somebody to love - taekook

By sxnochu

116K 16.2K 20.7K

❝Apaixonar-se por um homem nos anos 50 nunca foi algo que Taehyung ou Jungkook imaginaram. Especialmente quan... More

⚠️ AVISO ⚠️
01;
02;
03;
04;
06;
07;
08;
09;
10;
11;
12;
13;
14;
15;
16;
17;
18;
19;
20;
21;
22;
23;
24;
25;
26;
27;
28;
29;
PLAYLIST - SOMEBODY TO LOVE

05;

4.1K 726 1.1K
By sxnochu

Quando uma onda quebra na praia, ela se dissolve em nada. A areia absorve a pureza da água e a transforma em névoa. Quando uma onda bate em outra, a atração a faz crescer, se tornar mais selvagem, deixando a harmonia do oceano intacta.

Romper essa harmonia prejudicaria não apenas as ondas, mas todo o oceano. Eles dizem que quando dois homens se beijam, eles devem sentir uma náusea crescente no fundo do estômago.

Essa doença pode crescer e consumi-los completamente, a menos que alguém a interrompa e ensine o que é certo. Jungkook não sentiu nenhum tipo de doença. Só uma grande dúvida.

Bem cedo na manhã após aquele dia, Jungkook acordou com lábios macios nos seus, aquela ação simples o fazendo pular, apertando os lençóis em suas mãos antes que ele soubesse o que estava acontecendo.

Quando ele abriu os olhos, viu Rósie sorrindo, seu hálito mentolado no rosto.

– Tenho que ir. Ainda é muito cedo, então volte a dormir. Fiz o café da manhã para você, está na cozinha. - disse Rosie e Jungkook assentiu fracamente, em seguida, recebeu um beijo rápido nos lábios.

Seus lábios contra os de Rósie foram o que a lembrou do que era certo e do que era errado. Isso, isso era o que era bom. Era a sua virtude, que ele tinha que obedecer se tivesse um pouco de moral, então se levantou com um movimento quase doloroso e beijou Rósie com um pouco mais de firmeza, certificando-se de que ela sentisse tudo. Rosie sorriu nos lábios e foi embora depois de alguns momentos, corada.

– Vou sentir sua falta. - disse ele.

– Eu vou sentir sua falta também.

– Me ligue. - Jungkook respondeu e Rosie acenou com a cabeça.

– Claro que vou, eu te amo. - disse ela, beijando sua bochecha.

– Te amo também. Deixe-me acompanhá-la até a porta! - Jungkook disse e Rosie balançou a cabeça.

– Oh não, está muito frio lá fora, não quero que você fique doente! - Rosie respondeu e Jungkook saiu da cama.

– Não se preocupe comigo, Rósie. - disse Jungkook sorrindo, tirando alguns fios de cabelo do rosto.

– Espero que você aproveite esses dias para pensar em si mesmo.

– Espero que você aproveite estes dias para descobrir seus próprios interesses. respondeu ele, rindo.

– Eu não acho que você gostaria que eu fizesse.

Jungkook pegou um casaco e o vestiu rapidamente antes de carregar a mala de Rosie e sair de seu quarto. Ela caminhou atrás dele.

– Você não precisa...

– Rosie, você não acha que se preocupa muito? Eu sou seu marido, tenho que cuidar de você. - Jungkook disse suavemente e Rosie acenou com a cabeça, olhando para o chão.

Jungkook beijou sua testa e então abriu a porta para sair. Estava frio lá fora, o céu ainda estava escuro. Um carro estava esperando do lado de fora de sua casa com as luzes acesas. Era prateado, brilhante, com um teto perfeitamente quadrado. Jungkook viu Verônica sentada no banco do motorista. 

– Bem, Veronica me disse que vai dirigir até lá, acho que está tudo bem. - disse Rosie e Jungkook grunhiu. Ele desceu as escadas de sua casa até a rua, atrás do carro de onde Verônica saiu, vendo Rósie e dando-lhe um abraço enquanto Jungkook abria o porta-malas do carro.

