Caminho até a sala e ao chegar no cômodo vou diretamente até o telefone, sento ao lado do mesmo e disco o número de tia Charlotte, não demorou muito para que alguém atendesse.
— Alo? - A mesma diz atendendo.
— Tia Charlotte, sou eu! - Abri um sorriso.
— HANNA! AI MEU DEUS É VOCÊ MESMO! - Ela disse aos berros. - VOCÊ NÃO SABE O QUÃO PREOCUPADA EU ESTAVA!
— Eu estava morrendo de saudade da sua voz! - Falei sorrindo. - Preciso que você, Hanna e o Ethan me encontrem no meu quarto no hotel. - Expliquei.
— Certo, tenho muito o que lhe contar! - Ela assentiu.
— Vejo vocês daqui a pouco!
— Até! - Respondeu.
Desliguei o telefone e o deixei em seu lugar. Me levantei, passando as mãos pelo vestido para o desamassar. Assim então do cômodo e fui para o lado de fora da casa, pedi para um dos homens trazer meu carro e assim o mesmo fez, voltando com o automóvel poucos minutos depois. Assim que entrei dentro do mesmo, coloquei as mãos no volante e senti uma sensação boa percorrer meu corpo.
Eu pensei que nunca mais teria essa sensação, que nunca mais dirigia pelas ruas da cidade e morreria naquele quarto horrível. Liguei o carro e então comecei a dirigir, enquanto andava em um velocidade considerável pela estrada, eu admirava a paisagem a minha frente e lado. O céu estava tingido com o azul mais bonito possível, e o sol era quente e brilhoso.
Com as janelas completamente abertas, o ventr batia em meu rosto e fazia meus cabelos voarem. Não havia dinheiro algum que pagasse aquela sensação, era como se eu tivesse renascido das cinzas, após ver a morte de perto.
[...]
Após mais ou menos 30 minutos chego na cidade e dirijo até o centro, aonde ficava o hotel. As ruas estavam iguais, movimentadas e cheias de vida, eu me perguntava se ainda falavam ou se lembravam de mim, provavelmente se questionavam sobre meu sumiço repentino. Estaciono o carro e sem demora saio do mesmo, entro no hotel e comprimento alguns funcionários que me olhavam surpresos e alegres.
Subo as escadas com calma e caminho até o meu quarto, paro em frente a porta e com a mão já em cima da maçaneta suspiro ansiosamente e sorrio. Assim que abri a porta dei de cara com os três, Ethan estava no sofá, tia Charlotte perto de um dos vasos de flores e Emma próxima a vidraça da janela.
— MINHA QUERIDA!!! - Tia Charlotte corre até mim e me puxa para um abraço eufórico.
— Tia Charlotte! - A aperto fortemente. - Pensei que nunca mais ouviria seus gritos! - Brinquei.
— Se depender de mim até os seus filhos os ouvirão! - Ela riu.
Começamos a rir uma da outra e separamos o abraço, enquanto meu riso ia diminuindo levantei o olhar e olhei para Emma que estava paralisada olhando para mim. Olhando a garota sorrio sem mostrar os dentes, e meus olhos enchem de lágrimas. Ela permanecia parada, suas mãos estavam juntas na frente de seu corpo, demonstrando ansiedade.
Ela caminhou lentamente até mim e quando chegou mais próximo, travou no caminho novamente. Seus olhos verdes estavam cheios de lágrimas, feito uma criança.
— Não vai me dar um abraço? - Falei abrindo os braços, com um sorriso no rosto.
Vi então um sorriso se abrir em seu rosto e se demora ela me envolveu em um abraço.
A mesma então começou a chorar sem parar, chorar de alegria eu diria. Tal comportamento de sua parte me fez rir, ela realmente estava chorando e sorrindo ao mesmo tempo.
Eu ria enquanto a abraçava, acariciando sua nuca. Olhei para Ethan e o mesmo sorria nos olhando, estava segurando a risada.
