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"Eu acho que você é muito mais afetado por esse mundo do que admite, você quer controlar ao invés de se deixar ser controlado. Sabe, as coisas inevitáveis da vida te deixam incomodado" - Harry falou para Louis, que estava deitado no sofá em frente ao cacheado, em uma das conversas que teve no primeiro mês de namoro. O de olhos verdes poderia ser aspirante a psicólogo com toda essa análise sobre o híbrido. Louis deu um sorrisinho de lado e se sentou no sofá olhando para Harry.
"Alguns dizem que a morte é inevitável, e eu estou aqui, com mais de duzentos anos, bebendo meu grande whisky enquanto o meu príncipe de lindos olhos verdes está aí sentado lindo na minha frente. Eu sou um perfeito símbolo de saúde e vitalidade, eu sou dono do meu destino, eu conquistei até a morte" - Respondeu Louis.
"Viu. É disso que estou falando, você fala de forma natural sobre a morte, como se não fosse nada para você, mas é sim. Seja a sua morte ou de outras pessoas" - Harry rebateu falando calmamente.
"Então por trás da ironia diabólica e de tanto charme, o Louis Tomlinson, carrega o peso de um profundo trauma psicológico sobre a morte" - Continuou Louis ficando mais sério - "O que eu sei sobre a morte é o seguinte, ela dança silenciosamente nas sombras de todo mundo e ela não se importa. Então, por que eu vou me importar com ela?"
"Você se importa. Porque você vive no meio de imortais, se não é para evitar a dor da perda" - Louis desviou o olhar e bebeu um pouco da bebida alcoólica em suas mãos. Harry deu uma risada curta com isso - "Você discorda, ok. Tomara que demore para você ver que eu estou certo" - Harry terminou de falar e Louis continuou com o sorrisinho de lado olhando para ele.
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(....)
Quando o dia amanhece, o céu está nublado, com as nuvens em tons de cinza e o tempo mais frio. Louis acorda feliz e vê Harry deitado ao seu lado de costas para ele. Louis ergue sua mão e faz carinho em seu pescoço e sente um líquido. Franze as sobrancelhas. Quando ele olha sua mão vê que está com sangue, Tomlinson se assusta e vira Harry para o seu lado, vendo sua garganta cortada e que ele está morto.
— Não, não, não, não - Murmura desesperado e em pânico pegando o corpo e o abraçando — NÃO! - Grita tão alto que sua garganta dói.
O corpo morto de Harry continua na cama. E Louis está desesperado, destruindo o quarto inteiro enquanto chora sentindo uma dor imensurável. Quebra a mesa que havia no meio do quarto e joga a cadeira de madeira na parede quebrando ela em vários pedaços. Gritando enquanto suas lágrimas escorriam pelo seu rosto, demonstrando toda a sua dor que nunca pensou que sentiria algum dia.
Se senta no chão e esconde seu rosto entre as mãos chorando desesperadamente, sentindo uma dor muito forte no peito. Respira fundo tentando se acalmar e se levanta, e anda lentamente de volta para cama. Volta a chorar baixinho pegando o corpo de Harry em seus braços.
De repente a garganta cortada de Harry se cura e ele acorda respirando pesadamente, o ar voltando para seus pulmões. Ele olha confuso para Louis, vendo seu rosto molhado devido às lágrimas.
— Louis - Diz respirando fundo.
Louis ajuda Harry a se sentar na ponta da cama e coloca um cobertor por cima de seus ombros, e fica em pé de frente para o cacheado.
— Me conta o que que aconteceu - Pede Louis. Harry, que estava de cabeça baixa, levanta lentamente a cabeça e olha para o híbrido totalmente sério.
— Genevieve.
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No dia anterior....
Finalmente o grande dia de sua vingança chegou. Genevieve planejava esse dia a vários meses. Desde o dia que soube que o caçador não terminou o trabalho e que Louis quase a matou, seu ódio e sua raiva aumentaram de forma imensurável. Sua ira não teve tamanho quando Mark também não conseguiu acabar com aquele maldito híbrido e quando descobriu que o caçador que contratou acabou se apaixonando e namorando o homem que queria ver morto.
Sabendo que não conseguiria matar Louis, a bruxa jurou prejudicar ele de alguma forma. Como Tomlinson tirou a família dela. Então decide tirar alguém que ele ama.
