Romanogers Collection

Por _mayhi

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Coleção de one shot Romanogers. OBS: Histórias independentes, apesar da semelhança os capítulos não possuem l... Más

I Know Soldier
I Promise
We Lost!
I Promise (Part 2)
Family
Hello James
You're Not Alone
See you in a minute
Ava's first Christmas
We're Also Your Family
Capítulo 12
The Two Widows
Nobody Touches My Children

The Last Widow

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Por _mayhi

Oi :)



RED ROOM

A imensa tela mostrava a Natasha centenas de mulheres quimicamente subjugadas espalhadas pelo mundo, todas eram viúvas negras, todas treinadas para serem assassinas perfeitas. A imagem parou na que, com certeza, era a mais nova delas, a menina não parecia ter mais que 10 anos.

Quando Dreykov terminou todo seu discurso de auto apreciação, Natasha continuava encarando o rosto da menina e milhares de perguntas se formavam em sua mente, mas a principal era: qual a missão da criança?


ESPANHA

- Ele está em perigo!

A voz fina tirou o homem de seus pensamentos, fazendo-o olhar na direção da criança que estava sentada na mesa.

- Você tem certeza?

- Sim! Sempre sabemos quando algo acontece com ele.

- Vamos embora.

A menina levantou-se calmamente, pegou seu material de estudo e caminhou em direção ao seu quarto, já havia se acostumado com isso, a qualquer sinal de perigo Ivan a levava para outro lugar, a última vez havia sido a pouco mais de uma semana quando foram alertados que Yelena Belova havia desertado e levado consigo uma substância perigosa, Ava não sabia o porquê dessas fugas já que ela poderia ficar na sala vermelha como todas as outras, não era como se estar fora fosse diferente já que ela ainda tinha a mesma rotina de treinos, porém sempre que tocava nesse assunto Ivan apenas dizia que a missão dela era diferente.
Ela conseguiu colocar todas as suas coisas dentro de uma pequena mala, só tinha passado alguns dias ali então não havia muito pra guardar.

A: Pra onde vamos dessa vez? – Ela perguntou enquanto carregava sua mala para fora do quarto, encontrando Ivan na cozinha queimando documentos.

I: Você só precisa saber que serão algumas horas de carro. – Ele entregou a ela uma pistola. – Ainda sabe como usar?

A: Не делай глупостей. (Não seja ridículo.) – Ela revirou os olhos e guardou a arma nas costas, Ava sabia que não era comum crianças manusearem armas e muito menos fazer isso com perfeição, mas ela não era qualquer criança.

I: Pegue isso e grave essas informações. – Ivan lhe entregou um passaporte. – Agora seu nome é Olivia Ortiz, filha de Diogo Ortiz, entendeu? – Ava concordou com a cabeça. – Então vamos.

A: Eu posso carregar as malas.

I: Não é normal uma criança carregar duas malas desse tamanho, não seja estupida!

*1 hora depois*

I: Estamos chegando em uma barreira policial. – Ivan alertou. – Lembre-se de falar apenas em espanhol.

"Ele deve achar que sou alguma amadora" Ava pensou enquanto sentia o carro parar e ouvia Ivan baixar o vidro.

- Buenas tardes, identificación por favor. (Boa tarde, identificação por favor)

I: Aquí.

- El niño también (O da criança também)

Ivan virou-se para o banco de trás e notou que Ava fingia dormir.

I: Olivia querida, despierta (Olivia querida, acorde.) – Ivan fez uma voz doce enquanto cutucava o braço dela - Necesito que me des tu pasaporte. (Preciso que me de seu passaporte)

A: ¿Ya llegamos? (Nós já chegamos?) – Ava esfregou os olhos e puxou o passaporte do bolso. - ¿Cuándo veremos a mamá? ¿Te llevará un tiempo? Estoy enfermando. (Quando veremos a mamãe? Vai demorar? To ficando enjoada.)

I: Estamos en la estación de policía querida, pero pronto estarás con mami, deja tu sándwich ahí por favor. (Estamos no posto da polícia querida, mas logo você estará com a mamãe, mantenha seu sanduiche aí dentro por favor.)

A: Pero quiero a mi madre. (Mas eu quero a minha mãe)

Ava começou a fazer cara e voz de choro, fazendo com que Ivan olhasse com impaciência para o policial, que pela cara de jovem não tinha tanta experiencia e começou a ficar nervoso com o choro da menina.

- Aquí. – O policial disse, devolvendo os passaportes. – Puedes continuar tu viaje. (O senhor pode seguir viagem)

Ivan levantou o vidro, ligou o carro e saiu, ele olhou para Ava pelo retrovisor, ela já havia enxugado o rosto e nem parecia que tinha chorado a poucos segundos.