— Emma, pra que chorar? - Falei rindo, a acalmando passando a mão em seu cabelo.
— Eu pensei que nunca mais te veria de novo sua doida! - Ela disse chorosa. - Eu te avisei Hanna, eu sempre tento te impedir de fazer loucuras, mas você é a porra de uma viciada em adrenalina! - Gritou.
Eu gargalhava enquanto ouvia seu sermão e Ethan fazia o mesmo, quanto mais riamos mais brava ela ela ficava.
— Senti sua falta! - Falei a apertando.
Nos separamos e eu limpei seu rosto que estava todo molhado, a mesma sorria feito uma criança. Ethan se levantou e com seus longos braços, abraçou nós duas, nos juntando. Após isso todos sorriram e estava na hora de fazer o que eu planejava. Eu sabia que ouviria muita coisa, fiquei longe uma quantidade considerável de dias e por isso optei por beber algo antes de começar a escutar.
— Posso começar? - Tia Charlotte diz se sentando.
— Uhum. - Digo dando um gole na bebida.
E então começaram a me atualizar sobre tudo o que tinha acontecido.
[...]
Jogo com força o copo de vidro contra a parede, causando um barulho alto e o fazendo quebrar em pedacinhos. Vi todos se assustarem, e tentarem me acalmar.
— DESGRAÇADA! - Gritei histérica.
— Hanna, calma! - Ethan se levanta.
— Calma? - Continuei a gritar. - Bem, eu acabei de descobrir que enquanto eu era mantida em cativeiro, Anne se apropriou de toda a minha vida!!! - Passei a mão nos cabelos nervosa.
Assim que fui levada Anne e Margaret botaram seu plano em prática, e meu pai teve sua participação especial. Eles anunciaram a todos que por conta de minha sanidade mental, eu havia sido afastada e estava me tratando fora do país. Foi então que Anne fez o que tanto queria, sentou sobre meu trono e tomou conta de tudo que é meu. Com documentos e assinaturas falsas, que só podiam ser desmentidas por mim, foi fácil para que acreditassem que eu havia a deixado ela como minha representante e caso eu não voltasse tudo seria dela.
Expulsaram Emma de seu cargo de secretária pessoal e fizeram questão de apagar qualquer detalhe do The Empire que fizesse jus a mim. Meu avô estava fora da cidade e voltou a um dia atrás, se deparando com as tais mudanças e segundo minha tia ele não sabia de nada que estavam tramando. Eu estava possessa de ódio, entraria fácil naquele lugar e mataria todos sem nem tremer. Mas eu precisava manter a calma, nesse outro mundo as coisas eram resolvidas de outras formas e eu voltaria para o meu lugar, com classe!
— Desde então o movimento caiu. - Emma conta. - Ethan e eu fomos algumas vezes lá para checar como as coisas andavam, mas apenas ficamos no salão, nossa subida para o segundo andar era proibida.
— Você precisa manter a calma e pensar com Clareza! - Tia Charlotte diz com autoridade. - Sua volta vai ser esplêndida, algo histórico que irá abalar a todos! - Sorri.
— E nós temos a oportunidade perfeita...Essa noite! - Ethan diz de forma travessa.
— O que irá acontecer hoje a noite? - Falei interessada.
— Por conta da queda de movimento, irão promover um evento no The Empire para ver se as coisas melhorem. - Emma explica.
— E o tema é "Saint George's Day", por outros conhecido como "Dia de São Jorge". - Ethan diz sorrindo. - É uma comemoração conhecida e muito importante, terá muitas pessoas lá.
— Dia de São Jorge...É perfeito! - Sorrio de forma travessa. - Como a rainha no xadrez, vou chegar e derrubar a todos com apenas um movimento!
— Isso merece um brinde! - Tia Charlotte diz levantando.
A mesma pega quatro copos e enche, dando um para cada um. Nos levantamos e com um sorriso no rosto, erguemos nossos copos.
