O eclipse da nossa dança • Jk...

By Samely_yna

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[CONCLUÍDA] [NÃO ACEITO ADAPTAÇÕES] Onde dois jovens com vidas distintas e gostos diferentes acabam se apaixo... More

Book trailer + conhecendo a história.
Capítulo 1 - Inscrições para a apresentação do final do ano.
Capítulo 2 - Qual o seu sonho?
Capítulo 3 - Um encontro inesperado.
Capítulo 4 - Uma carta para ele.
Capítulo 5 - Não devia ter acontecido.
Capítulo 6 - Visita mais que especial.
Capítulo 7 - Nosso encontro imperdível.
Capítulo 8 - Min Yoongi; corações de papel.
Capítulo 9 - A noite é nossa.
Capítulo 10 - A noite é nossa pt.2
Capítulo 11 - Vinie e Mathias.
Capítulo 12 - O jardim de nossos sentimentos.
Capítulo 13 - Meu amor está em chamas.
Capítulo 14 - Asas da liberdade.
Capítulo 15 - O universo conspira ao nosso favor.
Capítulo 16 - Manhã leve como passos.
Capítulo 17 - Ensaios e grandes mudanças.
Capítulo 18 - Vieram as boas mudanças.
Capítulo 19 - Como nossa primeira vez.
Capítulo 21 - Quando o amor bate na porta.
Capítulo 22 - Boa viagem!
Capítulo 23 - Gravidezes e bebês?
Capítulo 24 - Juntos, agora e para sempre.
Capítulo 25 - Noite das luzes.
Capítulo 26 - A cirurgia de Park.
Capítulo 27 - O grande espetáculo do fim de ano.
Capítulo 28 - GRÁVIDO?
Capítulo 29 - Vida de um grávido.
Capítulo 30 - GÊMEOS!?
Capítulo 31 - Viagem de verão em família.
Capítulo 32 - Casa de campo.
Capítulo 33 - Sexo dos bebês.
Capítulo 34 - Visitinha especial.
Capítulo 35 - Chá de bebês.
Capítulo 36 - Bem vindos; Maya e Vincent.
Capítulo 37 - Seis meses.
Capítulo 38 - Até que a morte nos separe.
Capítulo 39 - Aquarela da vida.
Capítulo 40 - O eclipse final.
Carta de agradecimento aos leitores.

Capítulo 20 - Dançando na chuva.

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By Samely_yna

(Em revisão)

Olá meus anjos, como estão?

Um aviso antes de lerem: No meio deste capítulo algumas coisas MUITO importantes irão acontecer, portanto fiquem beem atentos até o final!

Boa leitura!
•••

PJM

Esta madrugada perfeita durou pouco mas fora realmente confortável e incrível. Eu e o Kook acabamos bebendo um pouco mais que o comum, e o fato de termos voltado para casa dirigindo foi um erro, admito. Por outro lado, eu apenas lembro realmente de termos voltado para casa dirigindo, minha cabeça girou por uns minutos e senti meu corpo quente por todo o caminho.

Assim que o sol entrou pela brecha da janela e a brisa matinal refrescou meu corpo nu, eu me retirei lentamente dos braços de meu namorado e me sentei na cama.

Segui meu caminho até o banheiro, admirei toda a extensão de meu corpo e ao julgar por estar sem roupas, marcas em minhas pernas, nádegas e costas eu me toquei sobre o que exatamente havíamos feito nesta madrugada.

Eu sorri feito bobo por todas estas marquinhas de amor. Logo, meu namorado levantou-se da cama e foi até onde eu estava. Seu rostinho estava inchado e seu corpo nu repleto, também, de marquinhas de amor.

Assim que ele veio até mim, me abraçou por trás sentindo todo o meu cheirinho, o qual ele fala todos os dias o quanto ama.

— Bom dia, kook!

— Bom dia! — Ele beijou meus cabelos e entrou na ducha. — Vem me acompanhar?

— E desde quando tomamos banho separados? — Rimos.

