CHANTAGEM - SARIETTE

By xuxufreire

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Juliette encontrará o ódio e o amor na figura de uma mulher do passado. More

AVISO
UM
DOIS
TRÊS
QUATRO
CINCO
SEIS
SETE
OITO
NOVE
DEZ
ONZE
DOZE
TREZE
QUATORZE
QUINZE
DEZESSEIS
DEZESSETE
DEZOITO
DEZENOVE
VINTE
VINTE E UM
VINTE E DOIS
VINTE E TRÊS
VINTE E QUATRO
VINTE E SEIS
VINTE E SETE
VINTE E OITO
VINTE E NOVE
TRINTA
TRINTA E UM
TRINTA E DOIS
TRINTA E TRÊS
TRINTA E QUATRO
TRINTA E CINCO
TRINTA E SEIS

VINTE E CINCO

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By xuxufreire

Juliette Freire.

Durante o sábado, meu dia foi rotineiro, em casa com Bil inconsciente, Cecile animada, brincando e falando sem parar, a presença de Mary e o papo com a Carla, que apareceu aqui alegando que não queria ficar em casa sozinha, já que Thaís havia saído cedo de casa para poder ir em uma reunião com uma cliente importante. 

Limpei a casa, até ficar exausta e tudo brilhar. Eu estava mais calada que o normal, mas fora isso ninguém havia reparado que eu me sentia mudada desde aquela madrugada.

O celular tocou por volta das 07:00 p.m, quando eu lia um livro na sala e Cecile tinha ido dar banho no cachorro de Carla, obviamente junto com ela na casa dela. Eu tremia ao atender. Não falava com Sarah desde quarta-feira de manhã. Ainda sentia muita raiva dela e medo. Mas também uma estranha saudade, que chegava a doer.

- Alô.

- Oi, Juliette. - Parecia que eu não ouvia a voz dela a décadas. Apertei o celular com força. - Estou esperando você.

Pensei em dizer não, mas tinha um contrato a cumprir.

- Certo. - Falei com a mesma frieza que ela. - Rodolffo já está a caminho? 

- Sim. Esteja pronta. - E só. Guardei o celular, com aquela odiosa vontade de chorar novamente me engolfando.

...

Cheguei ao apartamento dela com os nervos em farrapos. Após o nosso último encontro, eu a temia e não sabia o que esperar dela. Muito menos aquela emoção forte e estonteante misturada com medo que senti quando ela abriu a porta e eu a olhe. Todo meu ser reagiu com sentimentos violentos e desconexos de vergonha, dor, paixão, luxúria.

Não dissemos nada. Entrei, trêmula e nervosa. Não sabia como ela me trataria dali por diante ou como eu deveria me portar. Parei perto do sofá, com o olhar fixo a minha frente. Fiquei surpresa ao ver várias lingeries espalhadas pelo sofá, de todas as cores e formatos.

Sarah parou ao meu lado, fitando-me fixamente.

- Camilla tem suas medidas na loja. Mandei que ela escolhesse algumas peças para você e enviasse para cá. Tire as roupas e experimente-as.

Não olhei para ela. Eu sentia sua frieza congelando-me.

 "Daqui por diante você vai ser tratada como a puta que é."

Aquelas palavras proferidas por ela no nosso último encontro, voltaram nítidas a minha mente. Então era assim. Ela mandava e eu obedecia. Aquela ligação que havia começado a se formar entre a gente havia sido rompida. Eu seria só mais uma obediente prostituta. Larguei minha bolsa, sentindo-me também fria. Desabotoei a blusa, o velho sutiã, a calça. Tirei tudo. Nua, só os cabelos densos e compridos me cobriam um pouco. Então a olhei, bem dentro das íris esverdeadas.

- O que quer que eu coloque primeiro? - Disse fria, sem demonstrar nenhuma emoção, esperando que aquilo acabasse logo.

Os olhos dela brilhavam muito, como se estivessem consumidos por chamas. Desprezo e algo mais estavam ali. A voz saiu gelada.

- Escolha você.

Olhei novamente para as peças. Peguei a mais próxima, sem me importar. Era um conjunto de meia calça preta, até o meio das coxas, onde era rendada, fio dental preto e sutiã meia taça preto e rendado, com bojo transparente.

Sentei-me na poltrona, sob o olhar dela, e vesti-me. Quando fiquei pronta, me levantei e a encarei.

- Quer que eu desfile agora? - Indaguei sarcástica e secamente.

- Ótima ideia. - Calmamente ela se sentou em uma poltrona, muito à vontade. - Pode começar.

Dura e com raiva, eu andei de uma ponta à outra da sala. Não quis pensar na humilhação de me expor daquele jeito, com o corpo à mostra, tratada com uma puta.

No final das contas, eu acaba reduzida a isso mesmo. Fora a puta particular de Bil por dez anos e agora era a de Sarah.

- Você parece um robô, Juliette.

- Ah, não gostou? Lamento, é o melhor que posso fazer.

- Troque de roupa. - Ela não comentou minha ironia. - Deixe a meia calça.

Me despi diante de seu olhar penetrante. Pus um conjunto erótico preto de renda, deixando as curvas do meu corpo destacadas.

Vi seus olhos percorrendo meu corpo com um desejo quase palpável. Eu conhecia aquele olhar luxuriante. Tremi por dentro quando seus olhos fixaram os meus e ela ordenou baixo:

- Venha aqui.

