CINZAS - Saga Inevitável: Seg...

MillenaAgliardi tarafından

171K 17K 5.6K

» Esse é o quinto livro da Saga Inevitável, retratando a segunda geração, os filhos dos casais principais. Vo... Daha Fazla

PREFÁCIO:
PRÓLOGO.
1. Todo Mundo Menos Você.
2. Por Supuesto.
3. Sound Of Silence.
4. O Conto Dos Dois Mundos.
5. João De Barro.
6. Melhor Sozinha.
7. Losing Your Memory.
9. Ciumeira.
10. River.
11. Arcade.
12. Lendas e Mistérios.
13. Question.
14. Summertime Sadness.
15. You Broke Me First.
16. Broken Wings.
17. Leave All The Rest.
18. Love And Honor.
19. Beggin'
20. DYNASTY.
21. abcdefu.
22. A Meta É Ficar Bem.
23. Insônia.
24. Penhasco.
25. Blood // Water.
26. Monster.
27. Radioactive.
28. Skyfall.
29. Believer.
30. Chasing Cars.
31. I See Red.
32. Cedo Ou Tarde.
33. Traitor.
34. Enquanto Houver Razões.
35. Dusk Till Dawn.
36. Play With Fire.
37. Evidências.
38. No Pares.
39. Santo.
40. Ingenua.
41. Angels Like You.
42. Who You Are.
43. Queda.
44. Mad World.
45. Mercy.
46. Bird Set Fire.
47. Couting Stars.
48. In The End.
49. Decode.
50. The Power Of Love.
51. Way Down We Go.
52. River.
53. Blood/Water.
54. Losing Your Memory.
55. Monster.
56. Unconditionally.
57. As Long You Love Me.
LIVRO NOVO!

8. Say Something.

2.8K 309 35
MillenaAgliardi tarafından

JHENIFER.

Say something, I'm giving up on you
I'm sorry that I couldn't get to you

Anywhere, I would've followed you
Say something, I'm giving up on you

And I will swallow my pride
You're the one that I love
And I'm saying goodbye.

(Você é a única pessoa que eu amo,
E eu estou dizendo adeus.)

.




O primeiro sinal de que algo estava errado foi quando meu pai chegou em Las Vegas absolutamente do nada, sozinho. O segundo sinal foi quando ele ordenou que todos nós permanecessemos na mansão de tio Nino, sem sair sequer para os jardins até segunda ordem. O terceiro sinal, foi quando voltamos a poder circular normalmente pela propriedade e encontrei Lorenzo encarando a psicina com olhos assombrados. 

— Você está bem? — Minha preocupação com seu estado atual superou toda a mágoa que senti no início da manhã. Meu avô sempre dizia que amar era se preocupar e cuidar mesmo quando estávamos irritados; talvez fosse verdade. 

— Eu… — A voz de Lorenzo estava rouca, falhada. Me preocupei ainda mais, tanto que caminhei até me sentar ao lado dele na borda da piscina. Mesmo na escuridão penetrante daquele canto da casa, eu podia ver o assombro em seus olhos. — Me deram uma arma e mandaram eu atirar numa criança. 

— O que? — Que tipo de monstro seria capaz de fazer isso com Lorenzo?  — Lorenzo, você…? 

— Eu atirei. — Lorenzo sussurrou, seu lábio inferior tremeu. — A arma estava descarregada, mas eu não sabia, Jhenifer. Eu não sabia que não mataria ele. Eu atirei. 

Lorenzo soluçou, literalmente soluçou se curvando até encostar a testa nos joelhos erguidos. Seus ombros tremeram conforme mais sons dolorosos escapavam de sua boca; sem pensar nisso, eu me inclinei em direção a ele e o abracei de qualquer jeito, meu peito doendo ao vê-lo tão vulnerável, tão… Quebrado. 

Chorando. Eu nunca havia visto Lorenzo chorar. 

