Confesso que se não fosse tudo o que eu tivesse vivendo com esse homem, eu teria sim algum tipo de atração por ele. Por que ele era bonito, mas o fato de ele me tratar da forma como ele me tratava eu não conseguia sentir nada além de nojo.
— Vamos — Disse assim que terminei de arrumar meu cabelo, ele apenas assentiu e saimos de casa. Heitor já estava no carro esperando a gente, sentei no banco de trás com o Samuraí e o Heitor foi dirigindo.
No caminho eu sentia os olhares do Samuraí em mim, mas eu não me atrevia a olhar para ele. Eu não seria louca para isso.
— Chegamos — A casa aparentava se enorme, tinha bastante seguranças na frente.
— Não fale com ninguém sem a minha permissão — Samuraí diz ao me fazer encara-lo, — Não sorri para nenhum homem para que eles não ache que você esta dando liberdade a eles. Não faça eu me irritar e assim eu não vou te bater essa noite.
Apenas assenti, minhas mãos estavam suando de medo. Eu tinha pavor do toque desse homem.
Saímos do carro e ele colocou sua mão em minhas costas para que assim me conduzisse, eu precisava passar naturalidade, mas era impossível.
— Por que está assim Nane? — Ele perguntou suavemente em meu ouvido — Está com medo de mim?
— Na... Não — Respondo baixo, para que as pessoas não perceba que estamos conversando algo que possa o constranger. Deixá-los constrangido ou irritado, era sinal de agressão a minha pessoa mais tarde.
Ele complementava as pessoas e me apresentava como se eu fosse um troféu, as pessoas que falavam comigo. Eu olhava era obrigada a olhar para ele antes para ter permissão de cumprimentar. E ele assenti ou apenas negava.
E quando ele negava, eu abaixava minha cabeça como sinal de desculpa.
Estava sendo horrível fazer esse papel de submissa, logo eu uma mulher que na vida jamais fui submissa a homem algum que não fosse o idiota do meu pai.
Acho que se eu soubesse que minha vida se tornaria esse inferno, eu teria me mudado para outro lugar...