TUDO POR UM CONTRATO - Vol 1...

By JuliaLima136

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Frio, calculista, pretensioso e egocêntrico. O que fazer quando se cai nas garras de Hector Adams? Quando se... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4 e 5
Capitulo 6 e 7
Capítulo 8
Capítulo 11 e 12
Capítulo 13
Capítulo 14 e 15
Capítulo 16
Capítulo 17 e 18
Capítulo 19 e 20
Capítulo 21 e 22
Capítulo 23 e 24
Para os maiores de 18 anos
LIVRO DE GRAÇA (Sorteio)
CONTINUAÇÃO DO LIVRO
Gratuito

Capítulo 9 e 10

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By JuliaLima136

Livro completo apenas no Kindle.

Acordo com o celular vibrando no meio da madrugada, vejo que obviamente é o numero de Hector e atendo revirando os olhos quase vendo meu cérebro.

– Oi. – digo com a voz meio rouca

– Por que esta recusando minhas ligações? – ele praticamente grita. Sua voz esta embolada, e parece...

– Você está bêbado? – digo e olho as horas no celular que quase me cega, são 03:00 da manhã.

– Bebi Bourbon. – ele diz.

– Ah ta. – digo – Dizem que banho gelado para quem esta bêbado é bom.

– Esta me falando o que tenho que fazer? – ele surta. Nessa hora eu estou imaginando ele andando pela casa enorme que ele deve ter nos EUA e tropeçando por todos os lados – Você é a escrava aqui, ruiva.

– Ok. – sorrio. Nunca pensei que conversaria com Hector nesse estado. Ele é tão sério, frio, grosso. Caramba... – Me fala por que me ligou se não precisa de mim.

– No contrato está escrito que como você é minha escrava, posso confiar em você – ele diz – Sabia que se eu mandar você matar alguém você terá que fazer isso?

– É, você mandou as normas por mensagem – digo – Quer que eu mate alguém essa hora?

– Anham. – ele diz mas eu não levo muito a sério – Quero que mata aquela vagabunda de Verônica.

– Verônica? A sua ex noiva? – digo virando de barriga para cima

– Ela mesmo.

– Por que você iria querer que eu matasse Verônica?

– Por que eu a amo. – ele diz e eu coloco a mão na boca

– Meu Deus... – digo – isso é sério?

– Por que não seria?

– Por que... Não sei... Você é tão...

– É blá blá blá não fale as mesmas lorotas que algumas mulheres submissas a mim falam.

– Tem mulheres submissas a você?

– Alguma, mas porque querem. – ele diz – Acha que só porque sou Hector Adams não posso amar uma mulher? – ele grita no telefone e eu inclusive tiro do ouvido.

– Eu não disse isso. – digo – Eu quis dizer...

– Ela é linda – ele diz –Viu só como é o cabelo dela? – ele sorri – Ela tem covinhas quando sorri, ela tem... Um corpo perfeito, ela é a mulher mais linda que já conheci.

Levanto a sobrancelhas com os olhos arregalados, a minha cara agora esta Tipo: " O que? "

– Se gosta dela por que não esta com ela? – pergunto curiosa

– Não vou ficar falando da minha vida. – ele diz e eu reviro os olhos

– Então por que diabos me ligou?

– O amor nos deixa fraco – ele diz baixo – E eu odeio fraquezas.

– É por isso que se separou dela?

– Não – ele diz – Eu gostava de ser fraco com ela.

– Entendi. – digo – Isso foi lindo o que disse.

Ele se cala e eu encaro o escuro

– Já que tá todo mundo falando das magoas... O que quer dizer os outros dois papeis que eu assinei?

– Sabe que eu estou gravando toda essa conversa né? Amanhã eu vou ouvir tudo, eu sou um bêbado inteligente.

Merda!

– Ok, então ouve esse pi! – digo procurando o botão de desligar

– Que pi? – ele grita através do telefone – Se esta falando em desligar na minha cara, os telefone modernizados não fazem mais...

Desligo o telefone interrompendo Hector. Coloco o celular debaixo do travesseiro e fecho meus olhos na intenção de dormir novamente.

Verônica entra na sala da faculdade as pressas e seu primeiro olhar que ela dirige é para o meu. Intimido–me com isso e viro minha atenção para os meus dedos que eu esfrego

– Bom dia pessoal – ela diz entusiasmada – Hoje falaremos um pouco sobre o famoso e não importante menos estetoscópio.

– Eu sonhava com isso! – uma garota diz pegando o seu estetoscópio que esta no pescoço.

