Ele ainda está aqui.
Eu não sei exatamente o que eu estava esperando - que ele tivesse realmente saído pela janela? Ou talvez que tivesse aberto a porta com a chave reserva, que ele provavelmente ainda se lembra onde fica. Não importa. Porque, quando eu acordei, depois das sete da manhã, JJ Maybank parecia completamente confortável no meu sofá, envolto pelo cobertor que pus em cima dele antes de ir dormir.
E os analgésicos não estão mais ali. O que significa que ele acordou durante a noite. E que escolheu não ir embora.
Parece óbvio o motivo, ele estava com dor e a manhã realmente está fria, então a madrugada deve ter sido um pouco pior. Mas, por algum motivo, prefiro acreditar que ele não foi porque ainda se sente confortável aqui. E isso seria algo bom.
É ridículo, admito. Mas eu não tenho muitas coisas agora, então um pouco de ilusão é bem vindo.
Além do mais, estou feliz que ele esteja aqui e não na casa do pai.
Pela segunda vez desde que nos encontramos ontem a noite, eu me obrigo a deixá-lo dormir sossegado e vou em direção a cozinha, decidida a preparar algo para comer.
Eu conheço JJ Maybank como a palma da minha mão - bom, pelo menos eu costumava conhecer -, então sei que a chance de ele ainda ser a mesma pessoa complacente, que aceitou praticamente de primeira vir aqui para casa ontem, é quase nula. Na verdade, tenho certeza que ele vai ser completamente o oposto, e vai fugir de mim assim que reparar que sou eu.
Ainda assim, eu vou para a cozinha e começo a preparar um café da manhã que, sem querer, serve mais de uma pessoa.