– Deixe-me ajudá-lo. - disse uma voz e Jungkook ergueu os olhos surpreso ao ver Taehyung com seu cabelo loiro caindo da testa aos olhos. Jungkook carregou as malas e as colocou dentro do carro, fechando-o depois.

– Eu não preciso da sua ajuda, muito obrigado. - disse ele rudemente antes de se virar.

– Bem, nós vamos agora. - Verônica disse e olhou para Taehyung, aproximando-se dele. – Posso confiar em você para cuidar-se?

– Você acha que eu sou um menino? Claro que posso, Veronica. - ele estalou a língua.

– Você não pode viver um dia sem mim, Taehyung, você pensa demais em si mesmo. - ela riu e Taehyung sentiu seus dentes rangerem, seus músculos tensos.

Veronica se virou para andar e Taehyung a segurou pelo braço, puxando-a de volta.

– Não fale assim comigo. - Verônica olhou para ele.

– O que você está tentando fazer sendo tão arrogante?

– Não me incomode muito, querida, eu poderia dormir com outro homem pelas suas costas. ele disse, sorrindo antes de dar um passo para longe dela. Taehyung apenas desviou o olhar, mordendo o interior da bochecha enquanto Verônica entrava no carro.

Jungkook abraçou Rósie com força e ela o beijou antes de dizer a ele para cuidar de si mesmo. Ela entrou no carro do outro lado, dando a Taehyung um sorriso no caminho. Quando Rosie entrou, ela olhou para Verônica. 

– Eu acho maravilhoso que você possa dirigir.

– Todas as mulheres deveriam saber dirigir. Depender dos homens é idiota, algo que a sociedade nos forçou. Eu não dependo de Taehyung de forma alguma. - Veronica disse, começando a dirigir bem rápido.

– O-Oh! - Rosie disse baixinho, olhando pela janela. – Você é muito inteligente, Verônica, e eu acho maravilhoso o quão liberal Taehyung é.

– Não acho que ele goste de como eu sou chata às vezes. - ela respondeu rindo – Mas eu não me importo muito com o que ele pensa.

Rosie apenas acenou com a cabeça, incapaz de se relacionar com ela ao mínimo.

Jungkook e Taehyung observaram o carro ir embora. Jungkook tossiu com a fumaça que o motor soltou e viu Taehyung, parado do outro lado da rua, olhando para longe em silêncio. Ele olhou para ele por um momento e Taehyung olhou para ele, mas Jungkook se afastou.

– Está muito frio, não é? Ouvi dizer que vai nevar em breve.

– Você não tem o direito de falar casualmente comigo. - Jungkook disse zombeteiramente. Taehyung abriu a boca, falsamente ofendido. 

– Desculpe-me por me preocupar com o tempo. - Jungkook grunhiu, desviando o olhar.

– Bem, você não deveria. Não quero falar sobre o tempo com você, não tenho interesse em fazer isso, não com você.

– Que rude da sua parte, Jungkook. - Taehyung disse, atravessando a rua para alcançá-lo.

– Que engraçado da sua parte, Taehyung, falar como se tudo no mundo estivesse bem depois do que você fez ontem. - Jungkook retrucou com raiva, apontando para ele. Taehyung o olhou, com as mãos nos bolsos. 

– O que eu fiz? - Jungkook olhou para ele com uma sobrancelha levantada e Taehyung curvou a cabeça. – Devo ter esquecido.

– Você se acha muito engraçado, não é Taehyung? Bem, senhor, acho que devo lembrá-lo: você fez a coisa mais horrível que um homem pode fazer a outro.

– Você está esquecendo que os homens matavam uns aos outros apenas alguns anos atrás? Nada pode ser pior do que isso.

– Você coloca seus lábios! Os lábios de um homem... contra os meus! Os lábios de outro homem! Quero dizer isso é inédito! É absolutamente horrível! - Jungkook começou a dizer e Taehyung apenas fez uma careta para ele.

