Meu Eterno Shelby

By Raayot7

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⚠️ 2 Temporada já disponível!!! Hanna e John tinham uma relação um tanto diferente, amigos de infância e ao m... More

01.Bem vindo de volta
02.Leilão
03.Ainda é um mentiroso
04.Sequestro
05.Eu estou bem aqui agora
06.Casamento
07.Passado
08.Te amar me enlouquece
09.Como explicar
10.Apenas eu e você
11.Deixe-me ser aquele
12.Eu lutarei por você
13.Os Cooper
14.Expansão
15.Aquele sorriso
16:Personagens
17.Homem de sorte
18.Promete Shelby?
19.Poetas tentando escrever
20.Felicidades Tommy
21.Confiar em você?
22.Antes que você vá
23.A jovem prodigio
24.Eu já sabia que te amava
25.Nosso para sempre
26.O amor é um jogo
27:Trailer
28.Quer jogar?
29.Familia
30.Jogo perdido
31.De novo não
32.Não quero ficar aqui
33.Dente por dente
34.Meu império
35.No meu lugar
36.Presente
37.Tentativas
38.Estranhos novamente
39.Um motivo
40.Sol
41.Ainda não acabou
42.Caminho de volta
43.Regra número 1
44.Amor e lealdade
45.Momentos
46.Um piscar de olhos
47.Espaço
48.Você não é ela
49.Um toque
50. 5:30 PM
51.Outra alma
52.Uma chance
53.Entre paginas
54.Novo inimigo
55.Intenso e Genuino
56.O inicio da caça
57.Responsabilidade
58.Amar pode machucar
59.Acusação
60.Dois covardes
61.Quarto do pânico.
62.Inferno
63.Proxima vida
64.A dama de vermelho
65.A musa de Londres
66.O retorno
67.Familia
68.Xeque-mate
69.Conectados
70.Minha Coroa
71.Grande Noite
73.Mais perto
74.Arrepios
75.Aquele olhar
76.Fim de um ciclo
77.Chamas ou Paraíso
78.Paraíso
79.Noite estrelada
80.Hora do Show
81.Apenas um bilhete
82.Ultimo Adeus
83.Sempre foi você
84.O baile dos Shelby's
85.Jogo da verdade
86.Noite de luar
87.Sacrifios
88.Passagem de ida
89.A verdade
90.Distantes
91.Unica chance
92.Uma decisão
93.Noite em familia
94.Segredos
95.Brincando com fogo
96.A queda dos Shelby's
97.Segunda chance
98.Um recomeço
99.Amor em alto mar
100.Seja minha
101.Lar doce lar
102.Dívida paga
103.Traidor
104.Segredos
105.Não me deixe
106.Prova do nosso amor
107.O grande dia
108.Marido e Mulher
109.Lados do paraiso
110.Os gemêos Shelby
111.O fim de uma era (Final)
112.Epílogo
2 temporada
Surpresa!!!

72.Uma Promessa

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By Raayot7

Me vejo em uma floresta, olho para os lados e não vejo nada além de várias árvores. Olho para frente e percebo que estou no meu de um caminho de flores, um sorriso genuíno se forma em meu rosto e eu o sigo. O caminho de flores era extenso, parecia nunca ter fim. Assim como a floresta que parecia nunca mudar, todos os lugares pareciam ser iguais.

Chego então em um riacho, a correnteza estava agitada. Me aproximo e me abaixo em sua beirada, coloco então minha mão na água para sentir seu frescor. Foi então que a partir do meu toque uma coloração vermelha contaminou toda água que outra hora era azulada.

— O que... - Me assunto e dou um pulo para trás, me sentando na grama.

O rio todo agora estava vermelho, um vermelho forte como sangue. Encarei minhas mãos assustada e ofegante, o que eu havia feito com a água que agora parecia ter se tornado sangue. Sentada na grama eu permanecia encarando minhas mãos de maneira incrédula, até ouvir uma voz dizer de maneira alta.

— Não se preocupe, isso é normal na temporada de caça. Quando o caçador avança e a caça é atingida, ela sempre tenta fugir e acaba espalhando sangue por ai. - Dominic diz do outro lado do riacho, me encarando com um sorriso no rosto.

— Você...Não pode ser... - Começo a me arrastar para trás.

— A temporada ainda não acabou! - Abre seu sorriso diabólico.

— FICA LONGE DE MIM!!! - Grito em desespero e me levanto.

