A Secretária Da Máfia (Conclu...

By brunaSam

450K 23.2K 2.3K

CONTEÚDO HOT. Marina Valentini, mais conhecida como Mari, a secretária da Máfia Italiana, e Henrico Moretti... More

AVISO
PRÓLOGO
CAPÍTULO 01
CAPÍTULO 02
CAPÍTULO 03
CAPÍTULO 04
CAPÍTULO 05
CAPÍTULO 06
CAPÍTULO 07
CAPÍTULO 08
CAPÍTULO 09
CAPÍTULO 10
CAPÍTULO 11
CAPÍTULO 12
CAPÍTULO 14
CAPÍTULO 15
CAPÍTULO 16
CAPÍTULO 17
CAPÍTULO 18
CAPÍTULO 19.1
CAPÍTULO 19.2
CAPÍTULO 20
CAPÍTULO 21
CAPÍTULO 22
CAPÍTULO 23
CAPÍTULO 24
CAPÍTULO 25
CAPÍTULO 26
CAPÍTULO 27
CAPÍTULO 28
CAPÍTULO 29
CAPÍTULO 30
CAPÍTULO 31
CAPÍTULO 32
CAPÍTULO 33
CAPÍTULO 34
CAPÍTULO 35
CAPÍTULO 36
CAPÍTULO 37
CAPÍTULO 38 (FINAL)

CAPÍTULO 13

10.3K 420 16
By brunaSam

Escrito e revisado por: VitoriaCrazy

Estacionei o Mercedes no estacionamento privativo e exclusivo do edifício elegante, entediado, ridiculamente seguro e caro em que residi desde os 18, tomei posse de minha bolsa Prada contendo meus pertences pessoais e abandonei o automóvel caríssimo certificando-me de tê-lo trancado devidamente e dispensei os seguranças iniciando os primeiros passos em direção ao elevador, tive a impressão de estar sendo vigiada e de ter visto uma figura encapuzada escondida atrás de uma das pilastras, me observando com uma calma e atenção calculadas.

O sujeito se encontra nas sombras, em um espaço distante onde os raios solares não penetram, dificultando então identificá-lo. Imediatamente entrei em alerta e saquei rapidamente minha Glock .380, que sempre costumo guardar como precaução para emergências, empunhando bem firme na mão direita, ativando o silenciador, mantendo o indicador imóvel sobre o gatilho, pronta para disparar caso seja preciso, limito-me a examinar minuciosamente todo o perímetro.

Estranhamente já não havia resquícios de ninguém ali a espreita, quem quer possa ser o indivíduo evaporou misteriosamente em um passe de mágica encerrando assim sua inesperada aparição enigmática.

Estou louca?

Que merda do caralho.

Porra, quero investigar, mas, seria uma enorme burrice, ainda mais estando em menor número sem qualquer reforço, desconhecendo a proporção do perigo, que é discreto e sorrateiro.

Todavia, não resisto a fodida curiosidade, não preciso temer á ninguém, sou treinada, domino excelentes habilidades de autodefesa.

Contenho a avalanche de emoções e, principalmente, a vontade esmagadora de surtar, inspiro fundo seguindo a paranoia, começando a deslocar-me calmamente pelo recinto inspecionando tudo atentamente, é de fundamental importância ter calma absoluta, não é hora de entrar em pânico.

Fico tão submersa naquela missão, quando, de repente, sinto uma presença atrás de mim, alguém aproximando-se com passos silenciosos e objetivos, sinto um toque desconhecido em meu ombro esquerdo, gerando vários calafrios ruins e, rapidamente, virei-me e sem pensar duas vezes pressionei o gatilho atirando no filho da puta abusador que ousa me tocar sem meu consentimento.

O homem soltou um urro de dor, acompanhado de alguns resmungos indecifráveis onde pude detectar um leve sotaque francês, ele ergue as mãos para o alto sinalizando rendição, a cor se esvai de seu rosto e os olhos se arregalam, o idiota está chocado, atordoado e aterrorizado.

O palhaço não é o que eu esperava, é jovem, certamente tem 20 e poucos, alto, feio com olhos vazios de psicopata, está trajando vestes informais de uma cafonice sem fim, cheio de trejeitos calculados para impressionar, é basicamente um zé droguinha pobretão, não é o tipo que conseguiria custear honestamente um apartamento de luxo aqui, com certeza está traficando.