Quando entrei na ducha junto à ele, nós conversamos bastante sobre a programação do nosso dia e em quais locais pretendíamos fazer compras para nossa nova casa.

Ao saírmos, fizemos a higiene bucal e eu fiquei fazendo todo o meu processo de cuidados com a pele e hidratação dos lábios com meu protetor labial favorito sabor morango.

— Amor, seu protetor labial tem um gosto e cheiro muito bom! — Kook disse e por ter acordado "a pouco tempo" sequer me dei conta que isso era uma deixa de meu namorado para ganhar um beijo.

— Você quer passar um pouco?

— Eu quero o que você já está usando! — Ele me pegou de surpresa beijando meus lábios, e foi nesta hora que me dei conta.

— Kook! — Disse "bravo" por ele ter retirado meu protetor labial.

Ele sorriu feito bobo e foi até o closet. Colocamos roupas do dia a dia. Pegamos tudo o que precisávamos e descemos as escadas.

— Prefere tomar café aqui em casa ou em algum estabelecimento quando estivermos indo às compras? — Eu disse.

— Vamos tomar café fora, é ótimo pois você conhece melhor esta região!

Assim fizemos, fomos até o carro estacionado e o Kook dirigiu até paramos em um estabelecimento cor-de-rosa e tons de lilás e branco. Um local com uma áurea incrível, tranquilo e bem cheiroso pelos pratos servidos.

Assim que sentamos em uma mesa próximo a uma janela de vidro, uma gentil garçonete veio nos atender.

— Bom dia, o que o casal vai querer?

— Para mim, uma fatia de torta de nozes e um macchiato! — Eu disse.

— E para mim, uma fatia de torta de limão e um café expresso sem açúcar!

— Anotado, não demoro com os pedidos! — A simpática garçonete saiu.

Enquanto olhávamos em nossa agenda de afazeres qual a primeira loja que iríamos (sim, nós temos uma agenda de afazeres e anotações) ficamos a observar a bela vista que tinha do outro lado da janela ao nosso lado.

Era um jardim que ficava na parte de trás do café. Acho que fica bem claro o quanto amamos jardins. Ele estava cheio de criancinhas brincando e rodeado de flores, eu percebi os olhos de meu namorado brilharem.

— Você quer que tenhamos filhinhos não é, kook?

— Sim! — Ele sorriu me olhando.

— Eu também!

— Eu tenho muitos planos para nós, ji! Sabe, quando nossa vida com relação a trabalho e tempo estiverem nos trilhos... Eu penso muito sobre casamento.

— Minha alma se enche de alegria sempre que você fala sobre isso! — Eu falei sendo sincero, não me vejo de outra forma senão casado com Jeon Jungkook daqui uns anos.

— A minha também! — Ele acariciou minha mão que estava sobre a mesa. — Sua mão ficaria ainda mais linda com uma aliança.

— Eu concordo demais! — Sorri.

— E quando casássemos e aproveitássemos bem nossa vida de casados, a gente já poderia pensar nos filhinhos...

— Você sabe, nós teremos que adotar nossos filhos, Infelizmente eu não posso gerá-los! — Disse triste pois de fato eu queria poder gerá-los.

— Amor, isso não é um problema, você sabe! Nós adotamos eles bebês e cuidamos deles com todo amor, atenção e carinho. Mas... Sabe, a ciência está muito avançada, amor, acho que você engravidar não será uma coisa extremamente difícil, não que seja fácil...

— Kook, eu nunca li ou pesquisei sobre, mas eu acho que seria arriscado demais.

— Tem razão, não quero que nada aconteça com você ou nossos bebês!

— Fique tranquilo, amor, de qualquer forma eu irei pesquisar sobre, eu sei que seremos ótimos pais para nossos bebês!

— Eu também sei disso! Pode não parecer, mas eu sei trocar a fraldinha direito, fazer a comidinha e identificar quando eles choram por dores como cólicas.

— Está de parabéns, um papai prendado! — Rimos.

