Dangerous Connections ▪︎ Buck...

By LetciaPereira338

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Depois de derrotarem a líder dos apátridas e recuperarem o escudo que pertencera a Steve Rogers, Bucky Barnes... More

Avisos da Autora
Elenco Principal
Aesthetic
Epígrafe
1- Prólogo.
2- O Pôr do Sol no Barco.
3 - O Acidente.
4- Descobertas interessantes
5. Marcando um encontro.
6. O encontro.
7. Nova York
8. Almoço em família.
9. Quem vem lá?
10. Boliche
12. A grande surpresa, I
13. A grande surpresa, II
14. - Rosas para Julieta.
15. The Plot Twist
16. Chegando em NY.
17. SamBucky
18. - Confessando a verdade.
19. - Sem paz
20. Instituto Schade.
21. Voltando a Delacroix.
22. A Grande Festa.
23. Aeroporto
24. Infinity
25
26. Reunião de Família
27. Me beija.
28. James Schade
29. Rússia.
30. Delacroix I.
Delacroix, II
32. Delacroix, III
33. Pepper
34. Café da Manhã.
35
36. A peça de Teatro
37- Conclusão, I
38- Conclusão, II
39- Início do Fim
40. O fim

11. - Um dia divertido.

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By LetciaPereira338



O telefone pendurado na parede da cozinha dos Schade tocou apenas duas vezes, atraindo a atenção de Juliette, que desenhava alguns passarinhos em um caderno, sentada na mesa. Bobby, que estava ao lado do aparelho, o atendeu de forma automática, enquanto mexia alguns bacons em uma frigideira.

Ele trocou meia dúzia de palavras com a pessoa do outro lado da linha. Palavras essas que Juliette nem mesmo se importou em ouvir, já que estava distraída e concentrada apenas no desenho, como sempre. O mundo poderia acabar e Juliette não teria ouvido nada.

Bobby a chamou três vezes, usando um pedaço de bacon para acertar a testa de Juliette quando ela não demonstrou ter ouvido. Pulando de susto, ela alternou o olhar entre o bacon cru e o tio, franzindo a testa.

-Meu Deus, Tio! O que foi?

-O Bucky acabou de ligar, garota! Ele tá vindo te buscar...! Juliette, calma! É só daqui a uma hora...! Ah, deixa...

Juliette já tinha soltado uma exalação de desespero e sumido pelo corredor. Jovens, Bobby pensou, se lembrando de quando tinha a idade de Juliette.

Pondo os bacons no prato, ele pegou dois ovos e os abriu na frigideira. Sua mente estava perdida na conversa do dia anterior com Pauline. Não a parte onde eles combinavam que tinham que apresentá-la formalmente aos sobrinhos, já que o que era para ser apenas um casinho, acabou se tornando algo mais sério, apesar da distância no relacionamento.

Era a outra parte da conversa, a que ninguém fazia idéia, que preocupava Bobby. Afinal, agora que Pauline havia entregue todos os documentos que estavam anteriormente em sua posse, cabia apenas a Sam e Bucky resolverem a questão. E isso poderia demorar.

-Oh, Tio! Posso saber por qual motivo a Juliette me expulsou do banheiro?!

Bobby sacudiu a cabeça e deu de ombros, voltando ao presente. Então, encarou Jack, o analisando. Isso fez o homem franzir a testa e apoiar as mãos na cintura.

-Tio? Tá tudo bem?

-Ah, claro. É só uma dor de cabeça meio chata, desde ontem, filho. Não se preocupa!

-Tem certeza? Posso te passar um medicamento...

-Eu tenho ainda aquela caixa de aspirina! Não se preocupa...

Jack assentiu e sentou na mesa, batucando os dedos sobre o tampo de madeira, enquanto encarava o nada e franzia a testa. Claramente, ele estava pensante e distraído, o que era algo raro para o homem. Isso chamou a atenção de Bobby que, ao comer um sanduíche de ovo com Bacon e tomates, perguntou:

-Que cara é essa, Jack?

-Hm... Nada. Só... Eu estava pensando em uma coisa que aconteceu ontem, antes de irmos jogar boliche, mas... É bobagem!

