Meu Eterno Shelby

By Raayot7

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⚠️ 2 Temporada já disponível!!! Hanna e John tinham uma relação um tanto diferente, amigos de infância e ao m... More

01.Bem vindo de volta
02.Leilão
03.Ainda é um mentiroso
04.Sequestro
05.Eu estou bem aqui agora
06.Casamento
07.Passado
08.Te amar me enlouquece
09.Como explicar
10.Apenas eu e você
11.Deixe-me ser aquele
12.Eu lutarei por você
13.Os Cooper
14.Expansão
15.Aquele sorriso
16:Personagens
17.Homem de sorte
18.Promete Shelby?
19.Poetas tentando escrever
20.Felicidades Tommy
21.Confiar em você?
22.Antes que você vá
23.A jovem prodigio
24.Eu já sabia que te amava
25.Nosso para sempre
26.O amor é um jogo
27:Trailer
28.Quer jogar?
29.Familia
30.Jogo perdido
31.De novo não
32.Não quero ficar aqui
33.Dente por dente
34.Meu império
35.No meu lugar
36.Presente
37.Tentativas
38.Estranhos novamente
39.Um motivo
40.Sol
41.Ainda não acabou
42.Caminho de volta
43.Regra número 1
44.Amor e lealdade
45.Momentos
46.Um piscar de olhos
47.Espaço
48.Você não é ela
49.Um toque
50. 5:30 PM
51.Outra alma
52.Uma chance
53.Entre paginas
54.Novo inimigo
55.Intenso e Genuino
56.O inicio da caça
57.Responsabilidade
58.Amar pode machucar
59.Acusação
60.Dois covardes
61.Quarto do pânico.
62.Inferno
63.Proxima vida
65.A musa de Londres
66.O retorno
67.Familia
68.Xeque-mate
69.Conectados
70.Minha Coroa
71.Grande Noite
72.Uma Promessa
73.Mais perto
74.Arrepios
75.Aquele olhar
76.Fim de um ciclo
77.Chamas ou Paraíso
78.Paraíso
79.Noite estrelada
80.Hora do Show
81.Apenas um bilhete
82.Ultimo Adeus
83.Sempre foi você
84.O baile dos Shelby's
85.Jogo da verdade
86.Noite de luar
87.Sacrifios
88.Passagem de ida
89.A verdade
90.Distantes
91.Unica chance
92.Uma decisão
93.Noite em familia
94.Segredos
95.Brincando com fogo
96.A queda dos Shelby's
97.Segunda chance
98.Um recomeço
99.Amor em alto mar
100.Seja minha
101.Lar doce lar
102.Dívida paga
103.Traidor
104.Segredos
105.Não me deixe
106.Prova do nosso amor
107.O grande dia
108.Marido e Mulher
109.Lados do paraiso
110.Os gemêos Shelby
111.O fim de uma era (Final)
112.Epílogo
2 temporada
Surpresa!!!

64.A dama de vermelho

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By Raayot7

Após tantos gritos e tentativas falhas de força, me cansei e deixei que a fraqueza tomasse conta de mim, assim que a onda de euforia saiu de meu corpo, fiquei completamente sem forças. Tremendo por conta da frieza da noite eu permanecia do canto da cama encolhida, com as costas juntas a parede branca e fria. Eu encarava o nada, com o olhar vago e perdido, assim como minha mente.

Pelas minhas contas estava de madrugada, talvez umas 02:30 da manhã ou até mais, era difícil saber algo sobre o fuso horário dentro desse horrendo quarto. Ouço então a porta de ferro sendo aberta, com puro instinto arregalo os olhos e assustada vou dando passos para longe.

— Na precisa ficar com medo, sou eu. - Theo diz sussurrando.

O encaro dos pés a cabeça, ele então fecha a porta tentando fazer o máximo de silêncio que pudesse. Com uma sacola em seu braço ele se vira e me encara, por breves segundos vi ternura em seu olhar, ele conseguia fingir bem, traidor.

— O que veio fazer aqui? - Ergui a cabeça.