I: Eu daria um 7 para sua atuação, ainda tem muito o que melhorar.

Ava apenas o encarou séria e logo virou o rosto para observar a pequena cidade que surgia, por algum motivo ela sentia que aquilo não duraria muito. Após alguns minutos cochilando Ava acordou assustada e com a mesma sensação que sentiu antes de sair do apartamento, só que agora era 10 vezes pior, como uma queimação terrível que sobe do estômago para a garganta.

A: Ele está morto. – Ivan a encarou pelo retrovisor. – Dreykov está morto.

SUÍÇA – MESES DEPOIS

"Achei uma vaga pra você Fanny, uma escola em Zermatt está precisando de uma professora de ciências com urgência."

":D"

- Pouco mais de dois meses e ela já está com saudades. – Natasha pensou em voz alta dando um pequeno sorriso ao ler a mensagem da irmã.

- O que você disse? – O Homem que colocava duas bolsas dentro de um jato perguntou.

N: Que bom que sua idade não afetou sua audição Rogers. Yelena acabou de mandar uma mensagem, vou precisar ficar em Zermatt.

S: Ela está em perigo? – Natasha deu de ombros.

N: É isso que vou descobrir quando chegar lá.

S: Vai precisar de ajuda?

N: Não super soldado, sei me cuidar. – Ela deu um selinho nele. – Diferentemente da Wanda, quando a encontrar diga a ela que da próxima vez não poderemos fazer nada.

Ainda era madrugada quando Natasha chegou no seu apartamento em Zermatt, uma das casas seguras que ela possuía, seus passos eram absolutamente inaudíveis e ela adentrava o apartamento com a arma em punho, sabia que Yelena estava passando uns dias nele, mas não podia arriscar.

O som de uma arma sendo engatilhada fez Natasha se virar rapidamente.

- О ублюдок (Ah, filha da mãe) – Yelena resmungou enquanto baixava sua arma. – Isso são horas de aparecer, eu podia ter te dado um tiro.

N: Que bom que não fez, mas se fosse um inimigo você já estaria morta. – Natasha também baixou a arma e caminhou em direção a cozinha. – E outra, você disse que era urgente.

Y: E é, só não esperava você aqui às 5 da manhã. – Yelena disse enquanto começava a preparar um chá.

N: Peguei carona com o Steve, você sabe, velhos acordam cedo.

Y: Aham, sei! – Yelena deu um pequeno sorriso.

N: Então, o que me traz aqui? Não me diga que já está com saudades.

Y: Não seja tão emocionada. Preciso da sua ajuda, talvez até da ajuda do android com corpo. – Yelena empurrou pra Natasha alguns arquivos que estavam em cima da mesa. – Essa daí é Ava Orlova, a mais jovem da Sala Vermelha.

Natasha olhou a foto da menina e era a mesma criança que Dreykov havia mostrado a ela.

N: Sim, eu a vi quando Dreykov quis me impressionar com todo seu trabalho, mas o que tem ela? Não deve ser tão difícil achar uma criança, certo?

Y: Errado, ela não é uma menina que foi sequestrada pela Sala Vermelha, ela nasceu lá. – Natasha olhou para Yelena com surpresa. – A mãe dela era uma cientista que trabalhava com Dreykov, tem uma foto dela aí – Yelena indicou a pasta de arquivos para Natasha. – Katarina Orlova era a cientista que tentava melhorar o soro que foi aplicado na gente, não consegui descobrir se ela conseguiu ou não, o que sei é que ela aplicou em si mesma uma amostra teste quando estava grávida, morreu no parto.

N: Então essa menina...

Y: Sim, ela nasceu geneticamente melhorada. – Yelena colocou duas xicaras de chá na mesa e se sentou. – E é a filha mais nova do Dreykov.

FRANÇA

- Então essa é Ava Orlova?

- Bom, foi isso que o android com corpo disse.

Natasha e Yelena observavam a menina andar por uma rua da pequena cidade francesa, ambas estavam no topo do prédio mais alto que encontraram, tinha exatos 5 andares, mas pelo menos fornecia a elas uma boa visualização do percurso da menina ruiva cujo o cabelo estava preso em duas tranças bem feitas.

Y: Parece que saber fazer tranças é um requisito da sala vermelha.

N: Ela sabe que está sendo observada. – Natasha comentou enquanto percebia que a menina fazia um percurso diferente.

Y: Então o que você sugere?

