Primeiro capítulo liberado e eu confesso que a ansiedade estava gritando para divulgar logo, e saber a opinião de vocês sobre essa história que me pediram tanto. Não esqueçam de comentarem ao longo dos capítulos e sempre deixarem a opinião de vocês, ok? Boa leitura 🦋❤️
- Instagram On -
mattoslaraa: i got my eyes on you
- Instagram Off -
- Lara Narrando -
Sabe aquele momento que você se arrepende de não ter ouvido uma pessoa que só queria o seu bem? Era assim que eu estava me sentindo, eu me envolvi com uma pessoa e mesmo com o meu irmão me alertando eu continuei com ele, até quebrar a cara da maneira mais humilhante perto dos meus amigos da escola.
- O que aconteceu? - meu irmão perguntou bastante assustado quando viu meu rosto vermelho por causa do choro - Fala, gente - insistiu nervoso e a minha amiga contou rapidamente o que aconteceu
- Amiga, não fica assim - Elisa falou me abraçando e eu percebi que o meu irmão estava irritado
- Para de chorar - meu irmão falou sério e eu solucei, ele se aproximou e limpou o meu rosto
- Eu nã-não consigo - gaguejei e ele me abraçou
- Respira fundo - falou calmo e eu fiz o que ele falou, fechei os olhos e após alguns segundos reabri - Tudo vai se resolver, não precisa se desesperar
- Você é homem e está do lado dele - falei irritada e o mesmo me olhou incrédulo - Tá doido pra falar que me avisou, né?
- Claro, eu estou amando - falou irônico - O sonho da minha vida era você quebrar a cara com ele porque eu te avisei
- Gente, calma - minha amiga tentou entrar no meio mas eu empurrei a mesma e fui pra cima do Davi
- Tudo que eu queria era vê você sofrendo - provocou e eu bati no peito dele - Deixa de ser burra, Lara! Você realmente acha que eu estou feliz com isso?
- Eu te odeio - gritei chorando - Quem mandou você tá certo?
- Eu sempre tô - falou simples e me abraçou - Agora para de chorar que eu vou resolver isso
- Tá doendo - tentei parar de chora - Tudo que ele falou era mentira, só queria fazer a otária aqui de boba e no final me comer
- Isso é verdade - Davi concordou e eu choraminguei
- Como eu pude acreditar? - perguntei inconformada
- Você não tem culpa, amiga - Elisa falou assim que eu me sentei no sofá - Eu vi a forma que ele tratava você, parecia um verdadeiro príncipe e eu jamais iria imaginar a realidade
- Nisso ela tá certa - Davi falou calmo, eu sabia que o mesmo estava com raiva mas ele era igual ao nosso pai, agia friamente e evitava explodir
- Sinto tanto nojo de mim - falei passando a mão no rosto
- Coloca todo esse sentimento pra fora, chora agora tudo que você tiver para chorar, porque vamos esbarrar com ele e você não vai dar o gostinho de desmoronar na frente dele - Elisa falou firme
- Entendeu? - Davi falou me olhando e eu assenti
- Cheguei - escutei um barulho e em seguida a voz do Guilherme - O que houve? - perguntou desesperado
- Chega aí - Davi chamou e eles saíram da sala, uns minutos depois voltaram e ele ficou me olhando
- Larinha, nós vamos resolver isso - falou me abraçando e beijou a minha bochecha
- Não quero que vocês se prejudiquem por idiotice minha - falei séria e soltei ele
- Ah, mas eles vão quebrar aquele nojento - Elisa falou e eu me levantei
