O Príncipe Tritão E O Lorde P...

By Amber_Lamps16

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Aos sete anos, Dean Winchester foi salvo de um afogamento por uma pessoa desconhecida, em um estado de semi i... More

Capítulo 1: Cabelo preto e olhos azuis
Capítulo 2: Loiros, morenos, um ou dois ruivos...
Capítulo 3: comida seca
Capítulo 5: Bom pra' você
Capítulo 6: Tridente de Poseidon
Capítulo 7: O desespero e a salvação do povo do mar
Capítulo 8: O Lorde Pirata
Capítulo 9: O filho de Poseidon
Capítulo 10: Karen a Sanguinária
Capítulo 11: Deixe o depois para depois
Capítulo 12: Beijos e grutas
Capítulo 13: Lidando (ou não) com os sentimentos
Capítulo 14: Balthazar
Capítulo 15: direita ou esquerda?
Capítulo 16: Roubando os feiticeiros
Capítulo 17: Um bom filho retorna a seu lar
Capítulo 18: Um pervertido
Capítulo 19: O último pedaço
Capítulo 20: Início de um novo ciclo, nova vida, reinício.
Capítulo 21: O (quase) fim da guerra
Capítulo 22: Casamento
Capítulo 23: Grande reunião
Capítulo 24: O povo não sabe lidar com a verdade
Capítulo 25: Hey Jude
Capítulo 26: Um momento de quase paz
Capítulo 27: Poseidon
Capítulo 28: Castiel tem reclamações
Capítulo 29: Diplomacia é mais difícil do que parece
Capítulo 30: Ser adulto nem sempre é ser feliz
Capítulo 31: Zeus vs Poseidon
Capítulo 32: deuses insatisfeitos
Capítulo 33: o arrependimento de Atena
Capítulo 34: A traição de Atena
Capítulo 35: Lógica e Instinto
Capítulo 36: Reunião dos deuses
Capítulo 37: O começo da grande batalha
Capítulo 38: Eufemo
Capítulo 39: Por seus irmãos, filhos e sobrinho
Epílogo

Capítulo 4: Ferro

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By Amber_Lamps16

Sem sequer piscar e sentindo seus olhos ardendo com as lágrimas que já molhavam suas bochechas Castiel empurrou algumas pessoas e se aproximou do palco onde estavam exibindo seu irmão como uma mercadoria. A raiva ardia em seu peito o fazendo apertar as mãos em punhos, o fazendo tremer e desejar afogar todos os que estavam dando lances por seu irmão.

Parou de súbito quando alguém agarrou seu braço, se virando pronto para socar quem quer que fosse. Dean desviou de seu soco, inclinando o corpo para o lado e rapidamente agarrando seu outro pulso.

— Castiel, calma!

— É meu irmão! — exclamou, forçando o aperto do loiro para se soltar, falhando quando Dean intensificou o aperto. — Me larga!

— Eu sei que ele é seu irmão e vou te ajudar a salva-lo, mas agora eu preciso que você se acalme! — o pirata exclamou, olhando em volta. Todos estavam prestando atenção no tritão aprisionado, ninguém parecia estar os ouvindo. — Vem comigo. — pediu, puxando Castiel até o palco, se aproximando do vendedor. — Eu compro o tritão, pago o que você quiser.

O homem olhou em sua direção, os analisando de cima abaixo, uma expressão inquisitiva no rosto.

— Posso saber de onde você vai tirar o dinheiro para isso?

— Eu tenho o dinheiro. — disse, aprumando a postura, desviando os olhos para Castiel. Ele olhava para o homem com uma expressão de ódio puro e genuíno. Se olhar matasse... — Veja se está em boas condições.

O moreno olhou em sua direção, fechou os olhos, respirou fundo e se aproximou do aquário. Suas mãos tremiam e a vontade de chorar voltou com tudo. Ele ouviu quando Dean voltou a conversar com o homem, mas não ouviu nada do que ele disse.

