Oi, meus upinhos!! Como vocês estão? Espero que bemmm
(ah, vários de vocês estão fazendo aniversário hoje, tudo junto hsuahuas aí como não posso dedicar o cap pra várias pessoas, quem me contou vai ter a dedicatória em capítulos passados, ok?)
Desculpem estar sumida aqui dos comentários, minha vida realmente tá uma correria e não to dando conta de respondê-los :( mas por favor, comentem pq é mto bom pra mim saber as reações de vcs, é o que me alegra nessa vidinha caótica
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#JKNãoUsaGravata
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Jungkook e Taehyung voltaram da padaria com uma quantidade desproporcional de comida. Taehyung acusou Jungkook de ser o esfomeado que encheu tanto as sacolinhas que carregavam, e este não negou o crime. Quem cala consente, e Jungkook era o criminoso mais sorridente do mundo. Sempre gostava de ter uma desculpa convincente para passar tudo em seu cartão, como a vontade de comprar um bolo inteiro a fim de levar um pedaço para Hoseok e Namjoon, que encontraria mais tarde.
Contudo, quando começaram a pôr a mesa e o espaço mostrou-se insuficiente, ficou claro que mesmo que Jungkook levasse muito da comida para os amigos, Jimin e Taehyung continuariam com um estoque quase infinito de pão doce. O CEO ficou tão satisfeito em encher a mesa que se questionou ter herdado tal necessidade de alimentar de sua avó. Um traço genético no mínimo curioso.
Os olhos de Yoonji brilhavam ao assistir uma padaria inteira a sua frente, desde os quitutes salgados até os doces. Tinham pequenos folhados, pães de queijo, mini baguetes, enroladinhos, presunto, queijo, mortadela, peito de peru, sonhos, pães doces, bombas recheadas, carolinas e, claro, o enorme bolo do sabor favorito de Jimin — que ficou impressionado porque mesmo ele, que não ligava em gastar dinheiro, sempre comprava apenas fatias.
— Que bom, o café já tá passadinho! — Jungkook exclamou alegremente, servindo a bebida em todas as xícaras da mesa antes de encher a sua. Sentou-se ao lado de Jimin. — Foi obra sua?
— Não, o café é um oferecimento da Yoonji — Jimin respondeu com um sorriso imperceptível. Yoonji o retribuiu discretamente, apesar de um pouco revoltada porque a ideia do café tinha sido dele. Foi uma parceria, se desse para chamar assim.
Jungkook, que fez a proeza de se manter alheio à inimizade entre Jimin e Yoonji por todo aquele tempo, não percebeu nada de estranho, mas Taehyung notou de imediato a diferença na atmosfera entre ambos. Estranhamente feliz com o acontecido, puxou o rosto de Yoonji para dar um beijo em sua bochecha e, logo depois, buscar sua orelha.
— Depois quero manjar desse rolê aí que aconteceu entre vocês dois... — sussurrou. Yoonji sorriu provocativamente, mesmo que o rosto ainda estivesse corado pelo beijo que recebeu.
— Que intrometido você é, Tae... Isso é entre nós dois.
— Por Jeová! — resmungou, dramático. — Minha doce amada e o amigo que mora comigo apunhalando-me pelas costas! Como é trágico ser traído.
— Não sabia que você era esse tipo de namorado ciumento. — Ela riu momentaneamente. Isto é, até perceber o significado das próprias palavras e virar o rosto rapidamente para que Taehyung não notasse seu constrangimento. Mas era impossível não notar.
— Não sou, Yoon... — Beijou o cabelo dela e sussurrou contra os fios negros. — Nem namorado, nem ciumento... mas acho que a gente poderia resolver esse primeiro ponto, né...
— Tae... — Yoonji virou-se, completamente nervosa, mas resoluta em falar cara a cara com ele. — Eu... não sei ainda. Vamos falar com mais calma depois. Também não estamos sozinhos...
— Não me leve tão a sério, Yoon. — O enfermeiro buscou a mão dela para deixar um beijo ali. — Claro que se você quiser eu quero, mas falei sem esperar uma resposta na real, foi mais como brincadeira. Fico feliz só de você pensar nisso algum dia, espero que você me chame de namorado sem querer mais vezes antes de eu poder virar oficialmente. Vou ficar um nojo.
