FELICIDADE TÊNUE (Livro 1)

By gabifonseca_a

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Dria Suvernun, criada pelo Duque DeLuca após a falecimento de sua mãe a governanta, se vê perdida emocionalme... More

●Nota●
●Personagens●
Capitulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 6
Capítulo 7
Epílogo
●Nota●

Capítulo 5

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By gabifonseca_a

No caminho de volta para a mansão, Terrence só ficou de cabeça baixa e não falava nada.

O que será que aconteceu a ele?

Eu não disse nada, nem fiz nada mas alguma coisa em mim diz que a causa dele estar assim sou eu.

Mesmo não fazendo sentido.

-... e você foi incrível.

- Desculpe, o que?

- Onde você estava Senhorita Suvernun?

- Me desculpe Duda, o sol hoje estava muito forte. Preciso descansar.

Quando estamos já dentro de casa, subo para o meu quarto e fico lá pelo resto do dia.

______________

O jantar foi calmo mas subi rapidamente de volta para o quarto.

Ultimamente ando muito indisposta.

Minha porta se abre lentamente e vejo Sue andando na ponta do pé até minha cama e se emfiando em baixo da coberta aos risos.

Tampamos a cabeça e ficamos lá rindo sozinhas.

- Eu acho que estou apaixonada

- Nem percebi.

Ela sorri diante ao meu comentário.

- Ah Dria! Você não tem ideia do quanto ele é incrível, ele é meio acuado mas... é tão inteligente e carinhoso e está sempre me fazendo elogios - ela fecha os olhos e suspira pesado - eu o amo.

- AMA?!!

Aquilo me pega de surpresa.

Como ela pode ama-lo? Só o conhece a 2 dias.

Ninguém se apaixona perdidamente por alguém em dois dias. Impossível!

Isso não faz sentido na minha cabeça.

Será que ela está se precipitando? Eu não vou falar nada, não quero estragar sua felicidade.

- Eu fico feliz por você Sue - digo suavemente e ela da um gritinho enquanto se debate de alegria me fazendo cair na gargalhada.

Depois de dormir e acordar várias vezes durante a madrugada, resolvo levantar para beber uma água ou um leite para ver se durmo melhor.

Tento levantar da cama sem acordar uma Sue plena que acabou adormecendo na minha cama ao ficar falando sem parar de John.

Ando pelo corredor longo e escuro e desço as escadas.

Vou em direção a cozinha.

Quase dou um grito ao ver Terrence atacando a dispensa.

- Não grita sua louca! - ele susurra bravo.

- O que está fazendo aqui?

- Eu venho as vezes aqui de madrugada quando me da fome

- Então... sempre?

Ele me olha furioso

- Isso

Prendo a risada

- Daqui a alguns anos você vai andar rolando pelo chão de tão gordo.

Ele olha para si mesmo e levanta a camisa branca revelando um barriga muito bem definida.

Quase engasgo com o próprio ar.

- Por enquanto estou bem.

Mando ele sair da frente para mim fazer um sanduíche.

Pego o tomate e ele quase me mata com o próprio.

- O que foi?

- Você viu o calor que está fazendo nessa temporada? Não se come tomate nessa época do ano porque eles ficam tóxicos

- Desde quando sabe tanto de comida?

- Desde pequeno quando invadia a cozinha para roubar a comida - ele sorri - sua mãe ficava muito brava.

Ele gargalha mas seu sorriso vai ficando triste.

- Ela faz falta né? - pergunto mesmo sabendo que sim por motivos óbvios.

Ele assente com a cabeça.

- Sabe - ele se aproxima - hoje cedo lá no lago, quando vi você atirar eu lembrei dela - arregalo os olhos - meu pai pensa que ele foi o primeiro a me ensinar a atirar mas não foi. Foi ela, sua mãe. Escondida.

- Eu nem sabia que minha mãe atirava.

- Ninguém sabia mas... ela aprendeu com o pai e ela me ensinou. Prometi que não contaria a ninguém - ele morde um pedaço de pão - por isso sou tão bom.

