Capítulo 2

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- Por favor Via, esfregue mais a parte de baixo - Sue instrui a empregada que esfrega seus pés - eu não os sinto mais.

- Talvez tenha que pegar mais leve da próxima vez que for a um baile - digo sem tirar os olhos de um livro de poesias - ou aprender a dizer não.

- Eu não podia negar uma pequena dança a todos aqueles rapazes

A extrema bondade de Sue ainda vai atrapalha-la um dia.

- Falando em dançar - ela pigarreia antes de voltar a falar - vi você e Terrence dançarem ontem ou já estava tonta de tanho ser girada para lá e cá?

Aquilo me faz levantar os olhos para ela mas volto-os para o livro.

- Sim. Nós dançamos, uma música.

- Uma a mais do que já dançaram na vida - ela diz tombando a cabeça para o lado.

- Não foi a primeira vez! - exclamo um pouco alto demais

- Só baladas, nunca valsa.

Não pude responder porque Terrence tinha acabado de entrar na sala e graças a Deus por isso. Não tinha reposta para aquilo.

- Boa tarde damas

Ao vê-lo as coisas que Ayla me disse surgem balançando ao som da valsa que dançamos na minha cabeça.

Isso é uma besteira!

Abano a cabeça e volto atenção para as poesias.

- Via, pode me trazer um lanche? Estou morrendo de fome - ele se joga no sofá ao meu lado.

Minha atenção que antes estava nas poesias agora está somente no peso do seu corpo sobre a almofada do sofá em que estou sentada.

- Não está vendo que ela está ocupada? - Sue rebate

Nesse momento um dos empregados aparece com uma bandeija de sanduíches e chá seguido pelo mordomo.

- Eu sabia que o Senhor ia estar com fome, como sempre, então mandei preparar uns quitutes.

- Tom, você é melhor - diz enfiando um pedaço de sanduíche na boca.

Tom faz um pequena reverência com a cabeça e se retira.

Largo o livro de lado e estico o braço para pegar uma xícara de chá e na mesma hora Terrence também faz o mesmo.

Nossos olhos se encontram e eu já posso sentir o olhar de curiosidade de Sue na gente então desvio o olhar.

- Não precisa me servir Dria, estamos em família, eu posso fazer isso.

Meus olhos se voltam para ele novamente mas dessa vez expressam incredulidade. Um sorriso surge no meu rosto rapidamente se transformando em gargalhada.

- Não estava pegando para você - pego a xícara e levo a boca.

Ele solta um "oh" e leva a xícara dele a boca.

Um silêncio se instala mas é interrompido pelo Senhor DeLuca que aparece igual um furacão.

- Pai? - Sue pergunta

- Aconteceu alguma coisa? - Terrence pousa a Xícara na mesa de centro.

- Tenho uma grande novidade!

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- Pode acreditar Dria? - Sue rodopia pelo meu quarto segurando a bainha da camisola igual quando fazíamos quando éramos crianças fingindo ser princesas - nós vamos casar!

- Não vamos casar Sue - digo irritada.

- Mas esse jantar vai ser praticamente um noivado para noivar.

FELICIDADE TÊNUE (Livro 1)Where stories live. Discover now