— AO RETORNO! - Ethan grita.
— AO RETORNO!!! - Gritamos em conjunto e brindamos.
Brindamos e então bebemos com gosto o que havia nos copos. Eu estava ansiosa para qua o sol de pusesse e o show começasse. Eu pegaria todos de surpresa e a minha volta seria o assunto do povo de agora em diante. Eu já podia ver as manchetes dos jornais "o retorno da musa de Londres". Ainda tinha outros assuntos sérios pendentes, os Floyd estavam feito ratos em uma gaiola, esperando apenas uma ordem minha para irem direto para o inferno.
E também tinha a morte de David a qual me davam como suspeita por pura influência dos Floyd também, mas disso eu cuidaria após tomar de volta o que é meu. Estávamos em nossa pequena comemoração, até Emma e Ethan irem embora para cuidar de alguns assuntos. Me sento ao lado do telefone e ligo para a companhia Shelby limitada. Sou atendida por Lizzie que sem demora transferiu minha ligação para Tommy.
— Hanna? Aconteceu alguma coisa? - Ele diz preocupado.
— Ainda não, mas vai acontecer hoje a noite. - Dei risada.
— O que você já está aprontando. - Ele soltou uma risada.
— Você já deve saber que a minha querida "prima" tomou conta de tudo o que é meu. - Expliquei.
— Então você já sabe, já quebrou alguma coisa? - Provocou rindo.
— Um copo. - Falei tranquilamente. - Hoje é a oportunidade perfeita para o meu retorno, no evento do Dia de São Jorge. - Expliquei. - E todos precisam estar lá, eu quero todos vocês lá comigo.
— Pensei que não fosse pedir. - Pude sentir seu sorriso.
— Até hoje a noite então, e fala pro John usar uma gravata vermelha! - Falo animada.
— Pode deixar!
Desliguei o telefone com um sorriso no rosto e o deixei em seu lugar. O dia seria longo, mas eu precisava ficar dentro desse quarto até que a noite chegasse. Tia Charlotte era a única que permanecia a me fazer companhia, a mesma bebia de maneira nobre seu uísque, enquanto brincava com as teclas do piano que ficava no canto da parede.
— Então quer dizer que o rapaz dos belos olhos azuis venceu finalmente a batalha! - Ela riu, olhando para mim com um olhar malicioso.
— Foi uma vitória merecida... - Sorrio levemente, um tanto envergonhada.
— Mas...? - Ela continua, percebendo que havia algo a mais em meus pensamentos.
— Ainda sinto medo, eu não queria, mas lá no fundo ainda tenho medo de deixa-lo entrar. - Falei indo até a grande janela.
— Tem medo de que vocês se machuquem novamente. - Me acompanha com o olhar.
— Estou presa entre "Eu nunca mais quero sentir esse tipo de dor" e " Eu quero muito sentir esse tipo de amor novamente." - Descanso minha mão no vidro.
— Acha que ele merece essa segunda chance? - Ela pergunta.
— Mais do que qualquer um. - Assinto. - Nós merecemos.
— Vo nunca me contou como percebeu que estava apaixonada por John Shelby Hanna, me conte. - Ela diz interessada.
Soltei um riso vendo seu interesse e me vi viajar sem nem ao menos dar um passo. Fui levada até anos atrás, a energia de festa contagiava tudo, eu amava como davam importância ao meu aniversário.
— Era meu aniversário de 15 anos, todos estavam me esperando do lado de fora de casa. Pela primeira vez eu me olhei no espelho e me senti como aquelas damas ricas. Eu sai de casa e fui para festa. - Contei de forma nostálgica. - Assim que abri a porta eu o vi sorrindo pra mim, senti como se borboletas estivessem em minha barrica e meus olhos estivessem presos a ele. - Comecei a abrir um sorriso. - Foi a coisa mais altruísta que eu já vi, e naquele momento eu o amei. Eu não queria...Eu fiquei apavorada, mas foi ali que eu o amei!
