#BOFETADADAVIDA
Mais um capítulo cheirosinho para vocês! 🥰❤️❤️
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Boa leitura!!!
Jeon Jungkook.
Confesso que ver Jimin cabisbaixo daquela forma me deixou um pouco triste também. Eu tinha consciência de que tudo aquilo poderia estar acontecendo somente por causa do Ji-chul. E saber que ele perdeu um contrato tão importante como aquele por causa do nosso relacionamento, me fez pensar bastante sobre o risco que estamos correndo por causa desses nossos descuidos.
- Você acha que tem alguma chance do Ji-chul ter feito isso? - indaguei enquanto encarava as suas pernas balançando de forma trêmula.
Ainda estávamos sentados na minha cama. Depois de Jimin ter recebido a notícia do cancelamento da sua viagem e, claro, de uma parceria que seria boa pra cacete para a sua empresa, já que eles iriam expandir e instalar uma rede no Japão, ele ficou parado olhando para a tela do seu celular.
- Talvez, mas não quero me precipitar em relação a isso. - esticou o braço para alcançar o celular e bloqueou a tela. Provavelmente, estava querendo evitar receber mais alguma notificação de uma notícia ruim. - Mas de uma coisa eu tenho certeza, ele sabe sobre nós.
- Mas isso seria errado, não é? Será que ele pagou para a outra empresa não fechar contrato com você? Isso não nada certo. - me aproximei mais de seu corpo e coloquei a mão em cima da sua perna que, assim que sentiu o meu toque, parou de mexer.
- E desde quando ele se importa com isso? - deu uma risada desanimada. - Mas eu vou resolver isso, ele esqueceu que não sou mais o adolescente medroso de antes.
- O que você está pensando em fazer? - indaguei, curioso. Sem perceber, acabei aumentando o aperto de minha mão na sua. Isso, de certa forma, acabou passando a impressão de que, não importava o que Jimin decidisse, eu estaria do lado dele. Em resposta, virou o rosto na minha direção e sorriu docemente.
- Ainda não sei. - deu de ombros. Por incrível que pareça, Jimin parecia mais tranquilo. - Mas, independente do que acontecer, se a mídia cair em cima de nós ou se ele tiver culpa de algo nisso, saiba que eu não me arrependo de nada, Jungkook... e que eu não vou desistir da gente.
Imediatamente, senti as batidas do meu coração acelerarem de forma descompassada. Uma quentura extremamente confortável se expandiu pelo meu peito e foi impossível conter o sorriso que teimou em aparecer nos meus lábios de forma quase que natural.
E então, a ficha realmente caiu para mim. Quase que de uma maneira angustiante, acabei percebendo que, nenhuma dessas sensações que Jimin sempre me faz sentir desde que eu o conheci, já foram gozadas por mim antes.
Puta merda, eu estou me apaixonando por ele.
Ao ter essa percepção, levei a minha mão direita até o meu peito e chequei o meu ritmo cardíaco. Parecia que o meu coração iria sair pela boca. Minhas narinas estavam dilatadas, os meus olhos se arregalaram e, porra, tenho até vergonha de admitir que, se eu estivesse de pé, estaria parecendo um pinscher de tanto que as minhas pernas estão tremendo nesse momento.
- Meu Deus, Jungkook! Você está bem? - Jimin perguntou com uma pontada de desespero na sua voz e levou as suas mãos até os meus ombros, apertando-os com força.
Tenho quase certeza que Jimin pensa que estou tendo um ataque cardíaco.
- E-eu estou ótimo! - afirmei após pigarrear. Ótimo, agora também deu pra gaguejar.
- Você tem certeza? - alcançou o meu rosto com a sua mão direita e começou a esfregar o polegar na minha bochecha. - Jesus, Jungkook, você está gelado!
- Eu estou bem, Jimin! - levantei apressadamente e, para melhorar ainda mais o cenário catastrófico, minhas pernas bambearam e acabei perdendo o equilíbrio, fazendo com que eu tivesse que me apoiar na cabeceira da cama para não cair.
É isso aí. Eu, um homem de mais de um e setenta e nove de altura e pesando quase setenta e três quilos, ficou todo mole porque descobriu que estava apaixonado.
- Jungkook! - ergueu o corpo agilmente e agarrou a minha cintura. - Deite um pouco, a sua pressão deve ter caído. - sem hesitar o seu comando, deitei sobre o colchão enquanto ainda mantinha a respiração acelerada.
- Qual é, anjo, isso é exagero. - revirei os olhos e dei uma risada anasalada, tentando disfarçar a vergonha que passei.