– Do que você está falando? É mais um daqueles seus sonhos estranhos, Jungkook? - Taehyung perguntou e Jungkook franziu a testa.

– N-Não. Você... você me beijou atrás do restaurante ontem.

– Eu nunca fiz algo assim, não esperava que você fosse tão mentiroso, Jungkook. - Taehyung disse, deixando escapar um suspiro exagerado obviamente misturado com um tom de humor. Mesmo assim, Jungkook parou. Ele olhou para Taehyung e deixou seus pensamentos vagarem novamente. Taehyung realmente o beijou? Agora que Jungkook pensava nisso, tudo parecia tão surreal. Na verdade, ele só lembra alguns fragmentos e pequenas partes. Talvez nunca tenha acontecido, talvez tenha sido apenas um sonho. Foi realmente real?

– M-Mas... - Jungkook começou a dizer e parou, engolindo em seco.

– Você é adorável, Jeon Jungkook. - Taehyung disse com uma risada. Jungkook corou.

– Estou saindo. - disse ele com uma voz um pouco quebrada e praticamente correu para casa, de volta para seu quarto, para sua cama, para se enroscar nos lençóis e pensar. Por cinco horas inteiras, tudo o que ele pôde fazer foi pensar.

Quando ele se levantou. Enquanto toma banho. Enquanto se vestia. Enquanto tomava o café da manhã. Enquanto descia a rua para o trabalho. Enquanto caminhava para a mesa, ele se sentava todo fim de semana para trabalhar. Enquanto fazia o trabalho que deveria fazer, tudo o que fez foi pensar. 

Pensando, pensando e pensando, até que pudesse se lembrar. Até que suas memórias estivessem claras e sua perspectiva fortalecida.

– Senhor... - disse Jungkook ao chefe. – Vou sair para comer.

– Faça o que você tem que fazer! - ele respondeu quase bruscamente e Jungkook assentiu, olhando para o homem por alguns segundos, se perguntando se ele realmente estava bem. Tudo o que Jungkook o viu fazer foi dormir.

Jungkook logo deixou o prédio e caminhou até o outro lado da rua. Ele entrou e perguntou à recepcionista se ele poderia visitar Kim Taehyung, ao que ela educadamente acenou com a cabeça, dando-lhe o número do quarto. Ele subiu as escadas até que finalmente chegou ao andar onde ficava o escritório do homem, então ele bateu na porta.

– Entre. - Taehyung disse, olhando para frente, encontrando Jungkook lá, que parou quando o viu falando ao telefone.  – Ah, essas suas afirmações são estúpidas. Eu estou cuidando disso. Claro que sim, senhor, pode contar comigo. - ele riu e sorriu. – Sim, sim. Excelente. Espero vê-lo em breve, Sr. Justice.

Ele terminou e colocou o telefone de volta no lugar. Jungkook franziu a testa.

– Você é o advogado de Jimmy Justice? Jimmy Justice, o famoso cantor pop? Rósie adora!

– Claro que sou. E bem, é bastante surpreendente ter você por perto, sente-se. - Taehyung disse se inclinando para frente e apontando para o assento. Jungkook estava prestes a fazer isso, mas parou.

– Não, eu me lembrei porque estou aqui. - Jungkook respondeu, olhando para o homem. – Eu pensei sobre isso... muito. Eu pensei sobre isso o dia todo, e agora posso dizer com certeza. - ele continuou, olhando para Taehyung com aborrecimento. – Que você me beijou ontem!

Taehyung o encarou por alguns segundos e então grunhiu, recostando-se na cadeira.

– Não me lembro.

– Claro que sim!

– Você é quem está mentindo!

– Eu nunca minto, Taehyung, e estou um pouco ofendido com suas afirmações especulativas. - Jungkook exclamou, desviando o olhar. Taehyung olhou para ele por um momento e suspirou, levantando-se.

