IN(QUEBRÁVEL) | ✓

By angelsfloyd

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Spin-off de IM(PERCEPTÍVEL) Amber Lewis passou sua vida toda sendo castigada e julgada por todos. Ela já esta... More

In(quebrável)
Epígrafe
Prólogo
01| Presa
02| Fica bem
03| Caos
04| Promessa
05| Sonho
06| Paralisada
08| Sem lógica
09| Alerta vermelho
10| Paz... Ou não.
11| Entre ameaças e preocupações
12| Sequelas
13| Sem freio
14| Acidente
15| É possível lutar contra isso?
16| Entre dúvidas e certezas
17| Misto de sentimentos
18| Fogo e gasolina
19| Sorriso fácil
20| Aceitação
21| Respostas
22| Falta de diálogos
23| Profundamente ligados
24| Incontrolável
25| Perigo invisível
26| Antiga personalidade
27| Insano prazer
28| Recuperação
29| Reencontros
Epílogo

07| Amigos duvidosos

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By angelsfloyd

D O M I N I C

Eu escuto os rumores em todo lugar que eu piso. E não me importo nenhum pouco com eles. Afinal, todas as decisões que eu tomei até agora foram completamente bem pensadas. E eu não me arrependo com elas. Admito que quando propus levar Amber para minha casa, foi um ato de desespero. E eu não sei mesmo porque eu fiz isso. Ou porque eu estou confiando tanto em uma pessoa de sangue frio como ela para conviver com meu pequeno.

A única coisa que posso afirmar com plena convicção é que depois de passar um mês completo indo a visitar, dormindo como se fosse um anjo, eu adquiri empatia e carinho por ela e com isso, veio essa vontade de querer a proteger. Justamente por isso, que na hora que o juiz me disse que ela precisava de uma casa fixa, eu não pensei duas vezes em oferecer a minha, e claro, me responsabilizar por exatamente tudo que ela fizer a partir agora

Levo a xícara de café aos lábios, pensando em como eu agir por impulso. E agora, não consigo parar de imaginar como será que ela acordou na minha casa. Infelizmente, tive que sair às pressas, e não pude apresentá-la formalmente às funcionárias e claro, a Ian. Espero de verdade que ela não assuste meu filho. Não sei se conseguiria a manter lá, caso ela fizesse algo minimamente assustador.

- Senhor, seus clientes acabaram de chegar... Posso permitir a entrada? - minha secretária pergunta, parecendo um pouco pálida, o que provavelmente sei o motivo. Eles conseguem ser bem intimidadores às vezes.

- Por favor!

Ela se retira rapidamente e escuto falar algo do outro lado da porta e logo depois o casal imponente e muito elegante se infiltram na minha sala.

- Essa sua funcionária é um amor Walsh - A ruiva se senta na cadeira em frente a minha mesa, com seu marido ao lado - é muito divertido ver a cara assustada que ela bota toda vez que nos encontramos.

Sorrio, pensando o quão má ela consegue ser com May. Ela sempre faz isso.

- Você sabe que a diversão da Valentina é deixar as pessoas com medo, né? - Petrus diz, olhando para ela com um olhar apaixonado - mas enfim, não estamos aqui para falar sobre o quão interessante minha esposa é, mas sim porque precisamos de um favorzinho seu.

Valentina tira um documento da sua bolsa e coloca em cima da minha mesa. O pego rapidamente, e começo a ler o conteúdo do mesmo. E admito que me surpreendo. Nunca pensei que eles fossem fazer algo assim. Adoção não é algo que pessoas como eles estão acostumados a lidar, ainda mais com crianças de fora da família.

- Você pode nos ajudar? - Petrus pergunta, após alguns minutos.

Olho para os dois que parecem ansiosos com a minha resposta. Como se eu fosse negar algo a eles depois de tudo que fizeram para me ajudar. Sem contar que amigos como eles eu não encontro em qualquer lugar. Mesmo não apoiando a forma como eles vivem.

- Vocês ainda tem alguma dúvida? É claro que posso! Em poucos dias ela estará com vocês. - digo, retirando meus óculos de leitura e me encostando na cadeira.