- Eu vou buscar um copo de água para você, fique aqui! - ergueu o tronco após me colocar na cama e, como levantou e girou muito rápido, isso fez com que a minha camisa balançasse com o seu movimento e levantasse, deixando a sua bunda à mostra por breves segundos. Aproveitando a situação, levei os dedos até uma de suas nádegas e tentei dar um tapa, mas não consegui porque Jimin deu um solavanco para frente e recuou o quadril. - Meu Deus, Jungkook... se aquiete!
Após sair do quarto com um sorriso no rosto por eu ter tentado pegar em sua bunda, tentei me recompor para não deixar óbvio para ele que eu estava assim por sua causa. Eu sei que parece que estou desesperado por ter tomado consciência que estou me apaixonando por Jimin. Mas a questão era essa mesmo: eu realmente estou desesperado.
Muitos podem considerar isso um drama de adolescente e eu até concordaria se não estivesse vivenciando isso na minha própria pele e se não estivesse recebendo de forma brutal a porrada de sentimentos que estou começando a sentir.
Todos os breves relacionamentos que tive ao longo de toda a minha vida, nunca passaram de casos sexuais. Não tinham sentimentos envolvidos neles porque eu só sentia tesão pela pessoa e nada mais.
Mas com Jimin é diferente.
Pela primeira vez na minha vida, além de todo o tesão que sinto por ele que, porra, é tesão pra cacete, também estou criando sentimentos por ele. Nunca aconteceu isso comigo. E a sensação é desesperadora. Não que eu sinta medo desse sentimento que está crescendo dentro de mim. Eu sinto receio de como eu vou reagir a ele.
Por que Jimin está demorando tanto? Se ele não vir logo vou acabar tentando pular pela minha janela.
- Aqui está! - entrou no quarto com os olhos concentrados no copo que estava segurando com as duas mãos. Como a água estava até o topo, provavelmente a sua atenção nele se devia ao medo de acabar derramando tudo.
- Obrigado, meu bem. - peguei o copo de sua mão e bebi toda a água que continha nele. Assim que terminei, coloquei o copo no móvel que ficava ao lado da minha cama. - Agora, vamos ao que interessa...
Antes que Jimin me respondesse, levantei o tronco e segurei a sua mão antes de puxar o seu corpo para mim, fazendo ele dar um gritinho pelo susto e cair sobre o meu peitoral. Não ficamos nessa posição por muito tempo pois, um segundo depois, girei o seu corpo rapidamente e me acomodei entre as suas pernas.
- Jungkook! - deu um tapa em meu ombro mas logo em seguida arfou alto quando despejei o peso do meu quadril sobre o dele. - Precisamos descobrir porque a sua pressão caiu desse jeito!
- Não foi nada demais, anjo... - enfiei o meu rosto em seu pescoço e comecei a passar a ponta gelada do meu nariz naquela região. Senti os pelos do seu corpo se arrepiarem e o seu peito subir e descer de uma maneira mais acelerada.
Movimentei os meus lábios até o seu pescoço e comecei a arrastá-los sobre a sua pele. Quando direcionei a minha boca até o seu ombro e dei uma mordida leve nele, um som baixo saiu de sua garganta e rapidamente ele me empurrou para mudar as posições.
- Vamos ter que ir até a minha casa, não gosto de deixar o Stark sozinho por muito tempo. - afirmou com um sorriso sorrateiro no canto dos lábios enquanto prendia o meu corpo na cama com as mãos espalmadas no meu peitoral. Aproveitei que ele estava sentado em meu colo para levar os meus dedos até a sua bunda e apertar a sua carne com força. - T-tem um lugar que quero te levar!
Provavelmente por causa do meu toque na sua bunda, ele saiu de cima de mim em um pulo e foi em direção ao banheiro.
- Onde seria esse lugar? - me levantei da cama de forma arrastada e custosa. Queria ficar mais com Jimin aqui em casa mas, pelo visto, ele me evitou propositalmente.
- Você vai gostar. - ouvi a sua voz com um tom mais alto e abafado por ele ainda estar dentro banheiro. - Vamos lá na minha casa.
- Tudo bem. - concordei enquanto procurava uma roupa para vestir.
- Você viu onde eu deixei o meu relógio? - depois de um tempo, ele saiu do banheiro com as suas roupas no corpo enquanto jogava alguns fios de seu cabelo para trás.
- Me desculpe, costumo deixar acessórios no meu guarda-roupa e guardei o seu relógio por força de hábito. - expliquei ao ir em direção ao banheiro para pegar uma das cápsulas do multivitamínico que sempre tomo pela manhã. - Está na terceira porta, pode pegar.
- Não estou conseguindo abrir. - ao escutá-lo, fui em sua direção com uma expressão confusa.
Puta merda, ainda bem que sempre deixo essa porta fechada.
- Não é essa não! - me aproximei em passos rápidos de seu corpo e tirei a sua mão daquela parte. É uma fechadura muito simples, qualquer mínimo esforço era suficiente para abrí-la. - É na terceira porta da esquerda para a direita.