No meu armário também tinha um que Hector deixou para mim, para quem não sabe estetoscópio é aquela parada que dá para ouvir as batidas do coração, ainda não sei quase nada sobre isso a não ser que dá para ouvir o coração, provavelmente se eu colocasse em Hector eu não escutaria nada.

Ele me ligou ontem e estava faltando 1% pra estar bêbado por completo, provavelmente ele deve estar se lamuriando por demonstrar vulnerabilidade comigo hoje de madrugada. Ele não faz eu me sentir escrava, muito pelo contrário, acredito que ele ate pode ter um coração bom. O fato de ele ter revelado que ama Verônica de algum modo não sai da minha cabeça, imaginem o Barack Obama apaixonado pelo Faustão, pois é, é com essa cara que vocês estão agora que eu imagino Hector amando uma mulher.

– Alguém sabe o que especificamente é estetoscópio?

Alice, a garota de ontem levanta a mão e Verônica aponta o dedo para ela falar

– Estetoscópio é esse aparelho aqui – ela diz mostrando – Ele dá para ouvir o coração e outros organismos dentro da gente.

– Isso mesmo Alice! – ela diz indo ate o quadro desenhando alguma coisa – Cecília sabe me informar quem fez o primeiro estetoscópio?

– Quê? – surto – Não. Eu acho que é exatamente por isso que estou aqui, para aprender.

Todos me encaram. Ok... Talvez eu fui um pouco grossa, mas cara... Olha as perguntas que ela me faz, ela com certeza quer mesmo me ferrar!

– Atualmente você deveria saber – Verônica diz – isso é a primeira coisa que sabemos aos interesses da Medicina.

Desculpe–me se eu não tenho televisões e muito menos internet já que meus país vivem do velho testamento, eis a minha explicação.

– Quem inventou o primeiro estetoscópio foi um medico francês que se chama René Laennec.

– Ele fez esse aparelho para ter a certeza de que as mulheres tem ou não coração. – um garoto diz e todos gargalham menos eu

– Ok, ok vamos voltar pra aula! – Verônica diz e nessa mesma hora meu celular vibra

–––––––
Torpedos:

Hector: Preciso que venha no banheiro feminino.

Eu: Tá tendo explicação importante aqui... Você esta mesmo no banheiro feminino?

Hector: Você tem 5 minutos.

–––––––

Me levanto da mesa resmungando baixo indo para o banheiro

– Vai perder explicação Cecília. – Verônica diz.

– Preciso ir ao banheiro – digo saindo da sala.

Depois de andar pelos corredores chego ao banheiro feminino que inclusive esta vazio.

– Hector? – digo o procurando no banheiro enorme e ele sai de dentro de um

Ele vai ate a porta e a tranca

– Pensei que estivesse nos Estados Unidos. – digo e ele coloca as mãos no bolso do seu casaco.

– Vim pedir desculpas pelo que eu falei ontem para você.

Encaro ele desconfiada

– Veio me pedir desculpas só porque ontem você pareceu vulnerável?

– É – ele diz – Não era para mim ter falado aquelas coisas, quando eu bebo fico sincero ate de mais. – ele sorri, e esse é o primeiro sorriso dele que vejo claramente. Seus dentes são perfeitos, e seu sorriso é... Lindo.

– Entendi. – bom saber disso – Já que está aqui quero agradecer a faculdade, esse era o meu maior sonho.

–Que inclusive esta sendo quebrado agora – ele diz tirando uma pulseira esquisita do seu bolso.

– O que? – digo enquanto ele coloca a pulseira no meu pulso – O que é isso?

– Isso é uma pulseira eletrônica, ela é da China e veio transportada dos EUA para mim, ela vai me falar quando você esta mentindo e tem uma punição de choque em alguns volts também para quando quiser negar as coisas que te peço.

– Oi? – surto – Para que isso? Não tem necessidade de eu mentir para você!

– Tem – ele diz apertando alguns botões da sua pulseira idêntica a minha como se estivesse ativando–a – E ah... não tente tirar se não você ganha choque também

– Quantos volts? – pergunto com medo

– 120.

– O que? – altero meu tom de voz – Isso pode te matar!

– Não... Vai até 120 – ele revira os olhos – o mínimo é 12 a média é 80 e o máximo 120. Isso depende do que você for fazer. O volts 120 pode derrubar você, com 80 você desmaia e com 120 você... Sabe que eu não faço a mínima ideia? Deixa eu ver... – ele diz apertando algo na sua pulseira

– Não! – digo colocando a mão no seu braço.

– Eu também tenho uma como você pode ver – ele diz me mostrando – A minha controla a sua, a cada sentimentos seu que eu quiser saber ele vai apitar e me falar, quer ver? Diga uma mentira.