Entediada, o vejo interpretando a pobre vítima ao se contorcer de dor e tentar desesperadamente estancar o sangue em sua perna, infelizmente o tiro não provocou uma ferida profunda, é superficial, e não sinto arrependimento, fui criada para matar sem compaixão e não ter empatia por ninguém.

Mio Dio! Puta que pariu! — armei minha melhor cara de surpresa, fingindo inocência. — Signore, lamento muitíssimo, realmente não foi minha intensão feri-lo. — foi sim, mas ele não precisa saber, escondo a arma imediatamente para que não possa me causar mais complicações.

— Está tudo bem, não é nada sério. — garantiu falsamente e tentou sorrir fingindo que a dor não o atormenta, e de que lixão saiu essa carniça podre, cazzo? Estreitei os olhos,, desconfiada, impondo uma distância segura. — A culpa foi toda minha. — ainda bem que sabe, imbecil.

Meu instinto assassino manda: Mate-o, Marina, mate-o!

— Por acaso, estava me seguindo, cacete? — indaguei, e que bobagem, mesmo se estivesse me seguindo, obviamente ele não confessaria de livre e espontânea vontade, apenas sob tortura. Meu coração bate devagar, os alertas piscando em nível máximo: cuidado, Mari, não subestime, porra.

— O quê?! — reagiu o babaca encenando confusão, projetando inocência. — Não, não, senhorita, está enganada. Não a conheço, mudei-me para cá hoje, sou o novo morador do apartamento 307, coincidentemente seu vizinho. Gabriel Leblanc. — apresentou-se nervoso, insincero.

Se você se mudou para hoje, como é possível que saiba que sou sua vizinha? Mentiroso dos infernos.

— Ah, sim, sou Marina Valentini, Mari. — apresentei-me embarcando no jogo, tentando conter a irritação.

— É um enorme prazer conhecê-la, mesmo sendo nestas circunstâncias. — disse o puto vigarista.

— Sinto muito. — minto sonsa.

— Não sinta, por favor, eu me responsabilizo inteiramente por todo o dano, fui eu quem a assustei com minha abordagem repentina. Só queria uma informação, sabe como é, acabei de chegar aqui, é tudo muito novo para mim, ainda estou em estágio de adaptação. — justificou, parecia uma fala milimetricamente planejada e calculada, por algum motivo desconhecido não consigo acreditar nessa asneira.

— Certo, deixe-me ajudá-lo então com isto, é o mínimo que posso fazer. — quero ver até onde ele pretende chegar com este teatrinho.

— Não é necessário, posso cuidar disso sozinho. — Gabriel relutou seguindo o roteiro canastrão de seu personagem burro, só irá ceder se eu insistir.

— Eu insisto. — sou ameaçadora e o inútil resolve ceder e nós vamos consertar essa injustiça insuportável, não posso matá-lo ainda, preciso descobrir um pouco mais sobre este escroto.

— Marina, perdão pela intromissão, mas, tem certeza que sairá sozinha com este idiota? Pode ser uma emboscada! Está se expondo à toa. O Capo não se agradará de saber que anda passeando por aí com um desconhecido qualquer, considerando seu temperamento... Além do mais, não pega bem para uma dama comprometida. — Dante receia ao ver o burburinho e se aproximar cauteloso, me puxando para um canto.

— Está tudo bem, Dante, cabeça fria, prove sua lealdade a mim e não faça fofocas para Henrico, é sua obrigação defender quem paga o seu salário: eu. — intimei calculista e ele fica sem saber qual lado escolher, é um soldado muito sistemático e leal, certamente vai me trair e dar com a língua nos dentes como fazia na escola, fofocando cada treta minha para o Capo. — Me siga de longe e intervenha só se a barra sujar.

— Isso vai dar ruim, uma treta cabeluda das grandes e ainda perderei a cabeça por causa de sua irresponsabilidade. — não me apoia, contrariado. — Cuidado, Marina. — orienta uma última vez.

— Bico fechado e te darei um aumento. — retruco persuasiva, sinalizando suborno usando os truques valiosos de mafiosa e Dante balança a cabeça negando, suavizando a postura de leão e soltando um pequeno risinho de canto, desacreditado da minha malandragem.