Me virei para ir em direção onde o seu relógio estava e o peguei, entregando ele em suas mãos. Mas só então percebi, Jimin mantia um sorriso desconfiado na boca.
Você é óbvio demais, Jungkook!
- O que tem aqui? - passou a mão pela porta onde eu tinha o afastado segundos antes. - Não está escondendo um corpo, está?
- Se eu fosse esconder um cadáver é bem difícil que eu o colocaria no meu guarda-roupa. - um sorriso se destacou em minha boca ao escutar o som da sua gargalhada. Eu sei que já disse isso antes, mas a risada de Jimin é o som mais gostoso de se ouvir. Empatando com os seus gemidos, é claro.
- Não seja bobo! - tirou a mão da sua boca enquanto ainda mantia um sorriso singelo nos lábios. Ele sempre tampava a boca quando sorria, não sei se essa mania sua é um hábito ou se é devido ao seu dentinho da frente que é um pouco inclinado, fazendo com que seja levemente torto. - Tudo bem se não quiser mostrar.
- Eu posso te mostrar sim... - me aproximei da escrivaninha que ficava ao lado da minha cama e abri a gaveta, retirando uma chave pequena dela. Depois, fui em direção à porta e destravei-a. Como a espessura da madeira era fina, foi possível ouvir apenas um barulho leve e baixo de click ao ser destrancada. Somente deixava ela trancada para o caso de minha mãe vir aqui e se deparar com as coisas que tinha dentro dela. Seria bem constrangedor.
- Posso abrir? - me perguntou por uma última vez quando afastei o meu corpo do móvel. Acenei com a cabeça para confirmar o seu pedido e apenas esperei a sua reação. Assim que Jimin abriu a porta do meu guarda-roupa e a primeira coisa que se deparou foi com algumas cordas e tecidos pendurados, ele virou o rosto em minha direção com um sorriso envergonhado e afirmou: - Você é um safado, Jungkook!
Ao ter apenas uma risada nervosa da minha parte como resposta, ele começou a observar mais o que tinha dentro. Logo em seguida, aproximou mais o corpo do lugar e esticou o braço para pegar um dos objetos que tinha ali.
- Isso é um vibrador? - Park levantou a mão com o produto e estendeu em minha direção.
- Nunca viu um desses? - ergui uma sobrancelha, curioso pela sua resposta. Confesso que ver Jimin segurando um dos meus brinquedos em mãos, me fez sentir um leve arrepio na espinha. Caralho, eu estava ficando excitado só por imaginar usando isso nele. - Você já experimentou um vibrador comum?
- Claro, eu tenho alguns em... - diminui o tom de voz e parou ao perceber o que estava falando enquanto se distraía com o produto que estava em suas mãos. Corou e abaixou o rosto, provavelmente envergonhado. - Sim.
- Esse é um pouco diferente. - peguei o controle que antes estava guardado ao lado do vibrador e apertei um de seus botões. Imediatamente, Jimin levou um susto quando o objeto começou a vibrar em suas mãos. - Sou eu que controlo a velocidade enquanto ele estiver dentro de você.
- Entendi... - percebi o seu pomo de adão fazer um movimento demasiado e a sua respiração ficar um pouco mais ofegante. Logo em seguida, ele tirou uma mecha do seu cabelo que estava caída em seu rosto e olhou de volta para o guarda roupa. - As pessoas com quem você já ficou... essas pessoas gostam de usar essas coisas?
- Normalmente, sim. - respondi com sinceridade e desliguei o vibrador que ainda fazia alguns movimentos leves em sua mão.
- Até esses cintos e cordas? - me olhou sorrateiramente e desviou o olhar logo em seguida.
- Algumas sim. - me aproximei do seu corpo e retirei o brinquedo da sua mão, guardando no lugar que estava. - Outras nem tanto. - coloquei as minhas mãos em sua cintura e apertei com um pouco de força.
- Elas gostavam da sensação do tecido apertando a pele delas? - claramente afetado pelo meu toque, Jimin perguntou enquanto batia os cílios rapidamente.
- Sim, é bem gostoso... - respondi ao aproximar o meu rosto do seu pescoço. Ao perceber a minha boca indo em direção daquela região tão sensível sua, ele fechou os olhos e arfou pesado. - Se você quiser tentar, eu posso te ensinar como fazer um nó.
De repente, sinto o seu rosto se afastar do meu com uma expressão confusa estampada nele. - Me ensinar?
- Sim, anjo. - respondi com um sorriso pequeno nos lábios. - Se você quiser eu posso te amarrar também. Só que, normalmente e na maioria das vezes... sou eu que fico amarrado.
Então, senti uma fisgada forte no meu baixo-ventre ao ouvir um gemido baixo escapar pela boca de Jimin. Ao perceber o que fez, ele levou a mão rapidamente até a boca e arregalou um pouco os olhos.
