S贸 por uma noite

By Autora_Hayka

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Hot馃敟 Leonardo sempre sentiu algo muito forte por Beatriz, ele a desejava, mas ela nunca percebeu as inten莽玫e... More

Ep铆grafe
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Ep铆logo
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By Autora_Hayka

LEONARDO 🚬

Dei uma última tragada no meu cigarro antes de jogar o mesmo pela janela do meu quarto, eu gosto de ficar aqui, encostado na minha janela vendo a vida passar diante dos meus olhos. deprimente, eu sei. Mas não há muito o que eu possa fazer, não é como se eu tivesse alguma vontade de aproveitar a vida ao máximo.

Pela janela eu vi o carro dos pais de Letícia chegar, hoje a noite vai ser longa. Letícia se diz apaixonada por mim a alguns anos, meu pai vê isso como um grande negócio, já eu vejo isso como um passo para a forca.

A família de Letícia é muito rica, até mais do que a minha, poderíamos ter muito dinheiro se meu pai não fizesse todos os gostos da sua amada esposa. Enfim, a família de Letícia é muito rica e meu pai sempre fez planos imaginando a união da família, como isso iria beneficiar ambos. Mas ele se esquece que quem decidi isso sou eu, e ter uma relação amorosa com Letícia não está nos meus planos.

Não vou dizer que não gosto dela, eu gosto e muito, crescemos juntos e eu a via como uma irmã, até pouco tempo atrás, quando ela confessou estar apaixonada por mim, desde então ela começou a demonstrar ciúmes e autoridade. Isso tudo me deixa incomodado, faz com que eu queira me afastar dela para sempre.

Acontece que nossos pais são sócios, não é grande coisa comparado ao que meu pai pretende com uma união entre as duas famílias. Mas se o pai de Letícia decidir por um fim na sociedade, o meu pai vai tomar um grande prejuízo.

Por isso eu aceito algumas coisas calado, o que eu menos quero é uma possível rincha familiar, meu pai já me odeia o suficiente, não quero dar mais motivos para ele.

Olhei para a pilha de livros em cima da cama, joguei todos eles embaixo da mesma. O que os olhos não veem, o coração não sente.

Confesso que tenho aprendido algumas coisas com a ajuda da Beatriz, ela me ensinou alguns truques para fixar a matéria na mente. Mas eu não contei pra ela, não vou dar para aquela Bisbilhoteira o prazer de dizer que é uma ótima professora.

-Decidi que iria ficar aqui com você, nossos pais estão falando sobre negócios, e as mulheres estão conversando sobre coisas ainda mais chatas.

Encarei a loira na minha porta, ela tagarelava sem parar, mas eu não conseguia prestar atenção em uma palavra se quer que saia da sua boca. Estava bolado demais com o fato dela entrar no meu quarto sem bater.

-Tem algum problema em bater na porta? - Encarei ela sério - Aqui é o meu quarto, eu poderia estar me trocando Letícia.

Ela gargalhou baixo, uma gargalhada que me da nos nervos.

-Se trocando Leonardo? Querido, não seria nada do que eu já não tenha visto.

Engoli em seco nervoso, peguei minha jaqueta em cima da cama e vesti a mesma, já tinha tomado uma banho. Procurei minha carteira pelo quarto e encontrei a mesma jogada em um canto qualquer.

-Não é porque você já viu uma vez, que vai ver de novo Letícia - respondi sério.

Eu não queria continuar com essa conversa, ela por outro lado, me olhava com um sorriso cínico nos lábios.

-Não sente falta de quando transavamos? - Provocou.

Sinto arrependimento, esse foi com certeza, o meu maior erro.

-Trasavamos? - Repeti indignado - transamos uma vez Letícia, não se emocione tanto querida, aquilo não significou nada para mim.

Ela parou de sorrir e tomou uma postura séria, ela odiava quando eu dava a entender que aquela noite não significou nada para mim. Realmente não significou nada, eu cheguei em casa bêbado, ela estava aqui, se ofereceu para me ajudar a tomar banho, quando do nada ela se ajoelhou e começou a chupar meu pau, acabou rolando, mas eu não me lembro de muita coisa.

-Significou para mim Leonardo - Disse entre dentes - Foi quando percebi o que realmente sentia por você, eu descobri que estava apaixonada por você.

Ah meu Deus, de novo não, eu não vou aguentar a Letícia com a mesma ladainha. É sempre a mesma coisa, parece até vilã de novela mexicana.

-Letícia, eu gosto de você como amiga, tenta entender isso, sem contar que eu estava bêbado aquela noite, não tinha total noção do que estava fazendo.

Tentei soar o mais gentil possível, mas aquilo já foi motivo para Letícia se desabar em lágrimas. Eu fiquei igual um idiota Olhando para ela, sem saber o que fazer.

-Está insinuando que eu me aproveitei de você Leonardo? - Perguntou entre soluços - Eu nunca faria isso, você sabe muito bem disso.

-Para de chorar Letícia.