— Amor, sabe... Atualmente no mundo não é uma coisa tão extraordinária um homem engravidar, como eu mesmo disse, a ciência já evoluiu e evolui constantemente... Já tem vários e vários casos...

— Kook, nós ainda temos muito pela frente, amor... Eu prometo que não vou descartar a possibilidade de pesquisar sobre essa tal cirurgia, mas... Vamos deixar que tudo aconteça no seu tempo! — Segurei sua mão.

— Sei que tem razão, ji... Desculpe por estar te enchendo com este assunto!

— Você não está me enchendo, amor... Não precisa se desculpar. Olha só, eu quero muito ter filhinhos...

— Só de falar já enche meu coração de ansiedade e alegria!

— O meu também meu amor, o meu também. Pretende que tenhamos quantos filhos?

— Uns 2 ou 3 filhos!

— Acha que damos conta?

— Tenho certeza! — Rimos.

Enquanto jogávamos conversa fora sobre nosso futuro, a garçonete veio com nossos pedidos e nos deliciamos.

— Amor, eu nunca provei um macchiato, é bom? — Kook me questionou.

— É uma delícia, prove! — Eu levei a bebida até sua boca.

Ele realmente gostou, porém achou um pouco doce, bobagem dele! Ele tem sua preferência por bebidas mais simples como um café expresso sem açúcar.

Tomamos nosso café na doce companhia um do outro e pagamos a refeição. Logo saímos desse lindo estabelecimento e seguimos para a primeira loja de mobílias da cidade.
...

Em resumo sobre todo o dia do jovem casal, compraram tudo o que precisavam para a sua casa. Foi um dia cheio e até mesmo um pouco estressante, vocês sabem, processo de mudança de casa envolve muitas questões e paciência.

Hoje ainda haviam ido até casa de Park pegar mais algumas coisas dele, aproveitaram e tomaram um ótimo café da tarde com o senhor e senhora Park.

Mas em geral, eu queria resumir para vocês a péssima semana que tiveram. Isso mesmo, PÉSSIMA. O tempo vem passando e seguindo seu destino conforme é para seguir. Depois desta tarde, os dias mais estressantes possíveis bateram na porta de ambos.

A grande semana de provas finais se passou, e Jeon as realizou muito bem e recebeu suas notas na própria sexta-feira pois era o único que havia feito as provas naquele curto período.

Esta semana terrível acabou até mesmo esfriando bastante sua relação com o Park mesmo que morassem na mesma casa. Tiveram muitas discussões e até mesmo brigas que não haviam tido antes.

A hora da raiva é a pior inimiga de todas, mas no caso de Jeon, consegue ser ainda pior. Pois em sua personalidade, correm traços de sua minha mãe e irmão. Então sim, ele confessava que disse coisas à Park, pessoa que mais ama, que se arrepende muito de ter dito á ele. E ele também me disse coisas à Jeon as quais também não deveria ter dito.

Durante todo esse tempo eles brigaram por absolutamente tudo, por conta de falta de atenção e tempo, por discordância, por distância, por prioridades... Por tudo!

Park sempre foi a pessoa que Jeon buscava paz e não tinha um segundo que fosse ruim com ele, mas ficaram em um ponto que não conseguiam ficar juntos 5 minutos sem que discutissem.

Jeon apenas queria mudar isso, queria que o amor quente de ambos voltasse.

Eles brigavam e pediam desculpas, é sempre isso. Mas não havia mudança, a realidade é que precisavam passar um tempo juntos de uma melhor forma e Jeon sabia exatamente o que fazer.

Hoje era o sábado, dia que senhora Jeon pediu para falar com Jungkook por coincidência. Este que suspirou aliviado por estar em casa e finalmente ter terminado a escola.

Passou a manhã inteira em sua antiga casa falando com dona Nari e quando deu meio dia eu retornou até sua casa. Mas eu retornou com um presente em mãos para Park

Quando entrou na residência, estava um silêncio tremendo. Subiu as escadas em busca de seu namorado e adentrou no quarto.