Reviro os olhos com um sorriso no rosto.

- Estava demorando para a sua falta de humildade marcar presença.

- Ai! Doeu.

Sorrio e ele sorri junto.

Ficamos assim por um momento.

Ele abaixa os olhos e percebo que pegou na minha mão. Um calor sobe por todo meu corpo e mesmo tendo alguns centímetros entre a gente, sinto seu calor e tudo em mim anseia por mais do seu toque.

Ele levanta minha mão e entrelaça na dele, em seguida a leva até sua boca e beija delicadamente os meus dedos.

Sua boca vai subindo para a cabeça da minha mãos, os pulsos, até chegar no braço e me puxar para si.

Agora não existe nenhum milímetro entre nós. Somos eu e ele, unidos num só.

Eu estou ardendo de desejo de uma forma que nem sabia que era possível.

Ele passa a mão no meu rosto e quando se aproxima um som nos desperta do transe a qual entramos.

Ouvimos passos e nos abaixamos para debaixo da mesa.

John entra, pega um copo de água e sai.

Suspiramos de alívio e Terrence me tira debaixo da mesa.

- Bom... eu acho melhor eu voltar para o meu... quarto.

- É claro! Isso mesmo. Eu... vou terminar meu lanche.

O observo por uns segundos e viro as costas.

Quando chego no corredor praticamente corro de volta para o meu quarto.

Quando me deito na cama sem tentar fazer barulho para não acordar Sue o meu coração está quase saindo pela boca.

Mas essa sensação não é nada, absolutamente nada comprado ao que eu senti quando nossos corpos de colaram.

_________________

- Um baile?! - Sue praticamente pula da cadeira no escritório de seu pai.

- Isso e quero que vocês duas organizem.

- Jura papai?!

- Confia isso a nós? - pergunto suavemente.

- Plenamente - ele diz com convicção e nós sorrimos animadas

- Sabe quanto tempo nós não damos um baile? - grita Sue depois de sairmos do escritório.

Na verdade sei, desde a morte da mãe dela. Victória.

Mas não quis entrar nesse assunto agora, ela está muito feliz.

Ela gira pelos corredores enquanto iamos convocar os empregados para ficar a nossa disposição e organizarmos tudo.

Vejo minha amiga feliz e radiante e só consigo sentir pura alegria.

3 DIAS DEPOIS

- O baile está incrível Sue

- Sim, tudo está perfeito.

- Você acertou em cheio.

- Obrigada mas não foi só eu, minha irmã Dria me ajudou.

Uma das coisas que eu mais amo na Sue é que ela faz questão de me apresentar como irmã porque ela sabe que vai incomodar e que ninguém pode negar a minha presença no baile.

Todos dão um sorriso forçada me parabenizando e eu agradeço com um sorriso mais forçado ainda.

Eles se retiram e Sue me olha.

- Eu sinto muito

- Ah para com isso, sabe que eu sou imune a esse povo - digo dando um gole no meu champanhe que foi liberado para nós duas beber pelo Senhor DeLuca.

- Se tivessem me chamado para ajudar, eu não teria convidado metade dessas pessoas - diz Ayla

- Se você estivesse responsável pela lista de convidados, só teria os calheiros mais bonitos da cidade e nossas familias - Sue rebate e ela Ayla da de ombros.

Um jovem alto e ruivo surge na nossa frente e convida Ayla pra dançar e a mesma aceita.

Minutos depois John apareça e sem nem esperar, Sue o chama para o salão de dança e ele aceita meio hesitante e assustado.

Vejo minhas amigas dançando com seus respectivos pares e como sempre sorrio ao ve-las feliz.

Mas o que nunca me aconteceu, foi a pontada de inveja que me atingiu agora.

Confesso: eu queria mesmo dançar essa noite.

Esperava que pelo menos hoje, no meu primeiro baile eu fosse ser convidada. Nem que por educação.

- Boa noite senhorita, me permite essa dança? - duas vozes familiares dizem ao mesmo tempo.

Essa não.

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