— É incrível como até as pessoas mais destemidas conseguem virar reféns do amor. - Tia Charlotte ri. - Você é a garota mais corajosa que eu já conheci, mas um simples sentimento te acovarda.
— O destino gosta de brincar com a gente. - Soltei uma risada.
— Escute, se um dia amar alguém, fale. Mesmo que tenha medo de não ser a coisa certa. Mesmo que tenha medo de arranjar problema, mesmo que tenha medo que isso arrase a sua vida, você tem que falar e bem alto! - Segurou em minha mão.
Vi a emoção em seus olhos, pela primeira vez vi os olhos de minha tia encherem de lágrimas. Era como se um filme estivesse se passando diante de seu olhos, um filme lindo e doloroso, assim como o amor.
— Você já amou alguém tia? - Pergunto encarando os olhos da mesma.
Ela então desviou o olhar e abaixou a cabeça sorrindo levemente, um nome surgiu em sua mente, um rosto, eu podia ver.
— Eu tinha a sua idade, por minha rebeldia fui mandado para a França para estudar. Naquela época não era tão comum ir estudar fora, apenas famílias muito ricas tinham esse privilégio. - Ela contou. - Eu pensei que estivesse acabada, um lugar novo e completamente estranho, um colégio interno com regras rígidas, pensei que fosse meu pior pesadelo.
— E então? - Perguntei curiosa pela história e me sentei no sofá, juntamente com ela.
— Foi então que o conheci, Louis, era um dos melhores alunos da escola, mas isso não o tornava um sabe tudo chato. Tinha os cabelos pretos como carvão que estavam sempre impecáveis e os olhos em um tom castanho escuro. Éramos completamente opostos, mas por algum motivo nos dávamos bem. - Ela sorria boba. - Foi o melhor ano da minha vida, ele era como a tinta do meu quadro em branco.
— E o que aconteceu? - A instiguei a continuar.
— Eu fui obrigada a voltar, meu pai achou que já era hora de voltar para casa. - Suspirou. - A última vez que nos vimos foi no lago próximo a escola e ali nos despedimos, eu prometi que voltaria e ele jurou pelo seu amor que me esperaria.
— E esperou? - Perguntei com receio.
— Alguns anos depois eu voltei, formada e com minha carreira já estabelecida. Eu estava tão feliz e ansiosa para reencontra-lo, tinha certeza absoluta que ele estaria lá esperando por mim. - Ela contou.
— Você o encontrou? - Arqueei a sobrancelha com receio da resposta.
— Encontrei...Casado e com a esposa grávida. - Ela riu baixo.
Arregalei os olhos assim que ouvi sua resposta, eu nunca imaginaria que minha tia carregava uma história de amor não drástica e poderia afirmar que ele foi seu último amor. Em pensar que esses poderiam ser eu e John, com o jeito que nossos caminhos se separaram, seria fácil que isso acontecesse.
— Ele ficou surpreso ao me ver, mas seu olhar não era mais o mesmo, ele se apaixonou de novo e não foi por mim. - Olhou para mim. - Eu ainda era jovem, estava no começo da carreira e me senti boba por ter me prendido por tantos anos a um namoro de escola.
— Ele se apaixonou de novo... - Suspirou.
— Você tem a chance que eu não tive Hanna, não a deixe escapar. - Sorriu. - Aquele rapaz te ama de um jeito que eu nunca vi antes, não o deixe escapar.
— Não vou o deixar escapar, eu prometo. - Sorrio, assentindo.
Ficamos por mais um tempo conversando. Mesmo com um tanto de medo no fundo, eu daria uma chance ao meu amor, ao meu amado John. Me coloquei no lugar de tia Charlotte e imaginei o quão seria a sensação de o ver verdadeiramente apaixonado por outra mulher, eu não aguentaria.