- Não bota pilha - pedi e ela nem ligou
- Quebrem a cara dele, batam bastante no rosto dele e só parem quando ele chorar pedindo - falou e eu neguei com a cabeça, não por pena dele e sim com medo deles se prejudicarem
- Não tem discussão - Davi falou antes que eu falasse algo
- Ele tem sorte que meu pai e o dindo não sabem da história - Guilherme riu - Se o vô descobre sei nem do que ele é capaz
- Ele não vai descobrir - falei fazendo um coque no cabelo
- Vamos - Davi falou pegando o celular na mesinha e me deu um abraço
- Cuidado - alertei e eles acenaram saindo em seguida
- O Gui podia me notar - minha amiga resmungou e eu ri fraco
- Somos iguais - apontei pra mim e depois pra ela
- Como assim? - perguntou confusa e fui em direção a escada com ela atrás de mim
- Queremos um amor - ri sem humor - E o Gui não quer isso no momento
- Eu sou o amor da vida dele - falou firme - Ele só não sabe - completou em seguida e eu soltei uma gargalhada
- Maluca - falei rindo e entramos no meu quarto
- Já pensou que legal seria eu ser a sua sobrinha? - falou e se jogou na minha cama - Melhor amiga e sobrinha, acho que poucas pessoas tem esse luxo
- A Dessa é braba, hein?! - falei me referindo a mãe dele e consequentemente minha cunhada
- Vida triste a minha - falou fazendo drama e eu fui até o meu closet, peguei algumas coisas que o filho da puta tinha me dado e voltei pro quarto - Vai fazer o que com isso?
- Queimar - falei simples
- Ok, aprendiz de psicopata - se sentou na cama - Eu não vou deixar você queimar uma Louis Vuitton e usar como incinerador um perfume da Dior
- Eu não ligo pra essas coisas - falei olhando pra ela
- Mas não vai fazer fogueira santa com eles - apontou para as outras coisas na cama - Vamos criar uma loja em algum site e coloca lá pra quem quiser comprar
- Ficou louca? - perguntei e ela negou com a cabeça
- Você tem que pelo menos ganhar dinheiro em cima daquele filho da puta - falou me olhando e pegou o celular - Vamos fotografar tudo e colocar lá
- Sei não - falei em dúvida
- Única coisa em que você vai colocar fogo é nele - falou e eu olhei pra ela na hora - Tô brincando
- Sério? - debochei
- Talvez - falou rindo - Já sei
- O que? - perguntei curiosa e ela se levantou, correu até o closet e logo voltou com um casaco preto que era do Henrique, tinha até esquecido dele
- Você comentou que ele gostava desse casaco - falou e eu assenti
- Me emprestou quase surtando - ri fraco - Diz ele que a vó trouxe na última viagem, depois acabou que ela ficou doente e morreu
- Vamos queimar - falou animada
- Elisa - tentei falar mas ela não deixou
- Vamos - falou firme e eu ri
- Tá, vamos - concordei e ela bateu palma animada
Acabou que realmente colocamos fogo no casaco e pra não correr o risco de incendiarmos a casa fomos pro entrada da minha casa e fizemos lá, e eu posso apostar que isso vai render uma boa multa. De noite os meninos chegaram aqui e mostraram as fotos do Henrique caído e todo arrebentado, não posso dizer que senti um mínimo de pena. No dia seguinte não consegui ir pra escola e só acordei com a minha mãe me chamando, coisa que eu estranhei muito já que ela estava viajando com o meu pai e deveria voltar só no final da semana.