Ela transformaria Harry em vampiro. Sabendo que o caçador odeia essa espécie, ele nunca aceitaria virar um. E mesmo que aceitasse virar um vampiro, Harry mudaria, e o humano pelo qual Louis se apaixonou, não existiria mais.
Mas para isso ela precisava de um vampiro. Então decide se transformar em uma vampira, não confiava em mais ninguém para pôr o seu plano em ação. Obviamente com isso perderia seus poderes de bruxa, mas era um pequeno preço a se pagar para conseguir o que quer. Louis sofrendo por perder alguém que ama.
Para conseguir virar uma vampira era simples. Ela precisa consumir sangue de vampiro, e depois morrer dentro de vinte e quatro horas de sua ingestão antes que o sangue possa sair do seu sistema. Depois, ela acordara várias horas depois como uma humana morta-viva em transição para se tornar uma vampira. Para completar a transição, ela deve consumir uma quantidade significativa de sangue humano, senão morrerá dentro de um dia.
Quando enfim Genevieve virou uma vampira, ela passa a vigiar Harry todos os dias, sua rotina e tudo que fazia. Sabendo que o cacheado estava sem verbena em seu organismo, viu o dia perfeito para fazer o que tinha planejado. E antes de Styles chegar ao lugar para comprar a verbena, aproveitando a rua vazia que o ex-caçador passava, a agora vampira se aproxima de Harry, tampa a boca dele e usando sua super velocidade e super força sai daquele lugar levando ele para um beco atrás da rua deserta.
Antes que o cacheado possa ter alguma reação, Genevieve arranca o colar, que contém verbena, que Harry usava.
— Fica quieto - A ruiva diz, olhando para os olhos verdes, compelindo ele — Essa noite, quando você tiver mais um momento feliz com Louis, você vai me fazer um favor. Vai beber o meu sangue - Entrega um frasco de vidro pequeno contendo seu sangue dentro para Harry — E vai cortar a própria garganta até morrer em silêncio. Você vai querer gritar, mas não vai fazer barulho.
Termina de falar e coloca o colar de volta no pescoço de Harry. Desaparecendo do local logo em seguida.
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Quando Harry terminou de contar a Louis que Genevieve o compeliu, seus olhos verdes estavam cheios de lágrimas. E o híbrido ao mesmo tempo que está aliviado e feliz que Styles esteja vivo, está com muito ódio da ruiva.
— Ela fez isso comigo - Diz Harry atônito — Eu morri. Eu estou morto - Termina a fala chorando.
— Você não vai continuar morto - Responde Louis com a voz calma.
O híbrido não vai deixar Genevieve escapar ilesa disso. Ele está com muita raiva dela e dele mesmo ao mesmo tempo, por não ter a matado quando teve a chance e por não ter conseguido proteger Harry. Louis vai ajudar o mais novo a passar pela transição.
— E ela vai pagar pelo o que ela fez com você. Eu prometo - Continua ele com raiva.
Harry, como é um vampiro em transição, está com dor e muita sede de sangue. O seu corpo realmente anseia por sangue humano. E também como os vampiros têm as emoções melhoradas e ampliadas, ele está uma bagunça emocional, e seus sentimentos e pensamentos estão em todo o lugar.
— O que está acontecendo? - Pergunta Harry gemendo de dor.
— É a transição. Você precisa beber sangue. E rápido, tá? Ou você vai morrer de novo e não terá volta.
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Harry vai para o banheiro e começa a tirar seu pijama sujo de seu próprio sangue. Com as mãos tremendo abre o chuveiro deixando a água cair sobre seu corpo. Chora baixinho enquanto passa as mãos pelo pescoço limpando o sangue seco na pele alva. Olha para baixo, deixando a água cair na sua nuca, e vê o sangue se misturar com a água indo direto para o ralo.
Quando termina o banho sai do banheiro vestindo uma roupa limpa, e vê Louis, também vestido com uma roupa limpa já que sujou seu pijama de sangue, em pé no quarto esperando por ele.
Vai andando para perto do híbrido e se incomoda com a luz do sol vinda da janela e também com o barulho da rua, que está tocando música em algum lugar.
— Está claro demais - Reclama gemendo de dor. "Você se acostuma" responde Louis — Por que essa música está tão alta? Por que tá tudo doendo tanto?
— Quando você beber sangue seus sentidos aguçados vão deixar de incomodar e vão ficar eufóricos - Responde Louis calmamente com um sorrisinho de canto para lhe confortar.
