Christmas wishes and Mistleto...

By arainhadonada

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Kiara não perderia outro Natal em Outer Banks por nada nesse mundo, mesmo que pra isso tenha que voltar do co... More

perfis
Capitulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4 - narração
Capítulo 5
Capítulo 6 - narração
Capítulo 7
Capítulo 8 - narração
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12 - narração
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15 - narração
Capítulo 16
Capítulo 17 - narração
Capítulo 18
Capítulo 19 - narração
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22 - narração
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26 - narração
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29 - narração
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32 - narração
Capítulo 33
Capítulo 34 - narração
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44 - narração
Capítulo 45
Capítulo 46 - narração
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49 - narração
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53 - narração
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58 - narração
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 62
Capítulo 63 - narração
Capítulo 64
Capítulo 65
Capítulo 66
Capítulo 67 - narração
Capítulo 68
Capítulo 69 - narração
Capítulo 70
Capítulo 71 - Epílogo
Capítulo 72 - Epílogo
Capítulo 73 - narração
Capítulo 74 - Epílogo
Nova história :)

Capítulo 61 - narração

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By arainhadonada

É horrível como meu único pensamento desde que recebi aquela maldita mensagem dos meus pais é 'por favor, não comece a chorar'. Eu sei que estava muito irritada por eles não terem sequer se dado o trabalho de me avisar. Mas acho que preferia nunca ter lido.

Pelo menos eu estaria só um pouco triste porque eles não lembraram, e não completamente desestruturada e tendo que me segurar a cada vez que forço um sorriso para as pessoas que perguntam da minha ausência ano passado.

Eu respiro fundo. Ainda não vi Sarah ou Rafe, e tenho certeza que Pope e Cleo só chegam mais tarde. Não sei se JJ vem. Não que eu ache que ele desistiria de algo só por minha causa, mas ele nem postou nada. A parte boa é que, apesar de ser um evento festivo e tudo mais, ele não é muito longo.

Ward não espera até a meia noite para a ceia. Não, ela é o ínicio de tudo, depois de uns trinta minutos ou uma hora de recepção, já estamos todos sentados na enorme mesa, ouvindo os discursos dos anfitriões. Esse ano, é definitivamente a parte pela qual estou mais animada.

- Estrelinha, tava te procurando - eu fecho os olhos e agradeço aos céus quando escuto a voz de Rafe, e sua mão toca meu ombro por trás - Papai disse que não deve demorar a começar a ceia porque grande parte dos convidados já estão aqui. Seus amigos já estão aqui?

Acho que ele não tinha reparado na minha expressão ainda, porque ele me conhece bem o suficiente para reparar quando não estou bem e me acolher. Mas, agora, quando eu o abraço com força pela cintura e enfio meu rosto maquiado no seu peito, ele parece até meio chocado.

Não demora para que ele se recomponha e acaricie meus cabelos.

- Ei, o que houve?

Eu balanço a cabeça para os lados, concentrada demais em não começar a chorar para poder responder algo. Rafe não se importa, ele só começa a andar comigo para o que percebo ser um canto mais afastado e longe dos olhares curiosos, e então fica ali, me fazendo carinho e me deixando controlar o choro em seu abraço.

É reconfortante e eu não demoro a me sentir melhor. Logo estou levantando a cabeça e olhando para o teto, só para ter certeza que não vou começar a chorar, antes de olhar para ele. Sua mão para em minha bochecha, e ele acaricia devagar.

- Tá melhor, Estrelinha?

Eu consigo sorrir e acenar com a cabeça que sim.

- Eu odeio esse apelido.

Ele agora também está sorrindo, e murmura um costumeiro "eu sei" antes de se aproximar e pousar os lábios carinhosamente na minha testa.

- Agora vamos sair daqui. Se seu namoradinho nos pega em uma situação assim de novo, tenho certeza que saio com pelo menos um olho roxo.

Uma risada alta me escapa. Nós dois deixamos o canto que ele encontrou e voltamos para o meio do hall. Dessa vez, Sarah e John B estão lá, num momento completamente romântico onde eles não fazem nada além de se olhar, mas ainda assim é completamente lindo. Eu poderia chorar só por observá-los.

