Corpos em Chamas: A vingança...

By karinny_barbara

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Anna Kariênina tinha apenas 10 anos quando seu pai foi injustamente acusado de assassino, e anos depois falec... More

Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capitulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Penúltimo Capítulo
Último Capítulo
Considerações Finais

Epílogo

26 6 0
By karinny_barbara

{POV. Anna Elis}

Se tem algo que Anna Kariênina me ensinou sobre seu treinamento de assassina profissional é que, independente se você é assassino ou não, tenha sempre um plano para tudo.
Eu disse que ia embora de San Diego e ser livre, mas não afirmei que ia ser sozinha.

{Flashback On - Dia do planejamento da missão}
- Temos outros detalhes a tratar, o plano C... - Jones disse, Anna Kariênina e eu assentimos. - E se vocês forem pegas em flagrantes e presas? Ou pelo menos apenas uma de vocês.
- Mas o plano é perfeito, não tem como elas sempre pegas. - Kennedy sorriu.
- Não, não. Jones está certo, temos que está preparados para qualquer coisa. - Anna Kariênina pondeirou com a mão no queixo pensativa, ela ficava tão sexy assim. - Se Anna Elis for presa comigo ou então sozinha, será mais fácil de tirarmos ela de lá, afinal, ela como ré primeira e sem antecedentes será levada a algum presídio normal.
- Mas já com o você mais grave. - Alasca pondeirou preocupada.
- Por quê? - Perguntei.
- Porque eu sou uma assassina profissional, minha flor. - Anna sorriu e eu revirei os olhos por ela está se gabando.
- Essa daí pega uma cela individual na ala mais alta do presídio de segurança máxima. - Klaus comentou rindo.
- Temos que planejar um bom plano C para a fulga. - Jones interviu e eu suspirei.
- Se formos pegas, será contra nosso plano de viver livres. Vamos passar vida nos escondendo e fugindo.
- Você está certa. - Anna Kariênina torceu a boca pensativa andando pela sala. - Só há um jeito de pararem de nos perseguirem, se estivermos mortas.
- O que?! - Exclamei.
- Aquela que for presa ou então as duas sendo presas, vamos confessar que fomos lá para matar Dorgles e inventarmos uma história que trabalhamos sozinhas nisso. Anna Elis quando condenada vai continuar em um presídio de média segurança e então forjaremos a tua morte. - Anna Kariênina explicou e meus olhos brilharam.
- Anna, você é brilhante! - Exclamei e me surpreendi quando ao lhe ver corar. - Mas como vamos fazer isso?
- Comida envenenada. - Klaus foi quem respondeu. - Essa é maneira mais comum que fazem queima de arquivo em presídios de média segurança, vamos colocar na tua comida algo que te faça passar mal e te leve para hospital. Lá, vamos subornar os médicos para darem o laudo de infecção que você morreu. - Explicou.
- Porra, Klaus. Isso mesmo! - Anna comemorou.
- Agora temos que pensar o teu Anna Kariênina, nos presídios de segurança máxima eles vasculham tudo, não podemos colocar na tua comida. Já basta o trabalho que teremos para fazer as visitas clandestinas. - Jones comentou e Anna Kariênina parou por um instante, com sua animação diminuindo.
- Depois que eu confessar tudo, provavelmente vou ser sentenciada a prisão perpétua, e só existe um jeito de sair da perpétua. - Ela engoliu seco.
- Pena de morte. - Alasca ficou pálida e eu arregalei os olhos.
- O que?! Anna, não! - Andei até ela.
- Calma, meu bem. Vai ser totalmente seguro. - Ela segura meu rosto por um instante mas continuo apreensiva. - Dependendo a maneira de como o juiz irá decretar minha pena de morte, eu serei levada a alguma clínica. Todas que ainda existem em San Diego são antigas e com a estrutura surrada, como os túneis de ar enormes que da para passar uma pessoa por nele.
- Com isso, são ótimos para fugir. - Digo finalmente entendendo o raciocínio dela.
- Vamos fazer o seguinte: vamos seguir todo o protocolo de execução como exames e etc, então vamos esperar até os "44 minutos do segundo tempo do jogo" e entrarmos em ação. Falem com Jorge para mudar as câmeras da clínica, vocês iram subornar os enfermeiros para tomar os lugares deles durante as execuções. Se for por eletrodução, as roupas impedem que vocês sejam reconhecidos. - Ela explicou.
- Kennedy, papai e eu estaremos lá como os enfermeiros. - Klaus avisa e assentimos.
- Quando Jorge mudar as câmeras ele vai dar o sinal, então eu sairei de onde estiver e trocarei de roupa, irei me disfarçar e colocar o uniforme do presídio na bolsa que vocês irão levar. Tudo tem que ser muito rápido, vocês iram levar algum corpo do necrotério que já esteja bem decospo e irão colocar no meu lugar. Então aplicaram o sangue que tirei nas partes que os peritos gostam de examinar, mas acho difícil eles ainda quererem fazer a perícia mesmo com a montagem das câmeras mostrando tudo. - Anna Kariênina tinha uma mente tão elaborada que eu estava boquiaberta. - Então eu passarei pelos dutos de ar e sairei na saída menos usada, vocês iram pesquisar isso também.
- Então, eu estarei disfarçada te esperando lá fora para irmos para pista de decolagem. - Completei.
- Exatamente, meu doce, já está aprendendo. - Anna deu um peteleco no meu nariz e eu corei.
- Mas temos que pensar em outra coisa também. - Jones começou. - E se desconfiarem do sumiço da outra, após a morte daquela? - Então uma idéia surge em uma mente e eu quase gritei "Elreca".
- A outra fingirá está tão desolada com a morte da parceira que decidirá ir embora de San Diego, nas rodoviárias não tem tanta fiscalização, uma pessoa disfarçada como uma de nós não seria reconhecida. - Expliquei.
- Elis, isso foi maravilhoso! - Anna Kariênina exclamou e aquilo deixou meu coração animado.
- Alana fará isso. - Alasca disse.
- Será que ela fará isso? - Perguntei.
- Ela não tem que querer, todos estamos ajudando e com ela não será diferente. - A mãe disse invicta e assentimos.
- A polícia não ficará muito na cola da pessoa se ela parecer bem depressiva, alguns dias bem longe e eles desistiram. - Kennedy comentou.
- Teremos que fingir bem, ser verdadeiras atrizes e fazer um verdadeiro escândalo quando a outra "morrer". - Kariênina indica. - E não poderemos falar nada sobre assunto, para tudo e todos acharem que tudo saiu por água abaixo. Nem mesmo falaremos do assunto entre nós, vamos cada um fazer nossas funções em segredo. Temos que realmente sentir que essa história é real, para que ninguém desconfie.
- Isso será um verdadeiro espetáculo. - Alasca brincou e sorrimos.
- Com espetáculo estaremos livres. - Falei com um sorriso largo olhando para Anna, que sorriu de volta.
{Flashback Off}