-Alguém viu minha escova de cabelo?!

Juliette entrou pela cozinha como um furacão, com um roupão enrolado no corpo e uma toalha na cabeça, indo direto até o armário e vasculhando o conteúdo de dentro.

-Seu pente estava no banheiro.

-Eu sei! - Juliette se virou para o irmão, revirando os olhos, como se ele fosse idiota. - Mas o pente é para pantear e desembaraçar. A escova é para escovar! Eu não acho ela em lugar algum!

Bobby trocou um longo olhar com o sobrinho, o qual queria dizer claramente um "mulheres!".

-Jully, querida, acho que você não vai achar na gaveta de tal...

-Achei! - Juliette exclamou, erguendo a escova no ar. - Obrigada, gente!

Ela não ficou para ver Bobby e Jack se entreolhando e dando de ombros. Apenas correu para o quarto e voltou a se arrumar na frente do espelho, prendendo o cabelo em um rabo de cavalo solto, com várias mechas também soltas na frente, entre a franja e as orelhas.

Ela tinha acabado de sentar na cama e enviado uma mensagem para Mickey, quando ouviu a pedrinha na janela. Então, controlou a vontade besta de sorrir e foi abrir o vidro. No entanto, uma segunda pedrinha a acertou, em cheio, na testa, fazendo Juliette cambalear e levar a mão ao local dolorido.

Bucky deixou o queixo cair, interrompendo o movimento de catar mais uma pedrinha e arregalou os olhos, quando percebeu que atingiu Juliette. Ela o encarou pela janela, estreitando os olhos para ele quando Bucky forçou um sorriso e gritou um "Desculpa!".

-Entra pela porta hoje!

Ela sumiu dentro do quarto, fechando a janela, a seguir. Bucky soltou a terceira pedrinha e caminhou para dar a volta, até a entrada do bar. Estava fechado ainda por estar de manhã, mas Juliette tinha ensinado a ele o truque que usava para abrir a porta quando perdia as chaves, então, ele entrou.

Depois de hesitar apenas por alguns segundos, Bucky subiu as escadas e bateu na porta da sala. Não demoraram quase nada a abrir a porta e, embora Bucky tenha ficado feliz de ver Bobby e ser recebido por um abraço caloroso, ele ficou levemente decepcionado por não ter sido Juliette.

-Entra, meu rapaz! A Juliette já está vindo... Sabe como são as moças, né? Desde cedo que ela está se arrumando...

Bucky sentou no sofá, ao lado de Jack, que o cumprimentou com um aceno de cabeça e continuou olhando a televisão.

-Tudo bem, Bobby. Não tenho pressa, na verdade.

-Não vai fazer nada hoje? - Jack perguntou. - Nenhum tipo de trabalho heroico ou algo assim?

-Deixei para o Sam fazer. - Bucky deu de ombros.

E ele até poderia continuar falando, caso Juliette não tivesse aparecido na sala. Ou melhor ainda: caso Juliette não tivesse caído do corredor direto na sala. Literalmente falando.

Tão rápido quanto ela caiu, Juliette se pôs de pé e, aparentemente, isso poderia ser corriqueiro, já que Bobby e Jack apenas encararam ela e perguntaram, juntos:

-Se machucou?

-Claro que não! Tudo sobre... Ah... Oi, Bucky!

Bucky controlou a vontade de rir e, assim que Juliette se aproximou, levemente vermelha, talvez, pelo tombo, Bucky ergueu o corpo do sofá e segurou o rosto de Juliette, olhando para a marca começando a ficar arroxeada na testa dela. Então, começou a rir.

-Desculpa! - Se inclinando, depositou um rápido beijinho sobre o local. - Eu juro que não vi você!

-O-okay... Beleza.... Eu...

Bucky decidiu soltar a garota quando percebeu que ela estava engasgando nas palavras. Virando para Bobby, ainda rindo, ele comentou:

-Antes das quatro estamos de volta!

-Claro! Se divirtam e não tenham pressa de voltar!

Os dois se despediram de Bobby e Jack e caminharam até a entrada do bar, conversando aleatoriamente sobre coisas sem importância. Então, eles saíram do bar e caminharam até a moto de Bucky, onde ele jogou as chaves para Juliette. Pegando o chaveiro no ar, ela olhou para Bucky, arregalando os olhos.