- Vamos para minha casa! - afirmou após tirar a mão da boca e pigarrear. - Tenho que dar... tenho que ver... o Stark! - desistiu de tentar montar uma frase com sentido e andou em passos rápidos para fora do quarto.
Apenas dei uma risada curta da situação e peguei as minhas roupas para vestir, já que ainda estava somente com uma calça de moletom.
🥊
- Meu bebê! - Jimin pegou o seu gato no colo assim que abriu a porta da sua casa.
- Não estou muito acostumado com esse nome, mas pode ser também. - brinquei ao me referir que o apelido carinhoso tinha sido direcionado à mim. - Você quer comer alguma coisa específica hoje no almoço? Eu posso cozinhar para você.
- Você sabe cozinhar? - ergueu uma sobrancelha e abriu um sorrisinho de canto.
- Sim, minha mãe passava muito tempo fora de casa e chegava bem cansada, então aprendi a cozinhar desde pequeno para ajudar ela. - contei enquanto tirava os meus sapatos e guardava ao lado de sua porta. - Não que isso fosse uma obrigação dela.
- Que gracinha... - se aproximou de mim ainda com o Stark em um braço e com o outro circulou o meu pescoço. - Eu queria muito ver uma foto sua quando era bebê. Você devia ser o mais lindo.
De repente, senti a minha garganta secar e a minha boca ressecar levemente.
- Não tenho fotos de quando eu era bebê, só depois dos meus treze anos. - levei a mão até a minha nuca e pressionei os meus dedos lá. Eu sempre fazia isso quando estava nervoso ou incomodado com algo.
Provavelmente percebendo que o assunto era algo que me aborrecia, Jimin apenas concordou com a cabeça com um sorriso pequeno nos lábios.
- Nabi fez compras. - foi para a cozinha e começou a abrir as portas do seu armário com uma só mão enquanto segurava Stark com a outra. - Mas você não prefere pedir algo? Você come carne e eu não tenho nada aqui nem derivado de animal...
- Não, pode ficar tranquilo. - afirmei ao me aproximar do seu corpo e pegar o gato do seu colo. Logo em seguida, fiz um carinho breve no pescoço do felino e o coloquei no chão. - É só você me passar uma receita que eu faço.
- Você é um pacotão completo mesmo em Jeon Jungkook. - sorriu e circulou os braços em minha cintura, me abraçando. - Me conte logo o seu defeito.
- Você quer que eu diga eles em ordem alfabética ou ordem cronológica em que adquiri? - acompanhei a sua risada e deixei um beijo em seu nariz. Quando ele foi cobrir a sua boca com o dorso da sua mão, eu segurei o seu pulso. - O seu sorriso é lindo, Jimin hyung, não tem motivo para esconder ele.
- Você é um galanteador nato. - ao contrário do que imaginei, Jimin não ficou envergonhado e tímido com o meu elogio. Ele apenas deu uma risada desconfiada e levantou minimamente a sobrancelha em um movimento rápido.
- Ei, eu estou falando a verdade! - me defendi.
- Tudo bem então... - deu de ombros e se afastou do meu corpo ainda com aquele sorrisinho cismado estampado no rosto. - Estou com vontade de comer um bibimbap bem apimentado, o que você acha?
- Será bibimbap então! - como estava com uma blusa de manga comprida, apenas arregacei-as e me aproximei do corpo de Jimin, que estava procurando algum dos ingredientes no armário. Ao colar as suas costas em meu peitoral, senti as suas mãos se movimentando para trás para colocá-las em meu quadril, na tentativa de se afastar um pouco. - Sabe o que seria gostoso também?
- Hum? - escutei a sua voz fraca e levei as minhas mãos até a sua cintura, por baixo da sua camisa, e apertei com força antes de puxá-lo para trás, fazendo com que a sua bunda batesse contra o meu quadril.
- Sempre achei um tesão a ideia de transar em uma cozinha... mas só de pensar em fazer isso com você, porra, isso me deixa louco... - empurrei o meu quadril para frente e deslizei a minha mão direita pela sua barriga enquanto deixava a esquerda apertando a sua cintura. E, novamente, Jimin virou o seu corpo e se afastou de mim rapidamente.
E se antes eu estava em dúvida, agora eu tenho certeza. Ele está me evitando.
- Foca na comida, Jungkook... - afirmou com a respiração acelerada e o rosto um pouco vermelho. - Vou pegar as panelas que vamos precisar para fazer o bibimbap.
- Jimin, está tudo bem? - indaguei com as sobrancelhas franzidas.
- Claro! - garantiu e balançou a cabeça depressa. - Os ingredientes estão dentro dos armários, pega eles e coloca em cima da mesa? Por favor.