– Se você insiste tanto, então eu acho... - ele disse, começando a andar e Jungkook apenas olhou para ele.

– Isso não é uma resposta.

– Não tenho certeza do que você quer que eu diga.

– Você está me deixando louco, Kim Taehyung! Eu quero que você aceite o que fez, admitir a verdade tornará tudo menos horrível...

– Eu acho um pouco estranho o quanto você quer que isso seja verdade, Jungkook. - ele disse a ele e Jungkook parou.

– E-eu...- ele começou a dizer, suas bochechas ficando rosa.  – V-Você...

Taehyung se aproximou dele, e Jungkook sentiu a aura intimidante que o homem mais velho exalava. Confiança e autoconfiança, algo que Jungkook dificilmente poderia aspirar.

– Pelo bem de todos... —Taehyung começou a olhar Jungkook mais de perto, praticamente impondo-se sobre ele, parecendo tão cuidadoso e tão audacioso ao mesmo tempo com as mãos em seus bolsos – Deixe-me ver se entendi... Estava pensando en eu te beijando todo o dia?

Jungkook ficou ainda mais vermelho.

– N-Não, eu não estava...

– Deixe-me terminar, querido. - Taehyung disse suavemente e Jungkook engoliu em seco, sem considerar como a mão de Taehyung o prendeu contra a parede. – E embaixo de você?

Jungkook olhou para baixo.
– F-foi um sonho.

– Por que você sonhou com isso? - Taehyung disse e Jungkook não pôde deixar de notar o quão baixo e firme sua voz estava.

– E-eu não sei. Eu...

– O livro do cientista Richard Stelling, Dreamworks, publicado em 1896, diz que os sonhos são mensagens do subconsciente. - disse ele e o menino olhou para ele com olhos arregalados. Ele enrubesceu.

– T-Taehyung- isso é...

– Então, então, não é verdade que você poderia ter sonhado comigo beijando você? - ele perguntou e Jungkook apenas engoliu em seco. – Além disso, a falta de evidências não pesa seu argumento, Jungkook, portanto... - Taehyung continuou falando mais rápido, olhando mais de perto para Jungkook. – Você queria que eu te beijasse. Você queria que eu fizesse sexo com você. Você queria tudo isso mais do que qualquer pessoa jamais quis, então o resultado final neste caso é simples: você me beijou.

Jungkook estava congelado, seus olhos arregalados, seus lábios murmurando palavras que ele não conseguia pronunciar, seus olhos quase úmidos se ele piscasse mais uma vez. A proximidade de Taehyung deixou todos os cantos de seu corpo em pânico, e antes que ele pudesse fazer qualquer coisa, Taehyung deu um passo para trás, rindo alto.

– E isso... - disse o loiro, voltando a se sentar em sua cadeira. – É porque sou um advogado tão bom.

Jungkook desabou, soltando um suspiro.
– O-O quê?

– Acabei de inventar tudo isso, Jungkook, não tenho ideia do que disse, estava apenas sendo um advogado. - disse ele, pegando um cigarro, acendendo-o e levando-o aos lábios. 

– V-Você... - Jungkook gaguejou. – Você não quis dizer tudo isso? Você está apenas...

– Eu estava fazendo meu trabalho, Jungkook. Muito esplêndido, devo admitir.  Se eu tivesse alguém como você sempre no tribunal, eu venceria todos os casos. - Taehyung disse, exalando fumaça.

– E-Eu não entendo. V-Você me beijou ou..? - Jungkook disse e Taehyung apenas riu.

– E se eu quisesse? O que você vai fazer a respeito, hm? - Taehyung perguntou olhando para ele com um gesto divertido.

– E-Eu só... vou me incomodar com você. - ele respondeu timidamente e Taehyung sorriu.

– Ah. - Taehyung disse e Jungkook corou. – Você vai ficar com raiva de mim, certo? Não posso deixar isso acontecer, não, não, não... O mundo vai acabar antes que Jeon Jungkook fique chateado comigo.