-Espera... Você estava mesmo falando sério?

-Claro! A não ser que você não saiba andar de moto e só usou essa desculpa para me conquistar!

Bucky deu de ombros, sorrindo, enquanto observava Juliette ficar vermelha e pular na moto, encaixando a chave na ignição.

-Vem logo ou te deixo para trás, Gato!

-Olha... Ela sabe...

Bucky interrompeu a frase e o movimento de subir na moto para encarar Juliette com a nítida sensação de Dejavú. Tendo a impressão de que já tinha ouvido aquilo (ou ao menos algo parecido), ele ficou confuso por alguns segundos. A loira virou para trás e o encarou, também confusa.

-Algum problema?

-Ah... Não, eu só... Deixa! Não era nada!

Como Bucky insistiu que não tinha problema algum, Juliette deu partida na moto, levemente nervosa, por ter Bucky atrás de si. Ele se segurava no banco da moto e mantinha uma distância respeitosa de Juliette, mesmo assim, os joelhos dele encostavam em Juliette e ela podia sentir o calor que o corpo masculino exalava, além do cheiro másculo que Juliette estava aprendendo a reconhecer e de certa forma, gostar.

Portanto, dizer que foi uma viagem tranquila até a propriedade dos Wilson seria mentira. Afinal, o homem também estava tenso de ter Juliette tão perto de si. Por ele, tinha abraçado ela e até voltado a provocar como no dia anterior, no boliche, mas percebia que ela estava tensa, então, achou que o momento não pedia um flerte.

Quando eles, enfim, chegaram, Sam brincava com os dois sobrinhos na varanda de casa, fingindo ser golpeado pelos dois, enquanto "tentava" se defender. No entanto, ele foi derrubado de verdade assim que parou para encarar o casal, que saltava da moto e tirava os capacetes.

-Aquela é a Esq...?

-Aj! - Sam repreendeu, negando com a cabeça. - Juliette. Aquela é a Juliette, cara.

-Ah... Certo. Desculpa, tio!

-Posso ir lá? - Cass perguntou, sem esperar por resposta.

-Ir onde?

Sam virou para a porta da sala e encarou Sarah, que levava uma caneca de café para ele. Encostando na parede, Sam sorriu, a aceitando, e inclinando a cabeça para o casal, que agora falava com Cass, que estava um pouco animado demais.

-É a Juliette?

-Aham.

-Por que o Bucky não avisou? Eu tinha feito algo para a menina comer! - Sarah bufou, dando um tapa no irmão. - Você também! Nem para avisar!

-Hey! Vai devagar, oh, fortinha! - Sam reclamou, esfregando o local da pancada e revirando os olhos. - Eu também não fazia idéia de que "tenho que fazer uma coisa" significava "Juliette"!

-Ah, eles estão vindo! - Sarah exclamou, animada. - Eles fazem um casal bonito, né?

-Duvido você falar isso na frente dele!

Os dois irmãos se olharam por segundos, se desafiando mutuamente. Então, Sarah esticou a mão, aceitando a aposta.

-Vai lavar a louça se perder!

-Beleza!

-Oi, Gente! - Bucky cumprimentou, ao chegar na varanda. - Já conhece a Juliette, Sarah?

-Já, sim! Tudo bom, Senhorita Schade?

Sarah sorriu para Juliette, que acenou positivamente que sim, forçando um pequeno sorriso. Sarah era bonita e por um segundo, Juliette se sentiu quase pequena demais perto dela, talvez motivada por saber que Bucky e Sarah tinham algo.

-Hey, o que foi, Jully? - Sam perguntou, estreitando os olhos para ela. - O gato comeu sua língua?

-Eu não comi nada!

Bucky encarou Juliette, sorrindo de lado e piscando um olho. Isso fez a garota rir e dar de ombros, enquanto escondia as mãos no bolso da calça.

-É que eu não sou muito de falar...

-Tudo bem, querida! Tem bolo de cenoura na geladeira... Quer?