Encerraram ali após uma troca de olhares repleta de sentimento, mas a preocupação de Yoonji sobre não estarem a sós era desnecessária. Jimin e Jungkook estavam completamente distraídos um com o outro. Não que percebessem que aquela dedicação ia muito além de apenas conseguir dar uma espécie de privacidade ao casal junto deles.
Tudo começou com a hesitação de Jimin em comer algo. Mesmo que vivesse cenas e momentos que considerava até então impossíveis frequentemente durante as últimas semanas, não queria dizer que tinha se acostumado com elas. E comer em uma mesa tão farta, com três pessoas, era uma daquelas cenas que esperava ver projetada na tela da televisão e não no reflexo de seus olhos. Claro que ele e Taehyung volta e meia tomavam café da manhã na mesma hora, mas não era como se eles estivessem propositalmente reunidos para isso, não dividiam a refeição.
Enquanto Jimin observava, estranhamente abalado e perdidamente confuso, aquela mesa que parecia tão acolhedora e familiar, Jungkook não perdeu tempo e encheu o prato do estagiário de comida, assim como fez com as batatas fritas no bar. Jungkook mais uma vez alertou-se que viraria sua avó dentro de alguns anos se não cuidasse daquele impulso seu.
Mesmo consciente de sua dedicação exagerada na tarefa, Jungkook era preenchido por um contentamento despropositado ao arrumar o prato de Jimin. Ao passar manteiga no pão, recheá-lo com queijo e presunto. Ao ajeitá-lo ao lado de alguns folhados e pães de queijo. Estava, inclusive, muito animado para a hora dos doces e em dividir com Jimin uma eclair das duas últimas que sobraram na padaria e teriam que servir para os quatro. Parecia ser o produto mais popular do estabelecimento.
E Jimin submergiu novamente naquele sentimento estranho que o arrebatou na casa de Jungkook, quando foi alimentado com panquecas. O coração palpitava, a cabeça recusava-se a acreditar em cada ato de cuidado que recebia e, mesmo assim, os olhos pareciam completamente convencidos e propensos a lacrimejar. A que ponto havia chegado para ter vontade de chorar por causa de comida?
Engoliu o pranto que tentava escapar de sua garganta junto a um pedaço de pão, porque sentia o olhar intenso de Jungkook pesar, avaliando se estava satisfeito com a comida antes de começar a se servir. E estava muito gostoso, muito mais do que um pão deveria ser.
Aquele sonho sedutor que Jimin tanto queria reconhecer como realidade interrompeu-se quando, ao fim da refeição, Jungkook anunciou que tinha que ir para casa tomar um banho e trocar de roupa antes de encontrar Hoseok e Namjoon. Jungkook parecia tão entusiasmado em sair com os amigos que Jimin nem se sentiu no direito de querer mais da presença dele. Na verdade, nunca teve o direito, mas a aproveitava mesmo assim.
Então ele e Taehyung ficaram para trás no pequeno apartamento que agora parecia estranhamente grande sem os convidados, já que Jungkook ofereceu uma carona para Yoonji. Jimin guardou o seu bolo favorito, que Jungkook tinha deixado após pegar alguns pedaços para levar aos amigos — nem conseguiu comer, cheio demais — na geladeira, e o resto das compras da padaria em cima dela. Tudo ao seu redor parecia tão povoado de Jungkook que lhe inebriava.
Os companheiros de apartamento foram assistir um filme, sentindo um no outro aquela estranha e repentina solidão. Juntos, ela parecia menor e menos ameaçadora. Jimin espantou-se quando Taehyung esparramou no sofá e cobriu seu colo de travesseiros, deitando a cabeça por cima logo depois.
E desfrutaram da presença tímida um do outro, usufruindo da companhia ainda confortável, apesar de não tão numerosa quanto antes. Estavam bem, os dois, em uma doce continuação do almoço sob flores amarelas que a cada dia desabrochava em uma realidade confidente.
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— Ai, que emoção! Eu tô me sentindo tipo naqueles filmes de patricinha, sabe? Ai, ai... sempre sonhei! — Hoseok exclamou emocionado quando chegou ao ponto de encontro. Jungkook e Namjoon já estavam lá, compartilhando uma conversa mansa que foi completamente destruída com a chegada do publicitário.