- Beleza... - confirmei o seu pedido, mesmo ainda muito intrigado com o seu comportamento.
Apesar de Jimin ter continuado a me tratar normal enquanto estávamos cozinhando o nosso almoço, percebi que sempre que chegava perto dele com algum toque com segundas intenções, mesmo que bobo e um pouco inofensivo, ele sorria sem graça e desviava.
- Você não acha que colocou pimenta demais no seu macarrão? - perguntei quando já tínhamos feito a comida e estávamos sentados um ao lado do outro na mesa, com o almoço servido.
- Sempre gostei de comida com bastante pimenta. - sorriu ao pegar os seus hashis e levou um pouco do seu alimento até a boca. Ao sentir o gosto, expulsou o ar dos seus pulmões e revirou os olhos, indicando que tinha gostado da comida. - Os vegetais estão perfeitos, Nabi sabe como escolher eles. E a comida ficou uma delícia, Jungkook!
- Que bom que você gostou. - experimentei também e, realmente, acho que mandamos bem.
No geral, a refeição foi silenciosa, mas nada que chegasse a ser desconfortável. Eu apenas estava pensando se fiz algo ou me precipitei em relação à Jimin e se isso acabou o assustando um pouco. Com essas possibilidades na cabeça, confesso que acabei dando algumas respostas um pouco vagas para uma ou outra pergunta que ele fazia enquanto comíamos.
- Vem, quero te levar naquele lugar que eu falei. - começou a puxar a minha mão em direção a porta de sua casa depois que terminamos de comer. - Mas antes eu tenho que falar com o senhor Chung, ele é um dos zeladores do prédio.
- Tudo bem. - dou um sorriso curto pela forma como o nome do zelador é pronunciado de maneira fofa por ele.
Assim que ele pegou o telefone e discou o número do homem, me afastei um pouco dele e fui em direção às enormes janelas que tinha em sua sala.
- Pronto, ele disse que tudo bem. - veio em passos animados em minha direção enquanto segurava o celular contra o peito. - Podemos subir.
- Subir? - perguntei com a testa franzida, um pouco confuso.
- Isso! - pegou a minha mão novamente e me puxou para fora do seu apartamento.
Antes que Jimin saísse da casa, falou que tinha esquecido de algo e foi correndo para dentro. Quando voltou com uma coberta nas mãos, me levou até a escadaria de incêndio do prédio em que morava. Quando chegamos no topo do edifício, entendi o motivo dele ter me trazido até aqui. A vista era linda pra caralho!
- Porra... aqui é fantástico! - afirmei ao me aproximar um pouco mais da beirada e sentir o vento gelado bater forte contra o meu rosto e corpo.
- É muito bonito, não é? - parou ao meu lado com as mãos enfiadas na bolsa da calça e continuou: - Eu sempre venho aqui quando quero pensar em algo importante.
- É um ótimo lugar para refletir mesmo. - encarei o seu rosto que estava focado na direção dos outros prédios e, quando percebi, eu estava sorrindo que nem um bobão.
- Vem, eu peguei essas pedras da rua justamente para colocar no lençol. - puxou a minha mão novamente e me mostrou as pedras que estavam perto da beirada.
Ao pegá-las, tivemos dificuldade em abrir o pano e organizá-lo no chão devido ao vento, o que acabou resultando em muitas risadas por causa da situação. Quando finalmente conseguimos, tiramos os sapatos e deitamos em cima do lençol.
- Posso te fazer uma pergunta? - indaguei ao ler a logo do seu jornal bem na nossa frente, já que a sua empresa ficava bem em frente ao prédio onde morava. Ao ter uma confirmação com um movimento breve de sua cabeça, continuei: - Você pretende trabalhar com a sua empresa até se aposentar?
Jimin deitou a cabeça no meu peito e me respondeu: - Eu não vou me aposentar, Jungkook. - deu uma risadinha.
- Como assim? - perguntei.
- Eu acredito que toda empresa tem a possibilidade de ter três destinos finais para ela. Ou ela é falida, vendida, ou herdada. O meu objetivo é vendê-la futuramente. - falou tranquilamente enquanto passava a mão pelo o meu tronco, como uma forma de carinho. - Para mim, além de você gerenciar bem a sua empresa e tirar um bom lucro dela, acredito que um verdadeiro empreendedor constrói uma empresa para vendê-la.
- Mas você pretende vender ela logo? - fiquei curioso com a resposta.
- Depende. - colocou as duas mãos em cima do meu peito e apoiou o queixo nelas, começando a encarar o meu rosto. - Pretendo vendê-la em um contrato bilionário. Mas para isso ela precisa estar no seu melhor estado, e isso pode ser ano que vem ou daqui a dez anos. Mas claro, com uma dor no coração. Porque me apeguei muito aos meus funcionários e, mesmo que seja cansativo, sou apaixonado pelo meu trabalho.