Juliette estava prestes a negar quando Bucky segurou sua mão, entrelaçando seus dedos e confirmou que ela queria, a puxando para dentro de casa. Logicamente, os sobrinhos de Sam correram para dentro também, curiosos com o casal, mas nenhum dos dois reparou.

Porém, ao invés de chegarem a cozinha, Bucky a encaminhou para o quarto dele, fazendo um sinal para que ela entrasse na frente. Mesmo envergonhada, ela o fez. O homem fechou a porta atrás dela, fazendo Juliette se sobressaltar, enquanto ele tirava o costumeiro casaco e as luvas, deitando na cama.

Ela continuava parada perto da porta, o que fez Bucky franzir a testa.

-Que foi, Jully?

-Ah... Nada, eu só...

-Senta aí, Boneca. Tá perto do horário de almoço. A gente come algo e vamos fazer qualquer coisa depois. Topa?

Juliette assentiu, olhando ao redor. O quarto era simples, com apenas uma cama e um armário, além de uma escrivanhinha As paredes não tinham enfeites e o único toque pessoal eram todas as malas e bolsas empilhadas próximo à cama. De algumas, saiam roupas e de outras... Bem, Juliette achava que aquilo era ponta de uma submetralhadora e se lembrou que ele era um herói antes de ficar assustada.

Inclusive, o uniforme dele estava largado no canto do chão, como se Bucky tivesse o tirado de qualquer jeito, sem nem se importar em guardar. De qualquer forma, apesar de estar uma bagunça, estava uma bagunça arrumada e Juliette achou que isso era bem o jeito dele.

-Deus, eu tô cansado, sabia? - Bucky exclamou, encarando o teto. - Semana que vem, tenho que voltar para Nova York de novo!

-Por que?

Juliette sentou na beirada da cama, encarando o homem, que tinha as mãos unidas abaixo da cabeça. Ele desviou o olhar penetrante para ela e piscou lentamente, fazendo Juliette, enfim, reparar no quão turquesas eram os olhos dele.

-Trabalho.

-Não dá para compartilhar, né?

Bucky hesitou, franzindo os lábios. Dando de ombros, decidiu contar meia verdade.

-Estamos investigando a morte de dois líderes de uma organização secreta.

-Do mal?

-Por incrível que pareça, não. - Bucky deu de ombros, puxando Juliette para deitar sobre a barriga dele, enquanto desembaraçava os cabelos loiros após tirar o elástico dos fios dela. - Dessa vez, eles eram os mocinhos.

Juliette assentiu, ciente da posição que se encontrava, mas sem encontrar forças para fugir do carinho e do olhar de Bucky. Então, ela apenas se virou para ele e perguntou:

-Me conta algo sobre você? Tenho a impressão que você me conhece muito bem, mas não sei se posso dizer o mesmo.

Bucky franziu a testa, enrolando uma mecha de cabelo nos dedos, antes de pensar e suspirar, coçando a testa.

-Bem, meu primeiro nome é James, mas isso você já sabe. Também sabe que tenho 106 anos, fui Sargento na guerra, era amigo do Capitão América, já fui vilão...

-Qual sua banda favorita? Isso diz muito sobre as pessoas!

Bucky nem precisou pensar antes de responder. Ele apenas deu de ombros.

-Chase Atlantic.

-Não conheço...

-Pesquisa Friends, Church ou Swim. São incríveis! E você?

Juliette deu de ombros, pensando.

-Katy Perry, Bruno Mars, Little Mix, Taylor Swift....

-Só conheço o Bruno...

Juliette ergueu a cabeça do colo de Bucky de uma vez, o que fez o cabelo enroscar no braço de vibranium e ela fazer uma careta de dor ao olhar ao redor, alarmada.

-Ouviu isso?

-Isso o que?

-Esse miado...

-Miado?! Juliette! Onde você...?

Juliette não esperou pela pergunta. Ela ouviu um miado e sabia que tinha um gato por lá. Então, como se ela dependesse de achar o gato para continuar viva, ela saiu pela casa, com Bucky atrás dela.

Totalmente certa, Juliette contornou a casa dos Wilson's e parou em frente a uma mesa de piquenique. Era alí. .

