CHANTAGEM - SARIETTE

By xuxufreire

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Juliette encontrará o ódio e o amor na figura de uma mulher do passado. More

AVISO
UM
DOIS
TRÊS
QUATRO
CINCO
SEIS
SETE
OITO
NOVE
DEZ
ONZE
DOZE
TREZE
QUATORZE
QUINZE
DEZESSEIS
DEZESSETE
DEZOITO
DEZENOVE
VINTE
VINTE E UM
VINTE E DOIS
VINTE E TRÊS
VINTE E QUATRO
VINTE E CINCO
VINTE E SEIS
VINTE E SETE
VINTE E OITO
VINTE E NOVE
TRINTA
TRINTA E UM
TRINTA E DOIS
TRINTA E TRÊS
TRINTA E QUATRO
TRINTA E SEIS

TRINTA E CINCO

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By xuxufreire

Juliette Freire.

Assim que coloquei meus olhos naquela fotografia eu paralisei, fiquei sem reação. Como aquilo poderia ser possível?

Eu sabia que aquela criança não era a minha filha. A minha Cecile.

Sabia porque, primeiro: Era uma foto antiga.

Segundo: Cecile não conheceu Evandro pessoalmente. Quando ela nasceu fazia seis anos que ele havia falecido. Ela conhecia ele somente pelas fotos que tinham espalhadas pela minha casa ao lado de Ana, mãe de Bil.

E por último, e não menos importante: Sarah havia feito a vasectomia quando soube que eu estava grávida do meu primeiro filho.

- Puta merda! - Levantei minha cabeça assim que Thaís falou, e olhei para as duas mulheres a minha frente.

Aquela criança só poderia ser a Sarah. Não tinha outra alternativa.

- Por que vocês tão se olando com essas caras? - Ceci perguntou pulando, tentando tirar o porta-retrato de minhas mãos. Tirando-me dos meus devaneios.

- Certo! Isso foi informação demais para a minha cabeça! - Thaís falou coçando a nuca, pensativa. - Existe alguma possibilidade da Cecile ser filha da Sarah?

- Não! - Respondi depressa, um pouco nervosa. Era impossível... Nos envolvemos no passado, mas não passou de uma troca de beijos e amassos. Sarah estava tão bêbada naquela noite que acabou por dormir antes do ato.

Mas como a semelhança entre a minha filha e Sarah poderia ser explicada?

Fixei meus olhos nos de Sarah e ela continuava com a mesma expressão, não demonstrava nenhum tipo de reação, ela parecia estar perplexa com o que tinha acabado de ver diante de seus olhos, mas então uma lágrima solitária começou a escorrer por sua bochecha e um sorriso mínimo se formou em seus lábios.

- Do que você está achando graça, Sarah? - questionei intrigada e um pouco raivosa, Sarah nada respondeu, simplesmente pegou o porta-retratos de minhas mãos e saiu em direção a sala de jantar, indo se sentar em uma das cadeiras. Thaís ainda sem entender nada virou-se para mim e perguntou:

- Você tem certeza que Cecile não é filha da Sarah? É cara de uma focinho da outra... - Falou gesticulando com as mãos.

- É impossível, Thaís! Não tem como isso ter acontecido, nunca transamos antes desse contrato e mesmo se tivéssemos transado não teria como eu ter engravidado dela, ela fez vasectomia assim que descobriu que eu estava grávida do meu primeiro fi..,

- Ai Juliette, às vezes você é tão inocente! - A brasileira me interrompeu, enquanto revirava os olhos. - Fique sabendo que uma mulher ainda tem chances de engravidar durante três meses após o parceiro ter feito a vasectomia... Então, você tem certeza que nunca se encontraram nesse tempo? - Me encarou séria, mas nada falei. Parecia que se eu falasse o que aconteceu comigo e com Sarah no passado em voz alta só iria fazer eu me sentir ainda mais suja do que já estava me sentindo. Eu não queria admitir que tinha me envolvido com a mulher que estava no cômodo ao lado anteriormente. Queria esquecer disso, como eu e Bil havíamos combinado quando reatamos.

