Hot Girls - Kakegurui

By HeyyCatra_

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Nesta história, você é S/n. Uma garota que se muda para o Japão em busca de oportunidades após estudar sozinh... More

Minha Chegada
A Garota das Unhas
Roleta Russa
Aposta de Cartas
Será que?...
Dona da Pupila Dilatada
Três é Demais
Coque Despojado e Banho
Flash de Câmera
Meninas Super Poderosas
Cortes Na Pele
Farsa Veste Faixa
A Tal da Fotógrafa
Despedida
Bye Bye

Seguir o Coração

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By HeyyCatra_

Oi, pessoal. Me desculpem pela demora para atualizar, sério. Tenho meus motivos, mas não vou tentar me explicar, apenas sinto muito. E tenho um recado para vocês. A fanfic está na reta final. Isso mesmo, logo logo ela chega ao fim... Então aproveitem, boa leitura 💜.
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Descobrir que Itsuki era quem havia tirado aquela foto minha e da Mary, serviu apenas para me desanimar ainda mais daquele lugar. Até a cidade estava me fazendo mal. 

Itsuki tentou se desculpar imediatamente, alegando que tirou a foto por ciúmes. Mas, eu não quis a ouvir e disse que falaria com ela quando eu estivesse preparada para tal.

Mary não respondeu minhas mensagens a tarde toda, provavelmente devido ao jantar com os pais e a tia, jantar esse que ela mesma havia me informado sobre. Só que não ter com quem falar, fez com que eu desabafasse com Meire, a mulher que me aceitou e me acolheu em sua própria casa.

Na manhã seguinte, me esforcei para me arrumar bem e ir radiante para o colégio. Mas, por dentro, minha alma vestia um moletom largo, óculos de sol para disfarçar as olheiras e uma vibe pesada para acompanhar. O importante era que por fora eu parecia inabalável. Naquela escola você não podia demonstrar fraqueza. 

— Só consegui ler as suas mensagens agora cedo. — Mary disse chateada, vindo na minha direção, na porta do colégio. — Então foi mesmo a Itsuki Sumeragi? Eu vou socar ela.

— Não precisa disso. Vamos tentar deixar quieto, tá bom? 

— Você tem certeza?

Assenti. Mary beijou minha bochecha e assentiu também, em resposta. E então ela se afastou, indo para a sala de aula na qual teria sua primeira aula naquela manhã monótona.

No meio da minha primeira aula, minhas mãos começaram a suar e meu corpo tremia. Não tremia aos olhos de todos, mas apenas o suficiente para que eu percebesse. Minha garganta ficou seca e senti meu estômago se revirar. Sem dizer nada, saí às pressas da sala, indo em direção ao banheiro.

Corri diretamente para uma das cabines e vomitei um pouco. Não havia nada no vômito, nenhum tipo de comida que pudesse indicar que eu passara mal por tê-la ingerido. Saí da cabine quando tive certeza de que não iria mais vomitar e fui até a pia, lavando a boca e mãos.

Ririka estava ali, parada em frente ao espelho feito uma assombração. O que tornava bizarro era que estava usando a máscara.

— Como está se sentindo?

— Mal. — respondi.

— Parece abatida. O que estava acontecendo?

— Boca seca, falta de ar, tremedeira…

— Deve ser uma crise de ansiedade forte ou uma crise de Pânico.

— Como você pode saber?

— Já aconteceu comigo várias vezes, então sei como é… — ela disse baixinho.

— Eu sinto muito…

— Está muito preocupada esses dias, não é? Tem tido muitos pensamentos negativos.

— Sim, não tem como não ter…

— Posso te ajudar em alguma coisa?

— Acho que não Ririka, a única coisa que me faria bem no momento seria uma passagem de ida para o Brasil, assim eu veria a minha família e colegas. Nunca achei que sentiria tanta falta assim deles.

— Passagem para o Brasil eu não tenho, mas tenho calmante aqui na bolsa. Pode ser?

— Ah…pode ser. — Aceitei, receosa. 

Ela abriu um frasquinho cheio de comprimidos e me deu um, tirou uma garrafinha dágua da bolsa e me entregou também. Coloquei o comprimido pequeno na boca e um pouco do líquido gelado e engoli ambos.