— Gabe... — murmurou, chamando a atenção do baixinho loiro, que virou a cabeça em sua direção. O olhar dele exalava cansaso, os olhos quase fechados, como se estivesse lutando para mantê-los abertos. — Ah, Gabe, como estão te mantendo aí? — perguntou e, com dificuldade, Gabriel ergueu a mão direita, a encostando no vidro. Castiel soltou o ar ruidosamente ao ver o enorme grilhão no pulso do irmão. Com certeza era ferro pelo modo como a pele ao redor estava esverdeada.

Ferro é um poderoso veneno para o povo do mar.

Estavam envenenando Gabriel com ferro.

Castiel cobriu a boca com a mão direita, segurando um soluço. Espalmou a mão esquerda no vidro, em cima da de Gabriel, imaginando, apenas por um momento, que estava tocando a mão de seu irmão mais velho.

Se virou para trás quando sentiu uma mão em seu ombro. Dean.

— Conversei com o vendedor, ele vai tirar seu irmão de exposição. Eu disse que iria pegar o dinheiro e voltar para buscá-lo. — explicou, sua expressão enderecendo mortalmente ao olhar para o tritão na caixa. — Vamos abastecer o navio com comida e água e nos preparar para zarparmos ainda hoje. Você vai ter seu irmão de volta, mas precisa vir comigo.

Castiel concordou com a cabeça, embora não quisesse sair de perto de Gabriel. Se aproximou mais do vidro, seu peito doendo ao olhar para o estado do irmão.

— Eu vou voltar para buscar você, juro pelo deus do mar. — prometeu, imediatamente virando as costas e caminhando para descer do palco. Sabia que não co seguiria se afastar se continuasse olhando para o mais velho, então simplesmente parou de olhar. — Quanto vai pagar por ele? — perguntou a Dean quando o loiro se colocou ao seu lado, ouvindo quando o loiro riu levemente.

— Eu sou um pirata, eu não compro nada. — disse, sorrindo de canto. — Eu roubo.


Voltaram para o navio e Dean ordenou que a tripulação preparasse tudo para zarparem. Foi com eles na busca por mantimentos. Comida não perecível e água potável. Ainda reservaram o resto da tarde para saquear o que pudessem, não querendo partir de mãos vazias.

Quando tudo estava pronto o sol já estava quase se pondo no horizonte. Dean chamou Sam e Castiel já estava pronto para segui-los quando o loiro interveio.

— Você não vai.

— Como é que é? — o moreno indagou, desacreditado.

— Vai ser um roubo difícil e possivelmente perigoso, você fica.

— Não, eu não vou ficar! É do irmão que vocês estão falando, eu vou junto!

— Você nem consegue correr direito, você fica! — Dean sentenciou, entre dentes, sendo alvo do olhar mortal do tritão a sua frente. O peito e ombros dele subia e descia rapidamente enquanto ele respirava, ofegante de raiva. O de olhos azuis fechou os olhos e respirou fundo, balançando a cabeça, como se afastando os pensamentos mortais de sua mente.

— Eu posso convencer o homem a nos entregar ele pacificamente. — argumentou. — Eu não sou inútil.

— Eu não disse que você é, só estou dizendo que, por hora, vai ser melhor você não ir. — Dean disse, em um tom mais brando. Castiel concordou com a cabeça mas o olhar em seu rosto dizia que ele ainda não tinha desistido. — Você vai de qualquer jeito, não é?!

— Mesmo se tiver que enfeitiçar você para isso. — ele respondeu, seu tom de voz deixando claro que não era uma simples ameaça. Dean suspirou pesadamente, massageando as próprias têmporas.

Por que estava fazendo isso? Tritões estavam sendo comerciados na capital a semanas, aquele era apenas mais um. Por que estava se dispondo a ajudá-lo?

Os olhos de Castiel, se auto respondeu. Tinha algo nos olhos dele, algo capaz de convencê-lo a fazer qualquer coisa.

