo que antes. E ao descer minha visão mais um pouco, consigo ver ainda dentro da cueca, que ele é muito grande.

— Gostou da visão?

— Com certeza. — respondo, o puxando de volta na minha direção.

Sua boca ataca a minha novamente, me fazendo sentir tantos sentimentos conflituosos.

Saber que ele me deseja e quer possuir meu corpo, independente das coisas horríveis que eu fiz durante toda a minha vida, me faz querer chorar. Não estou acostumada com essa atenção, não depois de tudo que vivi e de todos os envolvimentos que tive ao decorrer da minha vida fudida.  Estive acostumada a sempre dar prazer, mas não receber nesse nível. E eu achava que nunca fosse ter.

Tudo era apenas foder.

Agressivo.

Doloroso.

Apenas isso.

Quando ele me penetra, olhando nos meus olhos, transmitindo um sentimento que não sei definir em seus olhos, não consigo impedir que uma lágrima solitária desça pelo meu rosto. Isso é o que eu sempre quis.

Ser cuidada.

Alguém se importar com o que estou sentindo no momento.

Isso que é o certo.

Acho que pela primeira vez na vida, fui amada. E mais, posso afirmar que estou completamente aqui. Minha mente e meu corpo foram entregues a ele, sem ter interesses ruins envolvidos da minha parte.

Eu me entreguei a ele de verdade.

Porque eu quis.

(...)

Não sei se foi o tempo que passei sem transar com alguém, ou a intensidade da coisa, mas eu simplesmente apaguei, como a muito tempo não fazia e agora, ao abrir meus olhos, estranho o lugar que estou.

A penumbra toma conta de todo o cômodo, mas ainda assim, consigo visualizar a decoração toda em tons de cinza e preto. Acredito que seja o quarto de Dominic, afinal, combina muito com ele. O que me choca é não ter percebido que ele me trouxe até aqui.

Nunca na minha vida tive um sono tão pesado ao ponto de alguém me movimentar e eu não acordar.

Nunca.

Me viro procurando por ele, mas me surpreendo ao perceber que estou sozinha, e apenas com sua camiseta no meu corpo.

Ele também me vestiu?

Uau. Isso sim é algo mais surpreendente.

Jogo meus pés para fora da cama e me levanto, não resistindo ao fato de estar em seu espaço pessoal. Olho ao redor, observando como tudo aqui dentro remete a ele, absolutamente.

A estante de livros em frente a cama,com todos os tipos de temas, desde de estudo a ficção. Sempre o achei com ar de nerd. Provavelmente ele era um na faculdade e eu queria ter tido o prazer de o conhecer lá trás. Talvez ele tivesse me entendido, ao contrário de Pietro. Evito pensar sobre essa pessoa e volto a vasculhar seu quarto. Seu closet é lotado de ternos completamente alinhados por cor. Perfeccionista como eu. Gostei.

Saio dessa área para ir até uma porta fechada, onde encontro o banheiro, muito cheiroso e limpo. Aproveito que já estou ali e lavo meu rosto, e observando minha aparência, gosto dessa. É diferente de todas que já tive.

Respiro profundamente pensando sobre os últimos acontecimentos enquanto vou no meu quarto escovar os dentes para poder, finalmente, ir atrás dele e encarar toda essa avalanche que passou por cima de mim. Nunca pensei que terminaria na cama com ele, mas admito que gostei muito.

Assim que termino, saio do quarto me preparando para enfrentar o que quer que seja. Algo me diz que talvez ele possa ter se arrependido agora. Mesmo eu querendo fielmente que isso seja apenas uma sabotagem da minha mente. Não sei se suporto ser ignorada depois de tudo.

Desço as escadas e tudo que recebo é um completo silêncio mas logo um cheiro muito bom me faz entender que, talvez, ele possa estar na cozinha.

Me aproximo silenciosamente dali e tenho a visão incrível dele sem camisa, com uma calça de moletom que o deixa sexy demais, fazendo, creio eu, panquecas. Ele parece bem envolvido na sua tarefa, porque passa-se alguns minutos e ele não nota minha presença. Resolvo falar, preciso ter seus olhos nos meus para saber como agir.

— Boa tarde.

Ele se assusta ao ouvir minha voz e termina cortando seu dedo com a faca. Automaticamente corro até ele, nervosa ao ver sangue saindo dali.

