ilvermorny girl | sirius black

By padfootxxx

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. 𓂃 ILVERMORNY GIRL | a sirius black fanfiction Criada por uma mulher louca e cruel, Rhea di Salles tinha um... More

━━━━ Parte I
Capítulo 1 - O trem e o chapéu seletor
CapĂ­tulo 2 - Aluado
CapĂ­tulo 3 - A Sala Precisa
CapĂ­tulo 4 - A Festa de Boas Vindas
CapĂ­tulo 5 - Encarando as ConsequĂȘncias
Capítulo 6 - A Primeira Detenção
CapĂ­tulo 7 - Pontas
CapĂ­tulo 8 - Lobisomem
CapĂ­tulo 9 - O Teste de Quadribol
Capítulo 10 - Detenção em grupo
Capítulo 11 - Senhora das poçÔes
CapĂ­tulo 12 - A primeira aula de voo
CapĂ­tulo 13 - ManhĂŁ de Natal
CapĂ­tulo 14 - Hogsmeade - parte 1
CapĂ­tulo 15 - Hogsmeade - parte 2
CapĂ­tulo 16 - Efeito bombom
CapĂ­tulo 17 - Desencanto
Capítulo 18 - Outra de muitas detençÔes
CapĂ­tulo 19 - Precisamos conversar
CapĂ­tulo 20 - Querido diĂĄrio
CapĂ­tulo 21 - Angela Cardenas
CapĂ­tulo 22 - A melhor festa do ano
CapĂ­tulo 23 - Primeiro encontro
CapĂ­tulo 24 - Rumores
CapĂ­tulo 25 - Duelo
CapĂ­tulo 26 - Regulus Black
CapĂ­tulo 27 - Semifinal
CapĂ­tulo 28 - Surpresa!
CapĂ­tulo 29 - O fim do 6Âș ano
CapĂ­tulo 30 - O segredo dos di Salles
━━━━ Parte II
CapĂ­tulo 31 - SĂ©timo ano
CapĂ­tulo 32 - D.C.A.T
CapĂ­tulo 33 - SolidĂŁo
CapĂ­tulo 34 - The Prank
Capítulo 35 - ConfissÔes
CapĂ­tulo 36 - Assassina!
CapĂ­tulo 37 - 13 de Agosto de 1976
CapĂ­tulo 38 - Ordem da Fenix
CapĂ­tulo 39 - Encontro triplo
CapĂ­tulo 40 - Juntos
CapĂ­tulo 41 - Especial 50K
CapĂ­tulo 42 - O Ășltimo prĂ©-recesso

Capítulo 43 - Outros tipos de confissÔes

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By padfootxxx


Quarenta e seis.

━━━━━━━━━━━━━━━━

RHEA NÃO ENTENDIA O PORQUÊ ESTAVA TÃO NERVOSA.

Era fácil ficar perto de Sirius. Ele nunca parava de falar e quase sempre a fazia chorar de rir. Era a única pessoa que conseguia fazer Rhea deixar todas suas preocupações de lado, esquecer-se do que vinha fazendo nos últimos meses, anos. Esquecer-se de quem era, de seus erros e de tudo que amassava seus ombros e seu peito toda vez que olhava para o espelho.

Com Sirius, havia só ele e ela.

Sentado no carpete da Sala Comunal, recostado contra o sofá, iluminado pela luz da lareira, Rhea podia jurar que ele se parecia com um príncipe antigo saído das lendas das aulas de Astronomia. Sentar-se ao lado dele era quase sufocante. O cheiro delicioso de seu perfume e de suas roupas, o calor que irradiava de seu corpo, os músculos fortes que sempre encontravam um jeito de segura-la. Céus, ele era lindo. Tão lindo que o corpo de Rhea parecia queimar toda vez que ele estava por perto.