Sem nem olhar para trás começo a correr em desespero, era como se estivesse em um labirinto aonde tudo é idêntico, as flores, as árvores, até os caminhos pareciam os mesmos. Enquanto corria pela enorme floresta, a risada de Dominic se fazia alta por toda a parte, como se ele estivesse presente em qualquer lugar.

— ME DEIXA EM PAZ! - Gritei colocando as mãos nos ouvido.

Olhei para trás para ver se o mesmo estava por perto, e em questão de segundos quando voltei a olhar para frente, bati de frente Dominic. Não deu tempo nem de nossos corpos baterem um contra o outro, de maneira certeira o mesmo agarrou meu pescoço com brutalidade.

— Achei você...! - Ele diz de forma vitoriosa.

Ele então coloca sua outra mão em meu pescoço e começa a apertar, apertar e apertar...Até que eu começasse a ficar sem ar, eu tentava de todas as formas me soltar, mas era em vão! E ele apertava, apertava como se fosse quebrar meu pescoço.

.....

Sinto meu corpo saltar contra a cama e acordo assustada puxando o ar, com as mãos presas ao pescoço. Encaro o teto enquanto permaneço no estado de choque e percebo que tudo não passou de um pesadelo, aos poucos vou acalmando minha respiração e a fazendo voltar ao normal. Olho para o lado e encaro John a dormir, sem rosto era sereno e tranquilo, a visão mais bela que já vi.

Eu me sentia muito sortuda por o ter ao meu lado, por muito tempo comparei a aparência de Theo a de um anjo, e realmente eu não estava errada. Porém sempre fui mais fã das obras de artes, da arte feita pela própria mão do homem. E assim era John, imperfeito, mas único. Carregava a beleza mais bela para se admirar, daquelas que você não se cansa, que te prendem e que vocês quer levar para si.

Eu não queria acorda-lo e o incomodar por algo tão fútil, pensando que na manhã seguinte ele teria um dia longo de trabalho e precisava descansar. Com cuidado me levanto da cama e vou até a cômoda perto da lareira, pego a jarra de água e encho um copo. Sem que percebesse encaro minha mão a qual segurava o copo, estava trêmula, um vacilo meu e o copo cairia no chão.

Segurei o copo então com as duas mãos e bebi a água com calma, eu não podia ter uma crise agora, eu não deveria. Me sentei então no sofá e encarei a lareira que me esquentava, sem nem ao menos piscar fiquei preso a ela. Era como se a as imagens do pesadelo se repetissem em minha mão, e meu corpo se arrepiasse por inteiro, de medo. Minha atenção então é chamada por alguém chamando por meu nome, John.

— Hanna...Ta fazendo o que ai? - Diz coçando os olhos.

— Eu...Só to bebendo um pouco de água, nada demais. - Tentei parecer tranquila, forçando um sorriso.

— Volta pra cama... - Disse de forma sonolenta, se virando para o outro lado.

— E....Eu já vou...! - Falei com a voz trêmula, vacilando em minha tentativa.

No mesmo instante John se virou para mim de volta e se sentou na cama, me encarando fixamente com seu olhar preocupado. Desviei o olhar do mesmo e voltei a olhar para a lareira, de canto pude ver o Shelby se levantar com pressa e vir até mim, se ajoelhando em minha frente.

— Ei, Hanna, o que foi? - Tentou fazer eu olhar em seus olhos.

Permaneci calada e encarei minhas mãos que seguravam o copo d'água, eu estava tremendo e isso fazia com que a água também se mexesse sem parar.

— Fala comigo meu amor... - Coloco suas mãos quentes por cima das minhas.

— Eu to bem! É, apesar de não conseguir dormir, do nervosismo, do constante medo aterrorizador de alguma coisa acontecer. - Falei deixando algumas lágrimas caírem, olhando para pontos aleatórios. - Mas não é só medo, sabe. É como um ataco de pânico, eu não consigo nem respirar.

— Como um afogamento... - John pensa em voz alta.

— É... - Balanço a cabeça positivamente.

— Hanna olha pra mim. - John pede com calma. - Por favor.

Ele pede com calma e paciência, mas eu podia sentir a preocupação e medo na sua voz. O toque quente de suas mãos fizeram com que a tremedeira fosse embora, como se o calor de seu corpo fosse o bastante para mim. Olhei então pada o Shelby que me encarava com seus olhos azuis preocupados.

— Nada mais vai acontecer com você, eu prometo! Eu entendo que esteja com medo, mas você não vai precisar se sentir assim de novo. - Diz segurando em minhas mãos. - Porque eu não vou morrer, Hanna. Eu não vou te trair, e não vou te abandonar também.

