Corpos em Chamas: A vingança...

By karinny_barbara

3.7K 412 59

Anna Kariênina tinha apenas 10 anos quando seu pai foi injustamente acusado de assassino, e anos depois falec... More

Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capitulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Penúltimo Capítulo
Último Capítulo
Epílogo
Considerações Finais

Capítulo 16

77 8 0
By karinny_barbara

{POV. Anna Kariênina}

A última coisa que eu imaginei na minha vida era ir parar em uma escola por reclamação que uma "filha emprestada" havia se metido em uma briga. Espero que Anna Elis pelo menos tenha pregado algum corretivo nessa garota, porque ser chamada aqui porque ela apanhou é uma palhaçada com minha cara.
Assim que Taddy abriu a porta do carro para mim, avistei para a entrada da escola, com a feição seria e usando meus óculos escuros quadrados, percebi que todos me olharam enquanto andava pelos corredores. Lucia havia me indicado onde ficava a diretoria, então não parei até chegar lá.
Senti os olhares e ouvi alguns burburinhos, todos tão patéticos que era perda de tempo dar ouvidos.

- Meu Deus, essa é a nova madrasta da Anna Elis?
- Ela é nova demais para o pai dela.
- Deu o golpe do baú, com certeza.
- Ou golpe da barriga, caso já estiver grávida.
- Ela é tão elegante, olha as roupas dela.

Bufei andando mais rápido ao ouvir as conversas, ser o centro das atenções me irritava, ainda com esses tipos de seres humanos em construção que só tem pensamentos fúteis. Sei que alguns aqui tem a mesma idade que eu, até mais velhos, mas eu já tenho mais experiências de vida que pareço ter uns 15 anos de vida a mais que eles. Eu sei que a vida vai além de status sociais, dinheiro e joias.
Então, finalmente chego a diretoria e dou de cara com uma garota loira saindo com um casal de loiros atrás dela, pelo seu rosto cheio de hematomas e o lenço no nariz, visivelmente ainda com sangue, essa deve ser a garota da briga.

Algo dentro de mim sorriu ao ver que Anna Elis tem apenas a cara de anjo, mas um punho forte como de um soldado.

******

{POV. Anna Elis}

Com meu coração já em no ritmo normal novamente e eu não conseguia sequer olhar para o rosto de Savana, que estava sentada ao meu lado em frente a mesa da diretora, enquanto seus pais indignados estavam reclamando, dizendo que sou uma baderneira. Faltava-me forças para contestar o que eles diziam, e contar que a filha é uma pessoa sem caráter algum, que humilha as pessoas. Eu só queria ir embora desse lugar, e terminar minha faculdade escondida entre os cantos da escola, já que agora minha vida social academia está definitivamente no lixo.
Por um lado, confesso que eu até gostei de fazer aquilo em Savana, e me perguntava se essa pessoa com coragem para enfrentar os problemas com tanta audácia, era meu verdadeiro eu. Não sei se quero pensar nisso agora, só quero ir embora, e até agora ninguém chegou para vir me buscar.
Não sei o porquê chamaram algum responsável, já sou de maior e essa escola ainda nos trata como alunos do fundamental. Uma palhaçada!

- Espero que isso se resolva logo, diretora Orleane. Nossa filha não pode estudar em um lugar a qual não se sente segura. - O pai de Savana exigiu.
- Senhor, tudo será resolvido e as devidas pessoas seram punidas. Ambas levaram advertências pelo que aconteceu. - A diretora ruiva explicou rígida de sua cadeira.
- Nossa filha foi agredida e ela também levará a advertência? Isso é um absurdo! - Agora foi a mãe de Savana que falou, a voz aguda e fresca igual a da filha me deixou em nervos.
- Anna Elis também está machucada e não brigou sozinha, então não seria justo. - A diretora rebateu firme. - Agora por favor, esperem no corredor enquanto esperamos o outro responsável para tratar de algumas medidas. - Orleane levantou apontando para a porta.

