Só por uma noite

By Autora_Hayka

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Hot🔥 Leonardo sempre sentiu algo muito forte por Beatriz, ele a desejava, mas ela nunca percebeu as intençõe... More

Epígrafe
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Epílogo
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By Autora_Hayka

Nada mais me importa, eu só quero você.

LEONARDO 🚬

(Autora: O início do capítulo remete ao dia que ele deixou a casa para ir embora)

Eu pensei que não deixaria nada para trás quando eu fosse embora dessa casa, na minha cabeça, não teria boas lembranças, nada mais do que os poucos bons momentos que tive com minha mãe quando eu ainda era uma criança e não entendia nada do que estava acontecendo.

Mas eu estava errado, agora, juntando minhas coisas para finalmente ir embora, eu consigo enxergar um pouquinho da Beatriz em cada canto desse quarto e é impossível dizer que desse lugar só levarei lembranças ruins, eu estaria mentindo descaradamente se dissesse isso.

Eu vejo o sorriso dela, sinto o cheiro dela, seu corpo se contorcendo embaixo do meu bem em cima da minha cama. Eu tive bons momentos com ela aqui, esse quarto que tanto foi o meu refugio para chorar madrugada a dentro, acabou se tornando o meu lugar e o dela. Ela quase conseguiu anular todas as lembranças ruins.

Aconteceu tantas coisas nesse pegueno cômodo...

A primeira vez que tive seu corpo tão próximo do meu, do jeito que eu sempre quis e sempre desejei. A sensação de sentir o calor do seu corpo foi a melhor coisa que eu já senti. Eu Finalmente toquei sua pele com meus lábios.

A primeira vez que trasamos, quando eu finalmente experimentei a sensação de ser levado ao paraíso pelo amor da minha vida. Sem dúvidas, foi o real momento que eu soube o significado de "fazer amor".

E quando eu olhei naqueles olhos, aqueles olhos que eu tanto amo, e finalmente contei para ela um pouco da minha vida...foi perfeito receber o carinho, amor e compreensão dela, e logo depois, nos amamos tão intensamente.

É, não posso mentir, ela conseguiu fazer o que ninguém mais conseguiu, infelizmente, nem mesmo a minha mãe. Beatriz me fez feliz.

E por mais egoísta que isso possa ser, eu não posso deixar que ela vá embora da minha vida, não existe uma vida sem ela. Nunca existiu uma vida sem ela.

Nunca passou pela minha cabeça que um dia alguém teria minha vida e meu coração bem na Palma da mão. E eu entreguei para ela sem pensar duas vezes, não pensei nas consequências, nos impedimentos. A única coisa que passou pela minha cabeça, é que eu sempre fui dela, acho que eu já pertencia a ela antes mesmo de sabermos da existência um do outro.

Como isso é possível? Como é possível amar alguém mais do que qualquer coisa no mundo todo? Eu daria a minha vida pela dela sem pensar duas vezes.

Passei pela cozinha e sai pelos fundos, os gritos histéricos de Lorenzo e Marta eram ouvidos de longe. Acho que falei um pouco demais. Mas não me arrependo de nada, meu único arrependimento é não ter dado um soco na cara daquele infeliz.

A mulher loira saiu do carro com um sorriso no rosto quando me aproximei.

—Adorei esse all star — Apontou para os próprios pés — Não sei como nunca comprei um desse antes.

Quando minha mãe disse que eu tinha que vir atrás do amor da minha vida eu percebi que não poderia fazer isso sem a mulher da minha vida ao meu lado.

Tirar ela daquele lugar foi um pouco complicado, foi impossível sair sem que ela armasse um barraco e mandasse todas as pessoas que ela não gosta, irem tomar no cu.

—Você está linda mãe. Odiava aqueles vestidos brancos que obrigavam você a vestir.

—Aquilo é meio que um uniforme, só não taquei fogo em tudo porque não tinha nada para gerar fogo — Um sorrisinho diabólico.

Abro o porta malas jogando a mala e mochila lá dentro. Não tinha muitas coisas para trazer, na mala minhas coisas pessoais e na mochila coloquei tudo o que tem um certo valor sentimental.

—Para onde vamos? — Ela pergunta.

Na real? Eu não sei para onde vamos, só sei que o dinheiro que tenho não vai dar para muito tempo. É, eu tenho um pouco de dinheiro, fruto de alguns trabalhos que eu faço. Ou fazia...ainda não sei bem.