— Você foi a melhor coisa que me aconteceu John... - Falei abrindo um sorriso, com os olhos cheios de lágrimas.

— Com você eu sou um homem melhor, você me faz querer ser melhor, me faz querer ser bom. E eu acho que eu posso, com você. Então eu nunca vou a lugar nenhum sem você. - Colocou uma de suas mãos no meu rosto e o acariciou. - E você pode parar de se esconder, e se quiser sentir medo, tudo bem. Mas sinta medo ao meu lado.

Me senti nas nuvens ouvindo sua voz, toda aquela sensação foi embora e tudo o que eu sentia era paz e segurança. Olhei continuava a me encarar com aquele olhar genuíno e preocupado, e eu analisava cada detalhe de seu rosto. Eu o amava tanto que poderia morrer, ele me tinha por completo.

Naquele momento eu tive a total certeza, era o homem a minha frente que eu queria que fosse o pai dos meus filhos. O puxei para cima, o trazendo até mim e com as duas mãos em seu rosto o beijei delicadamente, sento retribuída.

— E nada dói mais, eu me sinto livre. - Sussurro, encostando nossos testas. - Nós ainda somos as crianças que costumávamos ser. - Sorrio boba.

— Eu esperei por anos, e eu esperaria por mais mil anos por você. - Sorriu para mim.

— Obrigado por ter me esperado. - Acariciei sua bochecha.

— Obrigada por não ter desistido de mim. - Disse me encarando e eu vi sua pupila dilatar. - Agora vamos voltar pra cama! - Sorriu animado e se levantou.

Segurando minha mão o mesmo me puxou para cima, me fazendo levantar e fez um movimento dando a entender que iria me pegar no colo.

— John não precisa fazer isso. - Falei rindo.

— Eu quero fazer. - Ele riu e me tirou do chão com facilidade.

Passei meu braço pelo seu pescoço me segurando, enquanto olhava para o mesmo em meio as risadas. Parecíamos estar em um desses contos clichês, o que fazia rir, já que John não era um exemplo de "príncipe. Fomos em direção a cama e ele me deitou nela, amontoei dois travesseiros em minhas costas e me sentei sobre a mesma. Logo em seguida John deitou sua cabeça em meu ombro e eu comecei a mexer em seu cabelos.

— Está preocupada com o julgamento? - Ele diz se virando para mim.

— Tia Charlotte conseguiu manter as coisas sobre controle e fez com que adiassem o julgamento até que eu voltasse. - Expliquei. - Agora qua sabem que eu voltei eles não perderam tempo, vai ser depois de amanhã. Acho que vou entrar em uma cela pela primeira vez John. - Tentei descontrair.

— Se depender de mim você não nem sequer colocar os pés em uma cadeia. - Ele disse olhando em meus olhos.

— Eles não se importam se sou ou não culpada, apenas querem culpar alguém e me escolheram. - Suspirei. - Sabe, eu falei um pouco sobre você para o David, ele dizia que queria conhecer o homem que foi capaz de me amarrar. - Ri de forma nostálgica.

— Ele parece ter sido um bom homem. Você não é de confiar ou se afeiçoar por qualquer um. - John sorriu levemente.

— Ele era, um dos poucos amigos verdadeiros que fiz desde que o sobrenome Cooper se fez presente na minha vida. - Balancei a cabeça positivamente. - Eu estou tentando manter a esperança, mas minha única chance de ser inocentada já está fora de questão.

— Izzy... - Bufou.

— A própria! - Bufei seguidamente.

— Vamos mudar de assunto. Que tal brincarmos daquela brincadeira que aprendemos com a Polly quando éramos crianças? - John tenta mudar de assunto. - Sei que você não está com sono.

— A tal brincadeira da sinceridade? - Me lembrei imediatamente e abri um sorriso.

— Essa mesmo. - Sorriu. - Como eu dei a ideia eu começo! - Soltou um riso descontraído e mordeu o lábio inferior. - Diga algumas coisas que você gosta em mim.

— Eu sabia que você iria perguntar isso, é sempre a mesma pergunte desde criança! - Falei rindo colocando a mão na testa.

— Vamos Hanna não enrole! - Me apressou pedindo com com jeitinho.

— Ah... - Falei pensando olhando para cima, enquanto o Shelby me olhava de baixo. - Adoro o seu senso de humor.

— Adora? - Diz de maneira convencida.

— Uhum... - Balanço a cabeça positivamente com um sorriso.