Harry franze as sobrancelhas. Ele não quer isso. Odeia o que está sentindo e o que aconteceu.
— Você acha que eu vou aceitar? - Fala com amargura na voz. Gemendo de dor se senta na cama. E Louis desfaz o sorrisinho na hora — Beber sangue humano. Mas é claro eu quis ficar com você, ficar aqui, mesmo sabendo que são vampiros. O que mais podia acontecer? Isso só podia acabar de um jeito. Eu mereço isso.
— Ninguém merece isso. A não ser que escolha. E alguns não têm escolha. Nós temos que sobreviver a tudo o que acontece.
— Mas eu ainda tenho escolha. Eu posso não beber sangue.
Harry se levanta da cama devagar e lembra dos seus pais. Está sentindo muita saudades deles nesse momento. E lembra também como eles tinham fé em Deus, apesar de nunca ter entendido como eles viam conforto nisso. Seus pais só queriam vê-lo feliz, eles não mereciam o fim que teve. E sua família foi destruída depois dessa tragédia.
— Sabe, eu nunca entendi bem o conforto que a fé trazia. Mas eu queria acreditar em vida após a morte - Continua Harry, suas costas curvadas devido a dor que está sentindo.
— Eu diria que vampirismo é por definição uma nova vida - Responde Louis, sua voz saindo calma olhando para os olhos verdes.
— De que tipo, Louis? Céu ou inferno? - Suas sobrancelhas estão franzidas, com lágrimas em seus olhos.
— Quanto mais esperar, mais vai sofrer - Diz quando Harry, mais uma vez, geme de dor se apoiando na mesa de cabeceira.
— Não.... Acho melhor desse jeito. Sabe, olha para mim - Harry tenta sorrir, apontando para si próprio — Eu vou ficar um cadáver bonito, né. Perfeito para caixão aberto - "Chega" pede Louis, mas Harry continua — Eu quero que meu velório seja épico, com bebidas, música e ninguém chorando. Se não, eu vou voltar para assombrar....
— Para com isso! - Grita Louis interrompendo Harry, fazendo ele se assustar, não aguentando mais as falas mórbidas dele. Solta um suspiro e vai andando na direção do cacheado — Eu não vou mais tolerar esse tipo de conversa. Beba o sangue - Coloca um frasco contendo sangue humano nas mãos de Harry, e olha no fundo dos olhos verdes — Eu preciso de você.
Harry olha para o frasco em sua mão e joga ele no chão, cambaleando para o lado devido a dor em seu corpo, quebrando ele e fazendo o sangue se espalhar no chão.
— Essa não é a sua vida, é a minha. Eu gosto de quem eu sou. E se eu virar um vampiro, eu não sei quem eu vou ser. Eu não sei quem eu vou ser - Responde, sua voz saiu firme.
— Mas eu sei. Vai ser uma extensão da pessoa que você já é. Você vai ser forte, compreensivo e corajoso.
— Não! Você não me conhece. Você acha que me conhece, mas não conhece. Tem escuridão dentro de todo mundo, Louis. E se a minha aparecer? - Harry está uma bagunça emocional, ele altera o tom de voz aumentando ela.
— Eu não vou deixar - Responde calmo, mas com firmeza em sua voz, ao contrário do cacheado.
— Você mal controla a sua própria escuridão. É melhor eu morrer com orgulho de quem eu sou do que viver como alguém que eu detesto.
— Não! É muito melhor viver uma vida com falhas do que apodrecer na terra! - Grita se exaltando. Se aproxima ainda mais de Harry e continua, agora sua voz calma e firme — E não vai ser assim. Não com você.
— Olha, escuta - Harry coloca sua mão no rosto de Louis e olha nos olhos azuis brilhantes devido às lágrimas, sua voz mais calma, mas firme — Eu não quero sangue, entendeu? Você pode respeitar isso ou vamos passar as últimas horas que temos juntos gritando à toa.
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— Como ele está? - Pergunta Lottie se referindo a Harry, os dois irmãos estão na sala de estar, enquanto o cacheado continua no quarto do híbrido.
— Ele acabou de ressuscitar, assim que ele se alimentar vai se sentir melhor - Responde Louis com sua voz saindo calma, mas assim que pensa em Genevieve, um ódio imensurável toma seu corpo, e continua com raiva em seus olhos e sua voz — Enquanto isso, esse ataque precisa de resposta. Minha retaliação tem que ser rápida e tem que ser brutal.
