Fico congelada por uns bons minutos. E enquanto isso, Breno mete a boca com o Kaio.
Meu amigo parte para cima do meu ex. Até que finalmente me movo e os separos. Ficando na frente do Breno.
Marcella: que porra está fazendo aqui Kaio?
Kaio: não tive nem tempo de te explicar e já foi beijando outras pessoas?- gritou comigo.
Marcella: então vai, explica. Já que traição não tem nada para discutir.
Kaio: ela que me puxou para beijar. Não tive tempo de separar, seu irmão e esse imbecil.- apontou para o Breno. - apareceram.
Breno: larga de ser mentiroso. Porque na escola tu já ficou com essa garota. E quem puxou o beijo foi você.- me viro para trás sem reação.
Marcella: você sabia esse tempo todo? E não me contou?
Breno: soube na festa. Umas meninas lá estavam por perto e disseram. Fomos procurar esses dois idiotas e o final você já sabe.- volto para o Kaio.
Marcella: vamos Kaio, diga a verdade.
Kaio: quer a verdade?- assenti o óbvio.- essas "meninas" que o Breno diz. São amigas da Lilly que eu estava pegando e a também da Karina que o Ryan pegou. Queríamos terminar com elas e essa foi a única forma. E para não magoar.- riu da situação com vontade de chorar.
Marcella: não magoar Kaio? Não magoar? Traição é a pior ideia que existe nesse planeta. Era melhor nós dizer do que.- começo a bater nele.- fazer essa.- lágrimas caem automaticamente.- merda de gente retardada.- perco as forças e volto perto do Breno, que me abraça.- vai embora da minha casa agora!- grito.
Kaio: mas Marce...- Breno o corta.
Breno: se a amasse de verdade. Não deixaria ir e não magoaria, e muito menos trairia. Dizer que não gostava mais dela, doiria bem menos que isso tudo que vocês fizeram. Agora vaza da minha casa e não pise mais o pé aqui.
Kaio: desculpa.- saiu sem deixar a gente dizer mais algumas coisa.
Breno beija o topo da minha cabeça e me faz sentar. Disse que iria pegar um copo d'água, enquanto isso estou chorando de soluçar, sem conseguir pensar direito.
Me deito e ligo a TV. Assusto com um urso na minha frente, o pego e o abraço. Breno me entregou o copo e bebo tudo, fui me acalmando e raciocinando. Ele faz eu encaixar em seus braços ainda deitados.
Breno: está melhor?- assenti. Iniciou um cafuné no meu cabelo.
Adormeço em segundos.
...
Acordo com a voz do Breno, eu tenho sono leve. Está tipo falando sozinho e ainda estamos na mesma posição, acho que não se passou nem uma hora. Vou fingir que estou dormindo para ouvir a conversa.
Breno: ela não percebe...- ela, eu?- eu não sei mais o que fazer tia... acho que no momento não vai dar certo. Um cara partiu o coração dela e não só o dela...- é acho que sou eu.- eu sei, não vou demorar. Se não vou peder ela... mudando de assunto. Sobre os meus pais, alguma coisa?- agora que quero escutar o sono me invade.- tenta o máximo distrair eles, vou tentar fazer um b.o ou denúncia para voltarem a cadeia. Não quero ver eles tão cedo... eu sei eu sei tia.- diz furioso.- mas tudo o que eles fizeram não é algo para se desculpar... esse é o real motivo.- me mexo um pouco.- vou desligar tia. Beijos, também te amo.- desligou.- já pode parar de fingir, acorda.- finjo que não escutei.- em que momento começou a escutar?
Marcella: que eu não percebo.- digo sussurrando e com os olhos fechados.- na verdade. Ela não percebe.- olho para ele finalmente.- o que quer dizer com isso Breno?
Breno: é uma menina aí. Que não dá a mínima para mim.- meu coração acelera.
Marcella: que menina? Que nem essa eu sei.
Breno: para de fingir Marcella.
Marcella: quero das suas palavras.- seu olho subia e descia.
Me deitou e ficou por cima de mim. Encarando e analisando cada curvatura do meu corpo. Essa tensão toda me fez ficar sem rumo, se aproximava lentamente.
Breno: ainda quer descobrir quem é essa menina?- disse sussurrando com uma voz mais rouca.
Assenti e olho cada centímetros do seu corpo, até os nossos olhos se baterem. Foi como se fosse o tchan.
Os seus olhos brilharam como estrelas, veio se aproximando mais e... deu uns tapinhas leves no meu braço e volto para a realidade. Ele se senta sorrindo e já eu, estou desnorteada.
Marcella: é é é...- gaguejo.- fala dos seus pais, porque eu também escutei.- disfarço o olhar.
Breno: estão perguntando de mim e tão morando com o meu tio. A única coisa que me resta, é fazer b.o ou denunciar ou não sei mais o que. Só não quero ver eles.
Marcella: uma hora ou outra, vocês vão ter que se ver e conversarem.- assentiu.- tô falando sério Breno.- chamo a sua atenção.
Breno: tá bom tá bom.- se levantou e saiu de perto.- vou dormir.- reviro os olhos.
Continuo sentada no sofá. Até que sinto falta dos meus amigos, pego o meu celular e há mensagem deles.
WhatsApp on
Gael: porra, poderiam ter avisado a gente!! Ficamos preocupados.
Breno: já está tudo certo e resolvido. E como vocês não viram ele vindo até nós.
Ravy: estávamos ocupado socando a cara do Ryan e viemos parar na delegacia. Mas já conseguimos resolver tbm.
Maysa está bem??
Debora: só a derrota, mas vai ficar bem e vc??
Acho que estou bem. Aonde estão?? Que não voltaram ainda??
Gael: eu e Debora estamos no motel.
Breno: nuuuuu, queria estar assim!!
Debora: @ marcella
Vcs não perdem uma né??
Debora: óbvio que não.
Ravy: eu e a Maysa estamos numa lanchonete.
Okay, fiquem bem.
WhatsApp off
Desligo a tela do celular e jogo o meu celular longe. Levanto decidida a ir tomar banho.
Entro no chuveiro e tomo aquele banho gostosinho. De deitar na cama e capotar, sem pensar duas vezes. E sobre a pandemia, alarme falso. Conseguiram resolver o quanto antes de ele se espalhar, mas as escolas vão continuar fechadas durante quinze dias.
Me visto com um pijama quentinho. Antes vou para cozinha, pego um copo de água e volto para o meu quarto, paro no meio do corredor vendo a porta do Breno aperta. Me contento para não abrir e fui ver, já estava no automático. E ele não está aqui.
Breno: o que você está fazendo?- grito de susto.- calma, tá devendo para o agiota é?- ele ri e bato no seu peito.- pega uma muda de roupa, biquíni e mais algumas coisas que você precisa.
Marcella: para que?
Breno: você vai ver.- piscou e foi para o seu quarto.
Volto confusa, mas faço o que ele pediu. Troco novamente de roupa e espero na sala. Escuto alguns barulhos, olho para trás e Breno está todo carregado.
Pego algumas coisas para ajudar e fomos direto para o seu carro. Guardamos e entramos, aviso a galera e Breno dá partida.
Marcella: é longe?- mal saímos do prédio e já perguntei logo de cara.
Breno: mais ou menos.- me entregou uma faixa vermelha.- vai, põe isso. É para não estragar a surpresa.
Marcella: eu vou é dormir com isso.
Breno: sem problemas, o bom que chega rápido para você.- rimos.
Coloco a venda e em questão de minutos capotei.
***
Onde será que vão esses sapequinhas
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