Ele tinha um sorriso no rosto, agora, contando alguma história para a qual ela não estava prestando atenção. Tentara, e sabia que tinha algo a ver com James, um gato e a professora McGonagall, mas sua mente deslizou facilmente para o fato de que passava das duas manhãs, e eles estavam sozinhos, sentados no chão um ao lado do outro, os joelhos se tocando. Sirius não podia esperar que ela sequer quisesse ouvir qualquer coisa enquanto ele tinha um cotovelo apoiado no sofá no qual estavam encostados, a mão acariciando lentamente a nuca de Rhea, vez ou outra subindo para tocar seu cabelo, ou descendo para encontrar o primeiro nó de sua coluna, então para a nuca de novo. O gelo dos anéis de prata fazendo cócegas junto com seus dedos quentes.

Será que Sirius havia notado que Rhea estava longe de entender o que ele contava? Seus lábios eram muito atraentes quando sorriam daquela forma perversa de quem sabia que fazia algo de errado. Talvez porque James ficaria muito irritado se soubesse que Sirius contava sua história para Rhea — mas Rhea o acalmaria dizendo que não tinha ouvido nada. Certamente James era a última pessoa da qual Rhea queria falar agora.

Quando o sorriso de Sirius se tornou uma risada sarcástica, e o tremor de seu corpo reverberou pelo corpo de Rhea, ela desistiu de fingir que escutava. Ela se virou para ele, de lado, os dois joelhos pousando nas pernas estendidas de Sirius, e segurou a mão que acariciava seu pescoço, fazendo com que parasse. Sirius parou da falar e lentamente se virou para ela, as sobrancelhas franzidas. Mas, talvez, Rhea não fosse tão boa assim em esconder seus desejos, porque bastou um olhar para que Sirius entendesse bem o que havia feito Rhea interrompe-lo.

O sorrisinho arrogante e estúpido apenas aumentou, as sobrancelhas arqueadas com divertimento. O idiota sabia que era irresistível. Sabia muito bem o efeito que tinha nas pessoas. Nela.

— Ah, di Salles. Se quer tanto assim me beijar, bastava dizer.

E o tom zombeteiro e inflado fez Rhea ficar com tanta raiva que não viu outra opção senão agarrar os dois lados de sua camisa e puxa-lo para si.

O puxão foi forte o suficiente para abrir ao menos outros dois botões da camiseta branca de Sirius, expondo parte de seu peito. Sirius riu contra seus lábios, seu hálito quente esquentando cada parte do corpo de Rhea, e, embora o agarrasse com força, sabia que era questão de tempo até que Sirius assumisse o controle.

Assim ele fez — e, céus, ela jamais reclamaria daquilo. Sirius segurou com força ambos os lados de seu rosto, puxando-a para mais perto enquanto uma mão deslizava para sua cintura, aprofundando o beijo ao entreabrir os lábios de Rhea com os seus. A forma como Sirius a agarrava a fazia ver estrelas. Sentia-se tão... Desejada. Podia jurar que, algum dia, ficaria com marcas de suas mãos em sua pele. Também nunca reclamaria daquilo. Queria que ele a agarrasse o mais forte possível, da forma possessiva que ele guardava apenas para momentos como aquele, fazendo Rhea se esquecer do próprio nome ou de como montar frases completas toda vez que ele apertava o lugar certo — e isso acontecia muitas, muitas vezes.

Rhea, sentindo a língua quente de Sirius deslizar pela sua, e seus dentes morderem seu lábio inferior,  soltou a camiseta de Sirius e espalmou as mãos na pele exposta do peito. Seus dedos traçaram as tatuagens dali, e ela sequer precisou abrir os olhos para saber disso. Tinha decorado cada uma. Cada traço de tinta de seu corpo.

Ela queria tanto ver quais outras tatuagens ele tinha. Tirar sua camiseta, deslizar as mãos por cada músculo de seu...