—Para qualquer lugar que possamos comer, tomar banho, e passar essa noite. Amanhã pensamos melhor sobre tudo isso.

—Aconteceu tão rápido — Ela suspira.

—Isso tinha que ter acontecido a muito tempo atrás mãe.

Devia ter acontecido a anos, mas eu fui um covarde, preferi aceitar as chantagens calado a ter que correr atrás de uma outra alternativa. Uma nova saída para o problema.

Depois de rodar a cidade toda em busca de um lugar, encontramos uma peguena pensão. É limpa e bem organizada. O quarto da minha mãe fica ao lado do meu. Vai ser tranquilizante saber que ela está tão perto de mim.

(...)

Quarta-feira

Parei o carro em frente a casa de Beatriz, não me importaria se o pai dela me visse, eu enfrentaria qualquer coisa para poder falar com ela.

Demorei dois dias para tomar coragem de vir atrás dela. Queria dar um tempo para ela e também foi tempo suficiente para eu perceber o quão idiota eu fui por não ter dito antes que estava apaixonado por ela.

Caminhei até a janela do quarto dela, passei a mão várias vezes pelo vidro. Me sentia um covarde, sem coragem para encará-la.

Segurei Com força o puxador e a janela de correr, arredou um pouco para o lado. Estava aberta.

Eu poderia de um jeito educado, bater de leve na janela e esperar até que a Beatriz viesse até aqui e a abrisse para mim. Ou me xingasse de todos os nomes possíveis e trancasse a janela.

Ou eu posso abrir a mesma e pular lá dentro como se fosse o dono da casa. Talvez eu seja Recebido com algumas vassouradas ou gritos histéricos, mas não me importo.

Como uma pessoa inteligente e educado, eu escolho a segunda opção.

Abri a janela devagar e com calma e cuidado, pulei para o outro lado do quarto sem muito esforço. Estava escuro, a porta estava fechada e a luz apagada.

Talvez ela não esteja aqui.

Um sutil movimento no chão, ao Lado da cama, fez Com que eu visse ela sentada me encarando.

—Bea...

—Tem um minuto para falar o porquê de ter invadido meu quarto e sumir daqui.

Não consegui dizer nada. Ouvir a voz dela depois de tanto tempo vivendo angustiado e Com uma dor insuportável no peito, foi como se eu tivesse tido outra vez aquela mesma sensação de quando a beijei a primeira vez.

—Precisamos conversar.

—Não temos nada para conversar — Murmura — Já dissemos tudo um para o outro.

—Eu não disse tudo o que tinha para dizer — Dou alguns passos na sua direção — Você ainda não me ouviu.

O escuro impedia que eu conseguisse ver ela direito. Mas eu sabia que ela estava me olhando com tristeza, o tom da sua voz entrega isso.

—Você teve alguns meses para fazer isso, mas não fez. Preferiu mentir para mim, me fazer de idiota.

—Beatriz...

—Me deixe terminar — Pede — Sabe o quanto doeu receber a notícia do seu noivado? e o pior, na frente de todos. Ainda mais daquela maneira, Leonardo, doeu mais do que as surras que eu já levei. Naquela maldita noite, você partiu meu coração de todos os jeitos possíveis.

Ouvir da boca dela o quanto a machuquei, é a dor mais absurda que eu poderia sentir. Nada se compara com a dor de fazer alguém que amamos sofrer.

—Eu não tenho muito o que dizer, além de te pedir perdão — Sou sincero — Errei, eu sei que errei. Mas fui sincero com você desde o início, eu não iria me casar Com aquela garota. Eu só não fui forte o suficiente para dizer isso para o meu pai.

—E o que você quer que é faça agora? Volte correndo para os seus braços como uma desesperada?

—Quero que me dê a chance de consertar seu coração, quero curar a maldita dor que eu causei. Quero ficar do seu lado para não sair mais e acima de tudo, eu quero deixar bem claro tudo o que sinto por você.

—E o que você sente por mim? — pergunta.

—Eu...mas que merda, quero dizer isso olhando nos seus olhos.

Me viro procurando o apagador para acender a luz, e o encontro perto da porta. Assim que o quarto se ilumina, eu volto sorrindo para ver aqueles olhos, aqueles olhos incríveis...

Mas meu sorriso morreu antes mesmo que eu me aproximasse dela.