— Concordo - Responde, e vendo seu irmão andando na direção a saída, pega em seu braço o impedindo — Não, fique! Ele precisa de você.
— Você está me escondendo algo - Afirma vendo um vislumbre de hesitação nos olhos da irmã.
— Temos outro problema.... Niall ligou, Genevieve foi atrás dele. Mas disse que conseguiu pará-la.
Louis sobe as escadas com raiva e pega uma bolsa de sangue humano. Quando chega no corredor que leva ao seu quarto vê Harry saindo dele. Pega no braço do cacheado com firmeza e leva ele de volta para o quarto.
— Quer me largar!? - Harry diz bravo franzindo as sobrancelhas.
— Eu acho que eu não tenho tempo para ser delicado - Responde com o mesmo tom de voz do cacheado, o soltando e colocando a bolsa de sangue na cama — Eu tô indo salvar Niall, e acabar com Genevieve. E eu não posso ir para guerra preocupado com você. E eu não vou nem pensar em deixar você morrer.
— Você não tem esse direito - Fala mais calmo, mas com firmeza em sua voz. E Louis respira fundo.
— Eu vou voltar antes que o tempo acabe, e até lá se a dor aumentar muito, eu sugiro que você pare com essa besteira toda e se alimente - Aponta para a bolsa em sua cama e Harry olha para ela — Tipo O negativo, tem um gosto de cobra no final, mas acredite, você vai gostar.
Louis vai em direção a porta e pega as chaves dela, e Harry fala com desespero em sua face:
— Isso é o mesmo que ser forçado a beber.... LOUIS! - Grita para ele se virar na sua direção. E quando ele se vira olhando em sua direção, acalma a voz e continua — Se você se importa comigo, não faça isso.... Eu nunca vou te perdoar.
— Eu vou correr o risco de você nunca me perdoar.... Porque eu não vou me perdoar se você morrer.
Louis sai do quarto e tranca a porta com Harry lá dentro. Desce as escadas e escuta o grito do cacheado enquanto isso. E encontra Lottie novamente na sala.
— Irmão, é melhor você ficar.
— Acho que ele não quer minha companhia nesse momento - Responde Louis e coloca as chaves na mão da irmã.
— De a ele a dignidade de escolher.... Se forçar, vai perdê-lo para sempre.
— Eu não vou deixar ele morrer.
— Se você gosta dele, vai deixá-lo escolher - Lottie diz olhando fundo para os olhos azuis do irmão. E ele solta um suspiro, ficando alguns segundos em silêncio.
— Chame Gemma.... Abre a porta, deixe os dois conversarem.... Agora, tenho uma ex-bruxa para encontrar.
Trinta minutos depois, Louis chega na casa de Niall. O bruxo abre a porta para ele, e diz:
— Dei verbena a ela, está fraca e amarrada em uma cadeira. Pode ir lá, está na sala de estar.
Louis então se encaminha para a sala, e Genevieve abre um sorriso fraco em seu rosto ao vê-lo.
— Você deve ter ficado surpreso quando viu seu pai vivo há alguns meses, não é?.... E você não se perguntou como ele voltou? - A voz dela falhou algumas vezes, mas o sorrisinho permanece em sua face, aumentando ele logo em seguida quando vê o maxilar do híbrido travar — Ora, fui eu.... Eu ressuscitei Mark.
E então, ela dá uma risada, mesmo que esse seu plano tenha dado errado e não conseguiu vantagem nenhuma com ele, a ex-bruxa se sente feliz vendo o de olhos azuis respirar fundo e fechar sua mão fortemente em um punho.
Mas logo ele volta a ter uma expressão fria em seu rosto e relaxa seu corpo.
— Sabe, eu pensei em esfolar você e usar a sua pele como uma bandeira - Louis diz dando um sorrisinho de lado em seu rosto sem humor nenhum. Seus olhos azuis brilhavam de ódio, uma fúria imensurável toma seu corpo.
Ele se aproxima ainda mais dela, e desamarra os braços dela da cadeira. Mas a vampira está fraca demais para conseguir se levantar.
— E o Harry, como ele está? - Pergunta Genevieve com sua voz falhando, mas com um sorriso em seu rosto vendo Louis respirar fundo e, se fosse possível, o ódio em seus olhos aumentando.
— Você não devia ter voltado.
— Você tirou todos que eu amava, agora tirei alguém importante para você - Fala lentamente, e abre um sorriso ainda maior — Você pode me matar, mas você perdeu aquele humano para sempre.
