A boate estava TÃO cheia, uma vibe tão boa e vibrante. Eu prometi que não iria beber nada além de cerveja, e nada mais que 3 garrafas.
Encontramos com Dilan e ele estava um gato, tão bonito quanto eu me lembrava. Ele estava acompanhado de um pessoal que conheceu ali, no enturmamos com muita facilidade.
-Então você é mãe de um garotinho de 6 anos? - Dilan diz surpreso. As meninas já tinha ido pra pista com o pessoal.
Bebo mais um gole da minha cerveja e assinto sorrindo orgulhosa.
-Um garotinho muito esperto e levado. - Falo e ele ri.
-Você continua linda demais, na verdade mais linda que nunca. Bradley tem sorte! - Disse me fazendo corar e rir desviando o olhar.
As meninas vinham correndo em nossa direção e eu fiquei sem entender nada.
-Obrigado, Dilan. Eu realmente continuo e pretendo continuar sendo um cara de sorte. - Quando escutei aquela voz, estremeci.
Droga.
Me viro e vejo Tyler e Bradley com uma expressão nada boa.
-O que fazem aqui? - Pergunta Jessica.
-O que VOCÊS fazem aqui? - Bradley toma a frente.
-Se eu soubesse que seus avós dariam uma festa aqui, até eu viria! - Tyler diz e as meninas não conseguem prender a risada. - Isso não foi uma piada, vocês estão encrencadas!
-Foi eu que as convidei, não vejo problema nenhum nisso. - Diz Dilan e eu desejo com toda minha força desaparecer dali magicamente nesse momento.
-Mesmo depois de anos você continua o mesmo folgado de merda né cara? - Bradley se posiciona frente á frente com ele e eu fico em alerta.
Os dois se fuzilavam.
-E você o mesmo babaca do caralho. - Dilan retrucou.
Foi num piscar de olhos que tudo aconteceu, Bradley socou a cara de Dilan que foi parar no chão, enquanto Tyler e as meninas tentava tirar Brad de cima de Dilan. Eu chamava os seguranças para conseguir separar a brigar de uma vez por todas.
Assim que finalmente já tínhamos saído da boate, todos discutiam menos Brad que andava na frente com muita raiva. Corri até ele e segurei em seu braço para ele parar e prestar atenção em mim.
-Me larga porra! -Gritou puxando seu braço de volta bruscamente, ele estava transtornado de tanto ódio. - Volta lá pra quele merdinha do caralho, e me deixa em paz!
Nesse momento todos tinham parado e estavam quietos um pouco distantes vendo a cena.
-Brad...me desculpa, eu agi sem pensar, estava com raiva de você, mas eu não tive más intenções nenhuma, só queria me divertir. - Minha voz saiu mais chorosa e afetada do que eu imaginava.
Ele riu com amargura, limpando o sangue que escorria no canto de sua boca.
-Sim, você quis se divertir com ELE! - Ressaltou rispidez - Depois de tudo que ele causou ao nosso relacionamento no passado, ELE foi o motivo de tudo. Ele te beijou naquela noite de propósito, e estragou TUDO que tínhamos...e agora você vem escondido pra boate com ele, e quer que eu haja naturalmente com toda essa situação? e se fosse eu no seu lugar? com a irmã dele, me divertindo numa boate, depois de ter te falado que iria pra outra lugar totalmente diferente. - Abaixo a cabeça enquanto minhas lágrimas caiam, a culpa e o arrependimento me atingiam por completo. - É, foi o que eu imaginei. Você nunca se põe no meu lugar, mas na maioria das vezes eu me ponho no seu...talvez isso seja mais um dos motivos do porque não devemos ficar juntos.
Levanto a cabeça e o olho assustada.
-Você nem se quer pensou nesse bebê, na verdade você nunca pensa nele. Já está mais do que claro que você não o quer, então não vejo motivo para continuar com ele na barriga se ele já foi rejeitado. - Eu estava a ponto de desmoronar ali mesmo, meu peito doía demais, e eu estava me sentindo sufocada com meu choro preso na garganta. - Acho que agora já está na hora de voltar pra sua festa. Pois a única coisa que te impedia de estar lá agora, não vai te impedir mais. Espero que esteja contente com seu caminho completamente livre pra estar aonde quiser e com quem quiser. - Enxugou suas lágrimas e saiu andando. Fiquei ali, parada por um tempo tentando processar tudo isso. Quando sinto as meninas me abraçando eu caio aos prantos.
[...]
Chego em casa devastada, subi as escadas e dou de cara com ela no quarto arrumando as malas. Ele nem olha na minha cara.
-Por favor, não vá...- Minha voz sai falha de tanto que chorei. Meus olhos já estavam cheios de lágrimas novamente.
-É o certo a se fazer. - Disse direito, fechando sua mala e por fim olhando pra mim. - Mesmo que sejamos bons juntos, não é o suficiente. O amor não é o suficiente, as vezes o amor acaba de tornando apenas um detalhe quando não se tem os complementos certos. - Voltei a chorar que nem criança. - Tem muitas coisas acontecendo, coisas que você nem faz ideia, acho que de qualquer forma não fomos totalmente transparentes um com o outro, começamos do jeito errado. E tudo que começa errado não termina bem. - Se aproxima e segura meu rosto, olhando no fundo dos meus olhos. - Só te peço para que nunca, jamais, em hipótese alguma duvide do meu amor por você. Eu te amo com todo meu coração, a cada batida dele, a todo instante. Eu amo você olhos de bette davis. - Beijou minha testa e pegou sua mala, e seguindo seu caminho.
-Por favor, Brad. Podemos consertar isso, não faz isso comigo...com a gente. - Suplico.
Ele para na porta e se vira.
-Se cuida...- Me olhou com seus olhos cheios de lágrimas e saiu.
Quando escutei a porta debaixo batendo e seu carro saindo, foi então que levei o tal choque de realidade.
E esse foi o pior momento da minha vida.
Caí no chão desamparada, chorando com uma dor imensa no coração.