— Trouxe algo pra você. - Ele se aproxima e começa a abrir a sacola. - Você precisa comer, está muito fraca. - Se senta na cama e mostra o pequeno pote com alimento.

— Eu não quero nada de você! - Cerro os dentes e falo minuciosamente.

— Hanna você tem que confiar em mim, por favor, você não tem mais ninguém. - Se aproxima mais, com o olhar insistente.

— Eu não acredito em ninguém, não acredito nem na minha própria mente. - Falo encarando seus olhos profundamente.

— Por isso está aqui, deixe de ser orgulhosa, sei muito bem sobre a sua personalidade forte, mas essa não é a hora! - Tenta tocar em minha mão. - Esse ódio não vai te levar a lugar nenhum, Hanna.

— Eu não odeio ninguém, só quero que paguem pelo que estão fazendo! - Dou um impulso para frente, fincando as unhas no colchão.

— Não comer, você vai morrer! - Tenta controlar seu tom de voz.

— Por que se importa se eu morrer? Não é isso que você quer? - O olho com desdém.

— Eu queria, até te conhecer naquele teatro. - Olha pra baixo.

Um barulho alto de passos então soa no corredor, no mesmo instante Theo se levanta e esconde o alimento que trouxe em baixo da cama. O mesmo então se põe em frente cama, e com uma postura de "chefe" ele fica me olhando, até a porta ser aberta e revelar a feição de Dominic.

— Theo, o que faz aqui? - Dominic diz entrando.

— Ouvi um barulho no quarto e corri para ver o que estava acontecendo. - Theo responde rapidamente. - Achei que ela estivesse fugindo.

— Fico feliz que tenha se focado novamente no nosso objetivo. - Dominic diz sorrindo.

O mesmo então volta seu olhar para mim, aquele olhar monstruoso, eu poderia jurar que o diabo estava diante de mim. Dominic era o pior, ele não era explosivo e vulnerável como George, nunca sequer pareceu cogitar em encostar em mim. E esse era o pior tipo, era enganoso, quando na verdade sua verdadeira diversão era apenas ver o ato, ele não o cometia, mas sentia prazer em ver.

Ele veio até mim e me puxou pelo braço, fazendo com que eu saísse da cama no mesmo momento. Posicionou seu corpo na frente do seu e me segurou com força diante de Theo, segurando meu queixo.

— Está vendo isso Theo? É belo, é viciante, sim é hipnotizante. Mas não valem a pena, mulheres como essa só vão te levar a desgraça, são demônios! - Disse apertando meu queixo, enquanto encarava Theo. - E o que nós faz com demônios?

Theo dividia seu olhar entre mim e o irmão, ele tentava se controlar, eu podia ver o medo de seu irmão mais velho em seus olhos. Ele hesitou em responder sua pergunta, mas engoliu a seco e respondeu.

— Nós acabamos com eles! - Respondeu tentando manter a firmeza.

— Isso mesmo! - Dominic diz satisfeito. - E a noite só está começando, eu tenho algo perfeito para você, Hanna Cooper. - Me virou para si e disse apertando meus braços.

O mesmo então assobiou e logo um capanga entrou no quarto, em seu braço havia um belo vestido vermelho.

— Vamos dar uma festa hoje! - Anunciou aos quatro ventos. - É melhor você se trocar, ou vai chegar atrasada.

— E se eu não quiser? - O desafiei, encarando seus olhos.

— Você irá vestir por bem ou por mal! - Seu olhar mudou rapidamente.

Ele então me soltou e caminhou para fora do quarto, sendo seguido por Theo. O vestido enteou foi deixado sobre a cama, passei alguns minutos apenas o encarando, até de fato o vestir. O analisei quando já estava em meu corpo, teu tecido era bom e avermelhado como sangue, era cobria meus pés e possuía uma calda que se arrastava no chão. Deixava meus ombros a mostra, e seu corte era perfeitamente em vê, eu não poderia deixar de reparar em seu detalhes em algumas partes do vestido, detalhes brilhosos.