— Quem disse que eu irei te matar? - Genevieve desfaz o sorriso na hora e arregala os olhos com medo — Vou fazer algo muito pior.
Louis se aproxima e segura o rosto da ruiva com firmeza. E como ela está muito fraca, ele consegue entrar em sua mente. A torturando com lembranças, ele projeta imagens na mente dela. Mostra toda a sua família morrendo.
— Lembra como eu matei cada um deles, bem na sua frente? - Fala Louis com nenhuma emoção em sua voz. Ela grita sentindo a mesma dor que sentiu naquele dia, e o híbrido continua com sua voz saindo calma e fria — Lembra de como eles imploraram pelas suas vidas.... Dos gritos de desespero deles....
— Para! Por favor! - Implora com desespero em sua voz.
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Enquanto isso na mansão dos Tomlinson....
Gemma está desesperada tentando convencer seu irmão a ficar vivo. Harry está sentado no chão, apoiando suas costas na lateral da cama, com sua cabeça baixa sem olhar nos olhos da irmã.
— Eu só tenho você, eu só aguentei todos esses anos, porque eu tenho você. Harry, não me deixe por favor - Fala desesperada sentada na frente dele. E solta um suspiro antes de continuar — Você não vai se tornar um monstro sanguinário só por ter virado um vampiro. Você é uma boa pessoa e vai continuar sendo.... Nossos pais não iam querer vê-lo desistir assim tão fácil, eles iam querer vê-lo lutando - E quando Harry continua com a cabeça baixa, Gemma começa a se exaltar — Olhe para mim, caramba! ... Por que você quer tanto morrer?
Harry finalmente levanta a cabeça mostrando seus olhos verdes cheios de lágrimas, vendo os de sua irmã da mesma forma e suas sobrancelhas franzidas.
— Eu já estou morto.
— Harry, eu estou implorando, não me abandone.... A sua vida é importante. Ela importa para mim, para o Louis. E ela fez a diferença para as vidas humanas que você já salvou das criaturas sobrenaturais.... - Ela respira fundo e depois solta um suspiro pensando no futuro que quer ter com ele — Eu não tô pronta pra te perder agora.... Você tem que ir no meu casamento, e nós possivelmente vamos discutir sobre os arranjos de flores dele.... A gente ainda vai ter muitos e muitos anos pela frente de jantares de aniversários e natais e viagens. Eu quero tudo isso. Eu quero que você viva por mim. Eu sei que é egoísmo, mas.... É a verdade.
— Eu não precisava de um discurso - Responde dando uma risada curta e limpando suas lágrimas que escorriam pelo seu rosto. Ele realmente quer viver isso tudo com ela — Você é a minha irmã, não pode me julgar pelo o que eu escolher.
— É.... Eu não posso. Mas o mundo é melhor com você nele.
— O papai era muito dedicado a fazer o que era certo e ajudar as pessoas - Harry fala nostálgico, e lembra como era bom lutar contra os monstros sobrenaturais — Talvez se eu ficar aqui, posso continuar a fazer o que ele fez.... E se eu for um vampiro, eu vou ter força para fazer a diferença.
Ele olha para a bolsa de sangue em cima da cama e Gemma começa a ter esperança.
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Genevieve abre seus olhos lentamente, e quando seus olhos se acostumam com o ambiente e sua visão para de embaçar, ela percebe o lugar que está.
Dentro de uma parede, sendo murada em uma estrutura de tijolos por Louis.
— Bem vinda ao mundo real, querida - Louis diz quando Genevieve encontra seus olhos azuis, em sua mão tem um tijolo e na outra uma ferramenta para colocar o cimento — Trata-se de uma cortesia de Niall - Continuou quando ela dá um passo para frente tentando sair de lá de dentro e não conseguindo por causa da barreira. Havia barreiras invisíveis em sua frente.
— O que você vai fazer? - Pergunta ela nervosa com seus olhos arregalados.
— Você me fez perceber o monstro que eu fui. Me desculpe por não ter feito isso antes - Fala com raiva em seus olhos, e coloca o tijolo no muro já construído quase pela metade.
— Você não pode me deixar aqui!
— Atrás da parede é o seu lugar - Coloca mais tijolos no muro levantando ele ainda mais.
— Por favor, me mata! Por favor, Louis, me mata! Por favor! - Implora desesperada com lágrimas escorrendo pelo seu rosto.