N: Bom, eu lembro do Ivan, ele era um ótimo lutador, mas já está velho. Eu iria sugerir chegar de surpresa, mas podemos machucar ela.

Y: Eu não ficaria tão preocupada com isso, ela é muito habilidosa e não temos noção das consequências do soro no organismo dela.

N: Ok, então se vamos nos mexer é melhor que seja agora. – Natasha disse segurando os binóculos. - Ela finalmente decidiu ir pra casa.

Ava sabia que estava sendo observada desde o momento que saiu do apartamento para ir ao mercado, que era a única coisa que Ivan a deixava fazer na rua, ela também sabia que pegar o caminho mais longo não ira fazer diferença, mas ela fez mesmo assim, pegou o caminho mais longo porque queria pensar se contaria ou não pra Ivan, por um lado ela sabia que devia contar, pra que ele desse um jeito de tira-la dali, mas por outro ela imaginava que as coisas não poderiam ficar piores do que já estavam.

Faziam umas duas semanas que eles estavam naquela pequena cidade no interior da França e Ivan já estava se preparando para ir pra outra, Ava cresceu assim, não conhecia outra vida se não a de estar sempre fugindo, mas ela estava cansada e ainda era uma criança, ela queria viver como as crianças da TV ou dos livros, ir a escola e ter amigos, Ivan sempre dizia que isso era coisa de pessoas normais e ela não se encaixava, mas era o que ela queria e não sabia o porquê, mas achava que podia confiar nas duas mulheres que a observavam.

O estrondo da porta sendo chutada veio alguns minutos após Ava ter colocado as coisas que comprou em cima da mesa, ela viu Ivan se levantar do sofá em uma velocidade impressionante já com a arma em punho, ele se agachou atrás do sofá, enquanto Ava puxava um canivete do bolso e se encolhia na meia parede que dividia a cozinha da sala. Ela viu as duas mulheres entrarem com passos extremamente silêncios, desnecessário já que fizeram tanto barulho arrombando a porta, Ava pensou.

- Cuide da garota, eu pego o velho. – Uma disse pra outra.

A mulher de cabelo curto nem teve tempo de concordar já que a bala disparada por Ivan passou a centímetros da coxa dela e se enterrou no balcão da cozinha, a outra virou-se rapidamente e disparou, Ava nem viu se acertou ou não ela aproveitou a oportunidade pra pular nas costas da de cabelo curto e cravar no canivete em seu ombro, a mulher gemeu de dor e agarrou a camisa da menina para tentar tira-la de suas costas.

- Calma garotinha. – A mulher disse. – Não estamos aqui pra machucar você.

A: Eu vi o cinto, vocês são viúvas – Ava disse enquanto apertava o pescoço da mulher. – Não estou disposta a voltar pra Sala Vermelha.

- Não somos mais da Sala Vermelha.

A mulher já estava ficando sem ar e começou a puxar a menina com mais força, Ava notou a outra vir por trás, mas não foi ágil o suficiente pra escapar do pó vermelho que a mulher jogou na cara dela, nesse momento a outra mulher conseguiu joga-la no chão.

A: Isso não funciona em mim. – Ava sorriu e se preparou pra luta.

- Ela me lembra você Yelena. – As duas mulheres sorriram e a encararam. – Não estamos aqui pra machucar você. – A mulher deixou a arma na bancada sinalizando que não faria nada. – Eu me chamo Natasha e ela se chama Yelena, estamos aqui pra ajudar.

Ava olhou de relance pra onde Ivan estava, mas só viu sangue, ela rapidamente deduziu que se aquelas mulheres o mataram elas certamente não eram da sala vermelha, isso a fez abaixar um pouco a guarda.

A: Se não são da Sala Vermelha como me acharam? E por que estavam me seguindo?

Y: Ela é esperta. – Yelena sorriu. – Foi bem difícil achar você, passei meses te procurando, minha irmã aqui e o amigo android dela tiveram mais sucesso.

Yelena se dirigiu a cozinha e começou a procurar algo pra beber, deixando Ava um pouco incomodada com a expansividade dela.

N: De todas as viúvas você foi a mais difícil de achar, Ivan fez um bom trabalho, na verdade ele sempre foi bom em se esconder.

Y: Ah nisso ele é bom mesmo, assim como olhar por frestas de janela – Yelena gritou da cozinha.

A: Dreykov morreu, a Sala Vermelha já era?

N: Sim, Yelena libertou todas as viúvas do controle com esse antidoto que ela jogou em você, você já deve saber o que é. – Natasha disse sentando-se na poltrona e se preparando pra tirar o canivete do ombro.