A porta então foi aberta, um dos capangas entrou e me analisou da cabeça aos pés, estava nitidamente me comendo com os olhos. Ele então me agarrou pelo braço e começou a me levar em direção as escadas, subimos até o terceiro andar, o que era novo para mim. Enquanto andávamos pelo corredor pude ouvir o som da música que vinha de uma das salas, sala essa que logo cheguei em sua porta.

O homem bate três vezes e sem demora a porta se abre, me dando a visão de um grande cômodo. Cheio de luzes brilhantes, música e bebidas, mas com poucas pessoas, apenas os Floyd, Mia e alguns capangas "aproveitavam". Assim que entrei todos os olhares vieram até mim, Dominic me olhava como uma obra feita por ele, Anthony como qualquer outro babaca só faltava pular em cima de mim.

George de manteve sério, enquanto Theo estava hipnotizado, com a boca aberta, o que causou a fúria de Mia que me olhava da forma mais ordiosa possível!

— Lá está ela! - Dominic diz fazendo um movimento com a mão, apontando para mim. - A dama de vermelho! - Anunciou de forma gloriosa.

[ P.O.V JOHN ]

As horas tem se passado como vento, quanto mais procuramos, mais parecíamos estar perdidos em um labirinto criado por alguém que alguém que não conhecíamos e eu odiava isso. Após Ethan e Emma nos contar tudo o que sabiam, juntamos algumas peças e começamos a criar uma enorme busca a procura de Hanna. Mas o tempo passava, as horas iam embora e nem sequer um rastro da minha garota.

Eu odiava esse sentimento de não poder fazer nada, de não ter a capacidade de protege-la, de estar ao lado dela. Só de imaginar o que poderiam estar fazendo com ela, eu sentia meu corpo inteiro ferver de raiva, eu jurava para mim mesmo que se eles encostassem nela, eu os faria pagar da pior forma possível, nem nenhum pingo de piedade, minha vaga no inferno já estava reservada de qualquer maneira.

Passei o dia todo na rua, juntamente com Tommy e Arthur. Sempre que achávamos que estávamos chegando perto, nos perdíamos novamente naquela busca que parecia ser eterna e que me torturava a cada minuto. Voltamos para casa tarde da noite, mas nossos homens ainda estavam lá fora procurando por Hanna, Polly fez questão de organizar o revezamento. Aprendemos isso na guerra, um soltado cansado, é um soldado morto. Tínhamos que descansar, para então voltar.

— Já é tarde John, precisa ir descansar. - Ada diz.

Solto um suspiro fundo e olho para baixo, demonstrando preocupação.

— Eu devia estar lá fora e não aqui. - Falo impaciente. - Eu preciso ficar acordado, preciso estar aqui quando finalmente a encontrarem. - Olho para Ada.

— Nosso homens estão todos lá fora procurando incansavelmente, você precisa descansar, não parou o dia todo. - Se abaixou em minha frente e segura minhas mãos.

— Eu vou, se você me prometer que assim que tiver notícias vai me avisar no mesmo momento. - Me dou por vencido.

— Eu prometo, você vai ser o primeiro a saber de qualquer coisa! - Sorri docemente tentando me tranquilizar. - Nós vamos achar ela.

Passo a mão no pescoço, o massageando por conta cansaço e então me levanto da cadeira. Subo as escadas da casa de Tommy e vou para o quarto que eu sempre dormia, assim que entro vejo uma garrafa de uísque em cima da cômoda e decido tomar apenas dois goles, talvez isso me ajudasse a pegar no sono e me ajudava a relaxar um pouco mais.

Após dar apenas alguns breves goles, me sentei ali mesmo no sofá que ficava próximo a lareira. Encostei minhas costas no mesmo, sentindo o descanso que meus ossos pediam. Enquanto encarava o fogo se alastrar pela madeira, minha cabeça estava completamente em outro lugar. Não só minha mente, mas meu coração também, estavam com ela, com Hanna. Não importava o quanto eu tentasse, ela era a dona de meus pensamentos, a única que me fazia tremer de medo do de pensar na possibilidade de perde-la para sempre.