— Não, eu acho que não. Seria muita misericórdia - Continua ele com sua voz saindo calma e fria novamente. E ela continua implorando "Por favor" com lágrimas nos olhos — Só saiba que fui eu que tirei tudo o que você tinha.... Eu matei todos da sua família, agora você vai ser esquecida. E enquanto estiver dissecando por falta de sangue, lembre do meu rosto. Porque é o último que você vai ver.
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Quando Louis volta para a mansão, ele vai direto para o seu quarto. E quando ele vê que o local está totalmente vazio começa a ficar desesperado.
— Harry! - Grita assustado, de repente ele vê um vulto passar por seus olhos. E um segundo depois, Harry está na sua frente.
Louis acaba com a pequena distância entre eles e o abraça forte. Sentindo os braços do outro em volta de seus ombros. E tudo o que ele pode pensar é que....
"Que estes braços foram feitos para te abraçar"
Ele se acalma instantaneamente ao sentir o corpo do cacheado e por ele estar vivo. Se afasta um pouco e junta seus lábios finos aos dele, dando um beijo desesperado, com vontade e urgência absurda. Como se fosse o primeiro e o último beijo.
O beijo é intenso, suas línguas se misturavam em uma necessidade absurda. As mãos de Harry foram para a cintura dele subindo lentamente até parar na nuca do híbrido. Um beijo afoito que os fazem perder o fôlego.
Algo no fundo da mente de Louis o dizia que esse poderia ser realmente o último beijo.
Isso o faz atacar os lábios cheinhos com ainda mais fervor do que antes, ele o beija como se sua vida dependesse disso. Aproveitando o gosto desses lábios que sempre o levam a loucura.
Depois de um tempo assim, um beijo poderoso e desesperado que parecia que levou uma eternidade, mas ao mesmo tempo que pareceu que só foi alguns segundos, Harry se afasta e diz com firmeza em sua voz:
— Eu não esqueci o que você tentou me fazer. A minha escolha era a única coisa que tinha me restado. E você não tinha o direito de tentar tirá-la de mim.
E sai do quarto logo depois. Antes que Louis possa ir atrás dele, Lottie entra no quarto. Alguns minutos se passam com os dois irmãos conversando sobre o fim de Genevieve, e como será para Harry de agora em diante.
Em seguida, Louis desce as escadas e procura Harry pela casa. Encontrando ele em dos cômodos da mansão.
— Harry.... - Diz se aproximando, o cacheado está sentado no sofá bebendo uma bolsa de sangue humano, com várias delas vazias espalhadas pela mesa de centro.
— Espero que não se importe, eu me alimentei do estoque de sangue dos Tomlinson - Harry fala de um modo frio, sem olhar na direção do outro e colocando a bolsa vazia junto com as outras.
— Como é que foi?
— Eu tenho que admitir ... No início, me senti estranho, o gosto metálico. Mas então, foi como a eletricidade percorrendo meu corpo.... Um milhão de estrelas explodindo em minha mente de uma só vez. É como nada que já senti antes - Ele finalmente olha na direção dos olhos azuis, e se levanta andando lentamente na direção dele — Foi fantástico. E tudo o que posso pensar agora é ... Eu quero fazer novamente - Harry pega na camisa de Louis aproximando seus rostos e dá um sorrisinho, e o outro dá um pequeno sorriso de lado com isso.
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O dia amanheceu mais uma vez. O sol surge no horizonte, Louis entra em seu quarto e encontra ele totalmente vazio, vendo sua cama desarrumada e uma bolsa de sangue humano vazia em cima dela.
Ele desce as escadas e encontra Lottie no escritório da mansão, se aproxima dela e diz irritado:
— Eu posso saber onde é que ele tá?
— Suponho que esteja falando do Harry.... Refresque minha memória, Louis. Fui eu que dei um anel de luz para ele? Ah não, claro! Foi você - Responde calmamente, não se abalando com o nervosismo do irmão.
— Ele fugiu, não fugiu!? - Fala andando de um lado para o outro.
— Que coisa surpreendente. Por que não vai achá-lo!?
— Ele saiu ao amanhecer - Niall fala entrando no escritório, tinha passado a noite na mansão, por ter feito o encantamento para o anel de luz do Sol para Harry — Eu tive insônia, eu vi quando ele saiu, então.... Bem, eu queria saber se eu posso ficar aqui por alguns dias. Genevieve tinha destruído boa parte da minha casa.