– Eu gosto de você. – digo e a pulseira de Hector apita três vezes

– Viu só? – ele diz olhando para a sua pulseira – Por enquanto eu só ativei mentiras, não preciso saber de todas as suas emoções.

– Sabe que não tem necessidades disso né? Eu não vou mentir pra você!

– Como ontem? – ele diz – você me disse que não tinha contado para ninguém sobre eu te colocar nessa faculdade sendo que hoje de manhã Verônica me liga falando que quase a universidade toda já sabe disso.

– Eu... Achei que não teria problema de falar isso.

– Eu escolhi você como escrava porque ninguém te nota.

– Ninguém continua me notando! – digo e a pulseira de Hector apita três vezes. Eu menti e não sabia.

– Não posso confiar em você. – ele diz parecendo decepcionado

– E muito menos eu em você – digo – Eu te falei que minha irmã sofre abusos e você não deu a mínima!

– Eu já te disse que eu não tenho nada a ver com seu problema de família, esse não é o tipo de assunto que estão dentro do meu interesse. – ele diz frio.

– Nossa... – sorrio e só agora percebo que meus olhos estão cheio de lágrimas – Eu pensei que você se importava...

– Não me importo – ele diz – a minha cabeça esta cheia de coisas e você atrapalha ainda mais.

Hector acha que é o dono da razão, ele sempre tem as respostas na ponta da língua, ele não precisa nem se mover para isso.

– Você fala como se eu quisesse ser mesmo a sua escrava. – olho para cima – Eu tenho problemas também, minha irmã sofre abusos, eu sofro abusos, acha que é fácil...

– Espera, espera. – ele diz estendendo a mão – Você disse que o que? Você sofre abusos?

– Sim... Por que se importaria com isso?

Hector se aproxima de mim e levanta a minha blusa deixando meu sutiã sem graça exposto, mas ele parece não ligar para isso. As marcas de cinto da minha barriga estão a mostras e o dedo de Evandro também. Abaixo minha blusa de vergonha interrompendo ele.

– Merda! – ele diz andando de um lado para o outro – Até onde vai essa porcaria de marcas?

– As pernas. – digo.

Ele se aproxima de mim novamente e levanta a minha saia não muito porque não precisa.

– Quem viu essas marcas? – ele pergunta parecendo estar... preocupado?

– Ninguém – digo e a pulseira de Hector apita – quer dizer... Só as pessoas lá de casa.

– Que bom. – ele diz – Vamos temos que sair daqui.

– Não dá estou em aula ainda. – digo enquanto Hector abre a porta do banheiro.

– Acha mesmo que vai continuar fazer essa faculdade? – ele diz – Acabou Cecília!

– Mas o que? – digo enquanto ele pega no meu braço – Ai não me aperta!

– Shiii – ele diz – Ninguém pode nos ver.

Passamos pelo corredor e pela secretaria as pressas e por sorte ninguém nos viu

– Por que minha faculdade foi cancelada? Por que se importa com eu ter sofrido abusos? – pergunto enquanto entramos num carro vermelho – Para onde está me levando?

– Pare de fazer perguntas. – ele diz ligando o carro.

– Só me fale! – digo – Estava tudo bem à faculdade o... – sou interrompida com uma rede de eletricidade no meu corpo muito rápida. O susto foi maior que a dor, e agora estou imobilizada no banco do carro.

– Foi 80. – ele diz e eu engulo um seco enquanto tento mover meus dedos – Quando eu pedir para se calar, não demore muito para fazer isso. – ele diz e eu o encaro de relance, e assim saímos do pátio da faculdade.


Capítulo 10 – Estátua

– Vai, começa a contar. – Hector diz.

Estou na sala de reunião na casa de Hector, a mesma que ele me fez assinar os papeis de escravidão. Ele ficou ótimo em atrapalhar minha faculdade.

– Tudo começou porque minha irmã...

– Diga somente a sua parte. – ele diz como se Judite não importasse para ele e não importa.

– Se quer saber o que aconteceu terá que saber da historia toda! – ele se concerta na cadeira inquieto como se isso fosse um grande saco – Ela me disse que Evandro estava abusando dela, ele sempre nos bateu quando precisávamos, e Didi sempre me disse que não gostava dele desde sempre, só que quando ele nos batia... Era fraco, e ele sempre parava.

– Tem 19 anos e ainda apanha? – ele pergunta bem sério.

– Se não percebeu... eu nunca controlei a minha vida. – estreito os olhos.

– Continue.