— Jimin? Você está em casa?

— Aqui! — Park disse quase sem vontade.

Ele estava debaixo dos lençóis, seu rosto e olhos estavam inchados, como... Como se estivesse chorando.

— Pelos deuses! — Jeon se sentou aperreado ao seu lado. — Ji, você está bem? Aconteceu algo? — Passou a mão por seu pescoço e testa para sentir sua temperatura.

— Mesmo sendo um idiota, você ainda continua sendo preocupado.

Jeon rapidamente entendeu o que estava acontecendo, ele estava chateado. Recordava-se bem, eles haviam brigado feio noite passada. Estavam vivendo um momento péssimo em sua relação.

— Na realidade, eu queria falar com você! — Jeon sequer tinha um tom de voz audível.

— O que quer agora, Jeon Jungkook?

Jeon suspirou fortemente tomando coragem para finalmente falar aquilo que ardia em seu coração.

— Eu não vivo sem você, meu amor!

— Vive sim e vive muito bem! — Park estava farto de brigas mas em compensação não estava se controlando no momento.

— Tento negar, mas não posso e sei que não posso me manter distante desse teu cheiro doce e leve como baunilha, desse teu sorriso que me encanta, da delicadeza e intensidade de suas mãos, da íris dos teus olhos, do ritmo que você faz palpitar meu coração e das borboletas que dançam em meu estômago quanto, até mesmo, projeto você em minha mente. Entenda Jimin, eu sou cem porcento dependente de cada detalhe seu. Você é a lua do meu sol, a minha alma gêmea, portanto, por favor esteja comigo e me perdoe por estar sendo um idiota...

Park buscava mas não encontrava resposta para o belo pedido de desculpas que havia recebido, apenas se sentou na cama e Jeon acariciou seus cabelos bagunçados e seu rostinho inchado. Seus lindos olhos, agora derramavam lágrimas, e Jeon pode sentir o quão acabado e exausto ele estava por tudo isso que estava acontecendo.

Park nada disse, apenas o abraçou fortemente. Era tudo que precisavam.

— Eu sinto muito, kook... — Ele falou chorando e soluçando no ombro daquele que mais amava.

Jeon o apertou em seus braços, odiava admitir mas deixou que lágrimas caíssem também. Com cuidado retirou Park do abraço para limpar suas lágrimas.

— Ji, eu... Te trouxe um presente! — Tentou mudar o rumo da situação, o entregou uma caixinha pequena.

— Que caixinha bonita! — Park finalmente sorriu.

— Abre!

Assim que ele abriu, Jeon sentiu seu coração voltar a palpitar fortemente como antes, ele abriu um sorriso imenso e desta vez chorou de emoção.

— São... — Ele colocou a mão na boca mostrando surpresa. — São duas passagens com hospedagem inclusa na... ITÁLIA?

— Isso mesmo! — Jeon sorriu para ele em confirmação.

— Meu amor, muito obrigado! — Park o abraçou novamente. — Jeon sentia como se toda a sua dor fosse curada.

— Nossa... — Aconchegou-se no abraço de Park. — Fazia tempo que você não me chamava assim! — O loiro beijou a bochecha de Jeon.

— Mas... Por que? Por que você comprou duas passagens com direito a hospedagem na Itália?

— Acho que irá concordar comigo que a gente precisa de um tempo só para nós. Um tempo de conversa calma, sinceridade e muito amor.

— E tem razão, eu concordo!

— Já faz um bom tempo que namoramos, meses... Logo fará um ano... Isso após nossa apresentação no final do ano. Acho que fomos imaturos ao ponto de não pensar um no outro por esses tempos.

— Me sinto culpado!

— Culpado? Por que? Nós dois temos culpa!

— A realidade é que por tudo isso que tava acontecendo, eu temia que nosso relacionamento chegasse ao fim!

— Nem fale isso, ji! Eu sou muito falho mas eu te amo mais que absolutamente tudo na minha vida. E sou grato diariamente aos deuses por terem te enviado para mim.