Uma bolinha de pelos brancos estava encolhida embaixo do banco e rosnou, arisca, quando Juliette tentou se aproximar. Mas no fim, ela deixou a mulher fazer um carinho ao mesmo tempo que Bucky franziu o cenho, confuso.

Ele mesmo não tinha ouvido o miado...

-Isso é um gato?

-Uma gata. - Juliette corrigiu. - Olha que fofa!

Bucky teve que concordar: Era fofa mesmo, mas devia ser mais ainda limpa.

-Como você...?

-Eu to ouvindo o miado dela há dias! - Juliette deu de ombros. - Acredita nisso?

-Como assim?!

Juliette se deu conta do que havia dito e soou louco até para ela. Mas como poderia explicar que, às vezes, acontecia essas coisas? Sentia um cheiro, ouvia um som, sonhava com algo e, de vez em quando, acontecia alguma coisa. Como se tivesse sido avisada que iria acontecer.

-Hm... Bem, eu achei que tinha ouvido miados de gatos.... Enfim, esquece! Olha que fofa!

Bucky sentou ao seu lado, no chão, e encarou a gatinha. Ela era peluda, pequena e tinha enormes olhos azuis claros que fitaram Bucky com curiosidade. Ele sorriu, pegando ela no colo com bastante carinho, depois que Juliette esticou a neném para ele.

- Você vai ficar com ela? - Bucky perguntou.

-Por que? Você quer ficar?

-Eu até ficaria, mas não tô em casa e não tenho tempo suficiente para cuidar de um gatinho sozinho.

Juliette assentiu e sorriu, dando de ombros.

-Bem, então, nesse caso... Acho que vou ficar com ela. Céus, o tio Bobby vai ter um ataque do coração. Mas quer saber? Eu não to nem aí, Gatinha! Você vai ganhar amor e um lar!

Como se tivesse entendido, a gatinha ronronou mais alto, rolando no colo de Bucky e miando.

-Isso é um gato?!

-Não. É uma jamanta, seu animal! Não tá vendo?!

Juliette soltou uma risada que tentou disfarçar em um ataque de tosse quando Bucky rolou os olhos ao ver Sam se aproximar deles. A gata miou, ronronando para ele e foi para o colo de Sam, assim que ele se sentou ao lado de Bucky.

-Animal é você, seu ignorante!

-Eu que sou ignorante?!

-É óbvio! Olha o jeito que você respondeu!

-Você fez uma pergunta tosca! Pelo amor de Deus, não sabe identificar um gato?!

-Foi retórico, sua anta! É óbvio que isso é um gato!

-Então, para que perguntou?!

-Meu Deus! - Juliette riu, interrompendo a discussão. - Isso tudo é amor?!

Sam e Bucky se entreolharam, bufando e rolando os olhos, enquanto se afastavam fisicamente e negavam. Com o movimento repentino, Bucky praticamente sentou sobre a perna de Juliette antes de perceber a garota lá, o que arrancou uma seria crise de risos de Sam e por consequência, de Juliette, já que ela não conseguia parar de rir da risada dele.

Quando tudo que sobrou foi falta de ar e uma gata dormindo entre os três, que formaram uma rodinha, Sam franziu a testa e apontou para a cabeça de Juliette.

-Você não estava com isso ontem. Estava?

-O que? Esse roxo? Ah, não! Foi o Bucky!

Sam olhou para Bucky, mas ele estava ocupado demais revirando os olhos e empurrando a garota para o lado.

-Como assim? Ele te socou?

-Me acertou uma pedra!

-Meu Deus, Bucky! Eu sei que você é um autraloptecos mas não é assim que se flerta com alguém, homem do céu!

A risada de Juliette ecoou pelo quintal, alta e engasgada, o que fez Sam rir e os dois baterem um High-Five. Constrangido, Bucky revirou os olhos e começou a cutucar a orelha da gata, murmurando um:

-Vai a merda, Wilson!

-Me obriga, Barnes!

E então, sob o olhar atento de Juliette e a gata, além dos sobrinhos de Sam, direto da cozinha, Bucky levantou o corpo do chão e começou a correr atrás de Sam. Em alguns segundos, os dois cairam no chão, rolando enquanto trocavam socos, mas de alguma forma, a cena parecia tão natural que Juliette apenas ficou observando até eles cansarem e, rindo, Sam esticar a mão, após levantar, para tirar Bucky do chão.