– Depois disso eu mudei o meu comportamento com Evandro, ele percebeu que Judite me contou, então na cabeça dele já que eu sabia, ele poderia fazer o mesmo comigo. – digo esfregando os dedos

– Ele... Abusou de você?

– Sim.

– Te estuprou? – ele pergunta preocupado.

– É... Sim. – digo e ele se levanta.

– Merda! – ele diz jogando longe o abajur encima da mesa com um soco e isso me assusta.

– Quando eu o neguei ele me deu essa surra – digo colocando o cabelo atrás da orelha – Mas... Por que se importa tanto?

Hector vai ate as prateleiras de madeira da sala e pega uma mini estátua de um homem olhando para lua, ele coloca encima da mesa de frente para mim

– Esta vendo isso? – ele diz nervoso – É uma estátua não é?

– Sim. – digo engolindo o seco.Ver Hector assim me causa medo

– Essa estatua além de valiosa, é cara, é minha. Agora imagina que alguém a quebre e faça o que bem entender com ela sem minha permissão.

– Eu sou a estatua? – o encaro.

– É óbvio! – ele diz – esse homem... Ele esta se metendo em uma coisa que é minha, você é propriedade minha. – ele diz com seus olhos cheios de ódio – Eu vou matar esse homem.

– Hector... – digo, mas ele sai da sala me interrompendo.

– Alô? – ele diz ainda fora da sala. Sua voz vem do corredor e eu corro ate ele

– Hector? – o cutuco pelo casaco, mas ele me ignora – Não faça isso, a minha mãe ela...

– Eu quero que exploda uma casa para mim. – ele diz me interrompendo através do celular

– O QUE? – surto – Hector? – o chamo, mas ele me ignora. Pego o telefone do seu ouvido e desligou a ligação as pressas – Por favor, não. A minha mãe mora lá, a minha irmã!

Hector me encara com uma fúria que eu nunca vi.

– Vem. – ele diz me trazendo ate a sala e eu vou tentando acompanhar seus passos – Deixa eu ver, tire sua roupa.

– O QUE? – surto – Não!

– Cecília...

– Não... Não vou fazer isso! – digo.

– Eu estou mandando! – ele diz com os olhos fechados.

– Não posso fazer isso. – Hector procura o botão na sua pulseira e eu o detenho.

– Ok, ok, eu tiro. – digo e ele cruza os braços.

Hector esta sentado no braço do sofá e eu estou de pé de frente para ele. Tiro a minha blusa deixado minha barriga com hematomas a mostra e abaixo a minha saia. Uso um sutiã preto e uma calcinha laranjada maior que minha bunda. Ele parece não sentir nada a me ver quase pelada, nenhuma atração... Nada.

– Se vira. – ele diz, mas permaneço parada – Se vira! – ele ordena e assim faço – Merda! – ele se levanta.

– Isso é mesmo importante para você?

– É claro que é, por culpa dele todos os meus planos irão se atrasar.

– Que planos? Como assim?

– Vá para a casa. – ele diz tenso.

– Mas a faculdade...

– Esquece a faculdade. esquece isso! – ele grita comigo – Você é uma escrava dá para enfiar isso na sua cabeça? Escrava! Escravas não fazem porcarias de faculdade!

Sinto minhas lágrimas arderem em meus olhos.

– Vá para casa. – ele diz enquanto visto minha blusa e minha saia.

Ele me leva ate a porta onde o taxista particular está me esperando.

– O que vai fazer? – pergunto.

– Só vá para casa. – ele diz e eu entro no carro.

.... .... .... .... .... ....

– Cecília? Por que esta chegando essa hora? – minha mãe pergunta preocupada assim que entro em casa. Judite está na escola.

– Nada. – digo atordoada.

– Olhe para mim. – ela diz e assim faço – Aconteceu alguma coisa? Quer falar sobre isso?

– A última pessoa que eu contaria algo seria para você. – digo cuspindo as palavras.

Estou desinstalando o que eu já deveria ter feito há muito tempo. A minha vida é um inferno, a de Judite também, passamos coisas que não merecemos. Como Didi irá lembrar–se da sua infância? Isso tudo por causa do erro que está mulher cometeu ao trazer um homem pra dentro dessa porcaria de casa.

– O que disse? – ela pisca algumas vezes esperando que eu peça desculpas.

– É isso que você ouviu – digo – Você é um dos piores exemplos como mãe, e eu... Odeio você! – digo cerrando os dentes. Sinto o tapa forte que ela dá na minha cara – Isso nem se compara a dor que eu senti quando o seu marido me estuprou! – grito

– Os vizinhos vão ouvir! – ela sussurra – Quer nos matar de vergonha? Quer... Difamar nossa família?