— Ah, Hanna! - Falei pesadamente, inclinando a cabeça para trás e fechando os olhos. - Você me tem como ninguém nunca teve. - Vi sua imagem se formar diante de meus olhos. - Aonde você está meu amor...

Foi então que fui finalmente pego pelo sono.

[...]

Me vejo em um corredor, como se estivesse em um túnel subterrâneo. Olho para os lados desconfiado e então começo a dar breves passos para frente, o corredor era escuro e a única iluminação que havia era a da lua que resplandecia em algumas paredes e partes do chão.

— John! - Ouço uma voz familiar me chamar. - John!!! - A voz mais uma vez grita, era a voz de Hanna.

— Hanna?! - Respondo desesperado, olhando para os lados.

— John!!! - A voz de Hanna continuava a gritar por mim.

— Hanna!!! - Respondo em pânico. - Cadê você?! - Falo enquanto corria pelos túneis.

— No fim da linha John, a linha do início e do fim! - A voz responde aos gritos, tentando explicar.

— Que linha Hanna?! - Pergunto confuso.

— Você só precisa seguir a minha voz John! - Sua voz ecoava por todos os lados. - Vá para o fim da linha!

— Hanna!!! - Gritei com todas as minha forças, olhando para todos os lados e correndo sem olhar para trás.

— Encontre a dama de vermelho John! - Outra voz se faz presente, a da cigana, Sol.

— Sol? - Paro de correr e pergunto confuso.

— Encontre a dama de vermelho! - Ela repete com firmeza.

Como se tivesse sentido o impacto de algo enorme, abro os olhos e desperto de meu sono com pressa, quase saltando do sofá. Com a respiração ofegante e os olhos arregalados, olho para os lados com rapidez. Perturbado com o sonho que tive, o sono voltou a fugir de mim.

— O fim da linha... - Falei pensativo. - A dama de vermelho... - Passei as mãos pelo cabelo demonstrando nervosismo.

Eu não conseguia entender o verdadeiro significado de tal sonho, e nem se deveria dar crédito para um mero acontecimento, que poderia ser apenas uma alucinação causada por minhas preocupações. Não importava o quanto eu tentasse ignorar, a voz de Hanna gritando ecoava várias e várias vezes em minha mente e a voz de Sol fazia a mesma coisa. Agoniado por conta de tantos pensamentos, me decido me levantar e ir até a escrivaninha.

Acendi um cigarro para tentar me acalmar e me sentei em frente a mesa, que já estava com o papel e a caneta em cima. Encarei a folha branca profundamente, enquanto soltava a fumaça do cigarro lentamente.

John!!! - a voz de Hanna se repete em minha mente, como se estivesse por todo o quarto.

Era como se sua voz ecoasse por todo canto, sua presença tomasse conta do quarto e eu inexplicavelmente pudesse senti-la, como se um elo nos unisse. Deixo o cigarro em cima do cinzeiro e pego a caneta, logo começando a escrever.

{ Carta }
Aqui estou eu acordado, ainda não consigo dormir ao seu lado. Há o seu copo de café, a mancha do seu batom desaparece com o tempo. Se eu pudesse sonhar o suficiente, você me diria que eu ficaria bem, eu ficarei bem. Então eu afogo tudo isso, como eu sempre faço, dançando por esse quarto, com o seu fantasma. E eu o persigo, com um toque de realidade, dançando por esse quarto, com o seu fantasma. Hoje, procurando por toda parte, encontrei o seu antigo cachecol de veludo, você o usava quando fugia e ninguém podia sentir a sua dor. Nós somos jovens demais, tolos demais, para saber de coisas como o amor. Mas eu sei melhor agora, então eu afogo tudo isso, como eu sempre faço. Dançando por esse quarto, com o seu fantasma, e eu o persigo, com um toque de realidade. Os meus pés não dançam mais, como dançavam com você.

Eu estava prestes a dobrar a carta, quando ouço uma voz alta vindo do andar de baixo. Na mesma hora me levanto correndo e saio do quarto.

— Pessoal!!! - Finn grita.