- Não precisa me esconder nada. Eu sou sua amiga, Juliette. - Disse Thaís se aproximando de mim. – A única coisa que eu quero é que você fique bem com toda essa situação. Eu sei que você está passando por um turbilhão de coisas, que está confusa, eu sei de tudo e eu vou te ajudar. - Tentou me confortar, conseguindo com êxito. Sabia que Thaís e Carla eram as únicas pessoas que eu poderia confiar naquele momento.

- Bom... Eu e Bil ainda há quatro anos atrás, antes de saber que não tínhamos mais dinheiro, convivíamos com algumas pessoas do mesmo ciclo social de Sarah, pode ser que tenhamos nos esbarrado em alguma festa... E antes disso, quando estava separada de Bil, eu e ela nos encontramos em um bar, bebemos muito e acabamos por ficar, mas nem sequer transamos, ela havia bebido mais do que eu, e estava mais bêbada obviamente e acabou dormindo quando tive atender o meu telefone que estava tocando dentro da minha bolsa.

- Então não aconteceu nada mesmo? Porque conhecendo a Sarah, é capaz dela mover céus e terras para descobrir se a menina é filha dela. - Thaís segurou o meu queixo. - E você sabe muito bem disso. - E então o soltou. - Vou ir lá ver como a Sarah está, depois conversamos melhor.

- Mamãe. - Ceci me chamou baixinho assim que Thaís saiu, puxando a barra da minha camiseta. - A tia Sarah tá cholando puquê? Selá que ela não gotou de eu ter mexido nas coisas dela? Ela ficou tiste por causa disso, mamãe? - Olhei para a Cecile, a pequena estava com os olhinhos arregalados. - Me responde, mamãe! - Falou um pouco mais alto, depois que não respondi nenhuma de suas perguntas.

- Filha... - Comecei, me abaixando para ficar na sua altura. - A mamãe também não sabe porque ela está chorando. - Levei uma mecha de cabelo para trás de sua orelha. - Mas olha lá... - Indiquei com a cabeça para a Sarah. - Ela não está chorando porque está triste. Olha para ela, ela está sorrindo.

Cabisbaixa Cecile levantou o olhar e passou à analisar as expressões no rosto de Sarah.

- Então ela tá cholando de aleguia? - Indagou agora olhando para as flores que tinha em suas pequenas mãos.

- Acredito que sim, meu bem. - Alternei meu olhar entre o rosto de minha filha e as flores.

- E pu que? - Voltou seu olhar para mim, com um vinco formado em sua testa.

- É isso que eu também quero saber... - Murmurei olhando somente para as flores agora.

Nunca fui muito chegada em flores, mas teve uma vez, no meu aniversário de vinte e quatro anos que eu ganhei um buquê de flores enorme, nele continha quase todos os tipos de flores, das mais conhecidas até as mais exóticas, era uma flor mais linda e colorida do que a outra. Era o maior buquê que já tinha visto na vida, parecia aqueles buquês de filmes de romances, de tão lindo que era. Lembro-me que no meio dele tinha um cartão e nele estava escrito o nome de todas as flores e seus significados, e no final perguntando para mim qual era a minha flor favorita dali, não tinha o nome da pessoa que mandou as flores, mas sabia que tinha sido o Bil, ele adorava me presentear com coisas extravagantes, então escrevi no cartão que a minha favorita era a flor de cerejeira, ela representa a fragilidade da vida, cuja maior lição é aproveitar intensamente cada momento, pois o tempo passa rápido e vida é curta, e eu vivi isso na pele logo depois que Bil veio a ficar doente.

O buquê que Cecile carregava era de lírios, sinônimo de muito respeito, tem quem diga que o lírio pode ser considerado o símbolo do amor eterno. Como o de uma mãe com uma filha.

- Mamãe, você vai se importar se eu dar esse buquê pa tia Sarah? Eu compei para você, mas não gosto de ver ninguém cholando... nem de aleguia. - Sorri para ela. Cecile tem um coração tão bom, igual ao de Abadia.

- Pode, filha. Mas, depois quero as minhas flores também. - Falei puxando Ceci para um abraço, era nele que eu recarregava todas as minhas forças e era por ela que eu continuava a lutar, para nos dar uma vida melhor.