-Dessa vez, eu venci!

-Venceu nada!

-Venci, sim! Você ficou por baixo!

-Eu gosto de ficar por baixo, Samuel!

-Argh... Você é nojento e idiota!

Bucky ignorou, focando o olhar apenas em Jully e na gatinha, com um pequeno sorriso. A garota sorriu de volta para ele e voltou a conversar com a gata. Levando uma cotovelada na barriga, Bucky olhou feio para Sam, que virou de costas para Juliette e perguntou:

-Cê tá amarradão nela, não tá?

Bucky ficou sério e revirou os olhos, negando.

-Claro que não?

-É óbvio que tá?

-Não tô! Além disso, eu to afim de outra pessoa, tá legal?

Sam observou Bucky tirar uma folha do próprio cabelo e suspirou.

-É a tal da Lizzie que você nem sabe como é? Ou quem é?

Bucky deu de ombros. Porque era verdade. Apesar de gostar de Juliette, ele também gostava de Lizzie. E tudo bem, ele nem sabia se era um homem, uma mulher (embora, pelo papo, parecesse mulher e nova), ou se era um pervertido. Mas gostava dela. Da atenção. Da amizade. Por fim, ele apenas foi na direção de Juliette, ignorando Sam, porque ele não entenderia.

Não quando nem mesmo Bucky entendia.

No resto daquela tarde, Bucky e Juliette almoçaram com os Wilson's e, apesar da timidez inicial da garota, aos poucos, ela foi se soltando e durante um bom tempo, Sam e Bucky foram esquecidos por Juliette e Sarah, que engataram uma conversa que parecia não ter fim nunca.

Depois, Bucky e Juliette apostaram corrida de moto (mas em segredo, já que Jack teria um infarto de descobrisse) e depois, eles foram de carro até a cidade, comprar coisas para a "filha" de Juliette e dar um banho na gata. Ela era ainda mais branca quando devolveram a gata para Juliette que, empolgada, acabou gastando todo o limite do cartão.

E então, enquanto Bucky dava carona para Juliette, ele perguntou:

-Já sabe qual o nome dela?

-Não... - A garota encarou a gata, revisando um milhão de de nomes em sua cabeça. Então, deu de ombros e fitou Bucky. - Você tem alguma sugestão?

-Eu gosto de Alpine quando é para gatinha branca.

-Alpine, é? Hmmm... Eu gostei!

-Mesmo?!

-Mesmo!

-Então, pode ficar com o nome!

Juliette sorriu amplamente e passou o resto do caminho, segurando a gata contra o peito, acariciando o pelo dela. Ao estacionarem, o Sol já baixava no horizonte, dourado, e o bar começava a ter movimento. Mesmo assim, eles hesitaram em sair do carro.

-Hm... Obrigada por hoje, Bucky. - Juliette sorriu, olhando nos olhos dele, antes de ficar vermelha e desviar o olhar. - Eu... Bem, me diverti muito e... Se não fosse você, eu não ia achar a Alpine, então...

-Não foi nada! - Bucky também desviou o olhar, percebendo que o calor no carro aumentou em alguns graus.

Ou talvez, tenha sido ele.

-Você disse que vai voltar para Nova York. Em definitivo ou...

-Talvez, eu leve uns três dias. - Bucky voltou a buscar os olhos de Juliette, batucando os dedos no volante. - Mas eu volto, sim. Quer dizer, ainda tem uns dois meses de verão, então... Querendo ou não, o Sam vai ter que me aturar.

Juliette riu e deu de ombros, olhando para o bar do tio.

-Tenho certeza que se o Sam não te quiser, meu tio quer!

-E você, Boneca?

Juliette sentiu um arrepio percorrer sua coluna e se deu conta do quão próximos eles estavam. Mas foi o apelido que chamou a atenção dela. Então, subitamente, ela se lembrou de Mickey e se deu conta de que gostava dele também. Mas afastou o pensamento naquele momento, já que Bucky esperava uma resposta.