— Eu engatilhei uma arma e atirei apontando para a cabeça de uma criança, porra! Eu não sabia que estava descarregado, eu não sabia! — Lorenzo gritou contra seus joelhos e eu estremeci com a dor em sua voz. — Devon sabia, Devon percebeu. Eu… Oh, meu Deus. Eu ia matar uma criança! 

— Lorenzo, se acalme, por favor. — Pedi baixinho acariciando seus cabelos sedosos. — Você fez o que mandaram. Se a arma estivesse carregada, a culpa seria mais deles do que sua. 

Lorenzo levantou a cabeça, deixando nossos rostos tão próximos que eu podia sentir sua respiração ofegante. Seu rosto tão lindo estava manchado por lágrimas, seus lábios tremiam. Eu quis chorar por vê-lo assim. A vida toda eu o vi como um homem adulto, mas naquele momento ele parecia um menino. 

— Você não entende… — Ele sussurrou agoniado. — Você não entende, Jen. 

— Eu entendo, Lorenzo. Eu conheço você minha vida inteira. Eu sei o senso profundo de lealdade e orgulho que você nutre pela Camorra, por seu pai. Eu sei que você ama e se orgulha de pertencer a máfia. Eu sei o quanto você ama o lugar que você tem aqui. Se você tivesse matado aquela criança, seria porque você é tão leal ao seu pai e a Camorra que nada te faria descumprir com seu dever. — Lentamente tracei a bochecha de Lorenzo num carinho singelo. Seus olhos cinzentos estavam quase febris, cheios de desespero. — Eu conheço você, eu conheço sua lealdade e principalmente, conheço seu caráter. 

— Existe uma coisa… Uma coisa que me faria descumprir com meus deveres. — Lorenzo sussurrou. — Você. 

Meu coração errou uma batida, meu corpo todo tremendo ao ouvir suas palavras, uma simples e direta declaração que destruiu todo meu controle. 

— Então, se você sabe o quanto a Camorra significa para mim, se você sabe o quanto eu sou leal… Não se aproxime. Não me ajude a cair em tentação. — Lorenzo segurou meu rosto entre suas mãos quentes e encostou nossas testas. — Finja que não sente nada, finja que eu não sou nada para você. Se você sente algo por mim, se você se importa comigo, me ajude a resistir a isso, Jen. Porque se eu perder a Camorra, se eu decepcionar meu pai… Eu morro. Eu morro, Jen. 

Era egoísta ter um grande não na ponta da língua, mas a negação não saiu. Não quando ele estava tremendo contra mim, chorando e implorando para que eu o ajudasse a resistir a tentação. Estávamos queimando desde o início, mas virariamos cinzas se continuassemos com aquilo. Eu não me importava de queimar, mas não queria que ele queimasse junto. Sua dor me destruiria. 

— Eu vou. Eu vou fingir que… — Um soluço partiu minhas palavras. Que eu não amo você. Que eu não desejo estar com você a cada segundo do meu dia. — Apenas fique bem, ok? Eu posso lidar com o resto. 

Lorenzo traçou o caminho das minhas lágrimas com os lábios, sua boca quente contra meu rosto, das bochechas até meus lábios. Estávamos fodidos. Tão, tão fodidos. Porque no momento em que ele me beijou, eu retribuí com fervor. Porque mesmo que fosse errado, mesmo que fosse nos queimar até virarmos cinzas, eu estava completamente apaixonada por ele. Aos cinco anos quando ele disse que se casaria comigo, eu fantasiei inocentemente nosso casamento perfeito, com um lindo vestido e gente por toda parte. Pensei que isso passaria, mas aos dezessete, eu ainda o amava. Seus lábios macios contra os meus era uma versão terrena do paraíso. Mereciamos o inferno por aquele beijo, por aquela paixão desenfreada que primos não deveriam sentir… Mas ao beija-lo, eu me sentia no céu. A língua de Lorenzo deslizou contra a minha, inicialmente gentil, mas depois assumiu um ritmo intenso, quase desesperado. O gosto de nossas lágrimas marcando aquilo que eu sabia ser uma despedida. Era como se dissessemos sem palavras: eu te amo, mas eu não posso ficar com você. 