- Tá bom, mamãe. Agola me solta que quero falar com a titia Sarah. - E dizendo isso se desprendeu de meus braços e foi até a loira.

Levantei-me, arrumei minha camiseta e meus cabelos e fui até perto delas, me encostando na parede, de braços cruzados.

- O titia Sarah, a tia Tha compou essa flor pa mim dar pa mamãe... Mas aí eu vi você cholando... A mamãe disse que é de aleguia, mas mesmo assim eu não gosto de ver gente cholando. Então eu vou dar essa flor pa você, mas você tem que prometer que vai parar de cholar, tia Sarah. - Carolline olhava para Cecile sorrindo, limpando as lágrimas que insistiam em escorrer por suas bochechas.

- Cecile, meu bem... - Sarah começou, mas foi interrompida por Cecile.

- Ainda não terminei de falar titia, fica quietinha, pu favor... Mas primeiro me pega no colo. - Falou levantando os bracinhos, Sarah pegou minha filha e a colocou em cima de sua perna esquerda, me dando uma ampla visão do rosto da menina. - Eu vou te dar a flor, mas depois eu quelia saber porque você ta cholando... Tó, pega, titia. - Entregou a flor para Sarah e logo em seguida deixou um beijo na bochecha dela.

- Posso falar agora? - Sarah perguntou, implantando um beijo na testa da Cecile, ela apenas balançou a cabeça positivamente. - Você sabe o significado dessa flor?

- A titia Tha me falou, mas já esqueci. - E riu sem graça, olhando para Thaís que estava atrás de Sarah, sorrindo abobada. - Só sei que ela é uma flor que diz que eu amo a minha mamãe. - E se virou na minha direção e falou: - Eu te amo, mamãe. - Respondi um "também amo você" baixinho e joguei um beijo no ar para ela. Sarah sorriu com a cena. Cecile se virou novamente para Sarah. - Você não é a minha mamãe, mas eu amo você como se você fosse, titia e esse também é um dos motivos pa eu dar a flor a você.

Parece que Cecile falando aquilo piorou ainda mais a situação de Sarah, que desandou a chorar, abraçando a pequena fortemente.

Thaís que ainda continuava no mesmo lugar soluçou alto, enquanto chorava balançando a cabeça negativamente.

- É impossível essa menina não ser filha da Sarah. - Falou baixo, olhei-a rapidamente, séria. Thaís tinha que tirar isso da cabeça.

- Mas eu não sou filha da tia Sarah, tia Thaís. Eu sou filha da minha mamãe com o meu papai.

- Não ligue para o que a Thaís fala, Cecile. - Me intrometi na conversa, indo pegar Cecile do colo de Sarah, que não queria solta-la de jeito nenhum. - Por favor, Sarah, deixa eu pegar a minha filha, depois você fica com ela. - Supliquei.

- Você quer ir com a sua mãe, Cecile? - Sarah perguntou, me ignorando totalmente.

- Quero... Eu tô com um pouco de fome, titia. Tia Carla não teve tempo de me dar comida, puque a tia Thaís chegou e me trouxe pa cá.

- Quer que eu faça uma coisa bem gostosa para você comer? - Sarah perguntou a minha filha, recebendo um não como resposta.

- Eu gosto só da comida da minha mamãe. - Falou olhando para os seus dedos que ela estava mexendo, então Sarah afrouxou o abraço e eu peguei minha filha, indo rapidamente para a cozinha, onde preparei algo rápido para ela comer. Não levou muito tempo para ela dizer que estava cheia e que queria tirar uma sonequinha.

Então perguntei a Sarah onde podia coloca-la para dormir. Ajeitei os travesseiros na cama de um dos quartos de hóspedes, fazendo uma barreira para Cecile não cair, coloquei uma manta por cima de seu corpo e sai do quarto, indo para a sala, onde Sarah e Thaís estavam.

- Acho que vocês precisam conversar, não é? - Thaís disse receosa.

- Eu não acho... Tira isso da sua cabeça, Thaís. Cecile não é filha da Sarah. É impossível! - Sentei-me no sofá do outro lado da sala, irritada. Cecile era filha do Bil.

- Com que certeza você fala isso, Juliette?

