Sob a influência do amor

By silvis_januario1985

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"Qualquer coisa que possa ocorrer mal, ocorrerá mal, no pior momento possível." Essa composição quase poétic... More

Capítulo 1 - Desgraça Pouca é Bobagem.
Capítulo 3 - Voltando pra Anchieta, Quando Te Conheci.
Capítulo 4 - Casos de Família.
Capítulo 5 - Sinais de Um Novo Amor.
Capítulo 6 - Loucura, Loucura, Loucura.
Capítulo 7 - Inesquecível.
Capítulo 8 - Ciúme e Problemas.
Capítulo 9 - Quem é Bóris Monte Belo?
Capítulo 10 - Mais um susto.
Capítulo 11 - Tudo o que eu faço é pensar em você.
Capítulo 12 - Minha Garota É Uma Monte Belo.
Capítulo 13 - Conversa Franca
Capítulo 14 - Verdades Secretas.
Capítulo 15 - Mais Verdades A Serem Reveladas.
Capítulo 16 - Novas Amizades e Um Reencontro.
Capítulo 17 - Rumos Tomados.
Capítulo Final - Meu Destino Sempre Foi Você

Capítulo 2 - Depois da Humilhação, Vem Os Amigos.

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By silvis_januario1985


Eu acredito que qualquer pessoa que estivesse em meu lugar, teria um ataque de fúria e partiria pra cima das duas. Não é? Principalmente depois do discurso que eu imaginei sobre o caso Henrique e Pedro.

Mas eu, como idiota que sou, fiquei parada feito dois de paus, enquanto a desconhecida tentava se cobrir com o lençol e Mônica se recompunha. Ela se recompôs com tudo. Me destruindo por dentro e por fora. Não antes, de eu ter feito a pergunta que culminou numa sucessão de humilhações por parte dela:

-- Por quê? – Nem sei como eu consegui fazer a pergunta, pois chorava mais do que bebê quando está com fome.

-- Por quê? Ora! Você não sabe? – Perguntou toda sarcástica e eu percebi em seu tom de voz.

-- Não sei e gostaria de saber.

-- Bom... Para começar, sou uma mulher insaciável e você nunca deu conta de mim na cama.

-- O quê? – As lágrimas agora eram de pura indignação.

-- Se você tivesse o meu pique, eu não precisaria procurar fora. Mas não é apenas isso os motivos de minhas traições.

"Minhas traições" – Cabeça tentando processar.

-- Além de você não ser boa o suficiente pra mim. No início até que era legal, pois era tudo novidade. Depois eu cansei.

-- Era só ter terminado comigo.

-- E perder a chance de começar a trabalhar com seu pai? Capaz!

-- Então era isso?! Ter um emprego garantido no haras do meu pai.

-- Óbvio. Já estava vendo uma faculdade em uma cidade vizinha de Anchieta, acho que se chama Rio das Águas. Aí seria muito mais fácil pra mim: trabalhava com seu pai durante o dia, faculdade à noite, cidade nova, mulheres novas...

-- Você é sórdida!

-- Sou esperta. Todo mundo precisa de um "degrau" pra subir na vida. Os que não precisam ou são ricos ou são idiotas que tentam vencer honestamente.

-- E agora que foi descoberta e perdeu a sua grande chance. O que fará?

-- Todo mundo precisa de um plano B e eu não sou diferente. – Olhou pra "garota sem nome" e pediu pra ela ir até a sala.

Eu não entendia. Estou rodeada de pessoas interesseiras direta ou indiretamente? Puxa vida! Que "sorte" que eu tenho.

-- Qual é o seu "plano B"?

-- Acabei de comê-la aqui, na sua cama. Filha de grande fazendeiro goiano que está expandindo seus negócios por aqui. Quer abrir uma clínica veterinária em Sampa e comprou uma fazenda em Ribeirão Preto. Sou sortuda ou não sou?

Depois dessa é que eu fui reagir. Dei um belo tapa na cara dela e disse umas verdades:

-- Você não passa de uma vendida. Uma pessoa sem caráter, sem escrúpulos, capaz de fazer tudo pra subir na vida. Até a pisar nos sentimentos dos outros. Tenho nojo de você.

-- Então estamos quites, baby. Eu também tenho nojo de você e nem é pelo seu caráter puro demais. É porque na cama você não passa de uma "sem sal", saca? Eu odiava ir pra cama contigo, mas tinha que fazer. Sabe como é a obrigação da namorada perfeita aqui. Odiava ter que te tocar e odiava mais ainda quando você me tocava. Eu até pensei em te ajudar a como transar de verdade, mas preferi ocupar meu tempo satisfazendo outras mulheres e elas me satisfaziam muito. Coisa que você fez vez ou outra. Nem me lembro da última vez que gozei em seus braços. Um conselho de mulher pra mulher: dê um jeito de mudar o seu jeito na cama, senão vai acabar sozinha. As mulheres hoje em dia são muito exigentes.

Enquanto ela falava essas coisas, eu só chorava e ficava imóvel a cada palavra ofensiva que disparava. Sem contar que ela se vestiu em tempo recorde. Quando eu vi, já estava na porta do quarto olhando pra mim com aquele olhar maldoso e um sorriso divertido. Só pra dar seu golpe de misericórdia.