– Eu preferia mil vezes estar no lugar do meu pai do que aqui com você! – digo. Ok... Não sei o que esta dando em mim, toda a minha raiva que sinto esta sendo descontada na minha mãe, ela merece, merece muito, mas não mais que Hector e Evandro.

– Vá para o seu quarto! – minha mãe diz chorando – Agora!

Vou às pressas para o meu quarto bato a porta e tranco a porta. Jogo minha mochila no canto do quarto e me deito esperando Judite chegar.

Encaro a pulseira preta que Hector me deu com ódio disso, ódio de ser escrava, de ter uma vida e não poder usá–la, eu sou inútil, eu nasci pros outros não para mim. Fecho os olhos na intenção de dormir, porque pelo menos no sonho eu tenho liberdade.

.... .... .... ...

– Ela fez o que? – diz a voz de Evandro e eu acordo no susto suspirando alto.

A porta do meu quarto se abre e eu me vejo sentada com a respiração alta, meu coração dispara, quase saindo pela boca, cerro os punhos de medo, ele esta na minha frente com o cinto na mão. Sua cara esta tão furiosa que eu nunca vi. Minha mãe esta atrás dele provavelmente disse tudo o que aconteceu da fresta consegue ver Judite com a cara apavorada. Evandro fecha a porta atrás de si e vem andando ate a mim.

– Onde aprendeu esses modos? – ele diz me pegando pelo braço.

– Sai do meu quarto! – grito com ele – Você não tem o direito de me bater, eu não sou a sua filha, e não tenho idade para... – sou interrompida com um empurrão de Evandro.

Bato minhas costas no guardar roupa e isso quase me desmonta.

– Quem pensa que é para gritar comigo dessa forma? – ele grita – Eu vou te ensinar uma lição que vai te colocar no seu lugar!

Evandro pega impulso para trás para acertar seu cinto em mim e a primeira é no meu ombro pras costas. Isso dói, dói muito, me vejo contorcendo no chão sentindo 1, 2, 3 e inúmeras vezes do sinto na minha pele frágil, choro, esperneio de dor jogada no chão.

– Para... – sussurro entre soluços, mas é tudo em vão.

Evandro joga o sinto no chão e me puxa pelas pernas.

– O castigo será em dobro. – ele diz se deitando no chão encima de mim e desabotoando a sua calça.

– Sai... – grito tentando tirar ele de cima mim – Socorro! Alguém... Por favor... – tento dizer, mas ele coloca a sua mão imunda na minha boca.

– Cala a boca! – ele diz no meu ouvido.

Sinto o seu pênis na minha vagina e tento tirar me contorcendo, sinto nojo, repugnância e todo ódio ruim, assim que a coisa quase entra em mim a porta do meu quarto se abre. É Hector, ele entra no meu quarto com o seu olhar de ódio e de raiva.

Os outros homens de terno e gravata, seguranças de Hector, também entram no meu quarto. Eles tiram Evandro de cima de mim e eu continuo no chão, imobilizada sentindo o ardor da minha pele. Eles levam Evandro para fora do quarto e Hector se abaixa preocupado ate a mim. Eu nunca agradeci tanto a Deus por vê–lo na minha frente.

– Cecília – ele segura a minha nuca com meus cabelos entre seus dedos – Ele te machucou?

– Sim. – sussurro.

– Conseguiu abusar de você?

– Não. – digo enquanto ele levanta a minha blusa olhando as novas marcas de cinto

– Eu vou mata–lo. – ele diz cerrando os dentes.

– Tudo bem. – digo e Hector me levanta me pegando no colo

– Você é minha – ele diz – Minha escrava, e só eu tenho o direito sobre você, saiba disso. – fecho os olhos na intenção de dormir ou desmaiar qualquer coisa e isso esta prestes a acontecer. Hector não se importa comigo, ele me vê como aquela estátua, a estátua que estava segurando a lua.

....

Minha nova obra para os + 18. Sinopse:

Quando meu pai decide que está na hora de eu me casar, não imaginei que seria com uma Freira e princesa bastarda. Malía nasceu em um convento, enquanto eu, sempre fui mulherengo, ambicioso e ousado. Diante todas as mulheres que conheci, essa freira é primeira mulher fria, calculista e introvertida que já conheci, de fato ela não tem nada haver comigo, mas se eu quero ser rei terei que abrir mão do meu orgulho e conquista-la de qualquer forma, preciso urgentemente que ela se case comigo, por princípios e respeito, ninguém se lembra mas foi o pai dela que assassinou a minha mãe então eu não quero só conquista-la, eu quero vingança.

A Freira E O Príncipe, disponível na minha biografia.

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