Enquanto corro para a escada, acabo por me encontrar com Arthur que também estava em um dos quartos. Assim que chegamos na escada, vimos Finn correndo da porta, enquanto das outras direções apareciam o resto da família. Tommy vinha de seu escritório, Emma e Ethan vinham de outro corredor, Polly, Michael e Ada vinham da sala.

— O que foi Finn? - Gritei.

— Deixaram isso aqui na porta, eu estava na janela do quarto quando vi um homem deixar e sair correndo. - O garoto levanta o braço e mostra uma fita.

— Todos pro meu escritório, agora. - Tommy diz indo em direção ao mesmo.

No mesmo instante todos começamos a segui-lo, entramos no escritório e eu logo pego a fita de Finn para colocar no gravador para que pudéssemos saber qual era o seu conteúdo. Enquanto isso os outros pegavam cadeiras e se sentavam em frente a mesa de Tommy, que estava de pé apoiado na mesma.

Coloquei a fita no gravador e o deixei conectado ao telefone, preferi por escutar primeiro os primeiros segundos, para ver o que era. Aproximei o telefone de meu ouvido e apertei o botão de iniciar. Assim que a fita começou a soar, e a voz de Hanna se fez presente na tal gravação, senti minhas pernas travaram e meu coração começar a acelerar.

— É a voz dela, da Hanna. - Falei ainda perplexos e desconectei o telefone para que todos pudessem ouvir.

No mesmo momento todos arregalaram seus olhos, tratei de voltar a gravação do começo o mais rápido possível.

— O que ela diz John? - Finn pergunta.

— Eu... - Deixo as palavras fugirem. - Parece ser uma despedida... - Suspiro encarando o aparelho.

— Vamos ouvir, dá play John. - Tommy diz rapidamente.

Assenti com a cabeça e no mesmo momento dei play, no começo a fita apenas chiava. Mas logo a voz de Hanna se fazia presente, todos prestavam bastante atenção no que estavam ouvindo, e eu fazia o mesmo, mesmo parecendo estar paralisado ouvindo a voz de Hanna.

Michael, me perdoe...por não poder te amar de volta...do jeito que você me amou! Então...tenho certeza que você vai encontrar alguém que vai te amar da maneira que você deseja! - A voz da mesma estava um tom baixo, como se não soubesse exatamente o que dizer.

Permaneci sério ouvindo o tal recado, de canto olhei para Michael que estava sentado na primeira fileira de cadeiras.

Ele estava com seu olhar preso ao detalhe da mesa de Tommy, mas eu podia ver que estava prestando toda a atenção possível e o quanto apenas aquela breve gravação mexeu com ele.

Finn, você é o meu garoto! Sempre será o meu garotinho! - Pude ouvir Hanna começar a chorar pra valer.

Assim que o som do choro de Hanna começou, e pudemos ouvi-la começar a soluçar, Finn levantou seu olhar que antes estava preso ao chão.

Senti meu peito apertar enquanto ouvia o seu choro na gravação, me doía não estar com ela naquele momento, não poder fazer nada para ajudar! Como um Shelby, tenho estômago para muitas coisas, nunca fui alguém sensível para ver sangue, mortes e etc. Mas vê-la chorar me quebrava, e como quebrava.

Arthur e Polly, vocês...Vocês me criaram, e eu amo vocês! - Ela disse tentando mostrar animação, mas ainda chorava.

Após ouvir, Polly se levantou aos prantos e deixando lágrimas cairem, a mesma batia em um quadro com raiva.

Mas logo foi aparada por Lizzie, enquanto isso Arthur com seu jeito duro, segurava suas emoções e desviava o olhar para qualquer outra direção, para assim não precisar encarar ninguém.

E Tommy, por favor pare de se culpar, você é e sempre foi um irmão incrível! E eu sempre vou te amar! - Suspirou.

Com os cotovelos apoiados na mesa e as duas mãos próximas a boca, Tommy escutava com aquele olhar de preocupação. Mas eu pude sentir a sua surpresa junto com felicidade ao ouvir as palavras de Hanna.