-- Sabe por que eu trouxe a Katarina aqui? Para ter o gostinho de trepar com alguém na sua cama. Também para saber como é gozar e fazer alguém gozar aqui sabendo que eu... Faz tempo, viu?! E, claro, para me preparar. Já que hoje eu teria que te aguentar por um bom tempo, já que era nosso aniversário de namoro. Quantos anos? Ah! Três malditos anos.

E saiu, rindo de mim, da situação. E ainda pude ouvir daqui do quarto ela falando na sala:

-- Pronto, baby. Liberada pra sempre. Vamos sair daqui, já que nos atrapalharam e eu mal comecei com você..

Depois disso, só consegui desabar no chão e chorar mais ainda. Meu celular tocava e eu nem aí pra ele. Quase o mandei pro Inferno, literalmente. Eu estava arrasada, humilhada, destruída.

Como nós nos enganamos com as pessoas. Três anos com uma mulher que estava comigo por interesse profissional, que traiu os meus sentimentos sem um pingo de remorso e ainda acha bonito tal atitude. Pessoas como ela, Pedro e Roger se merecem.


                                                                           –––––//–––––


Depois de umas duas horas, acordei no chão toda descabelada, maquiagem borrada pelo meu choro convulsivo e na companhia de meus grandes amigos: Douglas e Lizandra.

-- Gata, liguei pra você milhões de vezes, mensagens por sms, whatsapp... Só vim aqui pra ter certeza que não aconteceu nada, mas vejo que passou um furacão nesse quarto e na sua cara. – Douglas, o engraçadinho.

-- Sério, Didi. Quando o Doug me ligou dizendo que não sabia de você e que não atendia o celular... Corri pra cá também. – Lizandra, a mais centrada do trio.

Conheci os dois na faculdade e desde então, grude total. Douglas é formado em Administração e trabalha em uma multinacional. Já Lizandra ainda não se formou, ela cursa Medicina e teve que trancar o curso duas vezes para cuidar da mãe doente. Hoje, ela estagia numa clínica particular e a mãe dela faz tratamento lá. Ela teve câncer de mama e está fazendo tratamento pós-operatório lá.

Os dois são meu porto seguro, fora o meu pai. E eu sei qual será a reação dos dois quando souberem o que aconteceu aqui. Doug vai "soltar a pomba–gira" que há dentro dele e querer ir atrás da Mônica. Já a Lizzy, preferirá uma "vingança á altura".

-- O que aconteceu aqui... Mônica e eu terminamos.

-- Ah! Mas não era sem tempo pra aquela pistoleira sair da sua vida. – Douglas dando pitaco, ele nunca gostou dela.

-- E aí você chorou horrores por isso. Não foi? – Lizandra sendo mais sensata.

-- Sim. Mas o choro foi mais pela traição.

-- Que traição? – Os dois perguntaram juntos.

-- Peguei Mônica entre as pernas de uma vagabunda aqui, nesta cama.

-- Mas que cachorra! Vamos agora atrás dessa biscate e ela verá o que eu farei com aquele rostinho bonito. – Douglas querendo "justiça com as próprias mãos". Cômico, né?

-- Negativo. Temos que descobrir onde ela estará hoje e irmos ao mesmo local. Só que com você muito bem acompanhada. Uma mulher estonteante. – Lizandra é mais no "olho por olho, dente por dente".

Eu não disse? Já sabia o que eles querem aprontar... E eu só quero dormir pra sempre e esquecer esse dia.

-- Falando sério agora. Acho que você deve sair daqui. Respirar novos ares. – Lizzy deu esta opção.

-- Isso! Eu sairei de férias em dois dias. Você pode pedir uns dias de folga lá na agência e viajamos. Que tal a sua cidade? Assim você revê o seu pai. – Douglas disse.

-- Além da namorada, eu perdi o emprego.

-- Como assim? – Lizandra perguntou.

-- Eu sabia que os seus atrasos não acabariam bem. – Eu amo e odeio a sinceridade do Douglas.

-- A agência quebrou. Todo mundo foi mandado embora.

-- Nossa! E como você fica agora?

-- Dependo do dinheiro que eu receber. Vou seguir a sua sugestão e voltar para minha cidade, só que de vez. Esquecer São Paulo. Vou ficar com o meu pai.

-- Acho uma boa ideia. Mas não esquece dos amigos, viu?

-- Lizzy, por que você não vai também?

-- Didi, tenho que cuidar da minha mãe. Se eu depender do idiota do meu irmão, já era.

-- Pelo menos, um final de semana...

-- Só vou esperar minha mãe melhorar um pouco, tá?

-- Gente, estou com fome. Que tal uma pizza? – Douglas querendo alimentar a "anaconda" que há dentro dele.

-- Pode ser, mas não aqui. Vamos pra tua casa, Doug? Não quero dormir aqui.

-- Seu desejo é quase uma ordem. Só aceito porque você é um trapo humano.

E fomos à casa do meu amigo saborear uma das melhores pizzas da cidade.

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