Jungkook desviou o olhar, seus lábios franzidos em um pequeno beicinho.
– P-Pare de falar assim comigo... eu não gosto nada disso.

– Por que você não gosta?

– Faz... meu estômago parecer estranho. - Jungkook disse, corando enquanto olhava para Taehyung, que estava apenas rindo quase com ternura. Jungkook estalou a língua, dando um passo para trás.

– E-Estou vermelho, certo? Você deve pensar o pior de mim, eu sou tão estúpido, nada além de estúpido. Eu deveria estar em casa. 

– Jungkook. - Taehyung começou a dizer, mas o garoto abriu a porta e saiu, sentindo-se tão envergonhado por suas ações e palavras. Por que ele agiu dessa maneira? Odiou muito isso. Ele odiava como Taehyung o fazia corar e gaguejar com apenas algumas palavras.

Ele voltou ao trabalho e tentou fazer o melhor para pensar em qualquer coisa que não fosse Taehyung. Qualquer coisa, mas ele não podia. Ele voltou para casa depois do trabalho com a mente cheia de pensamentos apenas sobre o homem. Ele não conseguia andar, não conseguia trabalhar, não conseguia fazer nem mesmo as coisas mais simples sem pensar nos olhos de Taehyung, seu cabelo, seu rosto, sua boca, suas palavras, sua voz. Cada pensamento fazia seu estômago formigar, cada vez que a imagem dele aparecia em sua mente, ele tinha que se acalmar, porque simplesmente o oprimia. Ele sentiu como se estivesse ofegando por ar e suas mãos suando, seu interior estava dormente. Ele sentiu uma necessidade imensa de algo, algo que não tinha certeza se era.

Até ele descobrir.

Jungkook, às 21h47 se viu em nada além de um suéter e calças leves, caminhando em direção à casa de Taehyung. Após cerca de 8 minutos de caminhada, ele finalmente estava na frente de sua grande casa. Beteu na porta.  E quando abriu, Taehyung estava lá, ainda com suas roupas de trabalho, mas sem gravata, seu cabelo um pouco bagunçado. Ele parecia tão bonito que Jungkook quase sentiu seu estômago revirar.

– Oh, Jungkook! - Taehyung exclamou sorrindo. – Terceiro encontro hoje, que emocionante.

Jungkook engoliu em seco, olhando para ele. Inseguro, tão inseguro, bem, não deveria. Ele realmente não deveria.

– Posso te ajudar em algo? - Taehyung disse e a boca de Jungkook ficou seca.

– Não, não, não... mas eu tinha que vir. - ele tinha que fazer isso para satisfazer aquelas necessidades que sua mente tanto exigia dele. – Você poderia... - Jungkook disse em uma voz fraca e baixa, mais alta do que o normal. – Você poderia me beijar de novo?

Taehyung parou na porta e Jungkook engoliu em seco. Ele parecia tão frágil, ele estava tremendo. Estava muito frio lá fora e ela vestia apenas um suéter muito fino.

– Jungkook, acho que você deveria entrar.

– Eu deveria ir embora! Ah, o que fazendo entrando em sua casa assim? São quase dez horas, está frio e... e você deve estar cansado. Desculpe desculpe desculpe. O que acabei de dizer? É tão bobo, peço desculpas por desperdiçar seu tempo.

Mas antes que ele pudesse divagar, Taehyung o agarrou pela cintura e o conduziu para dentro de sua casa. Ele fechou a porta e pressionou Jungkook contra ela, impondo-se a ele.

– Diga-me o que você quer que eu faça, e diga devagar e com segurança. - Taehyung disse e Jungkook mordeu o lábio.

– E-Eu... - Jungkook começou e Taehyung balançou a cabeça.

– Não, Jeongguk... - ele respondeu com uma voz suave, suas mãos segurando a cintura do outro. – Não gagueje, eu preciso saber se você tem certeza do que quer.

Jungkook engoliu em seco.
– E-Eu não sei o que eu quero.