Foi então que ouvi meu nome sair de sua boca, de maneira expontânea e nostálgica.

John! A resposta é sim, eu ainda te amo, muito! E se você estiver ouvindo isso...te vejo na próxima vida! - Ela solta um riso bobo em meio ao choro.

Me seguro no cômodo ao meu lado e me apoio na grande prateleira de livros a minha frente, encostando minha testa na mesma, para assim esconder minha expressão. Com os olhos fechados respirei fundo, o momento que eu maia temia estava acontecendo e da pior maneira. Ela estava se despedindo, e não era uma despedida qualquer, era pra sempre!

— Por favor não... - Supliquei baixo. - Não...não...NÃO! - Gritei bem alto e bati com força na prateleira.

— A Hanna vai morrer? - Finn pergunta olhando para todos os lados.

— Não Finn, ela não vai morrer! - Tommy afirma tentando o tranquilizar.

Tommy então pega o telefone e começa a discar um número.

— Vai ligar pra quem? - Me aproximei interessado.

— Pra única pessoa que pode nos dar informações suficientes sobre essas pessoas que estão com a Hanna. - Coloca o telefone na orelha.

— Alfie Solomons... - Abri um sorriso breve.

— Ele está na cidade, estamos com sorte. - Arthur diz animado.

[ P.O.V HANNA ]

Estava tudo muito estranho, eu não sabia qual era o motivo para a tal "festa", mas algo me dizia que o pior ainda estava por vir, algo pior do que todas as torturas que já passei. Eu permanecia quieta em um canto, não podia fazer nada já que estava com muitos olhos me vigiando. Eles agiam normalmente, estavam bebendo e aproveitando a música, menos Theo, que estava no meio, mas não tirava os olhos de mim, ganhando o meu desprezo, claro.

A porta enteou foi aberta novamente e várias mulheres começaram a entrar, dançarinas. A música mudou para um tom mais animado e sexy. Dominic então começou a vir em minha direção, com receio dei passos para trás e acabei por me encostar na parede.

— O que foi meu amor, não vai beber? - Veio até mim com os braços abertos. - Nem parece aquela mulher que conheci no The Empire, a dona da festa inteira! - Disse com ironia.

— Não quero beber. - Falei tentando controlar meu olhar, que estava nervoso.

— Eu não te perguntei se você quer beber. - Ficou frente a frente comigo. - Você vai beber e pronto, e sabe por que? Porque eu quero! - Apertou meu braço.

Dominic então me puxou pelo braço e me tirou daquele canto, fui levada então para o meio da roda de seus irmãos e algumas dançarinas que estavam os entretendo. Dominic pegou um copo relativamente mediano e estendeu para que George o enchesse, e assim George fez, enchendo o copo de uma bebida desconhecida por mim.

— Vamos Hanna, beba! - Dominic disse animado em um tom alto.

— Eu não vou beber! - Resmunguei perto de seu ouvido, cerrando os dentes.

— Vira logo! - Voltou a apertar meu braço com força e me encarou seriamente.

Eu não tinha escolha, ou bebia ou seria punida de uma maneira que nem eu estava ciente de qual era, mas sabia que seria horrível. Com o copo em mãos, olhei para dentro do mesmo, analisando a bebida para ver se a conhecia. Pelo que consegui ver parecia uma daquelas bebidas estranhas dos russos. Dominic apertou novamente meu braço me apressando e então comecei a beber.

— Vira! Vira! Vira! - Começaram a gritar.

Continuei a beber rapidamente, inclinando a cabeça para trás para pegar impulso e beber tudo aquilo de uma vez. Terminei de beber o copo inteiro e assim que o retirei de meus lábios, voltar a puxar o ar e me senti um tanto tonta, a bebida era forte dava pra sentir.

— Isso mesmo! - Dominic disse com um sorriso vitorioso. - Vamos festejar! - Gritou com os braços abertos.

Todos riam e estavam festejando, para uma festa de poucas pessoas, estava bem animada. Os irmãos Floyd se divertiam com algumas dançarinas, Theo apenas bebida e ficava observando tudo, enquanto Mia o cercava lutando por sua atenção, que por vezes era conseguida.