- Isso eu consigo perceber. - sorri para ele e ergui a minha cabeça para dar um beijo em seu nariz, que estava gelado por causa do vento. - E você planejava abrir a sua própria empresa desde cedo ou foi algo inesperado?
- Desde criança eu sonhava em ser dono do meu próprio negócio. - afirmou com um sorriso nostálgico no rosto. - Claro que eu não fazia ideia do que era criar uma empresa, mas eu lembro que ficava entrevistando os meus brinquedos e escrevendo a vida deles em um caderno. Depois, eu dava para a minha tia ler e perguntava se ela tinha gostado.
- Que coisa mais fofa! - comecei a dar risada e instintivamente, apertei mais o seu corpo contra o meu. Só de imaginar Jimin na situação que ele me contou, uma sensação de carinho invadiu o meu peito. - Nem parece que era um pestinha na escola.
- Ei! - sorriu e deu um tapa leve no meu peito como advertência. - Eu era um ótimo aluno!
- Sei bem... - segurei a sua mão que ainda estava no meu peitoral e levei até a minha boca, deixando um beijo fraco nos seus dedos. - Posso te fazer uma pergunta um pouco... íntima?
- Pode. - respondeu com uma expressão meio incerta, provavelmente com medo do que lhe aguardava.
- Com quantos anos você... sabe, perdeu a sua virgindade? - perguntei com medo de que ele se sentisse desconfortável.
- Com dezoito. - levou a mão até a minha mecha que caiu sobre o meu olho, devido ao vento, e passou os dedos nela, arrumando-a junto com os outros fios. - E você?
- Não lembro muito bem o ano, mas acho que eu tinha vinte e um... isso, eu tinha vinte e um! - afirmei.
- E com quem foi? - perguntou como quem não queria nada ao desviar o olhar para focar em outra coisa que não fosse o meu rosto.
- Foi com uma pessoa qualquer, caso de uma noite. - fui sincero. - Nunca fui de supervalorizar a virgindade.
- Então porque não transou antes dos vinte e um anos? - indagou com um sorriso desconfiado nos lábios.
- Aí está uma coisa que eu não sei. - respondi. - Simplesmente não tinha interesse ou curiosidade, talvez por estar focado demais nos treinos. Mas depois que experienciei, aca...
- Essa parte já estou sabendo, nunca mais parou. - fui interrompido pela sua fala. - Posso te fazer uma pergunta pessoal também? Se não quiser me contar, tudo bem!
- Ok, pode perguntar. - fiquei curioso.
- Você disse que não tem fotos suas de quando era bebê, só a partir dos treze anos... - tirou a cabeça do meu peito e ergueu o tronco. Logo em seguida, sentou e cruzou as pernas. Já sabendo o que Jimin queria perguntar, sentei ao seu lado mas apenas estiquei as pernas, relaxando o tronco. - Por que?
- Quando eu tinha doze anos, a nossa casa pegou fogo. Foi nesse dia que perdi o meu pai e todas as nossas coisas foram destruídas.
- Meu Deus, eu sinto muito, Jungkook! - falou baixinho e se aproximou mais do meu corpo. Na tentativa de tentar me consolar, colocou a sua mão sobre a minha e começou a fazer um carinho sutil e suave com o seu polegar no meu dorso.
- Eu vi ele morrendo, Jimin. - afirmei com a voz um pouco fraca ao lembrar da cena da sua morte. - Até poucos meses atrás, eu pensava que eu era culpado da sua morte. Achava que foi por minha culpa que a casa pegou fogo.
- Jungkook... - subiu em meu colo rapidamente e circulou os braços em meu pescoço. Confesso que, por alguns minutos, ficamos parados ali. O vento batia fortemente em nossos corpos e, com isso, os fios de seu cabelo voavam até o meu rosto, causando cócegas de vez em quando. - Eu sinto muito mesmo.
- Está tudo bem, anjo. - levei a minha mão direita até às suas costas e comecei a fazer um carinho suave ali. - Eu sei que as coisas teriam sido mais fáceis com ele. Mas a minha mãe sempre foi uma pessoa incrível e que me apoiou em tudo. Desde me levar para vários psicólogos, tentando acabar com o sentimento de uma criança traumatizada, à também me apoiar e não deixar eu abaixar a cabeça quando sofria bullying na escola por causa da minha sexualidade.
- Você e a sua mãe são pessoas muito fortes... - olhou nos meus olhos e deu um sorriso. - Ela deve ter orgulho do homem incrível que você é hoje.
- Obrigado, anjo. - sorri pelo seu elogio e levei os meus lábios até os dele. Tentando aprofundar o beijo, deslizei a minha mão das suas costas até a sua nuca e apertei aquela região antes de pedir passagem com a minha língua.