- Não queriamos fazer nada ilegal nesse caso, por isso te procuramos, e também porque queremos saber como sua garota está. Admito que queria muito poder a conhecer. Ela é alguém que merece o meu respeito. - A ruiva sussurra, com um sorriso diabólico no rosto.

- Já te disse que ela não é nada minha. E pode ter certeza, se depender de mim, vocês duas nunca ficarão no mesmo local. Isso não daria certo de forma alguma.

Eles dois se entreolham, como se eu tivesse dito uma mentira muito grande e logo depois sorri balançando a cabeça em uma ligação estranha entre eles.

- Depois não diga que eu não avisei Walsh. Você nunca fez nada fora da lei, e quando faz, não é pouca coisa. E por uma pessoa que você mal conhece - Petrus diz, se levantando - quando você perceber o óbvio, vamos querer conhecer ela.

- Quando tiver resolvido, ligue para nós, estaremos na cidade até o final de semana. Tchauzinho - diz, acenando. Antes de atravessar a porta, volta e solta mais uma de suas ironias - Vocês formariam um belo casal! - E por fim, se retira me deixando pasmo com suas últimas palavras.

Me levanto da minha cadeira, sem acreditar no que ouvi. Isso seria impossível de acontecer. De todas as mulheres na face da terra, Amber não seria a mulher que eu teria um namoro. Mesmo sendo muito linda, fez coisas que eu não aprovo, apesar que não a julgo. Mas acho que me relacionar com ela seria uma loucura completa. E eu estou fugindo de coisas que eu não posso controlar.

Respiro pesadamente pensando no casal que saiu daqui e esquecendo um pouco do que disseram para mim. Me lembro como se fosse hoje do primeiro contato que tive com eles. Foi a 3 anos atrás, quando eu estava praticamente surtando sem saber onde Alicia estava com meu filho recém nascido. E foi justamente eles, dois mafiosos que não tinham absolutamente nada a ver com a história que me ajudaram. Desde então, viramos amigos e a mesma coisa que fiz com Amber, eles fizeram comigo: Confiaram. E é por isso que não me arrependo de nada. Até as piores pessoas podem ser boas. Eu acredito nisso.

(...)

Assim que entro no meu prédio, vejo quando alguns vizinhos olham na minha direção e desviam o olhar logo em seguida. Percebi que não conseguem nem mesmo dirigir a palavra para mim e isso não me deixa nem um pouco mal. Nunca gostei deles mesmo.

Vou para o elevador e subo rapidamente para meu apartamento, ansiando para saber como as coisas estão. Ana não me ligou para dizer nada e isso no fundo me deixou nervoso. Não sei o que pode ter acontecido.

Assim que chego em frente a porta, respiro profundamente e a abro.

Logo de cara vejo Ana sentada com Ian no tapete que coloquei para ele brincar na sala. Meu filho solta uma gargalhada muito gostosa logo depois que ela diz algo para ele, o que faz meu mundo se iluminar um pouco mais. Acho que minha vida sem esse garoto seria horrível.

Assim que ambos me notam, o primeiro a se levantar e vim em passinhos lentos com os braços levantados é Ian. O sorriso que ele me dá é a coisa mais bela do mundo todo.

- Papaaaai! Que saudade - diz, jogando seus braços gordinhos ao redor do meu pescoço, assim que o pego.

Dou um beijo em sua bochecha, querendo apertar muito ele todo.

- Também estava com saudades, campeão!

Me viro na direção de Ana, que está sorrindo, olhando nossa interação.

- Você viu a minha hóspede hoje?

- Não senhor. Eu pensei em ir até o quarto dela, mas fiquei com um pouco de medo, então, optei por ficar na minha. Acho que ela não comeu nada ainda.

Ao ouvir suas palavras, fico preocupado, porque pela hora, faz muito tempo. Que porra! Não pensei que ela fosse agir dessa forma. Mas provavelmente ela ficou receosa de sair sem conhecer as pessoas. Eu sou um idiota. Deveria ter voltado antes para apresentar ela.

- Ok Ana. Você está liberada, deixa que daqui eu sigo com ele. Obrigado - falo, me afastando da sala e indo em direção ao quarto de Amber.