— Sempre? - Continua a se sentir convencido, com um sorriso de canto.

— Cada baixaria que vocês diz. - Rimos em conjunto. - E adora suas histórias.

— Elas são compridas... - Ri.

— Tudo bem! - Dou de ombros rindo.

— Mas eu tento dá um final interessante! - Pega uma de minhas mãos e a segura.

— Sempre interessantes! E eu adoro...Quando você me vê cantar... - Olho para o teto.

— Isso eu sabia, eu também adoro. - Diz brincando com meus dedos.

— Eu te adoro porque você tem um...Coração enorme e ele é cheio de...Gentileza e humildade . - Falei de forma pensativa.

— E sangue. - John brinca soltando uma gargalhada.

— E sangue. - Repito sua frase rindo de sua falta de seriedade. - Minha vez agora!

— Pode falar. - Olha pra mim.

— Como se vê daqui a alguns anos? Rico? Mais poderoso? Vivendo em outro lugar? - Perguntei de forma interessante.

O mesmo manteve seu sorriso no rosto, mas desviou seu olhar, voltando a brincar com meus dedos.

— Eu não me importo com a companhia, nem com a cada de apostas e nem aonde vou estar. - Dei de ombros.

— E com o que você se importa? - Arqueo a sobrancelha.

— Tudo o que eu quero ser é alguém para você, todo mundo está tentando ficar bilionário. Mas toda vez que eu te olho eu não me importo. - Olhei em meus olhos.

— Você...Me vê no seu futuro? - Falei de forma insegura.

— Sabe o que eu vejo? - Disse animado. - Uma festa bem bonita, a mais bonita e cheia de gente que nós gostamos. Eu me vejo parado em um altar quase tendo um ataque de nervosismo, com o coração acelerado... - Riu. - E você vestida com um vestido maravilhoso, vindo na minha direção. - Sorriu de forma pensativa. - O dia em que você será minha por completo, o melhor dia da minha vida.

Ouvi cada palavra sua com um sorriso no rosto, enquanto ele falava era como se um filme se formasse em minha imaginação, o melhor filme de todos.

— O melhor dia da minha vida. - Falei sorrindo encarando seus olhos, passando a mão em seus fios.

— Minha vez! - Sorriu de forma genuína. - Analisando nosso passado, presente e futuro. O que eu fui e sou pra você?

— Sempre tão direto. - Revirei os olhos brincando.

— E você sempre tentando fugir. - Riu.

— Você foi o primeiro garoto que fez eu me sentir amada, sexy e visível. - Falei sem encara-lo por vergonha. - Você foi o meu primeiro amor e eu quero maia do qualquer coisa, que também seja o último.

— Nós prometemos que seríamos os únicos amores um do outro, não prometemos? - Disse relembrando uma lembrança antiga.

— Mesmo que tenha sido feito por dois adolescentes ingênuos, eu ainda acredito nela. - Levantei meu dedo mindinho em sinal de promessa.

— Eu nunca deixei de acreditar. - Levantou seu dedo mindinho e entrelaçou no meu.

— Última pergunta da madrugada e eu te deixo dormir. - Solto um riso. - Não tem mais medo de se prender a alguém?

Ele soltou um riso enquanto olhava para o teto, calado o mesmo se levantou de meu colo e se sentou ao meu lado. Ainda calado ele entrelaçou nossos dedos e então se virou para olhar para mim.

— Eu não tenho mais medo, eu não estou com medo. - Balançou a cabeça negativamente. - Pada sempre é muito tempo, mas eu não me importaria de passar ao seu lado.

De maneira boba eu encarava seus olhos e como se estivéssemos sendo puxados, nos aproximamos e nosso lábios se tocaram.

— Se isso for um sonho, por favor, eu não quero acordar nunca. - Senti seu polegar acariciar minha bochecha.

Nos deitamos na cama e eu me viro de costas para John, sentindo o mesmo colocar seu braço por cima de mim e me abraçar.

[...]

Acordo com a luz forte do sol refletindo na vidraça da janela, olho para o lado e vejo que a cama estava vazia. Lentamente vou me acordando até finalmente me levantar e ir até a sala, assim que adentro na mesma vejo o carrinho de comida do hotel já posto ao lado da mesa e John estava perto do sofá, em pé falando ao telefone. Sem fazer muito barulho caminho em direção ao Shelby que estava distraído e o abraço por trás, dando um beijo em seu ombro. Assim que percebe o mesmo me olha de canto e sorri.