Formavam um grupo estranho. Jungkook vestia-se como um gótico um tanto desleixado, com os cabelos presos em um coque frouxo digno de uma ida ao Starbucks, um casaco e uma bermuda, ambos de moletom preto, e aqueles chinelos que Jimin agora jurava não achar tão feios. Namjoon, apesar de mais casual, ainda carergava seu jeitinho formal, só que em vez de uma blusa social debaixo do colete, usava um suéter grosso. Obviamente, tal detalhe fez com que o primeiro desejo de Jungkook ao encontrá-lo fosse dar um daqueles abraços bem apertados. E foi ótimo mesmo, bem quentinho. O recém chegado Hoseok, por sua vez, parecia um guarda de trânsito versão passarela de moda, com uma calça e um colete laranja por cima de uma blusa preta. O tênis era enorme e completamente colorido, assim como as pulseiras de miçanga no braço e o óculos de sol no rosto.
— Os cavalheiros pretendem realizar uma completa transformação em minha aparência para que eu conquiste o amor e zelo da minha amada através de uma representação ilusória de minha imagem? — Namjoon perguntou, rindo.
Hoseok ficou ofendido. Cruzou os braços cheios de pulseiras de miçanga e torceu o nariz. Jungkook, prevendo que aquela discussão poderia durar um pouco, resolveu permanecer sentado no pufe que estava. Refletiu em silêncio que realmente foram usar perspicazes em escolher o pátio externo recreativo do shopping de ponto de encontro, pois poderia aproveitar do assento confortável e observar as belas plantas que decoravam o local enquanto aqueles dois resolviam-se. Fechou os olhos, pensando em tirar um cochilo.
— Você entendeu o que eu quis dizer! Não é possível que você tenha que problematizar tudo que eu falo, cabeçudo inteligente desgraçado!
— Apenas fiz uma piada inofensiva — Namjoon retrucou. — Não imaginei que teria que elucidar as intenções dela a você. Onde está sua tão bem dita e quista plenitude, cavalheiro?
— Cavalheiro é teu cu!
— De fato, cu é um substantivo masculino. Destarte, a não ser que o cu tenha alguma ressalva sobre seu gênero, dama ele não é.
— Namjoon! — Hoseok bufou, ainda mais irritado.
— Seok do céu, não fez sua meditaçãozinha diária hoje? — Jungkook interviu, apesar de ter se prometido anteriormente que não ia. Bem, já era. — O Nam tá só brincando, parece que não conhece ele.
— Ai, ai, estou sendo atacado pelos dois homens que jurei serem meu aliados! — Botou a mão na testa dramaticamente e riu logo depois, baixando a guarda. Jungkook e Namjoon acompanharam. — Me desculpem, meninos, acho que acordei estressado hoje.
— Jura? — Jungkook alfinetou só pela graça da coisa, recebendo um olhar de desaprovação de Hoseok e uma risada de Namjoon, que provavelmente tinha pensado a mesma coisa.
— Ai, ai! Vamos fazer a rodinha da comunicação não-violenta, venham. — Hoseok pegou uma mão de Namjoon e outra de Jungkook.
Os outros dois aceitaram e também deram as mãos entre si, terminando de formar uma roda. Era uma formação um tanto suspeita para ser feita no meio do shopping, porém não reclamaram, sabendo que era uma das formas de Hoseok lidar com a irritação dele e que precisavam fazer sua parte também. Esperavam muito que nenhum segurança do shopping achasse que eram uma seita estranha.
— Observação, sentimento, necessidade e pedido — Jungkook ditou os elementos da CNV depois de alguns segundos de silêncio de Hoseok.
— Tô sabendo! Forças do além, por que me fizeram ser amigo de dois sabichões? — começou a resmungar, mas parou no meio. — Me desculpem... fiquei irritado de novo. Só um pouco de paciência que eu mesmo estou tentando entender.
Os outros dois assentiram pacientemente, e Jungkook resolveu recostar sua cabeça no braço de Namjoon. Depois de uma breve ponderação, soltou a mão de Hoseok para usá-la para apertar o bíceps do amigo.
— Tá mais durinho ainda... — comentou, impressionado. Namjoon sempre fazia exercícios de braço, porém parecia ter levado a um nível além. Escorregou a mão até o peitoral do amigo logo depois, apalpando. — Nam, mais um pouquinho e se a gente passar na frente da loja de eletrodomésticos, vão te roubar da gente achando que você é uma geladeira de duas portas.
Hoseok olhou para sua mão agora solta, desolado pela rodinha ter sido rompida antes mesmo dele falar, porém percebeu que ia reclamar antes de fazê-lo de fato e, no fim, ficou em silêncio. Soltou a mão de Namjoon também e ficou chateado consigo por não estar apreciando os amigos como sempre.