Sirius arfou com o toque, e, erguendo-a do chão com apenas um dos braços, colocou-a em seu colo. Rhea abriu os joelhos, de forma a ter Sirius entre suas pernas enquanto ela corria as mãos de seu peito para sua garganta, e então o maxilar, e o peito de novo. Sirius deslizou a mão por cima do pano de sua saia, cada pedaço dela, provando, novamente, que sabia muito bem o que fazia com as mãos, e fazendo Rhea suspirar e arfar no caminho. A outra mão prendia firme seus cabelos, e seu queixo, e seu pescoço.

Sirius... — Rhea implorou, sem fazer ideia pelo que implorava. Ele era tão... Argh. Ele a deixava muito irritada. Porque às vezes a fazia se sentir tão bem, e em outras, como aquela, fazia-a se sentir tão exposta e fraca. Tão fraca. Ela deixaria que ele fizesse qualquer coisa. Queria que ele fizesse qualquer coisa.

Talvez fosse por isso que tantas garotas choravam por não ter mais Sirius Black. Rhea com certeza choraria se fosse privada daquilo.

O desgraçado apenas riu mais uma vez diante de sua súplica.

— Me diga o que quer, querida. — Sirius descolou os lábios, somente para que pudesse traçar beijos por sua mandíbula. — Quer que eu te beije assim?

— Uhum. — Porque formar qualquer resposta completa não era uma opção.

Sirius deslizou a mão por sua coxa, por cima da meia calça. Ela o queria mais para cima. Céus, como queria.

— Ou assim...

Rhea revirou os olhos de prazer quando ele desceu para seu pescoço, e sua mão imediatamente agarrou seus cabelos, puxando-o para mais. Jamais teria palavras para explicar a sensação de ter a língua de Sirius Black contra seu pescoço.

Assim. — Rhea suplicou, tombando a cabeça para trás para dar mais espaço a ele. — Deus, assim. Por favor.

— Implorar não faz muito seu tipo, di Salles. — Os sussurros de Sirius faziam cócegas em sua pele. Rhea se contorceu, apenas para que Sirius agarrasse sua perna mais forte, impedindo-a de se mover. Cretino. Ela o odiava. — Nenhum outro comentário espirituoso para me excitar?

Rhea queria mata-lo.

Cale a boca.

Sirius gargalhou em sua garganta, descendo os lábios até a gola de sua blusa, deixando um rastro quente com sua língua.

— Não era o que eu tinha em mente. — Sirius mordeu sua clavícula, os dentes espalhando uma onda quente pelo seu ventre. — Mas vou deixar essa passar.

Rhea agarrou o rosto de Sirius para voltar a beija-lo, não conseguindo afastar a vontade de te-lo para si. Queria beija-lo para sempre. Estar com ele para sempre. Era tão difícil de fingir que não se importava com todas as garotas mandando bilhetes irritados e chorando por ele. Tão difícil ignorar o fato de que ela poderia ser a próxima. Não conseguia imaginar como seria não poder admira-lo de perto.

Quem ela queria enganar? A pegadinha de Rhea pré recesso — colocar poção polissuco no jantar da mesa da Sonserina, fazer todos se transformarem em Filch por algumas horas —, não havia sido nada perto do feitiço que os marotos haviam lançado para silenciar todos do castelo. Qual havia sido a graça de transformar todos no zelador se sequer podiam ouvir as risadas. Até Dumbledore fez o discurso de Natal com gestos — embora Rhea tivesse a impressão que ele estava apenas se divertindo, e não realmente silenciado por magia.

Sirius era incrível, respeitado, amado e temido. Todos olhavam ele passar. As pessoas suspiravam, os garotos olhavam-no como se quisessem ser ele. E Rhea tinha tanto ciúmes dos olhares que ele recebia. Ela vinha se convencendo de que merecia ser feliz. Com ou sem Sirius, merecia ser feliz e seria. Mas pensar na segunda opção a destruía, ainda mais quando passava cada segundo com ele se perguntando se seria boa o suficiente pra ele. Um pensamento tão ridículo. Por favor, ela era Rhea di Salles. Mas pra Sirius Black... Ele era demais. Até para ela. Não havia ninguém a sua altura.