Mas por quê? Por que os olhos dele eram tão importantes?

— Vamos logo. — reclamou, dando as costas ao moreno, caminhando para fora do navio onde Sam já o esperava.

Foram até onde a entrega tinha sido marcada, um pátio aberto no meio da cidade. Os últimos raios de sol iluminavam o local que estava cheio, mas não de civis, e sim de guardas.

— Por que os guardas? — Castiel cochichou a pergunta enquanto se aproximavam.

— O tráfico de habitantes do mar é permitido pela coroa contanto que recebam uma porcentagem do dinheiro. — Sam explicou, também em um sussurro e a expressão de Castiel se tornou mortífera.

— Eu assumo daqui. — disse, apressando o passo, se aproximando sozinho. Antes que os outros pudessem reagir, começou a cantar, uma canção serena e tranquila enquanto andava. Os homens imediatamente ficaram imóveis e, sem contra tempos, Castiel foi até o aquário e abriu a tampa. — Sam. — chamou e o pirata se aproximou, enfiando as mãos na água do aquário e puxando Gabriel com cuidado, o pegando nos braços. Sem conseguir mover um músculo, Gabriel deixou sua cabeça apoiada no peito do pirata.

Castiel deu as costas, começando a caminhar para longe do outros, de volta para o navio. Franziu o cenho ao ver Dean tão imóvel quanto os outros. Não tinha a intenção de enfeitiça-lo também, por que ele tinha caído no feitiço?

— Dean. — chamou, se colocando de frente para ele, estalando os dedos em frente ao seu rosto. Ele imediatamente acordou, olhando ao redor, confuso por um breve momento. — Nós temos que ir antes que o feitiço acab... — as palavras morreram no meio quando um dos guardas atirou em direção a eles, errando por pouco. — Corram!

E assim começaram a correr como loucos, ignorando os guardas mandando-os pararem, atravessando as ruas rapidamente. Confundiram os guardas em uma viela, fazendo-os se separarem entre as ruas.

Castiel deixou os outros indo na frente e voltou, em direção a um dos homens, começando a cantar de novo. Tamanha foi sua surpresa quando ele não caiu no feitiço e atirou algo em seu pé direito, uma pesada corrente que se enroscou em seu tornozelo.

Imediatamente o tritão soltou um alto e estridente grito de dor, caindo no chão quando o ferro começou a queimar sua pele.

Ferro puro, que é o que o guarda lançou em sua perna, queima a pele do povo do mar como fogo. Ferro temperado, que provavelmente tinha sido o que usaram em Gabriel, tem um efeito um pouco mais brando. Envenena, enfraquece, deixa-os completamente incapazes de usar seus poderes.

Castiel gritou ainda mais alto, se contorcendo no chão enquanto sua pele queimava, causando uma dor insuportável, um cheiro horrível subindo junto de fumaça. Jogou a cabeça para trás, arqueando as costas, gritando, externando aquela dor, mas não era suficiente.

Ouviu um tiro e ergueu a cabeça para olhar, vendo o guarda ir ao chão em um confusão dos panos do tecido de seu uniforme.

— O que foi? — Dean perguntou, guardando a pistola no suporte em seu cinto, se abaixando ao seu lado.

— Ferro! — Castiel exclamou a pergunta em um grito choroso. Gritou ainda mais alto quando rapidamente Dean agarrou a corrente e a desembolou de seu tornozelo.

Deixou o corpo imóvel no chão, ainda chorando com a dor da queimadura, seu corpo inteiro tremendo com os efeitos do ferro.

Emitiu um pequeno som de surpresa quando Dean o pegou nos braços, rapidamente começando a andar de volta para o navio antes que o resto dos guardas os encontrassem.

Olhou para o rosto do loiro, sentindo sua visão girar, embaçar e, finalmente, escurecer completamente.

A última coisa que ouviu foi Dean o chamando diversas vezes.
                            