O vento frio do início prematuro da manhã me arrepiava mesmo usando casacos grossos, e eu estava encostada no carro observando com ansiedade o nascer do sol, na espera. Então meu coração deu um salto quando ouvi um barulho alto de algo metálico caindo no chão, e em seguida uma figura toda vestida de preto caiu sobre a grama do outro lado da rua abandonada.

*****

{POV. Anna Kariênina}

Minutos antes...

- Vamos, vamos. Jorge já deu o sinal.

Kennedy me apressou e quando abri meus olhos o vi abaixando o zíper da sua capa, revelando seu rosto. Sorri animada assim que me abriu as amarras dessa porra de cadeira que espero nunca mais sentar, Klaus me jogou uma mochila aberta e vi Jones, também com sei zíper abaixado, abrir uma porta e um cheiro horrível de enxofre invadiu a sala. Ele trazia consigo uma maca com um pano branco por cima do corpo trazido pelo necrotério.
Prendi minha respiração e entrei naquela mesma sala, era uma espécie de banheiro enorme, e quanso olhei para o teto vi a tampa da saída de ar. Comecei a tirar minha roupa e então vesti aquela que eles tinham trazido, uma calça moletom muito folgada, uma camisa preta de mangas, casaco preto por cima e um tênis, eu parecia mais um cantor de trap se não fosse pela peruca ruiva que eu também tive que botar, em seguida uma touca preta por cima e o capuz do casaco. Ninguém me reconheceria.

- Então, pronta? - Kennedy entrou na sala e eu assenti. - Pelo amor de Deus, nunca fique ruiva. Você não combina em nada. - Revirei os olhos rindo enquanto ele se colocava ao meu lado para me ajudar a subir na tampa.
- Também vou sentir saudades de você seu chato. - Falei me esforçando para subir em seu ombro e finalmente puxei a tampa.
- Vai nada, vamos te visitar todos os anos e você vai ter que pedir para irmos embora. - Sorri com seu comentário.