— Sim, eu vou apenas tomar café e te encontro o Arthur. - Diz ao telefone. - Relaxa Tommy ele não vai deixar os problemas com a Linda interferirem. - Bufa. - Quem? A Hanna? É ela está aqui. - Riu.

— BOM DIA TOMMY! - Gritei próximo ao telefone.

— Ele disse bom dia também, ta, até daqui a pouco! - Assentiu com a cabeça e desligou o telefone.

Assim que deixou o telefone em seu devido lugar, John se vira para mim e abraça minha cintura sorrindo. O olho com atenção, demonstrando minha felicidade pelos olhos, que brilhavam ao admira-lo.


— Gosto quando me olha assim, gosto do simples fato de ter a sua atenção em mim, apenas em mim. - Colocou uma mecha de meu cabelo atrás da orelha.

— Ela sempre esteve só em você. - Sussurrei o provocando. - Agora vamos comer porque eu estou morrendo de fome! - Brinquei rindo, correndo para a mesa.

Corri para a mesa e me sentei próxima a janela, meu lugar de sempre, John se sentou em minha frente, diferente de mim ele gostava de ficar de frente para a luz do sol, e não contra. O mesmo peguei uma xícara e colocou um pouco de café, enquanto me ouvia falar.

— Vou ir na mansão Cooper hoje. - Comentei.

— Tem certeza que quer ir lá? - John arquea a sobrancelha.

— Vou ir pegar minha coisas, sair de lá definitivamente. - Assenti.

— Vai cortar os laços? - Disse enquanto comia.

— Ainda não por completo, ainda preciso deles pra encontrar minha irmã, que eu nem sei se era uma menina mesmo. - Suspirei.

— Você tem razão, depois que encontrar sua irmã não vai mais precisar deles. - Sorriu.

— Exatamente. - Retribui seu sorriso.

O mesmo olhou para o relógio e então se levantou rapidamente, arrumando seu casaco e colocando sua boina.

— Preciso ir, nos vemos mais tarde? - Segurou meu rosto e me deu um beijo demorado.

— Acho que sim. - Falei sorrindo, não lhe dando tanta certeza já que o dia poderia ser cheio.

— Não se sobrecarregue demais, você acabou de voltar. - Disse caminhando até a porta.

— Eu nasci pros negócios John Shelby! - O provoquei.

— Eu sei disso! - Sorriu.

Observei ele ir até a porta e a abrir, ainda do lado de dentro e com a mão firme na maçaneta. O Shelby parou e se manteve ali pensativo, parecia querer dizer algo.

— E não se preocupa com o julgamento, vai ficar tudo bem. - Olhou para mim. - Tem algo pra você em cima da cômoda. - Saiu rapidamente.

Com sorriso confuso o vi sair rapidamente e fechar a porta como se estivesse envergonhado, quem diria que John Shelby teria vergonha de fazer gestos românticos. Sem demora corri para a cômoda e assim que a olhei vi uma pequena carta, a peguei e sem pestanejar a abri e comecei a ler seu conteúdo.

Apesar do mundo ver essa mulher forte e independente, eu nunca conheci alguém tão graciosa e com um coração tão puro. Quando estive perdido, você sempre esteve lá para me ajudar. Então nesse dia e nesse momento, prometo o resto da minha vida a você. Sempre acreditou em mim, eu acredito em você. E quando se acredita em alguém, não é só por um minuto ou por um momento, é por toda a vida.

Assinado John Shelby

Algumas lágrimas caíram sobre a carta, ele não demonstrava mas cuidava de mim a todo minuto, queria me fazer me sentir bem depois de tudo o que passei. Era bom saber que alguém confiava em mim, acreditava em minha inocência. Eu não sabia o que aconteceria, mas sabia que teria alguém ao meu lado a todo custo.

Após terminar de comer e guardar a carta, fiz minha higienes e tratei de escolher uma roupa. Escolhi uma blusa simples branca e uma calça social preta que não colava o corpo. Por cima vesti um sobretudo longo que possuía pelos em suas mangas e na parte do decote. Vesti um par de sapatos de minha preferência e por fim vesti um chapéu preto.

Já pronta coloquei apenas meus brincos e passei meu batom. Eu iria passar no mansão Cooper primeiro e de lá iria com tia Charlotte para o destino principal do dia, o endereço que encontramos no escritório de meu avô, que supostamente está ligado com o bebê de minha mãe...

E ai? O que está achando da história até agora? Por favor, vote e comente!🥰

Passem lá no TikTok @wolf.shelby que tem vídeo novo! Estou sempre por lá bem ativa❤️✨

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