Normalmente, acharia aquela cena muito engraçada. Namjoon tentava esconder um sorrisinho de orgulho que tinha dos próprios peitos enquanto era comicamente apalpado por Jungkook. E era bom ver o amigo apreciando o próprio corpo, porque sabia que desde o acidente aquele estado de espírito era um tanto frágil. Na verdade, Hoseok sentiu-se muito culpado mesmo em quase reclamar da cena ao notar que interromperia o momento de autoestima do melhor amigo.
— A geladeira mais gostosa do catálogo, isso é certo. — Hoseok riu baixinho. Jungkook e Namjoon sorriram de volta, e o publicitário quase derreteu com a atenção tão amigável que recebia deles. Como que estava estressado com seus dois príncipes?
— Gookie... Receio que esteja aproveitando em demasia destes toques libidinosos. Está permitido tatear-me dessa maneira só entre quatro paredes, meu caro. — Namjoon gargalhou ao reparar um outro cliente do shopping observá-los assustado enquanto Jungkook apertava o próprio peito e o de Namjoon ao mesmo tempo, comparando-os detalhadamente. Jungkook corou um pouco ao entender, mas logo começou a rir junto.
Hoseok gargalhou, alto como era de praxe, sentindo-se mais ele mesmo. Amava seus príncipes... que apalpavam peitos, porém continuavam sendo príncipes em seu coração.
— O comentário do Namjoon mais cedo me deixou irritado — observou — porque eu me senti insuficiente, sendo que eu quis vir aqui só para ajudar. — Expôs seus sentimentos. — Acho que foi porque hoje no Instagram apareceu uma foto do meu ex com outra e aí tô um poço de insuficiência e irritação, não sei. — Acrescentou. — Mas não acho que eu trazer esse estado de espírito para cá é certo e eu sei que o Nam só tinha feito uma piada. Então, eu preciso de um pouco de paciência da parte de vocês. — Apresentou sua necessidade. — Vocês poderiam me avisar sempre que eu me estressar à toa? Com amorzinho, por favor, eu sou sensível. — Por fim, fez seu pedido.
— Claro, Seok. — Jungkook segurou a mão do amigo com um sorrisão no rosto. — Achei fofinho o seu pedido. Pensei que seria algo sobre a gente evitar as piadinhas.
— Ai... Mas seria vacilo, né. As piadas de vocês nunca me irritaram antes, eu que tô estranho.
— Seok, não julgaríamos um pedido para que moderássemos nossas piadas, imagino que o Gookie concorde.
— O Nam tá certo. Às vezes acontece da gente não acordar do jeitinho de sempre, né? Tudo bem um dia você gostar das brincadeiras e no outro não, acontece. E não é sacrifício pra gente dar uma diminuída pra te deixar bem e tranquilo até voltar ao normal. É só falar com a gente, tá?
— Ai, que ódio... — Hoseok choramingou e fungou, prestes a chorar. Talvez fosse emocionado e intenso demais em todos seus sentimentos. — Eu amo tanto vocês...
— Nós sabemos... também te amamos. Vamos então? Eu te pago um suquinho detox daqueles que você gosta — Jungkook disse.
— Não demonstrou seu amor a mim e ainda por cima não recebo uma recompensa mesmo me comportando bem — Namjoon reclamou com Jungkook. — O mundo decerto é iníquo.
— Te pago um sorvetinho, Namjoon, amigo que eu amo tanto, tanto — Jungkook respondeu afetadamente e inclinou-se em sua direção para deixar um beijo na bochecha dele. Adorava mirar na covinha do amigo, era tão bonita. — Um sorvetinho você pode, né?
— Posso, sim — Namjoon concordou. Tinha alimentado-se bem a semana inteira, poderia ter aquela pequena regalia.
— Nam, nossa criança tá tão grande, né? — Hoseok falou em um tom emocionado. — Tá até pagando coisa pra gente... Daqui a pouco tá cuidando da gente porque estaremos idosos demais pra fazermos algumas coisas por conta própria.
— Ele cresceu vertiginosamente... — concordou Namjoon.
Apesar do tom de brincadeira atrás das palavras, ambos orgulhavam-se de fato da evolução do amigo ao longo daqueles anos. Teve que amadurecer muito e rápido demais por causa da UP2U e, apesar de ainda ter um longo caminho para que equilibrasse bem sua vida com a posição de CEO, tinham-no assistido superar vários desafios e morriam de orgulho. Orgulho, apesar de agridoce, pois não sabiam muito bem como ele havia superado na maioria das vezes, por ter aquele jeito mais arisco quando passava por dificuldades. Aquela era a parte difícil: não saber. Assim como não sabiam por que Jungkook parecia um pouco mais relaxado do que o normal nas últimas semanas.