- Porque nunca transamos antes desse contrato! - Sarah riu alto, como se eu tivesse contado uma piada.

- Você acha que nunca transamos, Juliette. - Disse dando ênfase no "acha".

- Que? - Perguntei, mesmo temendo a sua resposta, apesar de ter a absoluta certeza de que nunca havia transado com ela.

- Thaís, você pode nos dar licença? Eu e Juliette precisamos conversar em particular.

- Sarah... Acho melhor eu ficar aqui, talvez eu possa ajudar em alguma coisa...

- Thaís, por favor...

- Também prefiro conversar com a Sarah a sós... - Disse me levantando. - Se alguma coisa acontecer eu te chamo, ok?

- Tudo bem... Vou ir lá com a Cecile.

- Obrigada. - Sarah disse e sorriu sem mostrar os dentes.

Esperamos a brasileira sair do cômodo e quando ela sumiu pelo corredor perguntei:

- Por que você disse que nós já transamos?

- Já que você está sendo direta, eu também vou ser. Seu maridinho, o seu eterno amor. - Riu, cheia de cinismo. - O homem da sua vida, vendeu você por uma noite. Como se você fosse um objeto que pode ser vendido em qualquer lojinha de beira de esquina.

A cada palavra que saía de sua boca parecia um soco sendo desferido na boca do meu estômago. Estava começando a me sentir enjoada, minha visão estava começando a ficar turva, meu corpo todo tremia, mas eu nem mesmo conseguia me mexer um único músculo, parecia que havia entrado em estado de inércia, onde tudo parou e eu só conseguia ouvir repetidas vezes o que Sarah acabou de falar.

Eu ainda não conseguia acreditar nisso. Como assim ele me vendeu?

Isso não podia ser verdade! Bil nunca faria isso comigo! Ou faria?

Não! Nunca faria!

Ele me amava! Eu era o amor da vida dele.

E eu nunca aceitaria fazer uma merda dessas. E se eu tivesse feito, eu lembraria. Com certeza lembraria.

Pelo amor de Deus, que tipo de pessoas venderia a própria esposa? Só um monstro, um ser repugnante.

Ele mesmo sabia que nunca me submeteria a isso. Na última vez que ele acordou, ele disse que um amigo queria me dividir e que ele... Ficou excitado com a proposta...

Será que ele não disse isso apenas para não se sentir tão mal pelas coisas que fez comigo? Será que esse amigo não era... A Sarah?

A Sarah?

Os dois se odiavam! Não tem como!

- Juliette, calma! Toma aqui esse copo d'água com açúcar. Ficar andando e falando pelo meio da sala não vai ajudar você em nada. - Falou se aproximando de mim, com o braço estendido.

- Não toca em mim! - Gritei. - Como vocês tiveram coragem de fazer isso comigo?

- Eu não tenho culpa de nada, Juliette. Ele me ofereceu e eu aceitei. - Disse calma. Como ela conseguia ser assim? Tão fria? Não sentir nem um pingo de remorso?

- Você aceitou comprar uma pessoa, Sarah! Uma pessoa! Você não percebe a gravidade?

- Não. Foi a mesma coisa que ter passado a noite com uma prostituta, coisa que eu desconfiava que você era.

- Não... Espera aí... você só pode estar de brincadeira comigo! Não é possível. Você me chamava de prostituta por causa de uma coisa que eu sequer sabia que tinha acontecido? Você tem problemas, Sarah? – Indaguei cheia de ódio.

- Eu sabia desde o começo que você não sabia, mas isso não mudava nada para mim.

- Como assim você sabia? - A raiva, a mágoa e a tristeza aumentavam cada vez mais dentro de mim. Eu me sentia traída da pior maneira possível, e pelo homem que eu amava e agora pela mulher que havia acabado de dizer que amava também.

- Você está nervosa demais, Juliette, quando você se acalmar nós voltamos a conversar... Vou ir ligar para o Rodolffo...

- Você não vai ligar para ninguém, Sarah! Eu tenho o direito de saber toda a verdade! - Era uma obrigação dela me explicar tudo, tintim por tintim.

- Juliette, você já sabe o principal. Nem isso era para você ficar sabendo.