– Eu acho que você sabe. - Taehyung disse, as mãos de Jungkook alcançando sua camisa, olhando para ele.

– Como sabe? Como você sabe de tudo? - Jungkook perguntou com os dentes batendo levemente, mais por causa dos nervos do que do frio.

– Eu não sei, Jungkook. Ninguém sabe tudo. - disse ele, olhando em seus olhos de mel escuro, suas respirações se misturando. – Eu só não tenho medo do que quero.

– É-É errado... - Jungkook gritou, movendo as mãos e envolvendo-as em volta do pescoço do outro, os braços ao redor dos ombros. – Não deveríamos fazer isso, nós...

– Você pode passar a vida inteira se questionando, Jungkook. - Taehyung disse, roçando os lábios com o do garoto, que se inclinou em direção a ele, um gemido prestes a escapar de sua garganta. Mas antes que ele pudesse fazer qualquer coisa, Taehyung se afastou. – Ou você pode apenas fazer o que quiser. Não pense, apenas deixe todos os seus medos e cometa seus pecados. Às vezes simplesmente não importa, às vezes está tudo bem. - Taehyung sussurrou. Jungkook piscou, olhando para o loiro. 

– S-Sim... - ele sussurrou. – Eu quero que você me beije, Kim Taehyung. Eu quero seus lábios contra os meus, agora.

– Quem sou eu para dizer não? - Taehyung disse sorrindo e se inclinou para pressionar seus lábios. Jungkook congelou por um momento, mas então ele sentiu Taehyung apertar sua cintura. Foi quando ele abandonou seus medos, seus pensamentos inúteis sem fim e pressionou seus lábios contra os de Taehyung.

Taehyung moveu seus lábios contra os de Jungkook fluentemente. Sua respiração se acelerou e ele se sentiu viajando pelos prédios, descendo e subindo até o topo dos horizontes, por uma paisagem rochosa, correndo sobre grandes massas de água, suspensas no ar enquanto o sol brilhava no oceano. Beijar Taehyung era como voar. Jungkook se afastou.

– M-Mas e quanto..? - ele começou a dizer e sentiu as mãos de Taehyung atrás de suas coxas, pegando-o e fazendo-o ofegar. Ele nunca tinha sido abraçado antes, não assim, não por um homem, para não ser beijado. 

– Você pensa demais. - Taehyung disse e apertou os lábios novamente, as mãos de Jungkook indo para seu cabelo.

– Nunca fiz nada assim, não com um homem.

O loiro o carregou para a sala, levando-o até os sofás. Taehyung interrompeu o beijo e Jungkook engoliu em seco, olhando para ele com seus grandes olhos.

– T-Taehyung, não deveríamos.

– Oh, querido, sim, nós devemos. - Taehyung sussurrou sobre sua boca e o beijou novamente.

– M-Mas e... - Jungkook começou a dizer e Taehyung o beijou novamente.

– Shhh, Jungkook. - o beijou de volta por um momento.

– M-Mas, nós somos homens.

Taehyung o beijou por um segundo.
– Os homens têm permissão para beijar.

Os lábios de Taehyung foram para sua bochecha, sua mandíbula, seu queixo.

– Não entre eles... - Jungkook sussurrou e Taehyung rosnou, beijando seu queixo, o canto da boca, o lábio superior e então o lábio inferior, então de volta para o outro canto da boca.

– Hm... - Taehyung sussurrou, olhando para ele. – Vou beijar você de novo, Jungkook.

– Por favor..! - ele sussurrou também e Taehyung apertou os lábios novamente. 

Jungkook o segurou pelos ombros, envolvendo as pernas em sua cintura. Ele nunca tinha feito nada assim antes, não com um homem. Mas beijá-lo... não parecia algo forçado, parecia liberdade para seu corpo, sua alma, seus pensamentos. Ele sentiu em cada músculo de seu corpo, como se estivesse levantando vôo. Ele voou com os lábios de Taehyung nos dele, e não havia mais nada. Só isto.