Eu me encarreguei de proporcionar os devidos cuidados médicos a Gabriel, o ferimento não foi nada grave, em breve ele estará totalmente curado. Logo após, para compensar o estrago e sondar o território, me vi forçada a incorporar a guia de turismo e levá-lo para conhecer a cidade.

É sempre bom manter os inimigos por perto, papai Dom sempre diz.

Passeamos e conversamos bastante, na maior parte do tempo fui evasiva, contei somente o essencial sobre a minha vida, eu ainda não o conheço, não sei quais são suas intenções, se são boas ou ruins, devo sempre permanecer em alerta e vigilante com quem se aproxima de mim.

E se ele não for quem realmente afirma ser? E se for tudo um plano e ele houver se aproximado de mim para me usar? Para extrair informações da máfia e nos prejudicar?

Por via das dúvidas, é melhor ficar atenta e não confiar e acreditar facilmente.

Gabriel e eu descobrimos possuir estranhamente várias coisas em comum, uma surpresa espantosa que me fez ficar ainda mais em alerta, com milhões de teorias malucas na cabeça, ele parecia ter investigado a minha vida inteirinha, estudado tudo o que eu gosto e odeio. Minha paranoia está indo longe demais, porém, não descarto a possibilidade.

Quase morri entediada, o tal Gabriel dizia ser um empresário recém-separado, que apesar de frágil e traído, é um homem verdadeiramente encantador, muito educado, inteligente, sensível e engraçado, apreciador das coisas mais simples e humildes, sei, o papel de herói da pátria não convence.

Em nenhum momento o pilantra foi desrespeitoso comigo ou avançou o sinal, com piadinhas, flertes e cantadas idiotas, comportou-se muito bem como um robô, até porque se desse uma de engraçadinho e avançasse o sinal comigo não sairia vivo para testemunhar minha reação.

Naquela lenga-lenga de dar sono, Gabriel relatou aquela baboseira típica de estar superando uma término conturbado, me contou uma história de como havia sido traído pela sócia e também ex-namorada, que sujou seu nome, a humilhação de ser um cara direito e ter centenas de processos trabalhistas que manchavam sua reputação. Todo o vexame que passou o motivou a sair da França, seu país de origem, e vir para a Itália arejar a cabeça, descansar a imagem e curar as feridas.

Não engoli suas palavras, uma mentirosa tão profissional como eu reconhece outro mentiroso, afinal, minha maior especialidade é torturar vagabundos de todos os tipos e este babaca não é quem diz ser.

No fim do dia que ameaça não terminar nunca, consegui finalmente me livrar de Gabriel, forneci a ele por educação meu número pessoal descartável para que entre em contato comigo quando desejar para marcarmos um rolê entre amigos, que nunca acontecerá, pois, ele será eternamente ignorado, depois nos despedimos amigavelmente e fomos para nossos respectivos apartamentos.

Canalha de merda, você está fodido em minhas mãos.

— Quero que investiguem o histórico de Gabriel Leblanc e vigiem cada passo do miserável. — mando a minha equipe.

Sim, senhora, enviarei o relatório por e-mail daqui a pouco. — o hacker diz pelo celular e desligo.

Adentrei em meu lar luxuoso passando pelo olhar pesado de reprovação de Dante.

— Qual era a emergência que houve aqui mais cedo? — pergunto ao guarda chefe.

— Agora que se lembra do ataque? Um pouco tarde para ficar preocupada e tomar providências. — alfineta me condenando. — Está vacilando, Marina, priorizou mais dar um rolê pela cidade com um estranho do que descobrir quem bagunçou sua casa, atitude suicida. — critica venenoso. — Se eu fosse você, iria logo cortando essas gracinhas.

— Não me questione, Dante, só responda a porra que perguntei. — exigi ríspida.

— Invadiram, todavia, não roubaram nada de valor, apenas deixaram uma pichação na suíte principal. — faz o relatório.

O que me leva a crer que não eram ladrões comuns, era alguém de dentro da máfia, alguém de poder, querendo vingança: Laura ou Safira?

— Não fale nada para o Capo, segredo de estado.— ordeno fria.