Eu me aproximei tremendo e morrendo de medo. Parei diante da poltrona. Mantive-me imóvel quando ela acariciou minha cintura e me puxou para frente. Quase gritei ao sentir sua boca quente sugar meu mamilo esquerdo voluptuosamente. Apoiei as mãos no encosto da poltrona, perto da cabeça dela, trêmula.

A sucção era deliciosa e deixou meus joelhos moles. As mãos dela escorregaram para baixo, por meus quadris e coxas. Estremeci toda quando seus dedos tocaram suavemente meu sexo, afastando as dobras macias e úmidas, acariciando circularmente meu clitóris com o polegar.

Sentia uma excitação, mas não conseguia tirar a cena daquela noite da cabeça.

Vi sua boca partir para o outro mamilo. Sarah estava com os olhos fechados, seus cílios longos e espessos fazendo sombra na face. Também fechei os olhos, controlando-me para não gemer com o contato de sua boca.

O polegar continuou massageando o clitóris até deixá-lo inchado. O dedo indicador penetrou em minha carne molhada. Meu ventre se contorcia. Em segundos eu fora transformada em uma massa de sensações.

Percebi os tremores que antecediam ao orgasmo, mas eu me recusava a dar aquele gostinho a ela. Sarah parou naquele momento. Afastou a mão e boca e recostou-se na poltrona.

Observou-me trêmula, preste a gozar. Notou a luxúria e medo juntos em minha expressão e vi o sorriso perverso que curvou ligeiramente seus lábios.

- Ajoelhe-se. - Ela mandou em um tom baixo.

Por um momento eu havia esquecido que o objetivo dela era me humilhar, me tratar como uma prostituta que ela pagava para usar como quisesse. Em silêncio, engoli minha raiva e frustração e obedeci, ajoelhando-me no chão entre suas pernas. Subi o vestido e fitei o volume protuberante dentro da boxer preta.

- Chupa Juliette!

Fiquei com raiva de mim mesma. Apesar de tudo, eu a desejava. Eu sentia falta dela, em qualquer e todo lugar. Eu nunca quis tanto uma pessoa daquela maneira. Só que eu não a queria daquele jeito fria, com ódio. Eu a queria como antes, fogosa, correspondendo, sentindo. Eu a queria como amante, não como uma dona gélida e agressiva, que me deixava naquela situação humilhante.

Abaixei um pouco a cueca e o pênis dela surgiu diante dos meus olhos. Me amaldiçoei, senti água na boca só em fitá-la. Acariciei-a tentando não demonstrar sentimento algum. Só então abaixei a cabeça, abri os lábios úmidos e deixei-a entrar na boca. Sua textura e seu cheiro invadiram meus instintos mais básicos. Escondi o gemido que queria escapar.

Em momento nenhum fechei os olhos, apenas saboreei-a sem pressa. O membro foi até a minha garganta. Chupei o máximo que eu pude. Me esqueci de tudo enquanto deslizava meus lábios por seu comprimento, passava a língua sobre ele, chupava a cabeça sedosa. Com as mãos em suas coxas, eu a devorava com a boca, querendo que ela suplicasse por mais.

Passei a mover a cabeça para frente e para trás, sugando-a com ferocidade. Eu a sentia dura demais, latejante.

- Não tira a boca. 

A voz rouca dela entrou na minha mente.

- Você vai engolir tudo, Juliette. Cada gota.

A consciência voltou e o prazer que eu começava a sentir se perdeu. O tom de voz dela dizia tudo. Como eu podia me esquecer que era apenas uma prostituta obediente ali?

Senti repulsa. Não por ter engolido o gozo dela, coisa que eu nunca fizera na vida. Eu a adorava tanto que faria aquilo com prazer, em outras circunstâncias. Mas por ser usada daquela maneira, abusada, quando eu não era a puta que ela pensava. Eu não era. Tive vontade de gritar de raiva, mas mantive os olhos marejados, abertos e continuei.

Senti o jato quente na garganta. Ela gozava dentro da minha boca, dura e tensa demais, sem dar um gemido e sem me tocar. Parecia não ter fim. Eu sufocada com a vontade de chorar, com a distância emocional cada vez maior entre a gente. Mas acabou.

Afastei os lábios molhados, sem deixar cair uma gota, como ela havia mandado. De cabeça baixa, esperei como uma escrava obediente a próxima ordem. E ela veio, fria:

- Fique com essa lingerie e a meia. Há um vestido e um par de sapatos no quarto. Vista-se a volta para cá. Nós vamos sair.

Não fiz perguntas, nem olhei para ela. Simplesmente obedeci. O vestido preto era colado e curto, moldado ao meu corpo como uma segunda pele. O decote era pronunciado. O sapato de salto fino e altíssimo deixou-me um mulherão. Vendo-me no espelho do banheiro, percebi que nunca estivera mais bonita. E mais vulgar. Eu parecia uma prostituta de luxo. Era isso que a Sarah queria que as pessoas pensassem ao me ver?

Escovei os dentes, penteei meus cabelos compridos e sedosos e voltei a sala. Parada diante da porta aberta do terraço e muito elegante, ela virou-se e me olhou de cima a baixo.

- Muito bom. Vamos.

- Para onde?

- Você vai ver. 

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