Sarah é a primeira a nos ver.

- Ei! Não sabia que já estava aqui - ela se aproxima e segura minha mão, fazendo um sinal com a mão livre para que eu dê uma voltinha. Eu o faço com um sorriso - Uau. Você está deliciosamente natalina.

Os dois homens ao nosso lado fazem uma careta.

- Esse é o elogio mais esquisito que já ouvi - comento - E olha que seu irmão diz que é lisonjeiro me chamar de 'Estrelinha'.

O assunto agora pega John B, que dá um passo mais para frente e faz cara de paisagem. Se eu não soubesse que ele é tão interessado na resposta dessa pergunta, eu quase poderia acreditar na voz de indiferença que ele faz quando pergunta:

- E não é lisonjeiro? Aliás, qual o motivo?

Eu reviro os olhos de forma divertida. Ele realmente vai insistir na pergunta até descobrir, não é? Acabo dando de ombros e trocando um olhar com Rafe antes de começar.

- Eu o fiz começar a assistir Glee comigo. E, uma vez, reclamei que a Rachel, uma das personagens, me irritava muito porque tinha síndrome de estrelinha e queria que tudo fosse do jeito dela.

Eu reviro os olhos e mexo as mãos como se dissesse "e deu no que deu". A essa hora, nossos dois espectadores já entenderam como o apelido surgiu, mas Rafe faz questão de continuar explicando.

- Então, um dia Kiara estava simplesmente insuportável de aturar e reclamou de absolutamente tudo que tinha acontecido no dia. Invés de mandar ela a merda, como eu provavelmente deveria, eu chamei ela de 'Estrelinha' - eu cubro o rosto com as mãos, lembrando do acontecido. Mesmo que nunca vá admitir, eu estava realmente chata naquele dia - Ela odiou.

Eu reviro os olhos, o empurrando pelo ombro de leve antes de continuar sua frase.

- O que significa que ele amou instantaneamente e nunca mais parou.

Rafe sorri com um orgulho descomunal, realmente feliz pela façanha que foi criar esse troço. Seguro a vontade de bater nele graças a uma senhora que entra encarando tudo com o olhar afiado. Assim que nos vê, ela relaxa o rosto e abre um sorriso. Eu retribuo, acenando em cumprimento.

Quando ela vai embora, eu volto com meu olhar ameaçador para o Cameron mais velho. John B faz uma careta.

- Parem com isso, estão parecendo um casal.

Eu e Rafe estremecemos demonstrando um leve nojo. Então, nos olhamos e estremecemos uma segunda vez. Só depois, ao mesmo tempo, os dois falam:

- Eca. Eu amo seu melhor amigo.

- Eca. Ela é amiga da minha irmã.

O casal a nossa frente ri e é esquisito o quanto os dois parecem felizes e mais tranquilos depois da nossa negação . Eu penso que talvez não precisemos mencionar as poucas vezes que eu e Rafe bebemos demais e acordamos na cama um do outro. Algo me diz que meu melhor amigo concorda, então deixamos a história assim.

JJ chega aos 45 minutos do segundo tempo. Eu não me importo, porque estou feliz demais que ele tenha vindo. É só o tempo de Pope ir cumprimentar ele para que Ward anuncie que podemos ir nos sentar à mesa.

Uso os segundos que me restam para olhá-lo melhor. É irritante o quanto ele está absurdamente bonito. Mal consigo parar de olhá-lo. Nem mesmo quando seus olhos encontram os meus e sustentam a encarada.

Eu sou a primeira a desviar. Não por tomar vergonha na cara e lembrar que eu falei que o amo hoje à tarde e o fiz fugir ou porque não consigo identificar o sentimento que seu rosto mostra, mas sim porque Sarah me cutuca e me faz começar a andar.

Até agora, tudo deu incrivelmente certo na ceia, sem nenhuma reclamação sobre os lugares reservados, comida queimando ou decoração que deu problema. É quase esquisito ter um pouco de paz depois de passar o dia tão agitada. Mas é um alívio, é claro. Principalmente porque assim que estamos todos sentados, Ward fica de pé em seu lugar na cabeceira da mesa, sorrindo como o bom anfitrião que é.

