Romanogers Collection

We're Also Your Family

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Escrever uma simples mensagem nunca foi tão dolorido para Natasha, ela pressionou "enviar" e o celular caiu no chão. Seus dedos estavam dormentes e ela tinha quase certeza que alguns estavam quebrados. Fechou os olhos e começou uma varredura pelo próprio corpo. Primeiro, e mais importante, pela cabeça, a pontada do lado direito denunciando um possível hematoma (dos bem feios). Logo em seguida, o tronco. A dor imensurável associada a dificuldade de respirar a fazendo acreditar que, no mínimo, duas de suas costelas estavam fraturadas. O ombro esquerdo foi deslocado durante a batalha, mas Romanoff já havia posto o mesmo no lugar. Por último, o pé torcido, apesar do incômodo, ela conseguiu andar até um lugar seguro na Sibéria. Agora, deitada no chão de uma cabana caindo aos pedaços, só precisava esperar que Steve não demorasse a chegar.

Depois do tratado de Sokovia, Natasha foi considerada uma traidora, se esconder das autoridades acabou se tornando uma das suas maiores prioridades. Mas tanta coisa aconteceu nesse meio tempo... ela teve que revisitar o passado (fugir dele não era mais uma opção). A sala vermelha estava de volta as atividades, dessa vez liderada por um homem que se auto intitulava Treinador. Novas meninas tiveram a vida roubada, assim como a própria Natasha, e ela estava decidida a pôr um fim em tudo isso. Yelena, Melina e Alexei, sua antiga família, a ajudaram a obter êxito em sua missão e isso custou suas vidas. Romanoff vingou sua família matando o Treinador. Agora, um dia e meio depois de todo esse acontecimento, Natasha estava deitada em um chão frio, esperando, ou a morte ou Steve. Felizmente, ele resolveu chegar primeiro.

A mulher já estava há tantas horas deitada na mesma posição que nem sentia dor, mas também não conseguia se mexer. Era como se seus músculos estivessem enrijecidos por completo. Seus ouvidos captaram o som da porta sendo arrombada, sem um pingo de delicadeza. Seu corpo estava esticado no chão do que muito provavelmente foi usado como uma espécie de sala por aqueles que aqui moravam. Não demorou para ela ouvir passos se aproximando e a voz preocupada de Steve a chamando.

S: Nat? – Steve chamou, suas mãos seguraram a cabeça da mulher. Sua pele estava gelada e as pontas de seus dedos em tons de roxo. Lentamente, ele virou a cabeça dela torcendo pra que não tivesse chegado tarde demais e a ruiva ainda estivesse viva. Os olhos dela estavam fechados e seus lábios também estavam roxos. – Nat? Por favor, fala comigo. – Ele depositou um tapinha leve no rosto dela. – Vamos Nat me dê apenas um sinal. – Natasha franziu a testa, era o máximo que ela conseguia fazer, e Steve quase caiu para trás de alívio. – Ótimo você está aí.

Rogers levantou Natasha e um gemido doloroso deixou os lábios arroxeados dela. Agora, Romanoff teve a confirmação que precisava, não eram apenas duas costelas quebradas. Assim que Steve saiu da cabana e o vento frio da Sibéria atingiu o rosto dela, ela se permitiu desmaiar. Finalmente, estava segura.

Natasha dormiu por 3 dias. Rogers estava prestes a surtar de preocupação. Quando a resgatou daquele país frio, a levou para uma casa segura na Austrália - onde também estavam Sam e Wanda. A Feiticeira ajudou Steve a limpar a mais velha, enquanto Sam ia até a farmácia mais próxima tentar conseguir algum remédio. Romanoff ficava entre o consciente e o inconsciente, mas não conseguia abrir os olhos. Nos poucos momentos de consciência, ela ouvia a voz de Wilson e Maximoff quando estes vinham chamar Steve para comer e ela sempre o ouvia recusar. Quando estava inconsciente, revivia a morte de sua antiga família. Em resposta a tudo isso, seu corpo era varrido por espasmos. Ela ouvia a voz de Steve e sentia ele segurar sua mão, foi assim até que Natasha finalmente conseguiu abrir os olhos e acordar.

N: Steve?

O homem deu um pulo da cadeira em que estava sentado, rapidamente, se dirigiu até ela.