— Eu também te amo, Kook! Eu não me vejo sem você na minha vida.

— Estávamos precisando desta conversa!

— Tem razão, mas estamos precisando de outras coisas também!

— Como o que?

Park se ajoelhou em frente a Jeon na cama, olhou nos seus olhos sorrindo e beijou os lábios do moreno com muito amor.

— Que saudades dos teus beijos, ji!

Então Park o beijou de novo e toda raiva se transformou em amor. Trocaram beijos e mais beijos seguidos de carinho por toda a manhã.

A realidade é que Jeon está com planos para essa viagem, planos maiores. Mas irei deixar vocês e Park curiosos.

Mesmo com tanta tempestade, ainda conseguiram dançar na chuva.

PJM

Esta manhã em minha mente seria apenas mais um dia ruim.

Eu acordei e passei a mão do lado de onde o Kook dormia, e estava vazio, acordei sozinho na cama como todos dos dias.

Eu tomei meu café da manhã sozinho e nem me ocupei em enviar uma mensagem para ele. Sei que ele estava em sua antiga casa. Durante os dias da semana ele estava terminando as provas finais e entregas de trabalho e durante o período da noite, ele dava as aulas de ballet comigo.

Mas mesmo nos vendo nas aulas e sendo a dupla de protagonistas, a gente fazia um trabalho muito profissional, nem se quer tivemos todo aquele carinho que tínhamos antes.

Quando chegávamos em casa, era discussão sobre discussão, a realidade é que ambos somos culpados por isso. Nós nos amamos incondicionalmente, mas erramos como tolos e por pouco poderíamos ter acabado com nosso relacionamento incrível.

Eu estava exausto de tudo isso, como pode nosso amor tão intenso ter ficado tão frio...?

Nossas conversas durante esses tempos foram resumidas em brigas e simples pedidos de desculpas. Não havíamos dado nem sequer um beijinho.

Mas hoje foi diferente... Eu me encontrava aos prantos por tudo que estava acontecendo, mas a melhor notícia que eu poderia receber, chegou átona.

Nós tivemos uma conversa civilizada e finalizamos ela com muito amor, ainda recebi o melhor presente que poderia receber, uma viagem para a Itália junto ao meu namorado!

Por agora, me encontro sem roupas entre seus braços e ofegante. Sim, havíamos feito amor após todo esse tempo.

Ele me amou violentamente e com vontade, estávamos necessitados desses toques mais íntimos.

Pelo o que vi nas passagens, a viagem estava marcada para os próximos dias. O que coincidiu com as férias da academia.

— Kook... Eu te amo tanto... — Falei enquanto ele beijava todo o meu corpo arrepiado por seus toques.

— Eu te amo muito mais!

Eu sabia, que mesmo com todas essas inúmeras dores, nossa história não acabaria agora, pois essa tempestade um dia iria cessar. E quando a chuva vai embora, o sol volta a brilhar.

Acredito que na realidade não estávamos prontos para todo esse processo de morar juntos, mas como todo sofrimento há uma aprendizagem e experiência para se levar.

O que erramos de forma imatura foi não termos sentando e conversado com calma. Apenas brigávamos e pedíamos desculpas sem mais nem menos.

— Kook... — O chamei enquanto ainda estava em seus braços.

— Sim?

— Por favor, se você estiver irritado comigo, algo te incomoda, venha falar comigo, conversar... De forma civilizada.

— Sei que está certo, e eu digo o mesmo. Vamos usar isso como exemplo para mudar para melhor!

— Está certo!

Resolvemos cessar esse assunto, só queríamos seguir em frente e dar continuidade a nossa história sem voltar a errar desta forma novamente.

— Ji, hoje eu irei conversar com minha mãe, há uma semana ela me chamou e eu não posso faltar!

— Tudo bem! Mas você vem dormir em casa, não é?

— Venho sim, minha mãe não costuma passar horas conversando, ela é bem direta.

— Precisará ir de que horas?

