Luisa
Miguel: Perdida nos pensamentos? — sussurrou atrás de mim no sofá me fazendo dar um pulo, sua risada tomou conta da sala de estar e eu ri.
Luiza: Estava até você me atrapalhar.
Miguel: Que coisa chata em Dra Luiza, qual seu sobrenome baby?
Luiza: Sales! — ri balançando a cabeça — Enfermeira por enquanto.
Miguel: Dra Luzia Sales, vai ficar ótimo no seu jaleco. — ele abriu um sorriso e sentou no sofá ficando de frente pra mim — Sabe, o aniversário dela esta chegando e queria fazer uma festa aqui.
Luiza: Estava justamente pensando nisso. — me arrumei no sofá, apoiei os braços em minha coxa deixando meus seios praticamente pularem da minha regata.
Miguel: Você joga sujo assim sempre? Ou só quando quer me atiçar pra depois fugir? — engoli seco.
Luiza: Não fugi, só cortei algo que é impossível acontecer.
Miguel: Já te disse Luiza, nada e impossível pra mim. Entende? -1 seu corpo veio mais pra frente tentando se aproximar o máximo de mim — E o tal praticamente também não existe.
Luiza: E a festa?
Miguel: Um amigo está indo atrás de decoração essas coisas e...
Luiza: Não! Eu vou cuidar da decoração, vai mandar homem fazer isso? Pelo amor de Deus Miguel. — levantei e ele ficou me olhando segurando o riso — Me fala aonde fica as lojas por aqui e vou, farei questão.
Miguel: Não consigo imaginar você na 25 de março. — ele levantou e ficou me olhando — Aqueles homens todos louco quando ver você passar. — balançou a cabeça e riu.
Luiza: E qual o seu problema nisso?
Nara: Atrapalho? -ela entrou na sala sorrindo e segurei o riso.
Luiza: Jamais minha linda. — sorri e fui até ela.
A semana foi pesada, consultas com a dona Nara, exames. Ela ainda estava forte, firme e eu tinha medo de tanta força assim. Mas seguíamos com Fé de que daria tudo certo e que ela não iria sofrer.
Nara: Você está precisando sair. — deu um gole do seu cafe colocando o Pires na mesinha de centro.
Luiza: Chegamos não faz muito tempo, já vi a rua hoje. — rimos.