— Se afaste de mim… — Ele sussurrou contra meus lábios. — Porque eu não tenho mais forças para me afastar de você. 

— Eu vou. — Prometi com um soluço quebrado. — Eu vou. 

Porque no final das contas, eu sempre colocaria Lorenzo em primeiro lugar. 

——————«•»——————

Eu queria voltar para New York, mas não fazia sentido algum. Já havia me matriculado na escola e trocar agora me faria perder o ano. Fora que papai e mamãe achariam estranho minha mudança de volta, ficando apenas duas semanas em Las Vegas. Por fim, voltei a minha rotina diária, indo para escola e sentando-me com Luca, ignorando Lorenzo totalmente, mesmo que sempre quisesse falar com ele. Havíamos sido amigos por anos, mas agora mal podíamos nos olhar. As semanas se passaram horrivelmente. A escola era ótima desde que eu estivesse dentro da sala, porque do lado de fora, durante o intervalo e as aulas de recreação, eu sentia vontade de morrer. A convivência com Luca e seus amigos ficou insustentável quando eles começaram a ser abertamente racistas com Thalys, que me cumprimentou em libras ao passar por nossa mesa. Eu podia ver a expressão de desconforto no rosto de Luca, mas ele não disse uma só palavra. Eu também não, apenas me levantei com um olhar de profunda decepção em direção ao meu primo e saí do mesa. 

A solidão era uma gloriosa companhia comparada aos bastardos que meu primo chamava de amigos e quando percebi isso, passei a comer sozinha na arquibancada todo santo dia escolar. 

Minha permanência em Las Vegas deveria ser um sonho, mas se transformou num completo pesadelo. Alguns poderiam pensar que eu estava escolhendo a solidão, mas se já era difícil fingir que estava tudo bem entre mim e Lorenzo durante os jantares e almoços em família, seria mil vezes pior se eu me juntasse aos amigos dele, numa mesa onde ele sempre tinha a fala, sempre era consultado para tudo, era a estrela. E bom, se não fosse Lorenzo, porque motivo eu me sentaria com os amigos que ele me apresentou, amigos que pertenciam a ele, não a mim? 

— Ei. — Uma voz estranhamente familiar chamou se aproximando de mim. Me virei de supetão, vendo Andrew caminhar em direção a mim calmamente com uma bandeja de comida em mãos. — Posso comer com você? 

— Seus amigos cansaram de você? — Perguntei numa risada brincalhona, escondendo a decepção. Eu queria que fosse Lorenzo, mas nunca seria Lorenzo. 

— Você é mais bonita que eles. — Andrew disse com uma piscadela e um sorriso irônico. Eu ri, realmente ri depois de semanas sem sequer sorrir verdadeiramente. — Lorenzo disse que vocês estão sem se falar por desavenças entre a Cosa Nostra e a Camorra, mas todos gostam de você. Você pode se sentar conosco, sabe? 

Ah, claro. Eu quase rir ao imaginar Lorenzo dizendo isso com seriedade e até inventando os motivos da suposta briga entre nossas famílias. Andrew sentou ao meu lado, dando uma enorme mordida em seu sanduíche cheio de molhos. Céus, como as pessoas conseguiam comer coisas tão calóricas? 

— É melhor que eu fique longe de Lorenzo. — Forcei minha expressão numa máscara de desdém, que não combinava com o conflito dentro de mim. Eu queria mesmo que fosse só isso, que estivéssemos longe um do outro porque nossas famílias não estavam bem. Seria bem melhor do que estar longe para tentar acabar com o amor que havia entre nós. 