Quando Jimin deu permissão e abriu a boca, acabei chupando o seu lábio inferior antes de começar a beijá-lo de uma maneira mais calma. Levado pelo desejo de tocá-lo, firmei as minhas mãos na sua cintura com força e isso fez com que Jimin soltasse um suspiro mais audível.
Ansioso por mais, levei uma de minhas mãos até a banda esquerda da sua bunda e apertei sem delicadeza e com a outra mão arrastei até a base da sua coluna, trazendo o seu corpo para o meu e fazendo com que não restasse mais nenhum espaço entre nós.
Com as mãos bem firmes na bunda e nas costas de Jimin, ele acabou soltando um gritinho surpreso quando virei os nossos corpos rapidamente e o deitei no pano, me encaixando perfeitamente entre as suas pernas.
Antes que Jimin respondesse à minha atitude, tomei os seus lábios rapidamente e, diferente de antes, o nosso beijo se tornou algo mais afobado, molhado e, claro, excitante pra porra. Ao pressionar mais o meu corpo contra o dele, senti o seu corpo começar a amolecer por causa das minhas mãos que serpenteava todo o seu tronco e quadril em uma tentativa de sentí-lo mais.
Em meio a outro suspiro incalculado, Jimin acabou soltando um gemido mais desesperado e levou as suas duas mãos até a minha bunda, tentando descontar o seu tesão e na tentativa de impulsionar mais as estocadas que comecei a simular entre as suas pernas. Em uma delas, escorreguei o meu quadril propositalmente mais para cima, e isso fez com que o meu pau batesse da forma mais gostosa possível no seu volume que já tinha começado a se formar.
- Você gosta quando eu faço assim? - levei a minha mão direita até o seu rosto e apertei os meus dedos na sua bochecha. Tendo a minha outra mão como apoio para eu não deixar o meu corpo pesar sobre o dele, escorreguei, de forma mais bruta, o meu pau no dele. Como resposta, Jimin apenas acenou com a cabeça rapidamente. - Me responde direito, meu bem.
- Sim, muito... - respondeu entre um suspiro e outro antes de fechar os olhos com força e jogar a cabeça para trás quando eu o estoquei mais uma vez.
- Então você gosta com força? - gemi mais rouco quando simulei mais uma estocada em seu quadril e fui surpreendido pelas suas pernas em meu quadril e, por estar totalmente rendido ao tesão, Jimin rapidamente trocou as nossas posições e sentou em meu colo.
- Eu gosto com muita força... - espalmou as mãos em meu peito e encaixou perfeitamente a bunda na minha extensão. Soltei um gemido mais alto e até surpreso quando ele começou a arrastar a sua bunda em meu colo, rebolando com força.
- Jimin... - em um movimento desesperado, levei as minhas mãos até a sua blusa e tentei tirar de seu corpo, mas fui impedido pelas suas mãos que me deram um tapa leve mas certeiro. Com as sobrancelhas franzidas e até com a boca um pouco aberta por ter sido pego de surpresa, afastei as minhas duas mãos de seu corpo e colei as minhas palmas no chão. - O que foi isso?
- Nada. - respondeu sério antes de espremer um lábio contra o outro para tentar conter uma risada. Ao não conseguir, acabou explodindo em uma gargalhada alta. - Me desculpe, mas sua cara foi engraçada...
- Foi? - perguntei com uma expressão séria, eu não estava entendendo porra nenhuma.
- Vamos para a minha casa... - saiu de cima do meu colo, ainda rindo bastante, e levantou.
- Beleza, me explica o que está acontecendo. - falei de repente. Não era a primeira vez que ele me rejeitava daquela forma. Provavelmente se deixou levar agora, mas depois tomou consciência quando fui tentar tirar a sua roupa e acabou me dando aquele tapa.
- Como assim? - desviou o olhar de mim e começou a arrumar a sua roupa.
- Não se faça de bobo. - ergui um pouco o tronco e apoiei o meu peso nos cotovelos. Como ainda estava com o volume do meu pau marcado na calça, quase soltei uma risada ao ver Jimin desviar o olhar novamente mas para o meu quadril, encarando descaradamente aquela região. - Por que está me evitando? Se não quiser, tudo bem. Mas me fala porque eu não quero insistir e fazer você ficar desconfortável.
- Não! Eu quero. - respondeu rápido. Logo depois, se aproximou de mim e sentou do meu lado novamente. - Eu só fico um pouco nervoso...
- Nervoso? - levantei uma sobrancelha, não entendendo muito o que ele quis dizer.
- Sim. - sorriu nervoso. - Mas não me pergunte o motivo porque eu não sei.
- Tudo bem... - estiquei o meu braço e coloquei a minha mão em seu rosto, começando a acariciar a sua bochecha. - Você quer continuar mas fica nervoso, é isso?
- Isso.
