Deixando aqui dois links de música, que são citadas no final do capítulo.
Simply Red - Ev'ry Time We Say Goodbye.
https://www.youtube.com/watch?v=U72iffShLT8
Simply Red - The Air That I Breathe.
https://www.youtube.com/watch?v=H4sJw2sJXoI
Então esse era o famoso Bóris Monte Belo. E não é que o homem é um tipão? Cabelos levemente grisalhos, alto, porte atlético e um sorriso bem simpático. Estendi o braço e nos cumprimentamos. Ele emendou.
– Estava ansiosa pra te reencontrar.
– Me reencontrar?
– Hoje será o dia em que saberás muita coisa.
– E por que eu iria acreditar em você?
– Se você está aqui é porque eu tenho algum crédito. Venha comigo até o escritório.
Passei a segui-lo silenciosamente até o escritório. Quando entrei, percebi que era muito a cara dele. Todo em cinza e preto com alguns detalhes em branco. Ele fez sinal para que eu sentasse, foi até o bar e perguntou.
– Gostaria de uma bebida?
– Não, obrigada.
– Fique à vontade para pegar, pois vai precisar.
Ele sentou-se no sofá ao meu lado e cruzou as pernas elegantemente. Aproveitei para perguntar.
– De onde me conhece? Não me lembro de você.
– Bom, como eu disse, está na hora de você saber algumas coisas.
– Que coisas? – Perguntei ansiosa e intrigada.
– Acho que seu pai não falou que nos conhecemos desde a adolescência. Contou?
Como assim? Meu pai e o Bóris se conhecem há uns 20 ou 30 anos? Claro que estou pretérita com isso.
– Não. Ele nunca contou.
– Eu pensei que meus pais fossem pessoas de bem e que não iriam se opor, caso eu assumisse a minha homossexualidade. Acontece que eles vivem de aparências e acabaram me expulsando de casa. Ainda bradam aos quatro ventos que meu irmão é melhor que eu.
– E o que o meu pai tem a ver com isso?
– Ele me ajudou. Antes dos seus avós se mudarem para a Argentina, me deram abrigo e ajudaram com os estudos.
– E como retribuição, você quer tomar o haras da minha família? – Perguntei sarcasticamente.
– Eu chegarei lá ainda. – Também me respondeu sarcasticamente. – Eu e seu pai éramos muito amigos. Inclusive, ele me ajudou bastante na adoção da Aretha e do Marvin. Até a sua mãe ajudou muito.
– Prefiro não falar sobre ela.
– Mas tem algo que precisa saber sobre ela. Afinal de contas, ela é a principal causadora do fim da minha amizade com seu pai.
– O que sabe sobre a fuga dela? Tem a ver com isso?
– Vamos por partes. Também tem a ver com isso. – Ele tomou um gole generoso do whisky e voltou ao bar, pegando a garrafa e deixando na mesa de centro. – Eu adotei os meninos quando eles tinham 10 anos. Você tinha uns 5 ou 6 anos e sua mãe já tinha ido embora na época. Eu estava começando a colocar meu nome na escala dos empresários mais influentes graças ao nome da minha família. Fiz péssimos negócios na época e ainda coloquei dois bandidos em minha casa que fizeram aquela barbaridade com a minha menina.
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Sob a influência do amor
Romance"Qualquer coisa que possa ocorrer mal, ocorrerá mal, no pior momento possível." Essa composição quase poética baseado na Lei de Murphy, seria a atual situação na vida de Diana. Tudo que não poderia acontecer em um dia, ocorreu: Foi demitida, assedi...