- Boa noite. É realmente maravilhoso celebrar a passagem de mais um ano com vocês e eu espero que todos estejam tão felizes quanto eu hoje. Como o usual, eu vou começar falando sobre as instituições...

Eu não continuo prestando muita atenção depois disso. Sei tudo que preciso sobre cada uma delas porque ajudei a escolher. E tenho certeza que, se precisar fazer uma doação em nome de meus pais, sei qual escolher. Não que seja uma escolha fácil, mas eu já saberia.

Invés de pensar sobre isso, meu olhar percorre até Sarah. Não estamos muito longe uma da outra. Ela está do lado de John B, e ele está na minha frente. O que dá mais ou menos a largura da mesa em distância - é o suficiente para que eu veja sua respiração acelerada pelo nervosismo. Daqui, posso ver também seu namorado a acalmando.

Ela não me contou ou mostrou como ficou a versão final de seu discurso. Na verdade, não falou mais nada depois da conversa que tivemos onde ela disse que eu ajudei, apesar de eu não acreditar muito.

É até meio irônico, parando para pensar agora, que ela tenha me pedido porque eu sou a pessoa mais empolgada do Natal que conhecemos, e agora eu esteja tão... estranha. E diferente. Balanço a cabeça para os lados a fim de tirar os pensamentos. Não, eu me recuso a voltar a ficar triste e quase chorando. Pelo menos por agora.

Sem querer, meu olhar é atraído até JJ, sentado do lado de John B. Ele está olhando para mim de um jeito que me faz perder o ar. Eu não sei o que significa, mas faz meu coração acelerar do mesmo jeito.

Felizmente, ou não, minha atenção é captada pela Sarah se levantando de sua cadeira. Tento ouvir o que está acontecendo ao meu redor.

- Então, eu gostaria de anunciar que, esse ano, é minha filha quem fala agora - Ward se dá o trabalho de sair da cabeceira da mesa e ir até onde a loira está em pé só para deixar um beijo em seu rosto. Ela parece quase tímida, mas profundamente feliz. Por estar bastante perto, posso escutar sua última fala antes de ele voltar para o lugar - Boa sorte, querida.

Sarah agradece e se despede do pai com um aperto na mão que ele segurava. Então se vira para a gente - as pessoas sentadas à mesa - com um sorriso antes de respirar fundo.

Ela ainda parece nervosa quando começa.

- Eita, acho que estou um pouco nervosa - ela solta uma risadinha - Eu sei que é bobeira, mas desde que eu tinha uns cinco anos eu me via falando depois de meu pai porque o Natal é definitivamente a minha data favorita do ano. Não me entendam mal, papai e Rose são ótimos nisso. É só, vocês sabem, como diz o Pequeno Príncipe, são só pessoas grandes. Eles não sabem muito.

Uma pequena onda de risada se segue, e isso inclui a minha no meio. É seu livro favorito, não estou nem um pouco surpresa pela citação. A loira manda um beijo para seu pai, sorrindo com o nariz franzido antes de voltar a falar.

- Apesar disso, não foi muito fácil decidir o que falar hoje. Eu sabia de somente uma coisa: queria falar sobre o jeito que eu vejo o Natal. Mas, para isso, eu precisei pedir uma certa ajudinha - seu olhar para em mim e eu não posso evitar o sorriso carinhoso que aparece na hora - Foi muito esclarecedor porque ela parece ter sempre a coisa certa a dizer.

Sarah dá mais uma pausa e respira fundo. Apesar de todo o seu nervosismo inicial, e de ainda ter claros sinais de que continua um pouco tensa, ela parece diferente já. Mais solta, como se tivesse certeza do que falar. E eu mal posso esperar para ouvir.