Mesmo frustrados e resmungando, eles obedecerem e começaram a sair da sala juntamente com a filha. Foi quando Anna Kariênina finalmente chegou.

- Mas que porra aconteceu?! - Ela disse ainda olhando para Savana saindo, então fechou a porta.
- Senhora, restrinja seu linguajar, por favor. - A diretora protestou mas Kariênina pouco ligou quando olhou para mim.
- Meu Deus, garota foi está horrível. - Houve um certo teor de desdém mas pude sentir um pouco de preocupação, ou posso estar imaginando coisas. - Foi aquela garota que fez isso? - Ela disse se sentando na cadeira ao meu lado, onde Savana estava a pouco.
- Não, ela apenas me empurrou e eu bati com muita força no chão quando me desiquilibrei.

Meu nariz estava doendo como o inferno, mas pelo menos não havia quebrado e o sangramento havia parado, o nariz de Savana esta bem pior que o meu. Algo dentro de mim queimou rindo com o pensamento.

- Bom, pelo menos a loira parece bem pior que você. - Anna Kariênina comentou enquanto tirava os óculos e uma risada me escapou.
- Senhora, não pode influenciar esse tipo de comportamento. - A diretora protestou novamente.
- Eu só não ia achar nada legal ter deixado meus afazeres do dia porque Anna Elis apanhou na faculdade. - Ela rebateu e eu desdenhei.
- Que ótima influência de madastra você é.
- Não fode! Agradeça por eu ter te deixado mofando aqui, até teu pai decidir atender o celular. - Revirei os olhos e cruzei meus braços para seu comentário.

- Vocês se dão bem? - A diretora tinha os olhos arregalados.
- Claro. - Dizemos em uníssono.

Uma grande mentira.

A diretora suspirou e voltou a falar.
- Bom, eu liguei diversas vezes para o senhor Ralph mas ninguém me atendeu, desde que Anna Elis foi matriculada aqui no campus e a mãe dela morreu, nenhum responsável veio mais. Quem faz as matrículas e resolve os termos são os próprios empregados de seu pai... - A diretora começa e Anna Kariênina lhe interrompe.
- Meu marido é muito ocupado, senhora. Não tem tempo para assuntos que outras pessoas podem muito bem resolver. - Anna Kariênina é ávida com as palavras, como no dia em que ela negociou com os fornecedores de drogas na minha frente.
- Filhos não são assuntos que outras pessoas podem resolver, senhora. - A diretora rebateu ávida também, e eu apertei os lábios reprimindo um sorriso, pois Anna Kariênina havia encontrado um oponente a altura, a qual não poderia matar. - Anna Elis nunca teve nenhuma atitude parecida com a de hoje, isso é um sinal de que ela pode não está bem. - Dessa vez, eu que lhe interfero.
- Eu estou ótima. - Solto um sorriso com escárnio, mas ela me ignora.
- Atitudes agressivas repentinas podem ser sinal de que algo pode lhe está incomodando, algum problema em casa, talvez uma mudança repentina a qual ela não tenha se encaixado bem. - Engoli seco tentando engolir meu desconforto de ter duas pessoas falando de mim como se eu não estivesse presente.
- A senhora está querendo dizer que o meu casamento com o pai de Anna Elis que pode ter influenciado as atitudes dela? Isso não tem cabimento! - Anna Kariênina rebateu incorporando facilmente o papel de madrasta indignada, ela é boa em fingir as coisas.
- Não, senhora. Não é isso... - A diretora ainda tanta argumentar mas Anna Kariênina parece querer encerrar logo aquilo.
- Me desculpe, diretora, mas o que eu vejo aqui é que esses alunos do campus ainda são tratados como alunos do ensino médio ou ensino fundamental, talvez se vocês mostrassem para eles que a vida real vai além de status sociais e dinheiro, eles não agiriam de tal forma. Anna Elis já tem 19 anos e sabe o que faz de certo e errado, então não precisava chamar alguém e atrapalhar o dia todo de uma pessoa. - Ela finalizada e se levanta. - Qual a punição dela? - A diretora parece assustada com a atitude de Anna Kariênina, embora eu não esteja surpresa que ela esteja praticante me chamando de estorvo na frente de todos.
- Apenas uma advertência. - A diretora apenas suspira, cedendo.
- Ah que ótimo, em casa ela ganhará sorvete. - Anna Kariênina soa irônica. - Obrigada, diretora. Vamos, Elis.