[...]
A lua finalmente se fazia alta no céu, estava brilhando de maneira gloriosa e era acompanhada por suas estrelas que enfeitavam o céu da cidade. Comecei a me arrumar, eu precisava ficar belíssima, ao nível de atrair a atenção de todos. Com a ajude de tia Charlotte, entrei em contato com uma estilista que já era uma velha conhecida. A mesma me vendeu sua melhor obra com prazer, assim que vi tal peça era como se ela chamasse por mim.
Com a ajuda de Emma entrei em contato com os funcionários do The Empire, que eram fiéis a mim e estavam a par de minha volta, eu entraria com facilidade. Após terminar de arrumar meu cabelo com a ajuda de uma funcionária.
Com cuidado a funcionária trouxe a grande peça, retirei o roupão que eu vestia e então vesti o lindo vestido. Ele era longo e cobria meus pés, seu tecido era avermelhado como sangue e acima de meus seios se tornava transparente, acentuando o decote. Era comol revestido por pequenas pedras que brilhavam em contato com a luz e o iluminavam. A mais bela parte era sua manga, era solta e longa, trazendo um efeito glorioso ao mexer meus braços.
Dei repetidas voltas em frente ao espelho, mexendo de maneira gloriosa e fina meus braços, admirando o efeito que as mangas longas transmitiam. Poe fim fiz minha maquiagem com calma, dando mais ênfase na parte de meus olhos para que chamassem mais atenção e por fim passei um batom avermelhado.
Ouvi entalado alguém bater na porta e dei permissão para que entrasse, logo vi pelo espelho Emma, Ethan e tia Charlotte entrando. Emma vestia um vestido azul escuro, era longo e bem acentuado na cintura. Ao descimento de seu comprimento, haviam detalhes em transparência e vários desenhos. Ethan vestia um terno que possuía o mesmo tom de azul do vestido de Emma, estavam lindos um ao lado do outro.
Já tia Charlotte vestia um vestido rosa que deixava seus pés a mostra, seu comprimento possuía babados que balançavam com seu andar e a partir de sua cintura, o vestido era composto por várias pedrinhas.
— Você está maravilhosa! De longe eles irão avistar a verdadeira dona daquele lugar! - Tia Charlotte disse de maneira gloriosa com os braços abertos, sorrindo.
— A musa de Londres voltou! - Emma vem em minha direção animada e eu damos pulinhos animados juntas.
— Você nunca decepciona! - Ethan diz sorrindo para mim. - John vai ficar louco.
Soltei uma risada com sua brincadeira em relação a John e me virei para o espelho novamente, eu estava nervosa e ao mesmo tempo ansiosa, nada poderia dar errado essa noite, nada! Em meu tempo livre essa tarde escrevi uma música, era perfeita para o meu retorno e faria todos surtarem.
— Obrigado por continuarem aqui. - Me virei sorrindo.
— Nós sempre estaremos aqui. - Ethan disse passando seu braço em volta de meu pescoço.
— Sempre. - Charlotte e Emma dizem em conjunto.
Era incrível a sensação de me sentir segura, deixar meu medo de solidão de lado e acreditar que eu não estava sozinha. Eu tinha uma família, e não estava falando de sangue. Peguei então minha bolsa e então saímos do quarto, na entrada do hotel dois carros nos esperavam, Charlotte, Ethan e Emma iriam em um e eu iria no outro, ninguém desconfiaria que eu estava indo.
Entrei dentro do quarto e me sentei no banco de trás, logo o motorista começou a dirigir. Olhando pela janela do quarto me vi totalmente ansiosa, a raiva me subia só de pensar no quão desgraçados foram para fazerem tal coisa comigo. Aproveitaram e até participaram de tudo o que me aconteceu e então tomaram o que lutei para construir. Anne era a que mais aproveitou, queria minha coroa, mas eu estava voltando para o trono que era meu por direito, o meu império!
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