- Então deixa eu tentar te relaxar... - arrastei o meu meu polegar que antes fazia um carinho suave em seu rosto até a sua boca. Ao ter a sua confirmação com um acenar leve de sua cabeça, aproximei os meus lábios até o seu pescoço e lambi o contorno da minha boca antes de beijar a sua pele. Como aprovação do meu toque, Jimin acabou arfando pesado em satisfação.
- Meu Deus, finalmente te encontrei! - imediatamente, viramos o nosso rosto em direção a porta de acesso à escada e encontramos Taehyung vindo em nossa direção em passos rápidos. - Como você está, mochi?
- Estou bem, Tae! Ótimo, na verdade. - sorriu para mim antes de olhar para o amigo novamente.
- Aqui me dá medo! É muito parecido com o lugar em que aquela menina foi encontrada morta... - abraçou o próprio corpo, como se estivesse sentindo calafrios. - Vocês transaram aqui?
- Taehyung, por favor! - Jimin se levantou rapidamente e deu um tapa no ombro do amigo.
- Estávamos quase. - afirmei distraído enquanto observava os outros prédios. Esse lugar deve ser mais bonito ainda de noite.
- Jungkook! - me repreendeu com um chute leve na minha coxa.
- No telhado? Que fogo em... - lançou um sorriso malicioso na nossa direção. - Você não me atendia, por isso vim até aqui.
- Deixei o meu celular em casa. - estendeu o braço em minha direção como ajuda para eu levantar. Quando segurei a sua mão, puxei o seu corpo para mim, fazendo com que caísse no meu colo. - Machucou, Jungkook...
- Me desculpe, meu bem. - peguei a sua mão que acabou batendo no chão pela queda e comecei a espalhar vários beijos nela.
- Vão se foder! Eu amo a boiolice de vocês, mas agora não é hora. - afirmou enquanto revirava os olhos. Por um momento, tinha esquecido que Taehyung estava ali. - Você está bem mesmo? Posso ir embora tranquilo?
- Obrigado pelo cuidado, Tae, mas eu realmente estou bem. - sorriu para o amigo. - Se quiser, pode ficar aqui com a gente, né Jungkook?
- Claro. - confirmei, afinal não via o porquê de rejeitar a ideia.
Claro, se Taehyung não se importar com gemidos altos.
- Posso chamar uma pessoa? Não quero ficar de vela. - Kim abriu um sorriso envergonhado e desviou o olhar para os sapatos.
- Pode sim, Tae. Quem seria?
- Seokjin... fiquei com ele ontem à noite e curti. - contive uma risada ao lembrar do ciúmes do meu amigo Dong-min de Taehyung com o funcionário do Park. Gostaria de ter visto a sua cara, já que ele afirmava que não queria nada com o Kim mas na primeira rejeitada se sentiu triste. Jimin lançou um olhar sugestivo para o seu amigo, como se dissesse "depois você me conta tudo".
- Vocês querem ir para algum lugar ou pedir algo para comer aqui em casa mesmo? - Jimin começou a fazer um carinho em minha perna, já que ainda estava em meu colo.
- É melhor evitar lugares públicos por um tempinho, não que vocês tenham que se esconder, é mais porque eles não sabem respeitar privacidade. - Taehyung afirmou. Nessa questão eu até que concordo com ele.
- Vamos pedir algo então. - falei ao dar alguns tapinhas na coxa de Jimin, para que ele levantasse. Assim que ele percebeu o que aquele meu toque significava, levantou rapidamente.
- Eu vou mandar uma mensagem para o Seokjin. - Kim avisou, se afastando um pouco de nós.
Ao desviar o olhar para o rosto de Jimin, percebi que ele estava com um sorriso largo nos lábios. Um sorriso bem semelhante ao que uma criança dá quando está prestes a aprontar algo.
- O que foi? - perguntei curioso.
Jimin apenas olhou na direção do seu amigo e, ao perceber que ele estava afastado e conversando no celular, provavelmente com Seokjin, se aproximou do meu corpo e colocou as mãos em minha cintura. Logo em seguida, me deu um selinho demorado e passou a língua entre os lábios, ainda encostado na minha boca, umedecendo-os. Antes que eu me afastasse, Jimin aproximou os lábios na minha orelha e deixou um beijo molhado, me arrepiando inteiro, e depois sussurrou no meu ouvido.
- Hoje você não me escapa, Jungkook...
Continua...
Como vocês estão???? ❤️
Ainda tem tanta coisa para acontecer, que fico até ansiosa para ver a reação de vocês!!!!
E sim, os Jikook finalmente vão transar no próximo cap!!! E não vai demorar para sair porque ele já está quase pronto.
Enfim, espero que tenham gostado do capítulo de hoje! Até a próxima att, XOXO ❤️❤️❤️❤️🥰