Ela sorriu de lado e deu a mão a Bucky, que havia esticado a dele em um pedido mudo. A gata observava a interação deles, com os olhos azuis atentos. Bucky entrelaçou seus dedos aos de Juliette e os levou a boca, beijando o dorso da sua mão e fazendo Juliette sorrir, abobalhada.

-Bem... Digamos que você sabe qual a janela do meu quarto, Gato.

Bucky riu e beijou a mão dela de novo, a olhando nos olhos. E por segundos, novamente, apesar de gostar de Lizzie, ele quis beijar Juliette. Da mesma forma que, apesar de gostar de Mickey, Juliette se perguntou como seria ser beijada por Bucky.

Mas o contato visual entre eles foi quebrado ao som do toque do telefone de Juliette. Atendendo ao irmão, ela garantiu que já estava chegando e, pegando as coisas da gata e recusando a ajuda de Bucky, Juliette o encarou e depositou um beijo rápido, mas firme, em sua bochecha.

Obviamente, Bucky ficou parado igual um bobo, sorrindo e tentando desacelerar o coração. Mas ao mesmo tempo, se sentindo culpado por estar desejando duas pessoas ao mesmo tempo.

Obviamente, de madrugada, Bucky não conseguiu dormir. E aparentemente, Lizzie também não. Então, disfarçado de Mickey, Bucky digitou:

"Perdeu o sono, Princesa?"

Lizzie não demorou muito para responder.

"Como sempre, né, gato?!

Aliás, por falar em gato, você lembra que a gente estava conversando outro dia sobre eu adotar algum gato antes da gente se conhecer? "

Bucky franziu a testa, lembrando da conversa onde eles tentavam descobrir a idade um do outro. Então, digitou:

"Lembro! Por quê? Vai adotar um?"

Lizzie respondeu quase alguns segundos depois.

"Na verdade, acabei de adotar uma. Eu estava com um amigo quando achei ela e, Mickey, você tem que ver! Ela é a coisa mais linda do mundo!"

Bucky parou, estático, com os dedos suspensos sobre o teclado. Seu coração deu um pulo e ele franziu a testa, encarando a mensagem por um tempo tão grande, que Lizzie enviou de volta:

"Mickey? Tá por aí?".

Digitando, Bucky confirmou. Não podia ser. Devia ter sido só uma coincidência. Quer dizer, a ideia que passou pela cabeça dele nem fazia sentido, na verdade. Mas...

Se analisasse bem...

A cada segundo que Lizzie levou para responder, o coração de Bucky martelava contra o próprio peito, agitado e forte.

"Você quer ver ela?"

Mickey confirmou de novo. E Bucky precisou largar o celular, com medo da resposta, porém, ansioso para que Lizzie respondesse logo. E assim que ela fez, o coração de Bucky quase saltou para fora do peito ao ver a foto de uma gatinha branca, com uma coleira rosa, grandes olhos azuis, sentadinha em cima da cama.

A cama de Juliette.

A legenda da foto só confirmava ainda mais, afinal, ela escreveu:

"Mickey, essa é a Alpine. Ela não é uma graça? Eu tô tão apaixonadinha! Eu não sei o que Alpine quer dizer, mas meu amigo escolheu e eu amei o som... "






Oiie, Meus Amores! 💖

Voltei mais cedo por motivos de: Duas provas, 1 trabalho e Let morrendo de sono KKKKKK

Porém, esse capítulo já fica valendo como o de terça feira, tá??

Aliás...

A JULIETTE E O BUCKY SÃO MEU TUDO E EU NÃO SEI LIDAR COM ELES! 💕🥺😭 Também não sei lidar com o Bucky acertando uma pedrinha na testa dela KKKKKKK Que ódio, o tanto que eu ri dessa cena 😂😂

Espero que tenham curtido o capítulo e que tenha sido interessante para aumentar as teorias de vcs 👀

Os próximos capítulos vão ser assim: O próximo e o próximo do próximo vão se passar NO MESMO DIA E AO MESMO TEMPO, abordando dois pontos de vista diferentes, para a história fazer sentido, okay??

Tô louca para mostrar a vocês KKKKK

Até o próximo!

Bjs 💋💋

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