Quanto tempo demoraria para que ele se cansasse dela?

— Rhea?

Rhea só então notou que havia parado de beija-lo, unido as testas, compartilhando sua respiração. Sirius a encarava, as duas mãos agora envolvendo sua cintura, os olhos mais suaves do que o puro desejo de antes.

— O que foi? — ele insistiu, passando a acariciar sua bochecha com o polegar.

Rhea colou os lábios na bochecha de Sirius, inspirando o cheiro de sua pele quente. Ele a abraçou.

— Gosto de estar com você. — Foi o máximo que Rhea conseguiu dizer, inapta para falar dos próprios sentimentos mais afundo que isso. De suas inseguranças.

Ela o sentiu sorrir.

— Também gosto de estar com você. — Respondeu ele, envolvendo-a mais forte. — Às vezes.

Sem se soltar, Rhea riu e deu um tapa no braço de Sirius, fazendo-o protestar e gargalhar. Antes que ela pudesse pensar ou morder a língua, disparou:

— Quantas noites já virou na Comunal com uma garota no colo?

Sirius pareceu parar de respirar, e a empurrou gentilmente para que pudesse olhar em seus olhos.

— Rhea...

— Não é segredo para ninguém, Sirius. — Ela interrompeu, desviando o olhar para uma de suas tatuagens em seu peito e brincando de desenha-la com o dedo. — Eu... Por favor, eu só quero saber.

Ele balançou a cabeça, apoiando-a no sofá e se voltando para o teto.

— Não sei, Rhea. Algumas.

— Algumas quantas? — Ele não respondeu. Ela insistiu: — Três? Quatro?

Sem resposta.

— Cinco? Dez?

Sirius olhou para ela, e Rhea pensou que seu coração fosse se dissolver.

Mais?

— Estou em Hogwarts há sete anos!

Rhea arregalou os olhos.

— E eu estive em Ilvermorny por 6, e em Hogwarts por 1. É a mesma coisa.

Sirius encolheu os ombros.

— Que diferença faz? — perguntou, puxando seu queixo para que ela parasse de evitar seu olhar. — Você mesma disse que não é segredo para ninguém.

— E não é!

— Então por que isso agora?

Rhea suspirou. Nem ela sabia. Devia estar soando como louca.

— Só... — Ela se inclinou sobre ele, deitando em seu ombro e encaixando o rosto na curva de seu pescoço. — Não gosto da ideia de estar com você onde todas as garotas já estiveram também. Podemos... Ir pra sua cama? — Ela sentiu as bochechas coraram, então se apressou em acrescentar. — Dormir. Deitar e dormir.

Sirius riu com certo nervosismo.

— É claro que podemos. O que quiser. — Ele disse com voz suave, passando a mão pelos seus cabelos. — Mas não acho que faria muita diferença.

— Sirius!

Ele estendeu as mãos e se rendeu.

— O que? — perguntou, com a coragem de rir. Canalha e canalha! — Estou só levando os seus motivos em consideração.

— Já dormiu na Sala Precisa com alguém?

— Todo mundo desse castelo já dormiu na Sala Precisa com alguém, Rhea.

— Então expulsamos Remus da cama dele e dormirmos lá!

Sirius olhou para ela. Rhea jogou as mãos pra cima, exasperada. Sem chances.

— Então, expulsamos James!

Sirius perdeu o olhar na parede atrás dela e pareceu pensar. Após alguns segundos, ele disse:

— Tenho certeza que podemos encontrar algum outro lugar.

Argh!

Incapaz de aturar mais um segundo daquilo, ela ficou em pé. Sirius continuou sentado, provavelmente achando graça. Rhea não via graça nenhuma naquilo, nem um pouco.

— Qual é, Rhea. Que diferença isso faz?

Rhea cruzou os braços e olhou para ele. A diversão no rosto de Sirius se suavizou, e ele se colocou em pé, andando devagar até ela.