— É claro que pode - Responde Lottie com carinho, e sai do escritório logo depois quando seu celular toca.
— Niall, essa família vem com muitos e muitos problemas - Começa Louis com a voz calma se aproximando do bruxo — Mas também tem um benefício.... Aqui sempre pode ser sua casa.
— Não é só pela minha casa que peço isso.... Minha sensação ruim ainda não foi embora.
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Harry entra em um bar e anda lentamente para perto da bancada onde está a bartender, vendo várias pessoas em pé ou sentadas nos bancos do lugar.
— Harry! - Diz a bartender surpresa quando vê ele, já que o cacheado era um cliente assíduo do local — Nossa você está ótimo!
— Pois é, eu me sinto ótimo - Responde calmamente e com confiança. De repente um homem se aproxima da bancada para falar com a bartender.
— Aí, eu quero quatro doses de tequila e capricha no rebolado, hem.
A mulher de cabelos loiros pega a bebida visivelmente incomodada. E Harry se irrita com a fala do homem.
— Que legal, isso é um trabalho, sabia? - O cacheado fala olhando para o homem.
— Ah é? E você, meu amor também trabalha? - Responde o homem sorrindo e Harry dá um pequeno sorriso sem humor nenhum.
— Claro! Na verdade.... - Diz calmamente se aproximando dele e segurando em seu ombro — O meu trabalho é resistir à vontade de cortar a sua garganta com os meus dentes - O homem franziu as sobrancelhas e Harry dá uma risada curta, e olhando nos olhos dele o compeli — Você vai achar um banco, vai sacar todo o seu limite diário e dar aquela bela garçonete a maior gorjeta que ela já viu na vida.... Depois você vai me encontrar no beco ali atrás, pra a gente se divertir.
Alguns minutos se passa desde o homem ter saído do bar e Harry continua perto da bancada. A bartender se aproxima do cacheado com uma bebida em mãos, e diz entregando o copo para ele:
— Isso é pra você.... O cara que tá bem ali atrás insistiu bastante - Ao terminar de falar sai da frente dele e Styles vê Louis sentado na banqueta do bar.
O híbrido está com a sua mão ao lado de seu rosto, com sua cabeça tombada um pouco para o lado. Ele mexe seus dedos dando um tchauzinho em forma de comprimento, com um sorrisinho de lado em seu rosto.
— Obrigado pela bebida - Agradece Harry ao que os dois se sentam no banco de uma das mesas do bar.
— Ah eu achei que você tava com sede.... Ahn.... E acabar com ele querendo matá-lo ou não, seria até um favor para todo mundo, mas.... - Começa Louis se referindo ao homem que Harry compeliu, mas é interrompido pelo cacheado.
— Eu sou um vampiro agora, Louis. Não é o que fazemos? ... Comer, caçar, matar....
— Nós podemos falar só um pouquinho mais baixo, seria possível? - Diz devido a altura que o outro falava. Algum humano poderia escutar a conversa deles.
— Por que? Não podemos obrigar os outros a fazerem o que queremos? Não é o que você sempre faz? - Fala calmo, mas com firmeza em sua voz.
— O que eu faço e o que você faz, são coisas diferentes. Você acha que sabe tudo por causa das nossas conversas e dos vampiros que caçou, mas você não está preparado para esse mundo - Responde com o mesmo tom de voz do outro. E Harry vira o copo bebendo todo o conteúdo que havia nele de uma vez só.
— Deve ser verdade.... - Diz sem olhar para os olhos azuis. Mesmo depois de ter completado a transição ele ainda está uma bagunça emocional — Minhas emoções estão em todo lugar, parece.... Que alguém aumentou o volume da vida e eu não consigo mais me ouvir. Tá tudo rolando ao mesmo tempo.
— Então me deixa ajudar. Eu prometo que você vai ter a vida que a maioria das pessoas sonha - Fala calmamente olhando profundamente para os olhos verdes — Além disso, para aprender.... É bom que se aprenda com o melhor - Termina a fala dando um sorrisinho.
Eles andam calmamente pela rua escura até parar em beco, vendo uma mulher sozinha mexendo no celular. Harry se aproxima dela e olhando no fundo dos olhos dela a compeli:
— Não se mexe e não faz barulho.
Antes que Harry faça algo, Louis diz andando calmamente para perto dele:
— Jovem, saudável, pouco sofisticado, mas nada mal - Harry mostra suas presas e morde o pescoço dela bebendo o seu sangue. E Louis continua com sua voz saindo calma — Ouça o coração.... Ele te manda parar - Mas Styles não para e continua a beber o sangue.