Me aproximo da porta e bato a chamando. Não obtive resposta. Quando vou chamar novamente, meu filho me imita e faz o mesmo, batendo levemente com suas mãozinhas. Isso me deixa sorrindo como um bobo.

Antes que eu tente pela terceira vez, ela abre a porta, me dando a visão do seu corpo com aquela merda de saia de pregas. Engulo em seco, ao ver suas pernas, que mesmo sem querer, não tem como negar que são lindas. Subo meus olhos um pouco mais e vejo que ela está usando um dos suéteres que combinou perfeitamente.

Ela está parecendo alguém bem mais jovem e com certeza, muito sexy.

- Se você não tivesse com esse bebê lindo nos braços, com toda certeza já estaria no chão. Para de me olhar dessa forma! É irritante! - fala um pouco mais alto, me tirando do meu transe ridículo.

- Huh, me desculpe - tento não focar meus olhos nela, mas é impossível demais. Ela é linda, e nessa roupa, ficou perfeita - Eu vim saber porque você não saiu para comer... Já está tarde, não é possível que você ficou o dia inteiro sem ingerir nada.

- Plincesa! Quem é papai?

Meu filho chama minha atenção ao falar apontando para ela. Mais uma vez, fico sem reação. Ele realmente a chamou de princesa? Porra, isso só piora.

- É uma amiga do papai filho... Amber.

Assim que termino de falar, ele volta seus lindos olhos para ela e sorri.

- Oiiii - diz, dando um chauzinho com a mão para ela.

Seu sorriso inocente e bem animado na direção dela, me faz voltar a olhar para ela, somente para ver qual vai ser sua reação. E me surpreendo mais uma vez.

- Oi bebê... - sussurra, se aproximando, com um sorriso singelo no rosto, pegando na mãozinha dele.

- Ian - falo, ainda um pouco bêbado com essa situação.

- Que nome lindo! Combina perfeitamente com um príncipe.

Meu filho gosta do que escuta e solta uma gargalhada gostosa de ouvir.

Os olhos dela parecem brilhar um pouco mais com essa resposta dele, o que automaticamente me deixa mais calmo. Acho que realmente não errei em confiar nela. É nítido que ela nunca teria coragem de o machucar.

(...)

Depois de ter apresentado os dois, finalmente consigo a trazer até a cozinha.

Coloco meu filho na cadeirinha e vou até a geladeira verificar o que tem para fazer para o jantar. Sinto o olhar dela me seguindo o tempo todo. Fico tenso, mas tento não demonstrar.

- Você ainda não me disse se ficou esse tempo todo sem comer...

Ela suspira profundamente, chamando a minha atenção. Me viro para a encarar.

- Essa casa não é minha. Preferi ficar no meu quarto e esperar meu advogado se lembrar que eu existo e preciso comer - diz, exalando ironia na voz - E também, estou acostumada a passar horas sem comer, não foi um sacrifício.

Meu filho fala alguma palavra desconexa e joga um brinquedo de borracha nela, o que me faz ficar um pouco receoso e esperando sua reação novamente. Me surpreendo mais uma vez ao vê-la se aproximar dele, sorrindo e falando algo no ouvido dele que o faz gargalhar novamente.

Puta. Que. Pariu!

Eu vou enlouquecer se continuar vendo isso.

Me viro, pegando alguns ingredientes para fazer uma macarronada. E depois de alguns longos minutos, me lembro que não dei uma resposta para o que ela falou. Fiquei completamente perdido depois da cena que vi.

- Amanhã eu vou oficialmente te apresentar a babá, e quero que você se sinta à vontade para ficar fora do seu quarto. Me desculpe por não ter feito antes.

- Você tem uma coisa com desculpas, né? É irritante. Tudo em você é.

Me viro para olhar para ela e a responder, mas quando a vejo interagindo com Ian como se o conhecesse a muito tempo tudo some. E o que mais me surpreende é o fato dele não estranhar a presença dela.

Prefiro não responder e nem pensar muito no que vi. Volto a me concentrar na preparação da comida sentindo que as coisas vão mudar. Na verdade, já estão.

E perceber isso me faz questionar tantas coisas, mas o que me choca, é que em nenhum momento eu cogito a possibilidade de ter errado ao trazê-la para cá. Isso é preocupante pra caralho.


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