Dou um salto da cadeira segurando minha mochila, e logo estamos do lado de fora da sala, onde os pais de Savana e a mesma levantaram assim que nos viram.

- Olha, senhora, precisamos conversar sobre a atitude de sua filha...

Os pais de Savana começaram mas foi para a loira cheira de hematomas que Anna Kariênina se virou.

- Cuido de você depois, mocinha. - Anna Kariênina disse em um som ácido em meio aos lábios levantados e Savana arregalou os olhos.

Fiquei confusa mas lhe acompanhei assim que ela voltou a caminhar, ignorando todos totalmente. Admito que Anna Kariênina estava tão atraente hoje, o vermelho lhe caía bem e aquela calça deixava sua bunda maior. Santo Deus! Para, Anna Elis!
Estávamos quase saindo da escola quando vi Elena e Eliot no fim do corredor me olhando preocupados há espera de respostas, fiz um sinal para Elena me ligar depois e ela assentiu.

- Por que espancou a garota? - Anna Kariênina perguntou assim que chegamos ao carro, e eu suspirei.
- Ela postou um vídeo vergonhoso sobre mim durante a festa no sábado, onde eu estava dançando sobre uma mesa e depois vomitei em alguma, de tão bêbada. - Expliquei com o rosto fervendo de vergonha e Anna Kariênina não conseguiu controlar uma risada.
- Deve ter sido hilário. - Eu fixei meus olhos nela e ela parou de rir. - É, não deve ter sido tão divertido assim para você. Bom, pelo menos ela apanhou.
- Há anos quero dar uma ligação nela, ela assim como todos aqui nessa merda de lugar, não me deixam em paz desde que era criança, quando ela entrou no campus tudo piorou. É piadinhas todo o santo dia, parece que eles adoram acompanhar a vida da filhinha de um mafioso. - Desatei a falar com ódio em cada palavra, Anna Kariênina me olhou por um instante até que abriu a porta do carro para mim.
- Taddy vai te levar em casa.
- Você não vem? - Enrugei a testa.
- Não, tenho coisas a resolver. - Assenti e entrei no carro. - Não vai me agradecer?
- Pelo que?
- Por ter vindo aqui.
- Você é minha madastra agora, não fez mais que tua obrigação. - Dei de ombros e pude ver a sombra de um sorriso antes dela bater a porta.

Suspirei cansada no banco de trás fechando os olhos, querendo que esse dia tenha sido só um pesadelo. Ou melhor, que minha vida toda tenha sido um pesadelo.
[...]

Continua...

Continue Reading

You'll Also Like

35.9K 2.1K 34
Ísis uma garota de 17 anos se vê completamente perdida quando um trágico acidente a faz ir morar com seu tio, um homem que a mesma não vê a anos. Luc...
234K 17.2K 70
A garota da arquibancada pelo qual Kenma se apaixonou. Ela não teve uma infância das melhores, mas sua vida melhorou muito após conhecer seus amigos...
16.3M 1.2M 97
(CONCLUÍDA) Livro Um "Não é que seja proibido... é porque é real" Até onde você iria pelas coisas que sente em seu coração? Teria coragem de arriscar...
31.9K 3.4K 43
Harry é um adolescente impulsivo e cheio de segredos, que aprontará bastante com o coração e com o corpo dos dois maiores rivais do seu colégio.