Meus braços doeram um pouco enquanto entrava no dulto quente de ar, e Kennedy me jogou a mochila.

- Até mais, Borges 03. - Bati os dois dedos na testa em uma continência de brincadeira.
- Até mais, Anna Kariênina. - Kennedy fez o mesmo.

Não me deixei levar pela emoção e comecei logo a engatinhar por eles, segui as orientações que Anna Elis me deu em uma das visitas clandestinas a mim no presídio. Ela me fez decorar todos os dultos de ar das possíveis clínicas que eu iria.
Finalmente vejo uma luz através das frestas da tampa do dulto e lhe empurro com a mão, ela cai fazendo um barulho alto e eu me jogo na grana verde da saída da clínica que da direto para uma rua deserta onde quase nunca passa carros. Coloquei a tampa de volta na abertura do dulto e meu coração saltou quando vi do outro lado da rua, uma mulher de peruca loira e roupa preta. Eu a reconheceria até mesmo se eu fosse cega.
Corri e me joguei nos braços de Anna Elis, segurando seu rosto para dar-lhe um beijo. Um beijo emocionado e apaixonado, com lágrimas descendo em nossos rostos em uma mistura de paixão, alívio e felicidade.

- Sabia que você é uma ótima atriz? - Brinquei ainda em lágrimas.
- Sou uma artista, né? - Ela sorriu com o queixo tremendo. - Ai meu Deus, você está aqui. - Anna Elis chorou.
- Eu senti tanta falta desses lábios, Anna Elis. Nunca mais quero ficar longe de você. - Chorei também sem conseguir tirar minhas mãos de seu rosto, então deixei meu coração falar. - Quer casar comigo, Anna Elis? Aceita ser minha mulher?
- Você está me pedindo em casamento, Kariênina? - Elis sorriu surpresa.
- É claro que estou, eu quero casar com você, Anna Elis, ter filhos, muitos netos e envelhecermos juntas. - Sorrimos igual duas bobas.
- É claro que eu quero casar com você, Anna Kariênina! - Os olhos dela brilharam e sua boca encontrou a minha novamente. - Eu serei sua mulher e você a minha.

Outra vez os olhos de Anna Elis brilharam e então houve um silêncio quando aquelas palavras prometidas vieram, mas dessa vez elas poderiam ser ditas.

- Eu te amo, Anna Kariênina. - Sua voz soou como um anjo e eu nunca havia notado quão precisava ouvir aquelas palavras, até elas finalmente serem ditas.
- Eu te amo, Anna Elis. - Minha língua dançar ao dizer aquilo e lágrimas vieram. - Te amo para sempre, sua mimada do caralho.
- Eu te amo, sua babaca arrogante. - Sorrimos e nos beijamos uma terceira vez.

A rua se iluminou devagar e então percebemos que o sol já estava nascendo. Um lindo e brilhante nascer do sol como aquele que havia na praia no dia que o destino nos uniu sem nem percebermos.

- Vamos logo, Havaí nos aguarda. - Elis se afasta e eu gargalho dando a volta no carro.

Ela entra no banco do motorista e eu senti no banco do carona, indo automaticamente para o som, colocando Addicted To You - Avicii e sorrimos.
Anna Elis me queimou com seus cabelos cacheados, me ensinando que existe um sentimento maior e muito mais nesse mundo do que um projeto de vida baseada em uma vingança, eu quero viver com ela cada intenso dia da minha vida. E eu mostrei a Anna Elis o quão maravilhosamente quente ela é, uma artista fantástica que deve realizar até os sonhos mais loucos, e se sentir bem consigo mesma.
Tudo acabou, todo nosso passado ficou para trás. Para San Diego, a maior assassina profissional dos mafiosos está morta, mas para o resto do mundo, a simples fotógrafa Anna Kariênina está mais viva do que nunca.
Esse é o nosso depois, Anna Elis.
Todos temos uma chama interna que nasce de cada ferida e sentimentos, sejam bons ou ruins. Ódio ou paixão, o que te faz queimar mais?
Não deixe que suas ações erradas ou daqueles ao seu redor defina quem você é, corra atrás do seu depois, e deixe Corpos em Chamas por onde passar.

Fim!

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