— Eu irei ligar para ela e confirmar tudo!

JJK

Me levantei da cama, cobri meu corpo nu com um roupão e busquei meu celular pela bancada.

Assim que o encontrei disquei para o número de minha mãe, como sempre, ela não demorou para atender.

— O que quer, filho?

Ela me chamou de filho de novo... Parece algo tão bobo para muitos, mas para mim que vivi de míseras migalhas de boa relação com minha mãe, é motivo de emoção.

— Bom dia, mãe, queria saber de que horas a senhora precisa que eu vá falar contigo.

— Ah sim! Me lembro de ter falado sobre isso com você, bem, se puder hoje às 18:00.

— Certo então, era apenas isto, tenha um bom dia! — Realmente não havia mais assunto a ser tratado, assim pensei.

— Calma, Jungkook!

— Senhora?

— Ah... E-eu iria apenas perguntar se você está se alimentando bem, quer vir almoçar comigo hoje?

Por que minha mãe está agindo assim? Eu estou sentindo que ela está muito sozinha, ela está precisando de companhia e eu não posso ser egoísta...

— Estou me alimentando bem, não se preocupe! A senhora também está? — Ao olhar para o lado, o ji estava todo feliz e sorrindo ouvindo a conversa.

— Sim, meu filho!

— Se a senhora quiser, eu vou almoçar com você não tem problema.

— Venha! Eu estou indo para casa, vou almoçar com você no restaurante onde o senhor Robert trabalha.

— Estou indo! — Me despedi de minha mãe e fui conversar com o ji.

Ele estava com o corpo nu, coberto apenas pelos raios do sol e descansando sobre a cama.

— Ji?

— Sim? — Ele me olhou.

— Amor, minha mãe me convidou para almoçar com ela, eu não quero desaponta-la e...

— Ei Kook... Tá tudo bem! Aliás eu estou muito orgulhoso e feliz por vocês. Lembra que nós conversamos uma vez de que você tentasse se aproximar dela? Vai lá! Essa é uma oportunidade maravilhosa que você não terá todos os dias. E sobre mim, não se preocupe, eu irei aproveitar para ir em casa e falar com meus pais e irmão.

— Obrigado por ser compreensivo e me ajudar tanto, amor! — Beijei sua testa.

— Você também faz o mesmo por mim! — Ele sorriu. — Kook, me lembrei de algo! — Ele falou empolgado. — Está próximo do seu aniversário e do meu!

Eu faço aniversário 3 dias depois do Ji.

— Nossa mas com tanto estresse eu nem sequer me lembrava!

— A melhor parte é que passaremos na Itália juntinhos... — Ele sorriu enquanto acariciava meu rosto.

— Para mim, não tem presente melhor!

— Para mim também! — Ele sentou-se na cama e me deu um selinho.

Após uns minutinhos de conversa calma, nós nos levantamos e nos arrumamos para sair de casa. Eu coloquei uma roupa mais elegante por se tratar de sair com minha mãe e o ji uma roupa mais casual pois iria apenas fazer uma visita aos pais e o irmão.

Nós pegamos tudo o que precisávamos, fechamos toda a casa e saímos em direção ao carro. Foi um tempo um pouco demorado, pois como eu já havia dito, nosso condomínio é bem distante de nossas antigas casas.

Deixei o ji na casa de meus sogros, cumprimentei os mesmos e me despedi de meu namorado com beijo caloroso.

Segui até minha antiga casa com uma certa tranquilidade, minha mãe não está exalando motivos para que eu a tema. O que estou estranhando bastante!

Estacionei o carro e entrei na grande casa. Cumprimentei os funcionários e calorosamente com muitos abraços e beijos, cumprimentei dona Nari.

Ao entrar de fato na sala de casa, minha mãe estava lá, com uma agenda nas mãos olhando todos os seus afazeres.

— Olá, mãe! — Disse meio sem jeito me aproximando dela.

— Olá, meu filho! — Ela se levantou e me abraçou.