— Marina, — e lá vem Dante com seus sermões. — já é a segunda vez só hoje que me induz a mentir para o maior monstro da Casanos, a situação me preocupa, esta pessoa que fez aquela palhaçada não é amadora, não deixou pistas e claramente tem um aliado aqui de dentro que facilitou a entrada e acessou os computadores, não é mais seguro permanecer, sugiro que não volte mais e farei minha parte interrogando o resto da segurança para achar o traidor. Conhece o Capo, ele odeia mentiras, cedo ou tarde ficará sabendo e irá te repreender feio, acabará sobrando para mim também, mesmo que a culpa não seja minha. — teme, pela primeira vez.

— Fique tranquilo, Dante, em todos esses longos anos em que trabalhamos juntos em cumplicidade, quando a parada esquenta, eu já falhei com você e te deixei ser foder alguma vez? — usei a doce manipulação ao meu favor. — Livrarei sua pele sempre, somos uns pelos outros e uma família, confie em mim, meu amigo. — discurso o clichê.

— Marina, você não consegue nem se proteger e jura mesmo que irá me proteger? Conte outra piada. — desdenha sem filtros. — Fale sério, você já foi menos mentirosa, depois não diga que não avisei.

Segui para o quarto, abrindo a porta fechada e revelando um circo de horrores no cômodo, não esboço surpresa ao fixar os olhos na cama totalmente desarrumada, com lençóis completamente banhados de um líquido vermelho, que sem dúvidas é sangue, sangue humano.

Na parede acima da cama, existe um grotesco recado patético demais em enormes letras garrafais, escrito com sangue fresco que escorria manchando a pintura:

"Bem-vinda ao inferno, puta."

Está de sacanagem comigo?

Criatividade mandou lembranças.

Não, não vou perder o controle, me sentir indefesa e procurar ajuda na mesma hora. Deveria sentir medo? Deveria, talvez, mas, no momento só consigo rir da bizarrice absurda, quando você nasce em meio ao sangue, se acostumando a ver as maiores atrocidade, chega em um ponto que não teme mais nada, a Deus.

Como se atrevem a brincar comigo dessa maneira ridícula? Puta que pariu.

— Que tipo estranho de pessoa fica rindo loucamente ao receber uma ameaça de morte? — Dante surge, comentando azedo. — Só mesmo uma psicopata, você me aterroriza, Marina, estou considerando seriamente chamar os psiquiatras.

— Admita que é engraçado. — incentivo mórbida e ele suspira em desgosto.

— Admito que você é maluca. — ofende sem medo. — É assustador, eu diria, é o que uma pessoa normal, com um pingo de juízo na cachola, também acharia. — depõe sarcástico.

— Você exagera, isso não é nada assustador para nós que já vimos merdas muito piores. — reparo analisando a sujeira.

Questiono-me o porquê da frase clichê do cacete estampar minha parede, tentei contabilizar motivos plausíveis que contribuíssem para que este tipo de incidente acontecesse.

Quem seria o autor da porcaria?

O ser traiçoeiro que arquitetou a palhaçada planejou tudo nos mínimos detalhes, o serviço certamente fora premeditado, considerando o meio em que vivo, pode ser absolutamente qualquer pessoa.

— A equipe de limpadores já foi chamada e virá dar uma geral na zona. — muda de assunto. — Colocará o apartamento a venda?

— Provavelmente. — soei incerta.

— Agora que está morando definitivamente na fortaleza do Capo, não é necessário ter despesas extras com um lugar vazio. — aconselha sucinto.

— Verdade, o lucro será bem maior, agilize os trâmites.

Engoli em seco, irritada e frustrada por não obter respostas para as perguntas que rondam minha mente. Miseráveis!

— Antes que eu me esqueça, parabéns pelo noivado, Marina. — parabeniza quebrando o gelo.

— Obrigada. — secamente agradeço.

Minha primeira ação é verificar as diversas câmeras de segurança espalhadas por todos os lugares para ver se haviam flagrado algum movimento suspeito que possa revelar algo útil, os equipamentos estão intactos, sem nenhum estrago, aparentemente estão em perfeito funcionamento, contudo, os registros das gravações foram claramente alterados e deletados, não há filmagens do horário em que houve a invasão e os seguranças incompetentes afirmam não terem visto nada preocupante enquanto estavam de plantão em seus postos.