- Anda, Lara! Quero você em cinco minutos na sala - falou alto e eu me sentei na cama - Não enrola
- Ta bom - resmunguei sonolenta e ela saiu, só tive tempo de escovar os dentes e descer, assim que botei os pés na sala dei de cara com meu irmão e o Gui no sofá, ambos com cara de sono e o meu pai com um copo de whiskey na mão
- Senta aí - minha mãe falou e obedeci na hora - Eu viajei há dois dias achando que poderia aproveitar uns dias em paz com o meu marido e vocês resolvem espancar um garoto do nada
- Não foi do - Davi tentou falar mas não conseguiu continuar
- Cala a boca - minha mãe falou séria
- Mas, vó - Guilherme tentou mas também não rolou
- Cala a boca - falou irritada - Sabe porque eu estou dizendo que foi sem motivo? Por que vocês sempre tiveram liberdade pra chegar e falar qualquer coisa ou qualquer problema, se não falaram eu só posso imaginar que era bobeira - cruzou os braços - A ideia era espancar e as incendiárias mirim colocarem fogo nele? - perguntou e eu me assustei levemente por ela saber da minha amiga - Sim, eu sei que a dona Elisa também está metida nisso
- Calma, Brenda - meu pai falou pela primeira vez e entregou o copo na mão dela, ela bebeu tudo em um só gole e voltou a falar
- Lesão Corporal grave - falou simples - O nome do crime é esse caso ele resolva denunciar, até porque ele está internado caso queiram saber - se sentou no braço do sofá e deixou o copo na mesinha - Você já tem 21 anos, Guilherme, é de maior e poderia se dar bem mal com essa história, mesmo com os melhores advogados do Brasil seria ruim enfrentar um julgamento. E vocês dois seriam taxados como dois riquinhos que acham que são donos do mundo, fora a acusação que você teria, Davi
- Meu Deus - sussurrei e senti meus olhos se encherem de lágrimas, por minha culpa eles poderiam se dar mal
- Felipe e Rhuan estavam aí - meu pai falou sério - O que era tão grave que não deu tempo de falar com eles?
- Acontece que - Guilherme começou a falar
- A culpa foi minha - interrompi sentindo as lágrimas descerem pelo meu rosto
- Sua? - meu pai perguntou surpreso
- Como sua? - minha mãe perguntou assustada
- Sim - confirmei limpando o meu rosto - Eu estava quase namorando com um menino lá da escola, ele parecia um príncipe - falei e senti uma raiva subir pelo meu corpo ao lembrar dele - Eu tinha que ter escutado o Davi mas não, eu achei que era bobeira e que ele só queria perturbar
- O que o Davi falou? - minha mãe perguntou calma mas eu sabia que ela estava nervosa
- Que o Henrique só queria me comer pra espalhar pra escola inteira depois - solucei - Que pra ele eu não passava de um troféu, merda - suspirei e caí no choro novamente
- Filha - minha mãe se sentou ao meu lado e me deu um abraço, ali mesmo que eu desabei, eu precisava do abraço da minha mãe
- O que ele fez? - meu pai perguntou depois de um tempo e eu percebi que ele estava muito nervoso
- Eu - tentei falar mas não consegui por causa do choro
- Ele não conseguiu o que queria - Davi começou a falar - Mas mentiu e fez um show no barzinho perto da escola, inventou um monte de coisas, a Elisa jogou umas coisas nele e conseguiu tirar a Lara de lá, eu só fiquei sabendo quando elas chegaram
- Aí ele me ligou e fomos resolver - Gui terminou de contar e pegou o celular, mexeu e mostrou pro meu pai
- Eu sou uma burra - falei em meio ao choro
- Não é - minha mãe falou firme - Você é uma garota linda e super inteligente, se ele fez o que fez o único motivo é ele ser um escroto que não sabe tratar uma mulher ou melhor, não sabe ser gente - sussurrou no meu ouvido e deixou um beijo na minha têmpora
- Belo trabalho - meu pai falou e entregou o celular na mão da minha mãe, olhei e vi que eram as fotos
- Ele mereceu - falou baixinho e beijou o meu rosto, sorriu fraco me olhando mas eu percebi que os olhos da mesma brilhavam de lágrimas
- Desculpa - sussurrei olhando para o meu pai
- A culpa não foi sua - falou calmo e deixou um beijo na minha testa - Você é uma princesa e o papai vai dar um jeito nisso, tá?
- Tá bom - falei baixinho e ele me abraçou, fechei os olhos sentindo as lágrimas voltarem a cair e senti a minha mãe acariciar o meu cabelo