Ela... Me abraçou? Ela me abraçou! Eu fiquei sem acreditar, apenas a abracei de volta e me aconcheguei em seu abraço.

— Vamos almoçar?

— Sim senhora!

— Não precisa de tanta formalidade, filho!

Por que ela está me tratando assim? Longe de mim que eu esteja reclamando, mas... O que aconteceu?

— A senhora vem também, dona Nari? — Minha mãe falou.

— Não, muito obrigada mesmo pelo convite, mas tenho algumas coisas para resolver! — Ela piscou para mim.

Eu fui até a garagem com minhas mãe, abri a porta do carro para ela e dirigi até o restaurante.

Fizemos um bom almoço, conversamos bastante até. Foi um momento que eu vou guardar para sempre em meu coração, não sei até quando ela me tratará assim.

Após pagarmos pela refeição e antes de irmos, tivemos uma boa conversa com o senhor Robert. Assim que nos despedimos, seguimos nosso caminho mais uma vez.

— Mãe?

— Sim?

— Eu queria te levar num lugar para que conversássemos melhor!

— Claro!

Eu a levei até um parque de árvores ali perto, nos sentamos num banco que ficava com a vista de várias crianças brincando e correndo.

— Sabe filho, eu te tive muito nova...

Ela está certa no que estava falando, realmente ela foi mãe muito nova.

— Infelizmente muito imatura! — Ela continuou. — Se eu pudesse voltar no tempo... Teria cuidado de vocês com muito mais amor...

Não consegui conter as lágrimas que desceram de meu rosto.

— Mas... Por que a senhora está agindo assim ultimamente? — Ousei perguntar enquanto as lágrimas ainda molhavam meu rosto e eu as limpava com pressa.

— Filho, as estações mudam! A cobrança de maturidade, responsabilidade e o peso na consciência chegam, meu filho... Com tudo isso na vida aprendi que tudo aquilo que semeamos, nós colhemos. Mas também, pessoas inocentes acabam sofrendo com o que semeamos, como foi o seu caso e o de Junhyung.

— Algo aconteceu em especial?

— Na verdade sim, e era exatamente isso que eu queria falar com você!

— Pode contar!

— Assim como a cobrança de nossos erros batem na porta, o amor também bate.

Eu sorri para ela já sabendo exatamente o que aconteceu.

— Após tantos anos de dor, o amor bateu em minha porta de uma forma que eu não sei ao certo como explicar. Mas fez uma mudança na minha vida e em meus pensamentos... — Ela sorria falando.

— Eu sei exatamente como a senhora está se sentindo, e de verdade, eu fico extremamente feliz por isso ter acontecido. — Ela sorriu.

— Não vai querer saber a história?

— Por favor! — Rimos.

— Ele entrou na minha empresa recentemente, meu diretor e um bom amigo nas horas vagas. — Ela sorriu mais uma vez. — Ele sempre me via estressada e triste, mas ele conseguiu mudar todo esse quadro. Ele me levou para sair e até mesmo... Dançar!

— A senhora dança?

— Não duvide de mim, não é só você que dança nesta casa! — Rimos alto.

Este momento, foi um momento que esperei por toda a minha trajetória de vida... Eu e minha mãe rindo e tendo um bom relacionamento, seja lá quem for essa pessoa que a mudou, eu me vejo na obrigação de agradecer eternamente.

— Mas e então?

— Nossa relação ficou mais próxima e ele me pediu em namoro!

— A senhora aceitou, não foi? — Sorri empolgado.

— Com certeza! E eu queria te contar essa história antes porque eu quero fazer um jantar em família e apresentá-lo para todos.

— Com certeza eu irei! Mas mãe, e Junhyung? O que ele falou sobre tudo isso?

— Diferente de você que me apoiou e ficou feliz comigo, ele apenas disse para eu não colocar amor acima de obrigações. Infelizmente ele cresceu com o meu mau caráter...

— Não diga que a senhora tem mau caráter! A senhora procurou melhorar, portanto os erros do passado não contam.