Não quis me antecipar e expor abertamente o probleminha idiota a Henrico, o Capo tem preocupações e questões maiores para resolver na Casanos, não posso encher sua cabeça de picuinhas, sua reação não seria uma das melhores, ele é muito pavio curto, enlouqueceria completamente e agiria de seu próprio método, resolvi agir sozinha, em segredo e investigar por mim mesma o assunto e caso a busca seja infrutífera, só então direi a ele.

— Escute, Dante, vá e ache o filho da puta responsável por esta desgraça, eu o quero vivo em minhas mãos para torturá-lo da pior maneira. — brado feroz.

— Positivo, patroa. — acena profissional e saio do lugar, indo para a minha nova casa ao ver que meu celular no silencioso tinha várias ligações acumuladas de Henrico.

Droga, sinto cheiro de briga.

Fico mesmo surpresa ao ver Henrico na sala, já de volta do trabalho, tão cedo, menos de 8 horas da noite e começo a estranhar.

— Oi, meu amor. — circulo o sofá em que está sentado teclando no celular e o abraço por trás, beijando seu pescoço, fingindo que não tenho culpa no cartório. — Chegou cedo, querido. — saliento atenta.

— Fiquei preocupado com sua saída repentina da Sede naquela hora e resolvi voltar para ver o que acontecia. — começa sério, não correspondendo meus toques e beijos, quando olho para a tela de seu celular vejo um vídeo meu com Gabriel estampado no visor. — E, então, descobri que seu amante era o motivo de sua pressa. — acusa enciumado, se levantando feito um furacão, me olhando com raiva no olhar ferido e acusatório, confundindo, pensando tudo errado.

Rodeei o sofá ostentando um sorriso de deboche, quem não deve, não teme.

— É um mal-entendido! Não tenho amante nenhum, Henrico, pare de noia, eu não seria louca de trair você, este sujeito do vídeo era só um mendigo morto de fome que ajudei por acaso na rua, você me conhece, sabe que adoro fazer obras de caridade para os pobres, não resisto. — justifico santa, usando mentiras.

— Eu investiguei o perfil do filho da puta e ele não tem nada de "mendigo morto de fome", já que alugou um apartamento de luxo ao lado do seu, Marina, pise no freio em suas mentiras, está se contradizendo. rebate rígido, informado demais.

— Se você stalkeou o cara, deve saber que hoje foi a primeira e última vez que o vi! — ataco puta. — Você acha que se eu realmente tivesse uma bosta de amante, seria mesmo burra de me expor desta maneira na luz do dia para todo mundo? — me faço de vítima. — Acha que eu trocaria um bilionário como você por um pé-rapado daquele tipo medíocre? — aliso seu ego.

— Não. — caiu na real, se arrependendo do julgamento precipitado. — Se coloque em meu lugar, acontece que quando vi o vídeo, a forma com que sorria para ele e estavam próximos, parei de pensar racionalmente e o ciúme me cegou, tentei te ligar e não atendia, tentei também falar com seus guardas e nenhum deles dizia a verdade por serem fiéis demais a você e tudo isso me levou a agir como um escroto. — argumenta culpado. — Perdão, mia principessa, sou muito otário. — tenta se aproximar e recuo arisca.

— "Principessa" é o o meu cu, caralho! — dei um tapão em sua cara e Henrico fica quase chorando de dor. — Você surta do nada, parecendo criança, me acusando de traição sem provas como se eu fosse uma de suas putas mau-caráter, duvidando de meu amor e espera que eu te perdoe fácil e fiquemos de bem na paz? Vá se foder! — me valorizo não perdoando rápido. — Quem foi o fofoqueiro de merda que te manipulou com essa merda podre? — não pode ter sido Dante, ele sabe que seria castrado se conspirasse contra mim.

Foi Laura. — anuncia com vergonha, ah, pronto, está explicado. — Ela armou para você, para nós. — resume zangado.

— E, para variar, você acreditou feito um frouxo idiota nas mentiras daquela cachorra vira-lata, sem nem ao menos averiguar os fatos, parabéns, Henrico, — aplaudi cínica. — obrigada por confiar tanto em mim. — me virei escondendo o sorriso de vitória por ter arrasado em rebaixar Henrico, subindo para o nosso quarto e batendo a porta, me escorando na madeira e rindo baixo, muito, do show que fiz, mesmo estando errada, sempre estarei certa.

Sento na cama, abaixando a cabeça e caprichando na carinha angelical de tristeza, forçando lágrimas de crocodilo nos olhos, sou expert em choro falso, contando os segundos para a chegada de Henrico.