— Você vai se sentir melhor agora. Tem mais alguma coisa que eu possa fazer por você ?

— Uma garota que usa uma máscara o tempo todo? O que uma menina que nem mostra o rosto, pode fazer para me ajudar? — Questionei. Não era deboche ou maldade, apenas uma pergunta curiosa e sincera.

Ririka ficou imóvel por cerca de trinta segundos, não parecia que falaria mais alguma coisa. Entretanto, me surpreendeu quando levou as mãos até a máscara, tirando-a. Ririka depositou-a em cima da pia e permaneceu me olhando.

— Por quê você usa isso sempre?

— Só…não acho que tenho algo a oferecer. 

— Você é uma garota muito bondosa ao que parece. Tem muito a oferecer.

— Minhas inseguranças vão além disso. — ela murmurou. 

Levei minhas mãos em seu rosto, estava quente e era extremamente macio. 

— Você é muito bonita. 

Ririka corou e desviou o olhar.

— Obrigada.

Tirei as mãos com delicadeza e peguei sua máscara, colocando-a novamente em sua face. Eu queria ajudá-la de alguma forma como ela fez comigo, mas não sabia como fazer isso.

— Prefiro você sem isso, mas… — A encarei após ajeitar a máscara que agora estava perfeitamente em seu rosto. — Se você sente-se melhor com ela…Não sou eu quem pode te dizer o que fazer.

Ririka me abraçou. Seu corpo pequeno e frágil me fez querer guarda-la num potinho e protege-la.

Na hora do almoço, Yumeko me disse que havia repreendido Itsuki pelo lance da foto e que a mesma estava verdadeiramente arrependida por seu ato. Agradeci Yumeko por ter conversado com Sumeragi, mas disse que eu só falaria com ela quando estivesse preparada.

Contei a Mary sobre a crise de ansiedade e sobre Ririka ter me ajudado. Saotome ficou preocupada comigo e também incomodada com a aproximação que eu havia tido com a mascarada. Eu ri, dizendo que ela não precisava sentir ciúmes. Mas, depois me peguei pensando… Era ciúmes meu ou de Ririka? Porque até onde eu sei, elas já haviam tido algo. Decidi não tocar mais no assunto.

Ao chegar em casa, Meire veio conversar, pois queria saber como que eu estava. Contei que havia melhorado um pouco, mas era realmente coisa mínima. Contei também que eu não estava me sentindo feliz, embora estar no Japão fosse a realização de um sonho.

— Querida, veja bem… — ela pegou nas minhas mãos e sorriu de forma materna.  — Quando realizamos um sonho, nos sentimos completos, sabe? Se for algo que está no nosso destino seguir, seguiremos e felizes. É claro que nada é perfeito o tempo todo, sempre temos momentos em que queremos jogar tudo para os ares, mas… A pergunta que devemos sempre nos fazer é apenas uma.

— Qual, tia Meire? 

— Somos felizes e às vezes vivemos partes ruins dos nossos sonhos pois faz parte da vida? Ou simplesmente não somos felizes?

— Não tenho certeza se entendi…

— Você é feliz e só está passando por algo ruim que logo será resolvido? Ou você é infeliz aqui? As partes boas que você tem vivido aqui no Japão, compensam as partes ruins?

E nessa hora eu soube. Eu estava destroçada pra valer. E, ainda por cima, estava errada sobre o meu sonho.

— Meu sonho era aprender a falar japonês, pois sempre gostei de animes e Doramas. — sorri. — Eu me sentia feliz todos dias quando aprendia novas palavras no idioma. E eu queria muito visitar esse país que, de fato, é muito lindo.

— Mas?… — Ela sorriu meigo, esperando  eu prosseguir.

— Mas…passar muito tempo aqui não é o que eu realmente quero. A minha felicidade consiste em aprender novas coisas que me fazem sentir viva. A minha felicidade consiste em viver a vida! Não quero ficar presa a lugares ou pessoas. Ainda tenho muitos idiomas para aprender e muitos países para conhecer. E, apesar disso, sempre voltar para o Brasil, encontrar minha família e passar um bom tempo com eles.

— Então pronto, você já sabe o que fazer. — Meire deu duas palmadinhas nas minhas costas e se levantou da minha cama, saindo do quarto.

É, infelizmente ou felizmente, eu já sabia sim o que fazer.

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