— Eu te amo, filho! — Ela me abraçou e eu retribui o abraço.

Ela disse que me ama... MINHA MÃE ME AMA!! Vocês não tem noção de quanto isso foi suficiente para que todos os meus problemas realmente desaparecessem.

— Você vai levá-lo também para o jantar de família, não vai? Quero conhecê-lo! — Ela disse.

Peraí...

— Quem? — A olhei.

— Ora seu bobo, o Jimin!

COMO ELA...??

— C- como a senhora... — Antes que eu continuasse ela me interrompeu.

— Ah... Você é que nem eu, meu filho, não esconde quando ama alguém!

— Isso é bom?

— Isso é ótimo! Fiquei sabendo por senhor Robert, o motorista, Jisun e até mesmo dona Nari. Eu sinto muito por você não ter tido confiança em mim antes...

— Mãe, então a senhora não vai... Demitir o pai dele ou nos afastar...?

— Por que eu faria isso? Em primeiro lugar o Jisun é um profissional incrível, honesto e muito importante. Segundo, depois que a gente aprende o que é amor... Aprendemos o respeito, união e sendo a pessoa certa, melhoramos.

— Mãe muito obrigado por esta conversa, a senhora sabe, vou guardar esse momento em meu coração.

— Eu também, meu filho, mas eu queria te falar só mais uma coisinha... Um favor, na realidade!

— Fique à vontade!

— Filho, eu sei que você nunca se interessou por trabalhar na empresa, tá tudo bem eu respeito isso, porém eu realmente preciso de ajuda naquele lugar, você não pode ao menos trabalhar por alguns horários por lá? De verdade eu preciso de auxílio!

— Suspirei. — Eu não sei se sou a melhor pessoa para isso, mãe! Mas como você está precisando de ajuda, eu não serei egoísta e pensar só em mim, então sim, conte comigo!

— Muito obrigada por ser compreensível, filho! Parece que quando o amor bateu em sua porta, você também mudou bastante! — Ela sorriu.

— O amor é cura, mãe! — Sorri. — Que possamos estar sempre mudando para melhor!

— E você tem razão, o amor se torna ainda mais lindo quando quem nós amamos, nos ajuda a trazer à tona o nosso melhor!

Ficamos conversando da melhor maneira possível o resto da tarde e ás cinco horas eu deixei minha mãe na porta de casa.

— Tchau filho! Traga o Jimin e os pais dele qualquer dia desses, por favor!

— Tchau mãe, sim senhora!

Eu fui para a casa dos meus sogros sorrindo e sentindo todo o fardo que eu carregava ser deixado no meio da estrada.

Estacionei na frente da casa deles e apertei a campainha. Quem me atendeu foi Jinwon, que me recebeu calorosamente. Assim que entrei, cumprimentei todos.

Passei perto do ji e beijei seus cabelos enquanto seus pais conversavam.

— Quanto tempo, meu anjo! — A mãe do ji veio me abraçar.

— Demais, sogra! — Beijei sua testa.

— Tudo bem, meu filho? — Meu sogro disse.

— Muito bem, aliás eu tenho um convite para vocês!— Todos me olharam surpresos.

— Minha mãe pediu para que vocês fossem qualquer dia desses em minha antiga casa. Vamos marcar um dia?

— Como assim? — O ji me olhou surpreso e eu não me aguentei por rir.

— Sim meu amor, ela sabe sobre nós, mas não se preocupe, ela nos apoia! — Eu disse para ele.

— Kook... Considero hoje o melhor dia da minha vida! — Ele me abraçou eufórico e logo após me beijou.

— O meu também!

— Kook, agradeça sua mãe pelo convite por nós, e diga que com toda a certeza nós iremos! — Meu sogro disse.

— Sim senhor!

Neste fim de tarde, aproveitamos muito na casa de meus sogros com uma boa conversa.

•••

Esse foi o capítulo de hoje vidinhas, peguei vocês de supresa?

Até o próximo capítulo!

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