Odeio ver as pessoas chorando, mas o choro da Letícia já virou hábito, ela sempre chora quando convém, sempre a mesma coisa, nada mais me surpreende. Eu só sinto pena, pena por ver ela se humilhando dessa forma.

-Por que Você faz isso comigo? - tentou se aproximar mas eu me afastei - Leonardo, para, por favor.

-Você está me pedindo para parar? - Encarei ela incrédulo, a garota está se humilhando na minha frente e sou eu quem tenho que parar? - Eu vou sair Letícia, melhor você descer.

Ela parou de chorar assim que eu falei que ia sair. tomou uma postura séria e me encarou dos pés a cabeça, seus olhos correram por todo o meu quarto.

-São quase onze da noite Leonardo.

-Eu sou maior de idade Letícia, eu saio a hora que eu quero e chego a hora que eu quero também - Respondi seco.

Seus olhos caíram para os seus pés, ela está procurando argumentos, mas nenhum é válido para me prender em casa hoje.

-Você ainda mora com o seu pai, deve respeitar ele caso não o deixe sair - Disse o óbvio.

-Acontece que eu não peço permissão para sair, mesmo se ele dissesse não, eu ia sair do mesmo jeito.

Passei por ela saindo do quarto, não me dei o trabalho de ouvir as suas reclamações. Nossos pais estavam a mesa, tão entretidos que nem notaram a minha presença, não perceberam quando passei por eles, ou quando abri a porta saindo pela mesma.

Estava indeciso entre sair de moto ou carro, mas acabei optando por sair de carro. Agora eu dirigia sem rumo, sem ao menos saber para onde ir, eu só queria sair de casa, ficar longe deles o máximo possível.

Abri o WhatsApp vendo que tinha umas mensagens do Cris me chamando para ir na casa dele, o mesmo alegou que eu não poderia perder a festa. Não sou fã de me misturar com esses adolescentes recém descobrindo o mundo, mas talvez esse seja o meu melhor programa para hoje a noite.

Não demorou muito, parei em frente a casa que tocava uns funks que eu não consigui identificar a letra. A casa estava lotada, tinha gente jogada na calçada, pendurada na janela, dançando em cima dos seus carros, correndo pela rua igual cachorros. Isso realmente não faz o meu tipo em relação a programas noturnos.

Desci do carro e alguns olhares foram direcionados para mim, acho que estavam se perguntando o que deu na minha cabeça para aparecer por aqui, já que nunca fui em uma festa deles antes.

-Fala meu amigo - cris tocou meu ombro, o garoto estava muito bêbado - Te chamei para vir, mas tinha quase certeza que não viria, você parece um idoso, só fica em casa.

-Milagres acontecem.

Passei os olhos por todos que estavam na festa, algumas meninas acenaram para mim e eu apenas sorri sem mostrar o dentes.

-Se divirta amigo, hoje a noite é nossa.

Foi a única coisa que disse antes de agarrar uma garota e começarem a trocar saliva.

-Leonardo? Você por aqui? - Daniele se pós ao meu lado, muito bêbada - não sabia que curtia festas.

-Você não sabe nada sobre mim - Respondi seco.

Daniele fica no meu pé a anos, sempre tento dar um fora da maneira mais gentil possível, mas ela não colabora, não sei quem é pior, se é ela ou Letícia.

-É verdade, eu não sei nada sobre você, mas posso saber, basta você me contar - suas mãos passearam pelo meu braço e um sorriso largo estava nos seus lábios.

-Acontece que eu não quero te contar nada, muito menos conversar com você.

Lhe dei as costas sem ao menos ouvir o que ela tinha para dizer, mulherzinha chata.

Paralisei quando vi Beatriz dançando, ela estava linda, movimentava o corpo de uma maneira sensual, eu queria ir até ela, esfregar meu corpo no seu.

Comecei a caminhar na sua direção, mas Marcos chegou primeiro e os dois começaram a dançar e conversar, ela parece gostar dele.

Eles estavam conversando, ela parecia um pouco lerda, já ele estava animado, até demais para o meu gosto.

Ele pegou na mão dela e os dois começaram a andar pela multidão, ele estava puxando ela para o andar de cima, para os quartos. As pernas dela pareciam vacilar, mas ele segurava firme na sua cintura impedindo que ela caísse.

Eu não tenho nada haver com isso.

Mas porra, ela parece estar tão bêbada.

-Leo - gritou animada quando me viu - Você por aqui?

Ela tinha um sorriso enorme nos lábios, sorriso que eu nunca imaginei receber da parte dela. Retribui o sorriso sem mostrar os dentes.

Marcos me olhava feio, ouso dizer que com um olhar mortal. Sua mão ainda apertava a cintura de Beatriz, observei ela tentando se soltar, mas ele segurava firme. Isso foi o bastante para o meu sangue começar a ferver.

-Claro, Leonardo de leo - Marcos riu sem humor - Você está me chamado de leo desde que começamos a conversar.

Beatriz me olhou sem graça, não pude evitar o sorriso que se formou nos meus lábios, será que eu sou o leo que ela falou?