Beatriz está sentada no chão, as costas encostadas na cama, as pernas esticadas e seus braços estão caídos ao lado do corpo. A roupa rosa claro de dormir está suja de sangue, tem marcas avermelhadas pelo seu corpo e sua cabeça está tombada para trás, dando a visão do seu pescoço com marcas de dedos.

Minha única reação é cair ajoelhado na frente dela. Sinto o nó se formando na minha garganta e me arrasto pelo chão até estar próximo a ela.

—O que ele fez com você meu amor? — Minha voz está fraca.

—Faz no mínimo quatro horas — Murmura — Não consegui me levantar para...para me limpar, não consigo andar.

—Andar? Você não consegue andar? Beatriz, pelo amor de Deus, não me diga que ele...

—Não — Ela me interrompe — Ele nunca me machucou dessa forma. Eu não consigo andar porque ele me bateu muito e minhas costas doem, ele me jogou em cima da mesa, acho que quebrei alguma coisa.

Não respondo. Meus pensamentos estão voltados para a arma que eu tenho dentro do meu carro.

Na minha cabeça eu repasso várias vezes a cena de como eu o mataria, quebraria seus ossos, o torturaria e depois estouraria a cabeça dele com a maldita arma.

Faço menção de me levantar mas Beatriz me segura fazendo uma careta de dor, parece ser muito difícil se mexer.

—Sei que fui ignorante quando você chegou e que não estamos muito bem, mas eu preciso de você — Ela funga e as lágrimas descem sem parar — Por favor, não vá embora assim.

Procuro forças onde não tenho para conter as lágrimas e seguro o rosto dela entre as minhas mãos. Passo o polegar por cima dos seus lábios limpando um pouco do sangue seco que está por cima de um corte.

O nariz está um pouco inchado e coberto de sangue.

—Eu não ia embora garotinha — Acaricio a sua bochecha — Eu vou cuidar de você.

—Como sempre? — sussurra.

—Como sempre — sorrio minimamente
— Eu sempre vou cuidar de você.

Ela força um sorriso mas uma careta de dor não deixa.

Me levantanto e vou até a porta do quarto dela, trancado o mesmo. Olho ao redor e pego uma tolha que está em cima da cama dela.

Primeiro eu vou cuidar dela e depois...depois eu vou dar um jeito em algo que eu já deveria ter me envolvendo a muito tempo.

—Vou tirar sua roupa para que eu possa lavar você — me ajoelho na sua frente — vou fazer Com cuidado, mas se eu tocar em algum lugar que está machucado, você me avisa, tudo bem?

—Tudo bem.

Fecho os olhos com força tentando manter a calma. Mas no fundo estou fervilhando de ódio, ódio daquele desgraçado. Nunca pensei que a única forma de saciar meu ódio por alguém, seria sujando minhas mãos com sangue.

Com cuidado eu puxo sua camiseta para cima, ela geme de dor quando o tecido passa pelos seus braços, as marcas vermelhas estão começando a ficar roxas.

Consigo ver ela se contorcendo um pouco quando o tecido raspa a pele machucada do seu rosto.

—Tudo bem? — Pergunto.

—Sim, pode continuar.

Ela estava sem sutiã, então me abaixei para tirar o short. As marcas nas pernas eram enormes, marcas de cinto. Com cuidado eu desci o short rosa.

Me levantei olhando para ela, Beatriz não conseguia olhar nos meus olhos e isso estava me machucando.

Me abaixo um pouco e coloco as mãos nas suas axilas, a levanto com cuidado, como se estivesse pegando uma criança de colo.

Ela fica em pé com dificuldade. Seguro no seu quadril e a levanto, ela passa as pernas na minha cintura e agarra meu corpo com força.

Caminho Com ela até o seu pegueno banheiro, sinto minhas pernas bambas, me sinto fraco.

Abro o box e ligo o chuveiro, entro com ela, sem me importar em molhar a minha roupa. A aperto com força contra mim e ela faz o mesmo, seus dedos passam sem pressa pelos meus cabelos.

Choro, choro me entregando a dor absurda que invade o meu peito, choro por ver o amor da minha vida nesse estado e choro por não ter impedido que isso acontece.

Mas isso não vai ficar assim. Ninguém machuca a minha garota e sai ileso. Ele vai pagar, e vai ser eu quem vai cobrar.

Feliz Natal, que papai do céu abençoe vocês e a família de cada um. Feliz aniversário para o nosso Salvador ❤🎄

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