— Não quero ser uma das mil garotas que você faz chorar, Sirius.

Ele ergueu as sobrancelhas.

— Tenho certeza que você me fez chorar mais vezes.

— Não estou fazendo piadas.

Sirius suspirou.

— O que te faz pensar que isso vai acontecer?

Rhea, disposta a todo custo a se manter séria e não cair mais uma vez em seus encantos, começou a recuar lentamente até que suas costas batessem na mesa. Sirius aproveitou para prende-la ali, um braço de cada lado de seu corpo, as mãos espalmadas na superfície de madeira.

— O que não me faria pensar nisso?

Os olhos de Sirius estavam nos lábios de Rhea.

— Tudo. Céus, tudo. Se você fosse apenas mais uma, eu teria desistido de você há tanto, tanto tempo.

— Isso era pra fazer eu me sentir melhor?

— Eu não acho que faria por qualquer uma o que eu faria por você. — Ele sussurrou em seu rosto, as mãos se acomodaram em seus quadris. — E eu juro, Rhea, eu faria qualquer coisa.

Ela engoliu em seco.

— Não fala sério. — Ele não podia falar sério.

— Falo. — Sussurrou Sirius, roçando os lábios nos dela. Seus olhos mal estavam abertos ao encara-la. — Qualquer coisa. Eu amo você.

Rhea pensou que fosse vomitar. A respiração ficou presa na garganta, e seu mundo rodou, e as pernas tremeram. Até Sirius pareceu se dar conta das próprias palavras, porque os olhos repentinamente se arregalaram e ele congelou a alguns centímetros de seu rosto. Rhea engoliu em seco, em silêncio, esperando pelas palavras dele. Esperando que ele retirasse suas palavras, ou que explicasse que não quis dizer aquilo.

Mas Sirius ficou em silêncio, e esse silêncio entre os dois pareceu durar horas. Ele abriu a boca para dizer algo, mas tornou a fecha-la instantes depois. Ainda com as mãos em seu peito, Rhea podia sentir seu coração disparado sob a camiseta.

Rhea exalou, e sua voz falhou tanto quanto poderia falhar ao dizer:

Não.

Sirius piscou atordoado, parecendo estar passando tão mal quanto ela.

— Eu...

— Tudo bem. Sei que foi sem querer.

As sobrancelhas de Sirius afundaram. Seus olhos estavam escuros.

— Foi. — Ele assentiu, e o coração de Rhea doeu, por mais estúpido que isso fosse. — Mas eu...

Rhea mordeu o interior das bochechas, espalmando as mãos no peito de Sirius e empurrando-o delicadamente para mais longe. Sirius recuou, parecendo assustado.

— Acho que eu deveria ir para meu quarto. — Disse Rhea — Já está tarde e...

— Eu te amo. — Ele interrompeu. Notando o quanto sua voz havia falhado, ele pigarreou e repetiu: — Eu amo você, Rhea.

A boca de Rhea permaneceu aberta.

— Sirius, por favor. Por favor, não diga coisas assim. Não brinque comigo assim.

Seu peito estava pesado. Certo, Rhea sabia que não era um monstro, que não era sua mãe e que merecia ser feliz. Sabia que era poderosa e corajosa. E digna de algo como o amor, algum dia. Mas repetir a si mesma que merecia ser amada não era o mesmo que se convencer disso, ou saber o que isso significava. Talvez Sirius também não. Talvez Sirius estivesse falando coisas como aquela porque não sabia o que sentia. Como ele poderia ama-la? Alguns meses atrás ele pensava as piores coisas a respeito dela.

Sirius levou a mão ao rosto de Rhea, e ela pensou em recuar e se afastar, ir em frente com a sugestão de voltar para seu dormitório. Mas o roçar do dedão de Sirius em suas bochechas a fez fechar os olhos, o peito quente pelo toque.