Amore mio, — murmura tristemente, adentrando cabisbaixo o quarto e se ajoelhando aos meus pés, eu sou a única mulher no mundo que tem o privilégio de ter Henrico Moretti ajoelhado aos seus pés, estão sentindo o meu poder? — não era para tanto, você é tão boa atriz que realmente me faz ficar mal com seu drama, por favor, não chore, odeio vê-la chorando, mesmo que não seja de verdade, — limpa delicadamente minhas lágrimas, beijando docemente as bochechas. — me perdoe, a culpa é minha mesmo, sou um babaca e não mereço você. 

— Não sei se quero mais ficar com você para sempre, estou cogitando me separar. — manipulo mais seu ponto fraco e ele fica abalado, quase em pânico.

— Morena, cazzo, não pode me deixar, eu te amo demais, sem você é impossível viver. — expõe sua carência e dependência emocional.

— Então, mude, Henrico, seja melhor e menos ogro, só assim nossa relação funcionará. — chantageio inocente, olhando para o outro lado, ignorando seu olhar desesperado e angustiado. — Terá que ser homem de verdade e escolher entre mim e Laura. — o coloco entre a cruz e a espada.

— É óbvio que escolho você mil vezes, só que eu jamais te obrigaria a nada, se quiser mesmo dar um tempo para desanuviar, pode me deixar e ir, não impedirei, serei compreensivo. — o gado libera passivo.

Fungo dissimulada, passando a mão pelo nariz vermelho de tanto forçar choro.

— Eu te amo, Henri, só não quero que sua madrasta bruxa fique entre nós, nos atrapalhando. — me abaixo enroscada em seus braços protetores e Henrico me aperta possessivo e carinhoso, colocando beijos em minha face corada.

— Eu te amo muito mais e não deixarei que Laura e ninguém mais nos afaste, lo giuro su Santo Dio que matarei quem se colocar contra nós. — decreta impiedoso.

Yes!

Me desculpe por ter encontrado aquele homem por suas costas, foi pura coincidência do destino, não precisa se preocupar, — tranquilizo maldosa. — eu sou sua, não tenho interesse em nenhum outro que não seja você. — e suas riquezas.

Eu sei, piccola, — beija minha testa. — mas, se aquele verme te assediar de novo, eu não responderei por mim. — sentencia duro. — Sou paranoico de natureza, novamente lhe peço perdão por ter sido tão imprudente, quando se trata de você, meu ouro mais precioso, eu sou um animal irracional, faço loucuras que até o diabo teme.

Boceta e cérebro são duas armas letais, desde que você saiba usá-las, conseguirá tudo o que quiser.

Homem fraco faz tudo por boceta.

Nos beijamos com desejo, abraçados.

— Nunca mais me envergonhe me colocando em uma posição tão constrangedora, sou sua mulher e não uma vadia, deve me respeitar como te respeito! — exijo perversa.

— Claro, principessa, nunca mais. — promete bonzinho e tão trouxa. Ah, como eu me divirto zoando Henrico.

Estão vendo como se adestra um cão, meninas? Aprendam isso e muito mais com a diva Marina Valentini.

— Amanhã. — sugiro decidida e Henrico arqueou a sobrancelha, momentaneamente confuso.

— O que terá amanhã, minha morena?

— A festança de anúncio de nosso casamento, você finalmente revelará nosso compromisso para o mundo.

Farei Laura e a outras inimigas surtarem mais.














Continue Reading

You'll Also Like

10.1M 619 5
Malu foi criada por um família humilde do interior, apesar disso, sempre valorizou e aproveitou a sua liberdade. Tem uma tia que mora na capital,ent...
1.4M 108K 91
Os irmãos Bianchelli são os três milionários solteiros mais cobiçados de Nova York Três homens ricos,gostosos é muito possessivos, zelam pelo que é s...
255K 11.4K 17
Um acidente transforma a vida do Dylan Bansk um jovem milionário, sua esposa morreu em um acidente de carro onde deixou dois filhos, Alice de 5 anos...
77.4K 6.7K 74
Emilly, traída por seu namorado Henrique, decide tentar uma nova vida em São Paulo, sem acreditar no amor ela conhece Derek Mendes, filho do patrão d...