                             ◍♪◍

Castiel abriu lentamente os olhos, vendo o teto de madeira acima de sua cabeça. Soltou um resmungo e levou a mão direita a cabeça, massageando as próprias têmporas, soltando o ar ruidosamente, tentando se lembrar de quem era e onde estava.

Reconheceu o balanço do mar, então soube que estava no mar.

Family's Business... Mas... Parecia uma das cabines e, pela decoração, soube que era a cabine de Dean.

O que estava fazendo na cabine do capitão?

Tentou se levantar, sentindo uma dor lancinante, perdendo a força nas pernas e indo imediatamente ao chão.

Emitiu um grunhido quando seu corpo se chocou com o chão, rapidamente levando a mão ao tornozelo dolorido, mas afastando-a antes de realmente tocar, pensando rapidamente que isso poderia fazer doer mais.

Franziu o cenho ao olhar para o curativo em seu tornozelo, os panos protegendo o ferimento. 

E então se lembrou do que tinha acontecido e soltou o ar ruidosamente. Se assustou brevemente quando alguém abriu a porta, se virando rapidamente na direção da porta. Era Dean.

Ele franziu o cenho quando o viu no piso.

— O que está fazendo no chão?

— Eu... Me esqueci do ferimento e tentei levantar.

— Se machucou? — o capitão indagou, se aproximando do tritão e o ajudando a levantar.

— Não. — o tritão respondeu, em um murmuro baixo. — Cadê o meu irmão?

— No deque com o Sam. — o loiro respondeu, colocando o moreno sentado no colchão, pegando um par de muletas de madeira que só então Castiel notou estarem no canto do quarto. — Ele quer te ver, me pediu para avisar quando você acordasse. Eu disse que não sou a porra da empregada dele e agora ele está me olhando como se estivesse planejando meu assassinado. — contou, vendo um sorriso fraco surgir nos lábios do tritão. — Se quiser ir agora eu te acompanho.

Castiel concordou com a cabeça e aceitou a ajuda dele para se levantar. Teve uma certa dificuldade para andar com as muletas no início, mas o Dean o ajudou, ficando ao seu lado para pega-lo caso caisse.

Gabriel parecia melhor, mas a marca de onde o ferro estava em sua pele continuava lá. Ele claramente ainda estava meio letárgico e Castiel suspirou pesadamente quando, ao vê-lo, sua expressão endereceu completamente para uma de muita raiva.

— Gabe...

— Por onde você esteve?! — ele praticamente cuspiu a pergunta, se levantando, cambaleando e rapidamente se estabilizando.

— Eu... Aqui. No navio.

— No navio? NO NAVIO?!!

— Me deixa expl...

— Tem noção de como as coisas estão?! Os humanos estão capturando cada vez mais de nós, os Errantes estão exigindo que façamos algo e os da Marianas estão ameaçando entrar em guerra conosco porque você fugiu do seu maldito casamento!

— Ele ia me matar!

— Você é o príncipe! Jurou morrer pelo povo!

— É, só que ele ia me matar e tomar o Triângulo das bermudas, consequentemente matando nosso povo!

— NÃO ÍAMOS DEIXAR ELE TOMAR O TRIÂNGULO!!

— E IAM DEIXAR ELE ME MATAR?! — Castiel retrucou, aos berros, o peito subindo e descendo rapidamente.

Gabriel apenas o encarou em silêncio, a respiração tão descompassada quanto a do irmão mais novo.

— Como você pode ser tão egoísta? Essa era nossa única chance de vencer a guerra.

— O casamento iria trazer mais problemas do que soluções, por que vocês não conseguem ver isso?! 

— Você só está pensando em si mesmo.

— E por que você não se casa? — o mais novo indagou, de forma dura e inquisitiva. — É o segundo príncipe, na minha ausência as minhas responsabilidades são suas. — apontou, fazendo Gabriel encolher os ombros e engolir em seco. — Parece que não sou o único egoísta. — sentenciou, dando as costas ao irmão e, com o auxílio das muletas, voltando a cabine.

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