Entretanto, mesmo que não soubessem o motivo e ficassem um pouco frustrados de não terem sido escolhidos para ajudá-lo, o importante era que Jungkook parecia feliz. E desde que a criança crescida demais deles estivesse bem, o céu era o limite.
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Apesar da brincadeira de Namjoon mais cedo, o objetivo do encontro no shopping realmente era comprar-lhe roupas novas. Tinha marcado um jantar com Hyejin na próxima semana para comemorar um mês de... o que é que estivesse acontecendo entre eles, e gostaria de usar algo novo com ela.
Os dois conheciam-se há tanto tempo que Namjoon ponderou que pareceria muito um jantar entre velhos amigos se não fizesse um esforço a mais. Mesmo quando trocavam beijos timidamente na casa um do outro, a atmosfera que os rodeava era mais de amizade do que de paixão. E isso era o que preocupava Namjoon sobre a relação tão recente. Será que ela o enxergava como... homem? Aquela era sua maior dúvida desde o acidente. Temia a invalidez o definir e perseverar acima de todas suas individualidades.
Desejava tanto estar em um encontro com a mulher, como pretendente muito mais do que um amigo, que só imaginar tal ocasião fazia seu coração acelerar. Então de fato comprou uma colônia diferente e buscava roupas novas, não para parecer uma outra pessoa como acontecia nos filmes, mas para demonstrar outra intenção. Queria desprender-se um pouco da imagem tão costumeira de "Namjoon amigo".
Como de praxe, apenas procurava roupas novas para os membros superiores. Suas calças eram todas largas e de elástico, raramente bonitas, porém práticas o suficiente para que pudesse realizar as atividades de seu dia a dia com mais facilidade. Não era como se fosse encontrar algo acessível no shopping. Restava, então, caprichar no resto.
Com ajuda principalmente de Hoseok — que era interessado em todos os tipos de moda e, consequentemente, capaz de escolher peças para Namjoon mesmo que se vestissem de maneira muito diferente —, rodaram as lojas favoritas do publicitário — que pesquisava antes a origem das roupas, para garantir que a cadeia produtiva era responsável — e conseguiram as peças perfeitas. Tiveram algumas brigas no processo com o mau-humor ainda pulsante dentro de Hoseok, claro, mas estas foram respondidas com beijos na bochechas vindo de Jungkook clamando "fica estressadinho não, Seok". Com amorzinho, como Hoseok pediu. De fato, dava certo, porque o publicitário derretia-se e começava a rir logo depois.
A primeira peça perfeita foi Jungkook que encontrou entre os cabides. Um suéter preto de gola alta que certamente valorizaria os belos peitos de Namjoon. Ainda bem que era Hyejin e não Jungkook no encontro, pois certamente seus olhos não conseguiriam achar outro destino. E a segunda foi Hoseok, um paletó masculino de tweed, com uma estampa cinza xadrez clarinha. Ficou feliz ao averiguar que o corte era maior na frente do que atrás, o que também era ótimo para Namjoon, que ficava constantemente sentado.
Como as compras foram boas e elevaram o ânimo de todos, aproveitaram até para passar em uma livraria, onde Namjoon comprou a nova publicação do Yuval Harari enquanto Hoseok e Jungkook divertiam-se com alguns quadrinhos aleatórios que chamaram a atenção com suas ilustrações bonitas. Também pararam para tomar um café antes de visitar uma loja de jardinagem, na qual Jungkook comprou sementes de tomate cereja para ser seu novo filho. Apesar de não ter planejado, Hoseok comprou mais uma suculenta para seu apartamento, que resolveu carregar nas mãos durante o restante do passeio.
Como já estavam no local, resolveram comer por lá mesmo, razoavelmente vazio porque já tinha passado da hora do almoço, mas ainda era muito cedo para as pessoas jantarem. Felizmente, o único restaurante com uma estrutura realmente acessível à cadeira de Namjoon — realmente porque havia uma grande diferença entre conseguir entrar em um estabelecimento e ficar confortável lá — tinha um bom cardápio que fora aprovado mais de uma vez pelos amigos.