— Harry.... - Tomlinson o alerta, mas ele continua bebendo o sangue — Harry.... Chega!
Ele pega no braço do cacheado o tirando de perto da mulher.
— Me desculpa, você está me dando dicas de comportamento? - Harry fala debochado, com um sorriso em seu rosto e limpando a boca suja de sangue.
E Louis se aproxima da mulher, e diz a compelindo:
— Some daqui, agora. Esqueça o meu rosto e do meu amigo encaracolado bonitinho - Quando a mulher sai do local, o híbrido se vira para Harry e olha em seus olhos verdes — Temos que ir.... Você mudou, né?
— Eu mudei sim! E eu não terminei - Responde com a voz firme — Além disso, eu não gostei da crítica. Eu sei das coisas maldosas que você fez. Quantas centenas de pessoas você matou, Louis?
— Eu meço o número em dezenas de milhares. O que não me dá a chance de salvação.... Eu não desejo isso a você - Diz olhando profundamente para os olhos verdes.
— Você não entende.... - Fala se aproximando de Tomlinson e segurando em seu rosto — Eu sempre tentei ver o melhor em você. Te tornar humano. Mas eu errei.... Você é exatamente o que deveria ser. Agora, eu sou igual a você.
Harry se aproxima ainda mais dele, e quando seus lábios estão quase se tocando, Louis se afasta.
— Você está descobrindo o que você é. E isso.... - Diz calmamente segurando nos ombros do cacheado — Não é você, Harry.
— Verdade.... - Responde baixo franzindo as sobrancelhas sem olhar para os olhos azuis. Apoia a cabeça no ombro dele, sentindo os braços de Louis em suas costas. Depois levanta um pouco a cabeça e segura no pescoço dele. E quando seus olhos se encontram com os azuis, Harry quebra o pescoço do híbrido, fazendo ele cair desmaiado no chão. Apesar de não ser fatal, quebrar o pescoço de um vampiro irá torná-lo inconsciente por vários minutos. Ele acordará daqui algum longo tempo de qualquer forma — É melhor.
E com um sorriso no rosto, Harry sai do lugar logo depois.
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Louis passa pela porta da mansão com raiva, andando apressadamente. E encontra Harry na sala de estar.
— Você aprende rápido, Harry. Eu confesso. Mas não abuse - Diz o alertando, com a expressão completamente séria, sua voz saindo firme. E Harry dá um sorrisinho olhando nos olhos azuis. Louis respira fundo se acalmando e continua ficando de frente para ele — Você está sofrendo uma metamorfose que você não compreende, que claramente afetou o seu julgamento.
Depois do que lhe ocorreu, Harry se sente desprotegido. Ele foi assassinado por Genevieve, e está se sentindo indefeso. Se sentindo completamente desamparado por não ter conseguido se proteger dela. Ele quer controlar sua própria vida. Ele se sentiu vulnerável, e deseja fortemente nunca mais se sentir assim. Ele quer ser forte e poderoso como Louis.
— Eu posso não saber o que ou quem eu sou, mas eu não vou viver com medo de ninguém - Responde Harry com firmeza em sua voz. Anda em direção a porta de entrada e sai do lugar logo depois.
Louis, desejando ir atrás dele, se encaminha para a porta também, mas é impedido por Lottie que aparece em sua frente.
— Deixe ele ir.... Ele morreu, Louis! - Diz ela com certeza e afinco em sua voz — Porque caiu na nossa família. Ele precisa de tempo.... Eu sei que você quer ajudar, mas você está irritando ele e isso é a última coisa que ele precisa. Confia em mim.
— Eu só quero mantê-lo seguro - Responde com a voz calma, seus olhos azuis brilhantes devido às lágrimas neles encaram os da sua irmã. Ele se sente culpado por não ter conseguido protegê-lo.
— Eu sei, irmão. Mas a verdade é que.... - Fala com a voz calma e compreensiva, solta um suspiro e continua — Amar um de nós é uma sentença de morte.
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•Espero que estejam gostando. ☪︎⋆
Pergunta: Se eu fizesse uma fic Larry baseada/inspirada do casal Bonnie e Enzo de The vampire diaries, vocês leriam?? (O final seria diferente do que aconteceu na série)
Vocês gostam de fanfic de época?? Estou escrevendo uma....