- Ela disse duas coisas que eu preciso citar aqui. A primeira é bem clichê e acho que todo mundo já ouviu em algum momento, mas parece certo reforçar. 'O amor é o que une as pessoas'. Porque, afinal, o resto são apenas detalhes, não é? A segunda foi 'o Natal é a data que faz as pessoas quererem estar em casa - ela pausa outra vez, o olhar diretamente em mim quando continua - Eu quero unir as duas frases por um motivo: para mim, o Natal significa amor.

Sarah se interrompe outra vez, mas agora para beber um gole da água em sua taça. Ela já não está mais olhando para mim, mas eu não consigo evitar as palavras de me atingirem com força quando ela volta a falar.

- Então, resumindo, eu quero falar sobre amor hoje. Não a forma clichê de como é poderoso e tudo mais, apesar de concordar que seja. Quero falar de como é ele que nos traz de volta para casa. Na verdade, como o amor que cria o significado de 'casa'.

Posso sentir o olhar de JJ sobre mim, provavelmente reconhecendo ou lembrando das palavras que disse a ele. Eu abaixo o olhar para a mesa, bebendo um gole da minha água também.

Não sei se quero saber como ele está me olhando nesse momento. Por isso, volto a atenção a Sarah.

- Eu preciso dizer que sou privilegiada. Além da minha família de sangue ser incrível, dei a sorte de esbarrar com minha outra família no meio de uma briga na praia - o olhar dela passa diretamente por cada um de nós, parando em John B por alguns segundos antes de continuar - E, com isso, eu também sempre tive dois lares. Um com cada. E, às vezes, como hoje, eles acabavam no mesmo lugar.

Não tem pausa dessa vez, mas eu foco nos meus melhores amigos, vendo que os olhares deles também se dividiam entre nós seis. Exceto eu, que também olho para Rafe. Ele encara a irmã de forma maravilhada, com um sorriso pequeno e orgulhoso à mostra.

- E eu me lembro que, quando isso não acontecia, nós sempre tentávamos dar um jeito de estar juntos assim que podíamos. Porque precisávamos estar em casa nas datas importantes. Eu precisava estar com eles, todos eles. Porque o amor é essa coisa pequena e quente que se esconde no fundo do sentimento de paz, mas que nos move como se nada mais importasse - agora sim, ela pausa e encara o teto. Eu não me dou ao trabalho de tentar evitar meu olho de lacrimejar - No Natal, somos movidos por essa coisinha. E quando eu penso na data, honestamente, não é o nascimento de Jesus que me vêm à mente. Não, eu penso nesse sentimento. No jeito que toda Outer Banks parece estar mais feliz, mesmo que nada diferente tenha acontecido. E em como as pessoas ao meu redor parecem verdadeiramente em casa.

Dessa vez, eu não consigo evitar que meu olhar encontre o de JJ. Ele não está prestes a chorar como eu, mas me encara como se as palavras de Sarah o tivessem atingido também. Como se ele tivesse pensado em nós dois quando ela mencionou 'casa', assim como provavelmente sabe que eu pensei.

Parecem horas se passam enquanto eu estou meio perdida nas orbes azuis e em como elas me fazem sentir, mas é só o tempo que a loira usa para limpar as lágrimas do canto dos olhos.

- E, por fim, eu quero propor uma coisa. Eu sei, talvez isso pareça mais de aniversário do que de Natal, mas foi uma coisa que eu e meus amigos criamos para os dias importantes em que não conseguíssemos estar juntos. Nós estipulamos um horário para que todos possamos parar, onde quer que estejamos, e desejar algo. Pode ser para Deus, o Universo ou até a Estrela Polar, não importa. Mas, agora, quero que fechem os olhos e façam um pedido.

Antes, eu encaro novamente meus melhores amigos, deixando que terminasse na menina loira que sorri para mim e só então fechar os olhos. Assim que as pálpebras se encostam, posso sentir a lágrima queimar meu rosto.

Mas isso não me importa, porque eu preciso fazer um pedido. E eu sei exatamente o que quero. Nada é mais importante do que isso, aqui e agora. E não há nada no mundo que eu queira além de que dure para sempre.

Então eu me concentro e peço exatamente isso, desejando que se realize como nunca desejei nada antes.

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