— Vocês deveriam parar com isso, a Camorra e a Cosa Nostra não são responsabilidade de vocês e sim de Nico e Thomaz. — Andrew deu de ombros. — Lorenzo sente sua falta pra caralho, dá pra ver na cara dele. 

— Ele sente? — Perguntei baixinho. 

— Claro. Ele te observa o tempo todo. — Andrew revirou os olhos. — Vocês são quase irmãos, pra quê ficarem brigados por algo que nem é sobre vocês? 

— A briga foi feia, Andrew. — Dei de ombros cinicamente, entrando no jogo de Lorenzo. — Nossos pais brigaram, mas Lorenzo concorda com Nico e eu concordo com meu pai. 

— Olha, eu acho que… 

— A gente pode conversar sobre outra coisa? — Eu o interrompi com um suspiro. — Realmente não quero falar sobre isso. 

— Okay. — Andrew concordou. Ele era bonitinho, eu tinha que admitir. Seus cabelos escuros, olhos verdes oliva e sardas tinham um charme peculiar. Seria tão mais fácil se eu pudesse me apaixonar por um cara assim… Mas nem mesmo toda sua beleza tinha o poder de tirar Lorenzo da minha mente e coração. — Lila, Thalys e eu vamos ao cinema. Você quer ir? 

— Hoje? 

— Sim. Às oito. — Andrew abriu um sorriso sem jeito. — Vai ser legal. 

— Você acha que tio Nico me deixaria sair com vocês? Tipo, se eu dissesse que você cuidaria da minha segurança? — Perguntei realmente curiosa. Eu gostaria de ir, mas não sabia se teria permissão para isso, exceto se Andrew estivesse nas boas graças de meu tio. Andrew assentiu prontamente, orgulhoso. 

— Eu acho que sim. Minha família não é do auto escalão, mas somos muito bem recebidos na casa dele. Meu pai e ele são bem amigos. — A profunda adoração na voz do garoto me deixou entusiasmada. 

— Então, falarei com ele. — Garanti. — Obrigada por me convidar, mas… Você acha que Lila e Thalys vão gostar da minha presença? 

— Claro! Lila está quase tirando Lorenzo da mesa para te fazer voltar e Thalys… Bom, eu não sei porque ele é mudo. — Andrew encolheu os ombros. — Eu preciso aprender a linguagem de sinais. 

— Eu posso te ajudar. — Ofereci. Mesmo que ser professora não fosse algo que me animava, eu adoraria ajudar Thalys a dialogar com mais facilidade entre seus amigos. 

— Cara, isso seria ótimo! É só me dizer quando e onde! 

— Bom, pode ser na mansão Parisi, nos jardins. Tio Nico com certeza não irá se importar. — Ponderei por um momento. Não haveria problemas em ajudar um amigo a luz do dia, certo? — Mas, por via das dúvidas, irei falar com ele. 

— Vai ser ótimo, Jen. 

Eu sorri de verdade. Amizades eram coisas difíceis de conquistar, mas se eu conseguisse aquela, tinha certeza de que minha vida seria um pouquinho menos infeliz. 

Okumaya devam et

Bunları da Beğeneceksin

1.4K 157 35
~~~~~~~♤~~~~~~~ O detetive Joe Wayans estar prestes a enfrentar o caso mais enigmático de toda a sua carreira no FBI, quando um possível serial kille...
152K 16.7K 28
Camila é uma jovem que depois de terminar seu relacionamento, resolve curtir a vida sem se importar com nada e após uma louca noite de curtição, sua...
2.1M 180K 109
Os irmãos Lambertt estão a procura de uma mulher que possa suprir o fetiche em comum entre eles. Anna esta no lugar errado na hora errada, e assim qu...
161K 9.8K 30
Isís tem 17 anos, ela está no terceiro ano do ensino médio, Isis é a típica nerd da escola apesar de sua aparência não ser de uma, ela é a melhor ami...