-Como você está leo? - Ela se soltou do Marcos e veio sorrindo na minha direção - Você está bonito.

-Você está linda Beatriz - Sorri.

Não gastei forças para elogiar Ela, nenhum elogio é suficiente para descrever o quão linda ela está.

-Olha só - Marcos a puxou pelo braço - O papo está bom, mas eu e a Beatriz temos outros planos para agora.

-Que planos? - ela encarou ele confusa.

-Vamos subir para descansar ue.

Beatriz me olhou triste, não parecia querer ir com ele, e se ela não quer ir, eu não vou deixar que ele a leve a força.

-Você quer ir com ele Beatriz?

-É claro que ela quer ir comigo - Respondeu rápido - Por que ela não iria querer?

-Ela está bêbada, já você, nem tanto.

-Eu não quero ir com ele Leo - Respondeu baixinho.

Tentei pegar na sua mão para a puxar para mim, mas Marcos foi mais rápido e fez isso primeiro.

-Solta ela - Pedi entre dentes.

-E seu eu não soltar? - sua voz saiu em um tom de desafio - O que você vai fazer?

Respirei fundo tentado me controlar, o que eu menos quero é brigar com um cara bêbado. Desci meus olhos para Beatriz que ria sozinha e estava quase caindo no chão de tão bêbada.

-Está me desafiando Marcos? - Respondi no mesmo tom - Se você não soltar ela, o próximo lugar que você irá será para o hospital, você não faz ideia do quanto eu quero socar a sua cara.

O sorriso do desgraçado se desfez, ele é um baita de um medroso que não se mete em brigas porque sempre apanha. Ele soltou Beatriz e saiu rápido pisando duro.

A garota a minha frente se desequilibrou e quase caiu no chão, mas eu a segurei pela cintura. A mesma gargalhava e eu não conseguia entender o motivo da piada.

-Me leva para deitar? Eu não aguento mais ficar em pé - Choramingou.

Olhei para os lados nervoso, medo que as pessoas pensem que eu estou me aproveitando dela pelo seu estado de embriaguez.

-Quer ir para onde Bea?

-Sua casa - Sorriu apertando as minhas bochechas - Dormir na sua cama fofinha.

Sorri bobo olhando para ela, essa garota é entranha, não tem senso de sobrevivência. Ela não acha que eu posso matar ela e vender seus órgãos?

(...)

Não foi fácil entrar com ela em casa, estavam todos na cozinha, tentei entrar em Silêncio mas a garota começou a rir igual um porco engasgado, por sorte ninguém ouviu ou viu nada.

-Seu quarto está cheiroso - Murmurou se jogando na minha cama.

Só falta ela acordar de manhã sem se lembrar de nada, e achar que eu fiz alguma coisa com ela, então a doida me mata dormindo.

-Tem certeza que não quer ir para sua casa Garotinha?

Ela estava rolando de um lado para o outro na cama, mas do nada parou e me olhou séria com os olhos semicerrados.

-Está me mandando embora?

-O que? Claro que não Beatriz.

-Mas foi isso o que eu entendi - falou com a voz chorosa - Tá tudo bem, eu vou para casa. Não vou ficar triste.

-Você está muito bêbada não é mesmo?

Ela colocou a mão na boca tampando a mesma e começou a rir, sua outra mão livre desceu para a minha coxa onde ela apertou com um pouco de força.

-Você fez isso aquele dia - Susurrou - Tampou a minha boca para eu não gemer alto, enquanto eu só queria gritar de tanto prazer.

Se eu estivesse em uma desenho animado, seria aquela cena onde a alma do personagem sai do corpo.

-Bea - sorri negando - É melhor você dormir garotinha.

Sua cabeça encostou de leve contra o meu peito, as pontas dos seus dedos traçavam desenhos desconexos no meu braço.

-Porque você fez aquilo?

-Aquilo o que? - Encarei ela confuso.

-Você me tocou na biblioteca, mas não transou comigo, eu queria, mas você foi embora.

Porra Beatriz, Você está bêbada, colabora comigo.

-Da próxima vez eu não vou só te tocar, tenha certeza disso.

-Então Você quer transar comigo agora? - me olhou sorrindo.

-Não Beatriz, não agora - respondi contra a minha vontade - Você está bêbada e precisa descansar.

Ela me olhou feio fazendo um bico engraçado.

-Promete que vai me trazer aqui mais vezes?

Desci minha mão para o seu cabelo enrolando as pontas nos meus dedos. Ela me olhava curiosa esperando uma resposta, mas ela já sabia o que eu iria responder.

-Sempre que você quiser Beatriz, sempre que Você quiser.

Beatriz se ajeitou no meu peito sorrindo, puxei a cobertor para cobrir nos dois. Meus dedos deslizavam pela sua bochecha em um carinho sincero. Aos pouco fui sentindo sua respiração ficando calma.

-Ah Beatriz, se você soubesse...- Sussurrei para mim mesmo.

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