— Eu e o Gookie temos um presente de casamento para você, Nam — Hoseok comentou animado depois que terminaram de comer. Namjoon arregalou os olhos, espantado. — E não vale dizer que você não tá se casando, hein! Ai, ai... Isso, fica quietinho.
Tirou de sua bolsa carteiro um embrulho de papel seda azul claro envolto com uma fita branca. Namjoon aceitou o presente um pouco sem jeito. Jungkook e Hoseok o encaravam com expectativa e um sorrisinho cúmplice e satisfeito entre eles. O dia realmente encaixou-se perfeitamente em seus planos!
Então, o engenheiro desembrulhou ao som tão característico do papel seda uma calça preta perfeitamente dobrada. Sentiu a textura do crepe alfaiataria entre os dedos impressionado; fazia eras que ao menos tocava uma peça de roupa com aquele tecido.
— Pesquisamos uns modelos de calça acessível na internet e resolvemos pedir para um alfaiate fazer uma especialmente para você, nosso grande cavalheiro formal — Hoseok explicou, em puro júbilo. — A parte de trás do cós da calça é elástica e mais alta do que a parte da frente, que tem entrada pro catéter também. E também tem uns bolsos nas coxas, que dá pra alcançar, e mais um monte de funcionalidade que você vai ver usando. E ela é linda! Fala sério.
— Muito mesmo... — Namjoon concordou, emocionado, avaliando a calça em mãos. Tinha visto coisas parecidas pela internet, porém nunca teve a coragem de comprar, achando que deveria se contentar com as calças de sempre, assim como sua condição. Vivia um equilíbrio estranho e difícil entre aceitar e buscar alternativas. Porém agora, com ela em mãos, nunca quis tanto usá-la. — Muitíssimo obrigado, estou extremamente ansioso para experimentá-la! Combina perfeitamente com as peças compradas anteriormente também...
— Eu e o Seok somos gêniozinhos malignos — Jungkook disse, bem humorado.
— Como que os cavalheiros foram iluminados com tanto brilhantismo?
— Digamos que o Gookie foi o cérebro e eu as mãos.
— Bem, o Cérebro realmente tá com a gente. — Jungkook apontou Namjoon, feliz com a própria piada. — As Mãos não, mas tava com ela hoje cedinho.
— Para de pensar em trabalho, menino! Credo! — Hoseok resmungou.
Houve uma pequena interrupção para que Jungkook desse um novo beijo na bochecha do amigo, que riu imediatamente. Ele realmente era muito bobo.
— Fica calminho, Seok. Respira.
— Enfim... — Hoseok afastou Jungkook com cuidado. — Jungkook que viu em algum lugar sobre essas calças. Aí eu pesquisei os materiais possíveis e referências dos projetos pra passar pro alfaiate. Foi muito difícil descobrir suas medidas também! Invadimos seu computador e roubamos algumas informações do seu acompanhamento corporal, mas outras tivemos que inventar, espero que você perdoe a gente!
— Vou ajuizar vosso crime posteriormente... — Namjoon brincou, porém ficou feliz em saber que a chatice que era acompanhar seu peso e medidas certinho servisse para algo tão incrível também.
— Se você achar que pode ajustar alguma coisa é só falar também, tá? — Hoseok acrescentou. — A gente deixou o alfaiate de sobreaviso.
— Anotado! — Namjoon assentiu mais uma vez, imerso com o carinho dos amigos, mais visível a cada novo detalhe que eles revelavam sobre a confecção daquele presente.
— Queremos fotinhas do encontro, tá bom? — Jungkook falou por fim, animado. — De corpo inteiro!
— O que os cavalheiros pedirem... — Namjoon concordou, sorrindo, ainda observando sua nova calça desacreditado de felicidade.
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ESTAVAM COM SAUDADES DO HOBI E DO NAMJOON? EU TAVA!
Enfim, qual foi a cena favorita de vocês? Apesar de amar os jikook de boiolagem com comida, acho que foi a felicidade do Namjoon!
Espero que tenham gostado do capítulo! E acho que vocês vão ~amar~ o próximo. Aliás, ele tem +10k hsuahas ops! Mto mto obrigada mesmo a quem lê, comenta, vota, e surta comigo lá na #JKNãoUsaGravata
Aliás, vou deixar uma gracinha sobre a história que eu fiz hoje pro twitter. Deixo nas mãos de vcs:
Beijinhos de luz e até 07/08, às 19:00! Amo vocês!