A: Desculpe por isso, pode deixar que eu tiro. – Ava ficou bem do lado de Natasha e simplesmente deu um puxão no canivete, fazendo Natasha a olhar com um pouco de raiva.

N: Qual o problema de vocês com contar até três?

Y: Assim dói menos.

A: Ivan me contou que o antidoto tinha sido roubado e que ela... – Ava apontou pra Yelena - ... tinha desertado, começamos a fugir com mais frequência por causa disso, ele só não sabia que não funcionava em mim e eu também não quis contar.

Natasha e Yelena se encaram e franziram a testa.

A: Uma viúva mais velha, a que fez o antidoto, me contou sobre ele e disse que não me afetava porque eu não tinha passado pelo mesmo que as outras, no início eu não entendia, mas aí Ivan disse que eu sou filha do Dreykov e que deveria assumir o lugar dele, então cheguei à conclusão de que não fazia sentido ele me controlar da mesma forma que as outras já que eu não era descartável. – Ava deu de ombros como se não se importasse com aquilo.

Y: Você tem certeza que só tem 9 anos?

N: Sinto muito que tenha vivido assim, mas finalmente acabou. – Natasha pousou a mão no joelho dela. – Agora precisamos ir, eu ainda sou uma fugitiva. - Ela olhou para a irmã. - Não vai demorar pro Ross aparecer aqui, espero que ele goste do presente que vamos deixar.

Yelena riu.

Y: Tem alguma que você queira levar?

Ava olhou para Yelena um pouco confusa.

Y: O que? Achou que fossemos te deixar aqui? Pensei que fosse mais esperta.

N: Ela é só uma criança Yelena. – Natasha sorriu pra Ava. – Não vamos te deixar aqui, não viemos apenas matar o Ivan, viemos buscar você.

Ava apenas concordou com a cabeça e foi em direção ao quarto pegar a única coisa que ela fazia questão de levar. Na volta ela se deparou com o corpo de Ivan no chão com um buraco no peito. Ela ficou encarando o corpo por um tempinho até sentir uma mão em seu ombro.

N: Desculpe por isso.

A: Não precisa se desculpar, eu espero esse momento a um tempo e estava planejando fazer eu mesma, ele é um merda.

Y: Espero que o Steve não a ouça dizendo isso.

As duas mais velhas riram enquanto guiavam Ava para fora do prédio em direção a um carro. Natasha acelerou pela cidade, indo para o lugar onde tinha deixado o jato, mas teve que parar devido ao ônibus que buscava as crianças na escola, Natasha viu pelo retrovisor que Ava assistia algumas crianças brincando no gramado da escola.

A: O que elas estão fazendo?

N: Estão brincando.

A: Não vejo sentido em ficar correndo quando não se está em perigo.

Natasha e Yelena se encaram e sentiram pena de Ava, uma criança que nunca foi realmente uma criança, não que elas tivessem tido uma infância incrível, pelo contrário, mas pelo menos tinham tido 3 anos de uma vida quase normal.

Y: Bom elas fingem que estão em perigo, essa brincadeira se chama pega-pega. – Yelena apontou pra onde as crianças corriam. – Uma delas está tentando pegar as outras.

Ava conseguiu compreender, mas ainda assim não via sentido, porém o carro logo começou a se movimentar de novo e ela resolveu deixar o assunto de lado.

N: É muito bonita. – Ava ergueu os olhos para Natasha. – A bailarina.

A: Ah, Oksana me deu, ela disse que era da minha mãe. – Ava notou que Natasha ia perguntar algo então tratou de mudar de assunto. – Pra onde nós vamos?

Y: Vamos pegar o jato e iremos para São Petersburgo.

N: Melina e Alexei estão nos esperando, mas vamos fazer uma parada na Polonia antes, temos que buscar Steve e os outros.

A: Quem são outros? E quem é Melina?

Natasha tratou de explicar tudo a ela, que atualmente era uma fugitiva do governo americano e que Ava iria adorar Melina e Alexei, assim como Steve, Sam, Wanda e Visão, mas que não passaria muito tempo com os últimos porque estes não ficavam muito tempo em lugar e estando com Melina e Alexei ela finalmente teria uma vida mais estável, talvez até pudesse frequentar a escola. Ava ficou feliz com isso, ao chegar no jato ela sorriu empolgada, nunca tinha andado em um, Natasha e Yelena riram da empolgação no rosto da menina. Era o inicio de uma nova vida pra ela.