— Não estou brincando. Céus, nem um pouco. Eu amo você. Amo você desde que me levou até a sala de Slughorn e me mostrou a Poção de Acônito. — Rhea abriu a boca para rebater, mas ele não deixou que ela continuasse. — Naquele dia disse a você que eu estava perdido. Eu estava, porque eu percebi que não conseguiria mais ficar sem você, que sentia por você muito mais do que pensava que sentia. Mas estávamos indo devagar, e eu não podia...

— Sirius...

Mas Sirius não parou:

— Você disse que estava perdida também, e eu soube que não era o mesmo. Que não estava se referindo ao fato de que estaria perdida sem mim, como eu estaria sem você. — Rhea fechou os olhos, tentando conter as lágrimas. Ainda assim, sentiu uma linha úmida deslizar pela bochecha, até Sirius afasta-la com o polegar. — Eu soube naquele dia e sei agora que não estamos na mesma página, e eu... Eu não quero que diga nada. Não agora. Não precisa responder.

Rhea apenas o encarou, sem qualquer resposta. Lembrava-se bem do dia ao qual ele se referia, logo após ganharem a semifinal contra a Corvinal, quando ela o levou para mostrar a poção que havia feito, sem saber, na época, que era para Remus. Na ocasião, dissera que estava perdida porque simplesmente estava. Havia uma bagunça de sentimentos e pensamentos em seu peito. Céus, parecia outra vida quando parava para pensar. Tanto havia acontecido após aquele dia — ela havia voltado para Londres, conhecido seus avós, se afastado de Sirius. Os dois tinham brigado muitas vezes depois daquilo. Se ele a amava naquela época, quando mal conseguia a olhar nos olhos, como ela poderia sequer acreditar em suas palavras agora?

Ao olhar para Sirius, no entanto, para seus olhos esperançosos e inundados de compreensão, brilhando com a luz alaranjada da lareira e cheios de carinho...

Rhea não sabia o que dizer. O que pensar, ou o que sentir.

Quer dizer, ela o amava? Rhea não tinha certeza qual era a sensação de amar alguém. Como diabos alguém sabia que amava? Como ele sabia que a amava? Qual era a linha que separava gostar de amar? E como ela saberia a hora certa, ou o que aconteceria se não dissesse de volta, o que ela deveria fazer?

Rhea piscou, cobrindo a mão de Sirius em seu rosto e limpando outra lágrima.

— Preciso voltar para meu quarto.

Ela se odiava por dizer isso, mas estava apavorada de dizer a coisa errada. Estava tarde, e ela com sono, e talvez nada daquilo fosse real. Sirius também poderia estar cansado e dizendo coisas no calor do momento.

O coração de Rhea doeu e queimou ao ver a expressão de Sirius ao solta-la e assentir. Com algo quebrado em seu peito, mas gritando para mantê-lo por perto, Rhea se inclinou novamente e beijou ele uma última vez na noite. Ela gostava tanto dele.

Ainda estava perdida. Mas, por algum motivo, não se sentia perdida quando estava com Sirius. Ela não fazia ideia do que isso significava.

Ela sussurrou um boa noite para ele antes de dar as costas em direção à escada de seu dormitório. Mesmo de costas, podia sentir Sirius ali, parado, esperando que ela sumisse pelo espiral. Seu peito se apertava a cada passo, torcendo para que Sirius não estivesse com raiva dela. Ou magoado.

Mas, quando ela parou no primeiro degrau e olhou para trás, Sirius estava sorrindo. Aquele sorriso irritante e estúpido.

Rhea franziu as sobrancelhas, e Sirius disse:

— A cama de Peter. Como não pensei nisso antes? Nunca dormi com ninguém lá.

Canalha.

————————
hehehehe nois trupica mas nao cai
a ressaca de acotar passou um pouquinho e deu lugar a minha paixao pelo lorcan de tog. aiai, vida de bookstan é tao dificil

espero que tenham gostado do cap 🥰🥰

xoxo

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