—  Meu Deus. Me desculpa! —  falo, extremamente nervosa, levando sua mão para debaixo d'água.

—  Não foi nada linda. Tá tudo bem… E é bom dia, apagamos totalmente ontem —  diz, me surpreendendo ao se aproximar mais um pouco do meu rosto, depositando um selinho suave nos meus lábios. Me sinto travada com esse ato. Totalmente.

Evito pensar, também, sobre o fato que dormi tanto. Não costumo dormir mais que 4 horas por dia.

—  Você quer ajuda? — pergunto, tentando me afastar dele. Isso é tão novo e estranho.

—  Não. Já terminei. —  devolve, colocando os pratos na mesa.

—  Ok.

Dou a volta e me sento na primeira cadeira, evitando olhar para ele.

—  É impressão minha, ou você está tentando não me olhar?

Engulo em seco com sua pergunta. Como ele pode ser tão direto assim?

—  Desculpa… Não estou acostumada a ter contato tão íntimo assim…

— Deveria se acostumar. Pretendo ter você por perto sempre agora.

Sua mão toca no meu rosto, fazendo um carinho suave muito bom. Finalmente olho para ele e seus olhos escuros me puxam mais ainda para ele.

Intenso.

—  Por que? —  indago, nervosa.

—  Acho que ontem já foi uma prévia bem interessante do que eu quero com você… Né, linda?

Ele senta na cadeira perto da minha, e me puxa, claramente na intenção de me fazer sentar no seu colo.

Jesus.

Que loucura.

Não consigo não me deixar ser levada, e quando penso em recuar, ele me impede. Me fazendo sentar ali.

Isso é tão bom.

Toda essa proximidade está me fazendo sonhar com algo que nunca pensei ser possível para mim. Mas parece ser real demais.

Ele coloca um fio de cabelo meu que estava caindo em meu rosto atrás da orelha e logo depois passa seu dedo indicador até meus lábios, olhando com desejo.

— Você me quer?

As palavras saem sem pudor da minha boca e nesse momento, sinto vontade de voltar no tempo e retirá-las. A última vez que fiz essa pergunta para alguém do sexo masculino ele ficou morto minutos depois com a sua resposta. O que com certeza não acontecerá com Dom. Ele tem a minha melhor versão. Mesmo se ele não me quiser.

—  Você ainda tem dúvidas ? Eu quero tudo que você possa me dar. Tudo.

Meus olhos lacrimejam e na tentativa de não deixar ele ver a minha fragilidade, levo minhas mãos até meu rosto, impedindo que ele visualize isso. A que ponto de sensibilidade eu cheguei. Vergonhoso demais.

—  Ei, isso não deveria ser bom? Por que você está chorando?

— Não sei. Eu só acho que isso é tão absurdo… Eu não vou te fazer bem.

—  Quem decide isso sou eu… E nos últimos meses que você passou aqui, só me fez bem. Completamente.

Balanço minha cabeça negativamente. Isso não é possível. Ninguém nunca me quis assim.

—  Eu não sou boa. Eu machuco as pessoas… E agora, eu tô com medo de te machucar… De machucar o Ian… Você me quer ao ponto de deixar eu conviver com ele?

—  Linda, você já convive com ele. Meu filho se apegou a você… Ele só fala sobre você o tempo todo. Eu te quero, e você vai ter que lidar com isso. Como tudo que eu fizer a partir de agora para você.

—  Isso é loucura Dom…

Não percebo que usei o apelido carinhoso que sempre penso. O sorriso que ele dá ao ouvir já fala por tudo.

—  Não é. E digo mais, eu quero te fazer um pedido… —  ele se aproxima mais ainda, depositando um beijo casto no meu pescoço e subindo até minha orelha. Sua respiração acelerada tocando naquela região me faz arrepiar por inteira. —  Você aceita ser minha namorada?

Ele se afasta para olhar para mim. Seu rosto define a expectativa que exala dele.

Outra coisa que nunca pensei ser possível está acontecendo. Ele quer ter um relacionamento sério comigo e eu quero isso também. Sempre quis. Durante a fase da faculdade, antes de começar a matar as pessoas, eu sonhava com o dia que seria feliz dessa forma. Que seria amada e desejada de verdade.

Não resisto a distância das nossas bocas mais, então, dou a única resposta possível. O beijo transmite o que estou sentindo nesse exato momento.  

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