- Como não? Você está achando que eu sou uma marionete, que pode ficar controlando?

- Sei que você não é nada disso, mas vamos esquecer isso, por favor, é passado, você mesmo disse que era para passarmos uma borracha nele.

- Mudei de ideia, Sarah. Você conseguiu acabar com último pingo de confiança que tinha em você. Agora é sua obrigação me contar tudo o que aconteceu, ou eu chamo a Thaís e vou com ela direto para a delegacia. - Sarah fez a mesma cara que no dia que me levou para a casa de swing e eu falei que iria denuncia-la, queria entender o porquê de todo esse medo.

- Eu conto. Não é preciso denunciar ninguém.

- Então comece.

- Primeiro bebe à água. - Falou esticando o braço. Olhei para ela e em seguida para o copo em sua mão. - Não tem veneno, não se preocupe. - Peguei o copo e fui para o sofá, onde me sentei e tomei um longo gole d'água.

- Já bebi, agora começa. - Olhei para ela, com as sobrancelhas arqueadas.

- Foi em uma festa. Bil e você estavam lá. Bil me encontrou, começou a puxar conversa comigo, dizendo que tinha descoberto que estava doente, não tinha um dólar no bolso para pagar o tratamento da doença e começou a pedir dinheiro para mim.

- E você deu?

- Claro que não. - Ela riu. - Eu não ia dar dinheiro para vagabundo que não queria trabalhar e já tinha gastando metade da herança que era minha.

- Não era sua. - Respondi brava.

- Claro que era, sua sogra só se casou com meu pai para poder rouba-lo.

- Ela não roubou, ele faleceu e ela tinha direito a parte da herança. - Sarah revirou os olhos.

- Essa agora não é a questão. Outro dia discutimos sobre isso. Voltando... Bil perguntou se eu queria comprar alguma coisa dele, chegou até a oferecer aquela lata velha que ele chamava de carro. Não aceitando nada das coisas que oferecia, ele ofereceu você e começou a dizer que aquela seria a única oportunidade que eu teria de foder com você e que se eu não aceitasse ele iria oferecer para outra pessoa, eu recusei, achei que ele não estava falando sério até ver ele falando com um de seus amigos. E bom, se era para você ser fodida por qualquer um, eu preferia que fosse eu fazendo isso. Você tem que me agradecer por ter feito isso. Já pensou, um velho nojento comendo você enquanto te espancava até deixar você desacordada na cama. Poupei você de passar por isso.

Eu ainda não conseguia raciocinar com clareza. Todas essas informações vindo tudo à tona de uma vez me deixou completamente devastada, eu estava sem forças para digerir tudo isso. Eu só queria sair dali com a minha filha e fugir para algum lugar onde ninguém fosse capaz de nos encontrar.

Mas o pior de tudo para mim, era saber que Bil havia feito uma coisa dessas comigo, por causa de dinheiro, sendo que falei para ele que iria dar um jeito de resolver as coisas, que arrumaria um emprego para mim para poder pagar o seu tratamento. Nunca pensei que sentiria nojo dele, ele foi baixo, pensou somente em si, me submeteu a mais uma humilhação.

- Mas como vocês fizeram isso sem que eu soubesse de nada? – Perguntei de um longo tempo em silêncio. Sarah que estava no bar preparando uma bebida para si, voltou-se para mim e falou:

- Já ouviu falar em vouyerismo? - E bebeu sua dose de whisky em único gole.

- Já... - Engoli em seco. - Foi isso que vocês fizeram?

- Foi. Só que como Bil não queria que você descobrisse o que estava acontecendo, os seus olhos foram vendados e eu não poderia falar nada, para você não desconfiar de nada. Era Bil que falava com você, mas quem transava com você era eu e foi isso. - Disse por fim, não ligando para o que estava dizendo. - Ah! Amanhã vou levar Cecile para fazer um teste de DNA, não que precise já que ela é a minha cara, mas quero confirmar que ela é minha filha. Vou chamar o Rodolffo para levar você para a casa, é melhor ir se arrumar.

E saiu, me deixando sozinha, completamente perdida nos meus pensamentos.

...

Até daqui um mês e meio heheheheh

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