A noite era calma e gélida. Toda a cidade parecia adormecida, e mal se percebia os vultos rápidos pelas ruelas escuras e úmidas. O silêncio era total.
Não muito longe daquele beco escuro e sujo, acima da neblina escura e densa, havia um céu estrelado. No topo da torre mais alta, que ia acima da sinistra névoa, podia-se ver a silhueta de um anjo. Em seus braços fortes, um pequeno e delicado bebê.
O anjo olhou para a criança por um instante, deixando seus olhos cintilarem no mais belo verde. Um verde triste. Se a escolha fosse sua, jamais faria aquilo.
Ainda relutante, ele a soltou. A criança despencou do alto da torre até ser engolida pela noite.