SÃO PETERSBURGO – 2 ANOS DEPOIS

Ava não sabia o que estava acontecendo, num minuto sua família estava lá e no outro não estavam mais, ela gritou, chamou por eles, mas não obteve resposta. O telefone vibrou no bolso da calça jeans que ela usava, ela olhou a tela e logo reconheceu o numero que todos os dias ligava pra ela, o alivio que Ava sentiu foi imediato.

A: Nat? É você? – Ela perguntou apressada.

N: Sim, graças a Deus, você está bem? – Ava notou a voz chorosa e ouviu Natasha dizer a Steve que ela estava bem, ela conseguiu ouvir o suspiro dele de alivio.

A: Sim, o que aconteceu Nat? Todo mundo sumiu, estavam aqui, todos na mesa. – Ava queria chorar e não conseguia. – Eu juro que estavam aqui.

Ava ouviu o choque do celular, ela supôs que ele tivesse caído no chão, depois ouviu a voz de Steve.

S: Fique aí Ava, não saia, estamos indo até você.

A: O que aconteceu com a Nat?

S: Ela está bem, apenas espere por nós em casa.

A: Me diga o que está acontecendo Steve.

O telefone foi desligado antes da resposta, Ava olhou para o celeiro que ficava em frente a porta da cozinha, com exceção de Alexei e Nina, até os porcos tinham sumido. Ava sentou e esperou, as horas passavam extremamente lentas e ela continuava lá encarando o nada com poucas lágrimas teimosas que insistiam em cair, ela não conseguia sequer imaginar o que tinha acontecido, em um momento Yelena estava lá falando que uma mulher chamada Valentina havia entrado em contato com ela, Melina mostrou uma certa preocupação enquanto Alexei dizia que Yelena tinha que focar, Ava foi para cozinha apenas por um instante e quando voltou não havia mais ninguém na mesa.

Ela nem percebeu que já era noite, só saiu do transe em que estava quando viu a porta ser aberta e ouviu os passos pesados de Steve no chão de madeira. Natasha entrou logo em seguida e quase correu para abraça-la.

N: Graças a Deus. – Natasha falou passando a mão na trança desarrumada de Ava. – Eu fiquei com medo de você não atender o telefone.

A: O que houve Nat?

Natasha olhou ao redor e notou a poeira no chão, já um pouco espalhada devido o vento que entrava pelas janelas, Ava notou os olhos da mulher se encherem de lágrimas, ela voltou a abraçar Natasha e viu Steve se aproximar e passar os braços em volta das duas.

S: Nós perdemos, Thanos conseguiu o que queria. – Ela notou que também haviam lágrimas nos olhos dele.

Ava não sabia quem era Thanos, mas decidiu não perguntar sobre ele.

A: O que vamos fazer agora?

N: Vamos voltar pra base e nos reunir com os que sobraram. – Natasha encarou Ava e enxugou as lágrimas que desciam pelo rosto da menina. – Nós vamos dar um jeito.

Ava apenas concordou com a cabeça, eles começaram a fechar a casa, Ava pegou algumas roupas e eles seguiram para o jato, fizeram tudo isso em silêncio.

Pior que tá não fica... Ela pensou.

E não podia estar mais errada.

OHIO – QUASE 6 ANOS DEPOIS

Yelena e Ava desceram do carro, sendo seguidas de perto pela cachorra Fanny, elas caminharam pelo lugar arborizado e pararam logo abaixo de uma grande árvore, ambas se abaixaram e começaram a limpar as duas lápides, as duas estavam cheias de fotos e objetos deixados por fãs. Em uma delas dizia:

Natasha Romanoff

Filha Irmã Vingadora

E na outra, que ficava bem ao lado:

Steve Rogers

Filho Capitão Vingador

As duas iam muito aquele lugar e sempre ficavam algumas horas em completo silêncio, era assim que estavam até que ouviram alguém assoar o nariz bem alto, elas viraram e deram de cara com Valentina.

V: Desculpem-me, esse clima do oeste nunca me fez bem. – Ela disse limpando o nariz com um lenço. – O que eles dois fizeram, ela principalmente, foi surreal. Eu a admirava muito.

Y: Não devia me procurar nas minhas férias. – Yelena falou com raiva. – E eu quero um aumento.

V: Ah eu também.

A: O que você veio fazer aqui?

Ava nunca gostou de Valentina, a mulher sempre insistia para que ela se juntasse a sua organização, coisa que Ava sempre recusou.

V: Bom, acho que você consegue o aumento que tanto quer. – Ela tirou um Ipad da bolsa e o mostrou as duas mulheres, ambas encararam a foto de Clint Barton. – Talvez seja a hora de se encontrar com o responsável pela morte da irmã de vocês. 



Espero que gostem! 
Comentários são sempre apreciados :D

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