Não demorou muito para que mais copos fossem trazidos para mim, e eu não tinha escolha a não ser bebe-los.

[...]

Já era altas horas da madrugada, eu já tinha sido obrigada a beber tanto que estava me sentindo bêbada, não muito, mas não poderia dizer que estava sóbria. Me sentindo tonta fiquei encostada em uma das mesas, olhando para baixo, torcendo para que esquecesse que eu estava ali.

A música que tocava soava altos em meus ouvidos, eu olhava ao redor e via tudo se mexendo, além de não estar em meu raciocínio totalmente são. Vejo então Anthony que se divertia com uma dançarina a empurrar para longe como um brinquedo, o mesmo então começa a vir até mim e eu abaixo a cabeça.

— Vem. - Pega em minha mão.

— Eu não quero dançar. - Falei tonta, passando a mão pelo rosto.

— Mas eu quero dançar com você, apenas com você! - Ele me puxou, fazendo nossos corpos se baterem de frente.

Pude sentir o cheiro de álcool em suas roupas e hálito, eu poderia até dizer que ele foi o que mais se excedeu, talvez o único, depois de mim que fui obrigada a beber uma quantidade enorme de bebida. Com o corpo totalmente mole por conta do álcool, me deixei me levar por ele, que me arrastou até o centro aonde estavam dançando.

Ele agarrou minha cintura com força e colou nossos corpos, como se estivesse sedento, mesmo sem forças para me defender eu ainda tinha um pouco de lucidez e estava senti um nojo enorme. Anthony começou a puxar a dança e eu completamente bêbada apenas era levada, eu parecia uma boneca em seu braços, completamente fora de meus sentidos.

Foi então que ele inclinou a cabeça para o lado e se aproximou de meu pescoço, começando a o beijar. Essa foi a pior parte, ter seu corpo tocado e não consegui fazer nada. Eu estava enojada e queria mata-lo por se atrever a cometer tal ato, mas eu não podia, não conseguia. Com o olhar vago, e o rosto completamente sem expressão, deixei uma lágrima escorrer.

— O que você tem em? É capaz de deixar qualquer homem louco! - Ele sussurrou em meu ouvido.

— Me solta...! - Tentei me soltar.

— Quieta, estamos dançando! - Me apertou.

De repente eu e Anthony somos separados por um movimento brusco que o puxa para trás. Assim que olho para frente, vejo Theo segurando o braço do irmão e o encarando seriamente.

— Anthony chega! - Ele diz com firmeza.

— Não seja egoísta Theo, só você pode brincar? - Anthony o provoca rindo.

— Eu disse chega! - Theo se aproxima mais.

Anthony encara Theo de volta na mesma proporção de embate, mas se deu por vencido e  me soltou, logo saindo dali. Percebendo meu estado Theo me segurou, encostando a palma de sua mão em minhas costas e me guiando. Eu estava tão fora de mim que nem recuei.

— CHEGOU A HORA DE COMEÇARMOS A DEIXAR ESSA FESTA MAIS INTERESSANTE! - Anthony gritou.

— E o que nos propõe, Anthony? - Dominic disse com um sorriso.

— Um jogo da verdade! - Anthony anunciou com um sorriso travesso, passando seu olhar por todos.

Mesmo não totalmente sóbria, eu podia ver que ali começaria o verdadeiro caos. Anthony estava entediado e queria se divertir, causar uma leve discórdia, nem que fosse entre seus próprios aliados. Mas eu poderia imaginar no que iriam mexer, em um assunto que já tem os divertido a um tempo, o triângulo amoroso entre Theo e Mia, que fui envolvida sem nem aos menos saber!

•••••

E ai? O que está achando da história até agora? Por favor, vote e comente!🥰

Vocês não tem noção do quanto eu amei escrever esse capítulo, escutem e leiam bem a carta do John, vai fazer vocês viajarem!

O que acharam do sonho repentino que John teve?💭

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