Não havia gravidade, nem tristeza, nada para detê-lo. E por um momento, eles apenas se roçaram, até que pararam de tocar o chão. Jungkook se afastou com os olhos ainda fechados e os dois respiraram um no outro. Ele lambeu os lábios, ainda sentindo os de Taehyung. Taehyung rosnou, abaixando-se para beijar seu pescoço.

– T-Taehyung... - Jungkook começou a dizer, engolindo em seco. – O que você quer fazer agora?

– O que eu quero fazer agora, querido? - Taehyung disse, com as mãos segurando firmemente os quadris de Jungkook. E os olhos de Jungkook se arregalaram, empurrando Taehyung para longe dele.

Taehyung cambaleou para trás e Jungkook se levantou.

– O que você está fazendo? Você não pode colocar seus lábios em todos os cantos do meu corpo! Isso não está certo! - Jungkook exclamou e Taehyung soltou um suspiro.

– Não faça isso de novo. - Taehyung reclamou e Jungkook engoliu em seco.

– E-Eu só queria te beijar de novo, não queria que você dissesse todas essas coisas, não queria que você fizesse mais do que isso. Ainda assim, como dois homens fariam isso? Não faz sentido. - ele disse e Taehyung se aproximou dele. – Uma faca só funciona com um garfo, você não pode usar uma faca com outra faca, isso não têm sentido!

Taehyung olhou para ele de perto, colocando a mão em sua cintura.

– Claro que faz sentido, tudo faz sentido, Jungkook... - disse ele beijando sua bochecha. – Você nunca fez isso com Rósie? - Taehyung perguntou com uma risada furtiva.

– Claro que fiz! Que ridículo perguntar isso. Claro que sim, mas não sabia que era possível fazer isso com um homem. Não deveria ser. - Jungkook murmurou, engolindo em seco.

– Tudo é possível no amor e na guerra, meu querido. Você me perguntou o que eu quero, certo? - Taehyung perguntou, olhando profundamente nos olhos de Jungkook. Seus lábios estavam quase roçando sua orelha - Você pode pensar no meu pau? - Jungkook soltou um gemido. – Não te parece bom? - Taehyung disse sorrindo, olhando para ele.

O menino estava corado, com certeza sentia suas calças apertadas.

– T-Taehyung, eu... devo ir. Com licença, eu não deveria ter beijado você, não deveria ter perguntado, não deveria... - começou a dizer, saindo da sala em direção à porta.

– Você vai escapar de novo, não é Cinderela? Terei de ir procurá-lo no sótão e colocar um sapatinho de cristal no seu pé? - Taehyung perguntou com um pequeno sorriso insatisfeito.

– Você está sendo muito atrevido hoje.

– Você me fez pensar, Jungkook. Pensar em você vestido com absolutamente nada e... Deus, eu não posso acreditar que você pensou que eu seria aquele por baixo de você. - Taehyung respondeu rindo e Jungkook balançou a cabeça.

– O que isto quer dizer?

— Você vai entender em breve. Em breve.

– Eu não quero entender. Devo ir, é tarde e tenho um trabalho. Boa noite. - Jungkook disse rapidamente e correu para fora de casa e rua abaixo.

Tudo o que ele podia fazer era pensar.

Em Taehyung.

Continue Reading

You'll Also Like

124K 7.4K 43
onde jungkook gosta de taehyung, porém o mesmo não se importa.
7.6K 1K 14
PLÁGIO É CRIME, todos os direitos reservados. Jeongguk ama astrologia e acredita fielmente que os astros interferem em sua vida, inclusive em quem va...
73.9K 9.3K 21
Jeon Jeongguk sonha em ser pai há muito tempo. Construir uma família era um dos maiores desejos do ômega, um caso que ficou "para o amanhã", depois...
636K 19.1K 28
Você e sua mãe tinham acabado de se mudar para a casa do seu padrasto e foi então que você descobriu que teria um meio-irmão, você só não esperava sa...